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Ambiente e Cidadania
Juliana Hermont de Melo
Omar Lucas Perrout Fortes de Sales
Juliana Hermont de Melo
Omar Lucas Perrout Fortes de Sales
Belo Horizonte
Janeiro de 2016
COPYRIGHT © 2015
GRUPO ĂNIMA EDUCAÇÃO
Todos os direitos reservados ao:
Grupo Ănima Educação
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610/98. Nenhuma parte deste livro, sem prévia autorização
por escrito da detentora dos direitos, poderá ser reproduzida ou transmitida, sejam quais forem os meios
empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravações ou quaisquer outros.
Edição
Grupo Ănima Educação
Vice Presidência
Arthur Sperandeo de Macedo
Coordenação de Produção
Gislene Garcia Nora de Oliveira
Ilustração e Capa
Alexandre de Souza Paz Monsserrate
Leonardo Antonio Aguiar
Equipe EaD
Conheça
a Autora
Juliana Hermont de Melo: graduada em
Direito pela Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais (2000), especialista em Bioética,
Direito e Aplicações pelo IEC-PUC-MINAS
(2002), mestre em teologia pela Faculdade
Jesuíta de Filosofia e Teologia com ênfase em
Teologia moral e bioética (2007) e doutoranda
em Medicina pela Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG). Atualmente professora
de sociologia, bioética e direitos humanos
para os cursos da área da saúde, exatas e
humanas no UNIBH. Atua, há 15 anos, como
docente, tanto na graduação quanto na pós-
graduação, principalmente na área da saúde,
sempre na interface entre direito, saúde
e bioética. Temas de pesquisa: bioética/
biodireito, tanatologia, relação profissional-
paciente, direitos humanos, sociologia e ética
em pesquisa clínica.
Conheça
o Autor
Omar Lucas Perrout Fortes de Sales: Estágio
pós-doutoral realizado junto à Universitat
de Barcelona - España, como bolsista do
Programa de Pesquisa Pós-doutoral no
Exterior da CAPES. Investigação desenvolvida
com a colaboração do filósofo Santiago
Zabala a partir do pensamento pós-metafísico
de Gianni Vattimo, com ênfase para a relação
entre hermenêutica filosófica e estética;
niilismo e ontologia da atualidade. Doutor
em Teologia Sistemática (2012) e mestre
em Teologia Moral (2007), pela Faculdade
Jesuíta de Filosofia e Teologia. Licenciatura
plena em Filosofia (2011) e bacharelado em
Filosofia (2010), pela Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais. Bacharel em
Teologia pelo Centro de Ensino Superior de
Juiz de Fora (2004). Doutorando em Filosofia
pela Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas da Universidade Federal de Minas
Gerais. Experiência nas áreas de Filosofia
Contemporânea; Hermenêutica filosófica e
estética; Teologia e Ciências da religião, com
ênfase nos seguintes temas: Pós-modernidade,
ontologia da atualidade e niilismo; estética
ontológica, arte e verdade; globalização e fé
cristã; secularização e emergência de nova
sensibilidade para o campo religioso; Filosofia
e Teologia da Libertação Latino-americana.
Experiência docente nas disciplinas Filosofia,
Razão e Modernidade; Filosofia Antropologia e
Ética; e Lógica aplicada ao Direito.
Apresentação
da disciplina
A intrínseca relação existente entre o meio ambiente, a sociedade e a
cidadania tem sido pouco explorada nos cursos de graduação e constitui
lacuna a ser preenchida no intuito de se promover a educação integral do
ser humano. Por educação integral, compreende-se a educação capaz
de incutir espírito crítico nos discentes, por meio do oferecimento de
instrumental teórico e de chaves de leitura e interpretação da realidade,
os quais sejam capazes de capacitar análise do meio em perspectiva
local e global.
