ROLEPLAYING GAME

DÉCIMA TERCEIRA EDIÇÃO

MAIO 2011 EDIÇÃO Nº 13

Criação e Desenvolvimento
Maury Abreu
Diagramação
Maury Abreu e Pablo Urpia
Editoração Eletrônica
Maury Abreu e Pablo Urpia
Projeto Gráfico
Maury Abreu e Pablo Urpia
Revisão
Maury Abreu
Texto
Maury Abreu, Maíra Termero e Pablo Urpia
EQUIPE BEHOLDER CEGO
Site: http://beholdercego.blogspot.com
e-mail: beholdercego@gmail.com
AGRADECIMENTOS
Jambô Editora: www.jamboeditora.com.br
DragonSlayer: www.dragonslayer.com.br
Fale RPG: www.falerpg.com.br
.d20: www.dot20.com.br
BEHOLDER CEGO é uma publicação gratuita e
independente da Equipe Beholder Cego.
2010 Equipe Beholder Cego.
NÚMEROS ANTERIORES
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ATENÇÃO
A revista eletrônica BEHOLDER CEGO é uma
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Todos os jogos, textos e ilustrações são marcas
registradas de seus respectivos autores,
utilizados aqui com o único e exclusivo propósito
de resenha. Sua venda é proibida.
EDITORIAL
AQUILO QUE É BOM NÃO MORRE TÃO FÁCIL
Pois bem, você que esta lendo possivelmente esta pensando “Que legal, a Beholder Cego voltou!”. É, mais ou menos.
Na verdade essa edição que você tem em mãos estava sendo produzida lá em maio de 2009. A maior parte das matérias
já estava pronta naquela época, mas acabaram não sendo editadas e concluídas. O principal motivo é o mesmo que afeta
a maior parte dos RPGistas que publicam na internet quando chegam a uma certa idade: o tempo livre para didicar-se ao
hobby diminui gradativamente, dezenas de outras preocupações surgem no caminho (emprego, estudos, namoro...) e o
RPG lentamente fica de lado. Quando a BEHOLDER CEGO 12 foi lançada eu havia me formado há relativamente pouco
tempo, e estava recém começando a trabalhar. Se naquela época já era complicado, imaginem agora que tenho que
trabalhar e tocar o Mestrado. Como resultado, o RPG se tornou quase uma velha lembrança na minha vida...
Apesar disso, nunca consegui me afastar totalmente. Entrei para a Iniciativa 3D&T, como forma de me obrigar a produzir
alguma coisa com certa periodicidade (não deu muito certo, mas tudo bem), e tentei trazer algum material ocasional pro
blog. O mais divertido foi voltar a jogar Aventuras Fantásticas com o BURP, o Lucas e o Lorran. Isso, você ouviu bem,
Aventuras Fantásticas. Aquele joguinho bem facinho que a Jambô esta trazendo de volta pro Brasil. Como nenhum de nós
anda tendo muito tempo livre, preferimos nos divertir jogando esse sisteminha simples