UNIDADE 2 026
Relações Sociais 027
Princípios e fundamentos da educação ambiental 029
Meio ambiente e sociedade 037
Organização, representação e participação na educação ambiental 043
UNIDADE 3 048
A globalização e as desigualdades sociais 049
O mundo globalizado e as diferenças transfiguradas
em desigualdades: vitimização 051
O consumo na sociedade globalizada 059
A possibilidade de mudança: por uma globalização humana 064
UNIDADE 4 073
A perspectiva cidadã 074
O conceito moderno de cidadania 076
Direitos e deveres do cidadão 080
A cidadania na pós-modernidade 086
UNIDADE 5 099
Direitos políticos, sociais e civis 100
Origem, delimitação e conceituação dos direitos 103
Fases ou gerações dos direitos 106
O exercício dos direitos políticos, sociais e civis na sociedade 114
Revisão119
UNIDADE 6 122
Sustentabilidade e responsabilidade social 123
Princípios fundamentais da sustentabilidade 125
Princípios fundamentais da responsabilidade social 131
A sustentabilidade como paradigma de responsabilidade social 136
Revisão143
UNIDADE 7 146
Relações Étnicoraciais 147
Identidade, cultural e etnia 149
Etinicidades brasileiras 159
Indigeneidades166
Revisão171
UNIDADE 8 173
Cultura Brasileira e Afrodescendente 174
A Presença da Cultura Afrodescendente na Constituição da Identidade 176
Racismo Científico, Racismo Institucional e Racismo Cultural 179
Racismo X Injúria Racial 186
Revisão191
REFERÊNCIAS 194
A perspectiva
sociológica
Introdução
O Surgimento
da Sociologia
A sociologia nasce na Europa, no início do século XIX, sob a
influência de grandes modificações sociais advindas do rompimento
das estruturas da sociedade medieval. A saber: o humanismo
renascentista; a emergência da sociedade capitalista; o surgimento
do cientificismo e o fortalecimento do anticlericalismo. Acrescente-
se ainda a influência das revoluções burguesas (Revolução
Francesa e Revolução Inglesa). Ambas as revoluções colocaram
a burguesia no poder da sociedade e a mantiveram nesta posição
ao longo do tempo. Em função do contexto no qual se origina, a
sociologia se trata de uma ciência da crise. A sociologia ou ciências
sociais surge como a ciência capaz de interpretar e compreender as
mudanças e as movimentações ocorridas dentro da sociedade que
se formava.
Em função do
contexto no
qual se origina,
FIGURA 1 - Os movimentos que impulsionaram a sociologia
o surgimento da sociologia se trata de
uma ciência da
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
O humanismo renascentista
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
Proletariado,
mais-valia, lucro
e jornada laboral
são exemplos
de conceitos a
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habitar o novo
sistema em
A valorização do homem como indivíduo dotado de liberdade
e criatividade constitui grande passo para o exercício de sua
autonomia perante o mundo não mais regido por uma ordem
natural divina, mas tecida por uma rede de relações sociais cada
vez mais complexa e evidente.
O capitalismo
O sistema capitalista surge da ruptura do sistema feudal de
produção destinada à subsistência e à troca de produtos, centrada
na figura do servo e do senhor feudal, e imprime a produção em
massa caracterizada pela consolidação da divisão do trabalho, da
produção em série e da busca de obtenção de lucro. Proletariado,
mais-valia, lucro e jornada laboral são exemplos de conceitos a
habitar o novo sistema em desenvolvimento.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
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Revolução científica
Inaugura a ciência como o veiculador da verdade da vida humana.
Ela assume o papel de dizer o que é certo, o errado, o saudável e o
bom na vida do ser humano. Tudo passa a ter uma fórmula, uma
teoria. Desta forma, a sociedade está sempre à espera por “novos" e
“melhores” resultados advindos da ciência.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
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O anticlericalismo
A Igreja Católica deixa de ser vista como o centro da vida e da
explicação da realidade humana para se tornar gradativamente
mais um dos componentes desta mesma realidade. Agora o ser
humano, cada vez mais senhor de sua existência, compreende
a religião e o fenômeno religioso como uma dimensão simbólica
a propor horizontes de sentido, consciente de que seu discurso
não se apresenta já pronto e inquestionável. Assim sendo, a Igreja
passa a ser questionada como fonte de poder e pesquisada como
mais um fenômeno social. Desta forma, tem início o processo de
secularização, caracterizado pela religião sofrer um processo de
dessacralização. Ou seja, torna-se mais um dos produtos da cultura,
chamada a reconhecer a existência da diversidade.
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Revoluções burguesas
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Conceito de Sociologia
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Relação entre o
indivíduo e sociedade:
as teorias sociais de
Marx, Durkheim
e Weber
Karl Marx
Karl Marx (1818-1883), alemão, judeu, de classe média, formado
em filosofia, história, sociologia e economia, É autor de várias obras
importantes para história da humanidade moderna. Entre elas
destacam-se: o Capital (1867) e o Manifesto Comunista (1848).
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
Èmile Durkheim
Sociólogo, filósofo, psicólogo social e intelectual francês, Émile
Durkheim (1858-1917) juntamente com Auguste Comte são
considerados os pais do positivismo sociológico. Durkheim dedica-
se a consolidar a sociologia como matéria científica legítima dentro
da academia. Assim, dedica uma de suas “Regras do Método
Sociológico“ para estabelecer os princípios desta ciência nascente.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
O Fato Social
Max Weber
Max Weber (1864 – 1920) alemão, de família burguesa, sociólogo,
jurista, economista e, juntamente com Marx e Durkheim, é
considerado um dos fundadores da sociologia moderna.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
Relações Sociais
O ser humano desenvolve e organiza sua vida na pólis (cidade), em
sociedade. É na cidade que se dá a divisão de trabalhos em prol da
prestação de diversos serviços, no intuito de garantir a satisfação
das necessidades pessoais e coletivas. Seria praticamente
impossível ao mesmo sujeito plantar, colher, tecer, construir,
produzir suas próprias roupas e calçados, medicar-se, e produzir
os diversos artigos dos quais necessita. Desse modo, surge a
divisão do trabalho com a existência de diversas classes: artesãos,
agricultores, comerciantes, políticos, operários, professores, alunos
etc. Tal organização social requer a definição de leis/normas/
princípios garantidores da coexistência pacífica e harmônica
entre os indivíduos que as instituem, as reconhecem e a elas se
A sociologia
submetem.
nascente se
ocupa da
A sociologia nascente se ocupa da reflexão sobre os arranjos reflexão sobre
advindos da relação desses sujeitos em sociedade. A ela não
os arranjos
advindos da
interessa necessariamente enfocar o indivíduo, mas lançar um olhar
relação desses
sobre como os grupos e coletividades se organizam, estabelecem sujeitos em
rede de relações e ideias e constituem a sociedade propriamente sociedade.
dita. Ou, em outras palavras, o modo de ser dos sujeitos e a
implicação desse modo de ser no tecido social. Tecido composto
por redes, tramas, tensões, distorções, lutas e interconectividade.
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Revisão
Fatores propulsores da sociologia:
1. Renascimento
2. Capitalismo
3. Cientificismo
4. Anticlericalismo
5. Revoluções burguesas
As relações sociais
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CHARON, Joel M. Sociologia. 4.ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2002. p. 03-
30.
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unidade 1
Perspectiva
Ambiental
Introdução
Princípios e
fundamentos da
educação ambiental
Demarcar princípios e fundamentos de determinada questão
implica a exposição das bases sobre as quais se ergue o objeto de
estudo ou atenção, o qual se encontra em jogo. No presente caso,
importa delimitar os conceitos inerentes à temática da educação
ambiental, o que se propõe ao longo desta unidade.
1. Aprender a conhecer.
2. Aprender a fazer.
4. Aprender a ser.
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Sustentáveis e Responsabilidade:
interdisciplinar;
e histórico;
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indivíduos;
ações;
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Meio ambiente
e sociedade
A relação intrínseca existente entre meio ambiente e indivíduo e
entre meio ambiente e sociedade é desconsiderada todas às vezes
em que se colocam a obtenção do lucro, a ideologia do consumo
e a busca desenfreada por poder, sobrepostas à preocupação com
a garantia e manutenção da vida. Tal relação é sustentada pela
interdependência característica do ecossistema em que vivemos. A educação
ambiental
Em se tratando do meio ambiente, a interdependência designa a
fomenta as
relações de
relação de dependência mútua, em que nos ecossistemas todos os
seus elementos são interdependentes uns dos outros. A educação
ambiental fomenta as relações de interdependência entre todos os
elementos do planeta.
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Ou mudamos ou morremos
temos é de que não podemos continuar nesse caminho, pois nos levará a
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planetário humano. Desta vez não haverá uma arca de Noé que salve a
Como vamos sair desse impasse global? Que colaboração posso dar
Por todas as partes reina fome crônica, aumento das doenças antes
bem ou mal, sob seu teto. Sua lógica agilizou todas as forças produtivas e
das pessoas não cabe mais sob seu teto. São excluídos ou sócios menores
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
a natureza. Que ela nos ensina? Ela nos ensina, foi o que a ciência já há
pois essa é a lei do universo. Por causa desta teia chegamos até aqui e
de economia John Nesh, cuja mente brilhante foi celebrada por um não
racionalidade.
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Com isso definimos a direção certa. Nela há esperança e vida para nós e
para a Terra”.
em:http://www.leonardoboff.com/site/vista/outros/ou-mudamos.htm.
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Organização,
representação e
participação na
educação ambiental
Uma vez conscientes da situação de interdependência que nos
permeia, bem como da responsabilidade do ser humano perante
o meio à sua volta, propõe-se refletir a organização de ações e
intervenções capazes de garantir a continuidade da vida. Em
prol desse objetivo, surgem organizações civis, cooperativas,
associações de moradores de bairros, entre outras iniciativas
coletivas e solidárias. Trata-se de mobilizações e intervenções
locais para enfrentar questões ambientais globais. Algumas ações
sociais podem exemplificar esses movimentos em prol da educação
ambiental, entre as quais podemos citar:
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vida.
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Revisão
I - Unesco: 4 pilares da educação:
1. Aprender a conhecer.
2. Aprender a fazer.
4. Aprender a ser.
• associações de bairro;
• agremiações sociais;
• cooperativas solidárias;
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em:<http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografia/a-sociedade-
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A globalização e
as desigualdades
sociais
Introdução
O mundo globalizado
e as diferenças
transfiguradas
em desigualdades:
vitimização
Consideramos que a chegada do liberalismo econômico no
mundo ocidental tornou-se pedra angular da instalação e da
permanência até hoje, no século XXI, da chamada globalização,
como uma indústria de marginalização do indivíduo, da degradação
e da destruição do meio ambiente, da apropriação da terra e da No período
propriedade, de acumulação de metade do capital mundial na mão atual, as
de apenas 2% da população do globo, do aumento cada vez maior megaempresas
transnacionais
dos lucros fáceis e também do crime de usura.
não são agentes
de um ou
Globalização, espacial e conceitualmente, é o plano de atuação outro governo
estrangeiro.
do capital dominante, representado pelas megaempresas
transnacionais. Plano este a difundir os ideais do consumo e da
legitimação de determinados modos de ser e de se viver. A essas
megaempresas não interessa os que são marginalizados, banidos
e relegados, porque não interferem na cadeia ou no modo de
produção capitalista que se expande.
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Esse desejo de
unificação e
universalismo
deixa, na história,
vestígios de
uma vocação
expansionista e
totalizante.
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Globalização:
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A globalização em expansão e as
desigualdades sociais
Em poucas décadas, o capitalismo estabeleceu-
se como o modo de produção global. Penetrou nos
continentes, nas culturas, em praticamente todos os
pontos do Globo, inclusive nos países que sempre
se declararam socialistas. Difundiu, criou e recriou
os espaços de desenvolvimento e de atuação da
globalização. Dussel sustenta que a Modernidade é
resultado da expansão do centro europeu, através da
conquista e colonização, e não sua causa. Do mesmo
modo, o capitalismo é o resultado e não a causa da
mundialização e da centralidade europeia. (DUSSEL,
2002, p.52-53).
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O consumo na
sociedade globalizada
“Como já explicitado, encontra-se em curso intenso processo de
globalização das coisas, gentes e ideias”. (IANNI, 2002, p. 13).
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A possibilidade de
mudança: por uma
globalização humana
Parte-se do fato de que a globalização atual, como processo
aberto a mudanças, permite a busca de construção de nova ordem
centrada na promoção da dignidade e da cidadania do ser humano.
Tal afirmação vai de encontro da visão dos que detêm o poder. A
globalização atual, guiando-se pela lógica da totalidade, empenha-
se exclusivamente na propagação de “si mesmo”. Encontra-
se em franca expansão. As nações dominantes consideram a
forma atual da globalização irreversível, caminho sem volta. Os
Estados Unidos da América há tempos difundem a ideia de que o
progresso, o bem comum e a qualidade de vida reivindicada pelas
As nações
grandes massas empobrecidas são os resultados esperados e dominantes
inevitáveis do mercado único, da moeda comum. Em tal realidade, consideram a
a racionalidade do global já se encontra em estágio de expansão
forma atual da
globalização
considerada, via de regra, sem volta. A realização da vida humana irreversível,
se vincula, ao desenvolvimento da globalização como instrumento caminho
de vida mediante melhores oportunidades de emprego, educação, sem volta.
consumo etc. Mas, o processo de expansão econômica e cultural,
efetiva e simultaneamente, produz exclusão e marginalização e não
o prometido padrão de qualidade de vida. E, no intuito de manter o
status quo, o império da totalidade, na figura dos que detêm o poder,
zela pela manutenção da ordem vigente difundindo a ideia de que
não existe possibilidade de retorno.
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Revisão
poder aquisitivo.
desigualdades.
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conflitantes de possibilidade:
perversidade);
globalização perversa).
transição em marcha).
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A perspectiva
cidadã
Introdução
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O conceito moderno
de cidadania
A cidadania constitui-se elo de pertença do sujeito social com o
Estado (país) de seu nascimento. Implica o reconhecimento da
adesão do indivíduo a uma organicidade coletiva e pressupõe
vínculo político. “O estatuto de cidadão é, em consequência, o
reconhecimento oficial de integração do individuo na comunidade
A cidadania
política”. (CORTINA, 2005, p. 31) constitui-se elo
de pertença do
sujeito social
Tal conceito ainda vigente surge nas cidades-estados greco-
com o Estado
romanas. Nestes modelos de democracia, tanto a grega (país) de seu
(participativa) quanto à romana (representativa) buscavam garantir, nascimento.
dentro do possível, o ideário original do regime democrático de
governo regido pela participação popular no governo, em que o
cidadão mostra-se a pedra fundamental de todo o processo.
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Ser cidadão implica em não se deixar oprimir nem subjugar, mas enfrentar
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Democracia
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Direitos e deveres do
cidadão
Como vimos nas unidades anteriores, o mundo atual apresenta
vários desafios: a pluralidade de escolhas, a fragilidade e liquidez
dos relacionamentos humanos, a má distribuição de renda, a
poluição dos recursos naturais entre outros. Diante de tantas
questões, o exercício da cidadania não fica ileso. Assim, ser cidadão
no século XXI apresenta peculiaridades, pois está ao alcance das
mãos para aqueles com acesso à internet. O poder legislativo,
de qualquer esfera da federação, disponibiliza para o cidadão o
acompanhamento on-line de qualquer projeto de lei em tramite
na casa. O Senado, mediante cadastro simples, envia notícias
para o e-mail do interessado caso o projeto de lei sofra qualquer Diante de tantas
movimentação ou destaque. questões,
o exercício
da cidadania
Assim, o acompanhamento de qualquer matéria legislativa pode ser
não fica ileso
exercido do aconchego de casa, mas para aqueles que podem pagar
por isso. Aqui se observa os dois pontos da cidadania, os cidadãos
de primeira linha participam do processo e podem exercê-la se
quiserem, os cidadãos de segunda classe permanecem alijados
do processo. Dentro do conceito de cidadania global, o número
excluído diminui consideravelmente, pois essa perspectiva busca a
inclusão e mundo mais justo e pacífico.
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lei;
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A cidadania na
pós-modernidade
O próprio caráter múltiplo e diverso da pós-modernidade possibilita
a emergência de várias facetas de posicionamento acerca da
compreensão da noção de cidadania. Não necessariamente isto
significa que uma faceta seja melhor que a outra, ou ainda, uma mais
verdadeira e outra menos verdadeira. Antes, trata-se da dinâmica
social de olhares múltiplos sobre a realidade e sobre a relação entre
o cidadão (enquanto indivíduo e coletividade) e o Estado.
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O cidadão social
Ao contrário do cidadão liberal, em que o Estado pouco intervinha,
o cidadão social é dotado de direitos coletivos, ou seja, construídos
no seio da coletividade, tais como: saúde, educação, moradia e
alimentação. São direitos que exigem postura intervencionista e
atuante do Estado. Assim, o cidadão social é aquele que tem direito
a ter direitos ofertados e garantidos pelo Estado. Como exemplo
cita-se o SUS (Serviço Único de Saúde) em que o Estado deve
garantir serviços de saúde a todos.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
O cidadão republicano
Trata-se da participação ativa e efetiva da vida da cidade. Esta
proposta de cidadania pressupõe amadurecimento dos membros
da sociedade, no intuito de serem capazes de ir além dos interesses
privados e pensar na coletividade. Representa forma ativa de luta
dentro do regime social.
O cidadão comunitário
Nesse projeto de cidadania, o sujeito, o cidadão, só é reconhecido
e se realiza plenamente no coletivo, em comunidade. Isso porque
a concepção de cidadania necessita ser compreendia dentro do
mundo de vida e de relação do sujeito social. O todo (a comunidade,
ou o grupo étnico de pertencimento, ou grupo cultural) é superior às
partes (os indivíduos) e, portanto, é o real titular de todos os direitos.
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sustentável”, ela é muito mais ampla do que essa relação com a economia.
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pdfs/educacao-para-a-cidadania-planetaria-curriculo-interdisciplinar-em-
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
As cidadanias mutiladas
média? Ser classe média é ser cidadão? O que é ser cidadão neste país? E
com o estado, mas afrontar o estado. O cidadão seria tão forte quanto o
mundo, a sua situação no mundo e que se ainda não é cidadão, sabe o que
Eu digo que não. Em todo caso, no Brasil não o é, porque não é preocupada
fato de que a classe média goze de privilégios, não de direitos, que impede
aos outros brasileiros ter direitos. E é por isso que no Brasil quase não há
cidadãos. Há os que não querem ser cidadãos, que são as classes médias,
e há os que não podem ser cidadãos, que são todos os demais, a começar
pelos negros que são cidadãos. Digo-o por ciência própria. Não importa a
festa que me façam aqui ou ali, o cotidiano me indica que não sou cidadão
neste país.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
tem nenhuma dúvida de que ela não é uma universidade para negros. E na
saúde também, já que tratar da saúde num país onde a medicina é elitista
e os que não têm a quem pedir um pistolão. Os negros não têm sequer a
pedir para ser tratados. E o que dizer dos novos direitos, que a evolução
parecem ser.
as três questões que vão ser a base da maneira como estamos juntos,
corpo do lugar, o corpo do mundo. Eu sou visto no meio, pelo meu corpo.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
meu caso.” Desculpem mas estou tentando utilizar a mim mesmo como
exemplo. Tenho instrução superior, creio ser personalidade forte, mas não
negros deste país, exceto quando apontado como exceção. E ser apontado
Disponível em:<http://www.dhnet.org.br/direitos/sos/discrim/preconceito/
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
francês René Descartes: “Cogito, ergo sum” (penso, logo existo). O cogito
que pertence a determinada sociedade, grupo, país, cultura etc. Por sua
do sujeito como aquele que se reconhece cidadão local e global e que tal
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
Revisão
- Cidadania: trata-se da relação do individuo com o Estado, a qual se
configura com a materialização de direitos e deveres.
1. Cidadão Liberal;
2. Cidadão Social;
3. Cidadão Republicano;
4. Cidadão Comunitário.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
b) Nacionalidade
Loyola, 2005.
2013.
2005.
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1998.
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Direitos políticos,
sociais e civis
Introdução
Origem, delimitação
e conceituação dos
direitos
Duas vertentes, dentre outras que poderiam ser aqui mencionadas,
destacam-se como alicerces para o processo de construção e de
solidificação do que hoje se compreende por direitos humanos
fundamentais. A origem remota da discussão teórica dos direitos
humanos remonta positivamente à Grécia Antiga, a qual prima por
discutir temas como democracia, direitos, liberdade e cidadania.
Entretanto, no contexto grego do nascimento da Filosofia ainda
prevalece o domínio do Estado sobre o indivíduo e a manutenção
do status quo de uma sociedade configurada pela hierarquização
de classes, uma vez que ainda vigora a racionalidade machista,
escravocrata e segregacional. Tal vertente
religiosa defende
a universalidade
À luz de outra perspectiva, não menos importante, merece destaque da dignidade
a relevância da tradição judaico-cristã para a história dos direitos humana a abarcar
humanos. Tal vertente religiosa defende a universalidade da
todos os povos
e nações do
dignidade humana a abarcar todos os povos e nações do mundo.
Por meio do filho de Deus encarnado, toda a humanidade torna-
se participante da condição fraterna de filiação divina, constituída
à imagem e semelhança do seu criador. Tal visão congregacional
marca profundamente a racionalidade ocidental subjacente à
compreensão e à elaboração dos direitos humanos e confere a
perspectiva de universalidade a esses direitos.
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1. BOBBIO, N. A era dos direitos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus Editora, 2004.
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2. B
RASIL. Constituição da República Federativa Do Brasil (1988). Promulgada em 05
de outubro de 1988. 49.ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
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DIREITOS SOCIAIS
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4. R
IBEIRO, M. V. Direitos humanos e fundamentais. 2. ed. Campinas: Russell Editores,
2009, p. 21.
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Direitos difusos
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difusão de deveres.
um todo.
pelos governos.
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Revisão
1. Origem dos direitos humanos
2° Geração –
direitos sociais = a incidir a coletividade, grupos
sociais.
3° Geração –
interesses difusos ou coletivos = compreendem a
sociedade, em perspectiva mais ampla, presente e
futura.
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FACCHI, A. Breve história dos direitos humanos. Loyola: São Paulo, 2011.
2009.
Sites:
2016.
Filmes:
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McCreary, Robert Lorenz, Mace Neufeld. Estados Unidos. 2009. DVD (115
min).
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Sustentabilidade e
responsabilidade
social
Introdução
Princípios
fundamentais da
sustentabilidade
Em meio a muitas crises políticas, econômicas e ambientais
que incidem sobre a sociedade, a cada dia o jovem conceito
de sustentabilidade adquire maior pertinência e aplicabilidade.
Assustadoramente vêm sendo degradados e mutilados os espaços
e as condições necessárias à garantia da vida na Terra.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
Princípios
fundamentais da
responsabilidade social
A devida compreensão da noção de sustentabilidade implica,
para além do reconhecimento da finalidade à qual se destinam as
ações por ela propostas, no critério ético ao qual a sustentabilidade
se encontra imbricada. Trata-se aqui da atitude ética de
comprometimento e de responsabilidade social de todos e de cada
um perante o imperativo categórico de produção, reprodução e
manutenção da vida.
Trata-se de
atitude pessoal
A expressão “responsabilidade social”, como aqui se compreende, refere- e coletiva de
se à ação deliberada e autônoma de indivíduos, coletividades, associações, comprometimento
empresas e instituições de assumirem de modo consciente a habilidade
com a promoção
do bem-estar
de responder perante si e o outro (sociedade), pelas ações executadas,
de toda a
permitidas, estimuladas, facilitadas e ou financiadas. Trata-se de atitude sociedade, a qual
pessoal e coletiva de comprometimento com a promoção do bem-estar abarca todos os
indivíduos.
de toda a sociedade, a qual abarca todos os indivíduos. No intuito de
que o ser humano, ao olhar para si, seja capaz de considerar o todo no qual
manifestação e desenvolvimento.
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A sustentabilidade
como paradigma de
responsabilidade social
O percurso realizado até aqui ao longo desta unidade prepara
o campo para o momento do reconhecimento e da afirmação da
sustentabilidade, dentro da perspectiva ampla e holística defendida,
como parâmetro para a consolidação ética da responsabilidade
social em nosso cotidiano.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
O imperativo da
O esquecimento da dimensão projetual (no sentido de “lançar responsabilidade
adiante”, “projetar”) da existência humana enquanto vocação do ser
social deve ser
situado dentro do
como abertura para o futuro, para uma história contínua e sempre horizonte de um
como possibilidade de vir a ser compromete a prática de ações mundo que vive
sustentáveis como encarnação efetiva da responsabilidade social profunda crise
ética e dos valores
que contempla a vida que se encontra por vir. Por encarnação
de cuidado para
da responsabilidade social, compreende-se o momento crítico e com a vida.
pedagógico de se transpor a teoria para a prática no sentido de dar
corpo, conferir extensão e carne, tornar vivo e vivificante, efetivo e
atuante o que se apregoa teoricamente e ou discursivamente.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
O ser humano
O fato de a sustentabilidade se apresentar como paradigma da não pode se
responsabilidade social não significa que se trata de uma concepção abster do
ou movimento já determinado ou já dado à consciência humana de confronto
com as
uma vez por todas. As descobertas das ciências, os novos arranjos
circunstâncias
sociais, os fenômenos da natureza (como o aquecimento global) e nas quais
os novos desafios impostos pelo mundo contemporâneo exigem se encontra
que a própria noção de sustentabilidade continuamente se atualize
e se conforme (no sentido de adequação) às demandas mutantes e
desafiadoras de seu tempo.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
uso. Por exemplo: tenho sede e bebo água para saciar uma necessidade
ao seu uso. Como tal, a faca não é capaz de auto transcender-se (ir
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se dar por meio do logos. Dia-logos (no grego clássico διάλογος): “através
de”, “por meio de”, “mediado” pelo logos. Logos significa “razão”, “palavra”,
demais animais, uma vez que por meio dela somos capazes de conservar
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fundamental.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
social;
O ser humano aplica tais proposições em sua vida ao dar voz aos apelos
de princípios tão necessários aos tempos atuais. Para além dos valores
como um todo (e não somente o da vida humana) deve ser efetivado como
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Revisão
Sustentabilidade:
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BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. 19. ed.
Jardim; Karen Harley. Produção: Angus Aynsley; Hank Levine; Peter Martin.
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Relações étnico-
raciais
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Identidade, cultura e
etnia
Delimitar conceitos destinados à análise das relações humanas
constitui um exercício antropológico-sociológico de se mudar as
lentes de nossos óculos interpretativos e situar historicamente
problemas, modus vivendi e visões de mundo.
Delimitação conceitual
Identidade
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Cultura
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Paralelamente
Fonte: Arquivo Institucional.
aos conceitos de
identidade e de
cultura, propõe-se
Para finalizar, é importante evidenciar o fato de a cultura assumir
refletir criticamente
uma diversidade de formas ao longo do tempo e do espaço no qual sobre a noção de
atua e se desenvolve. A pluralidade das identidades dos grupos a etnicidade.
constituir a humanidade exerce grande influência nesse processo.
Assim como na natureza, a biodiversidade deve ser preservada,
também a diversidade cultural há de ser protegida e reconhecida
como importante para o desenvolvimento das gerações futuras.
Etnicidade
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a humanidade em raças, por isso, somos uma única espécie com várias
etnias.
valores específicos. Por sua vez, no Brasil, paralela a tal noção de etnia
entrada forçada de várias etnias negras (do séc. XVI ao séc. XIX – período
Por sua vez, ao se estender o uso de raça para outros grupos sociais
Nesse caso, o correto é dizer etnia cigana, assim como etnias orientais e
as demais.
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SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E CIDADANIA
espécie humana e não raça humana, conceito este mais difundido, porém
senciente (capaz de sentir dor) deve ter seus direitos protegidos, ou seja,
uma espécie não deve subjugar a outra como a humanidade tem feito
continuidade da vida.
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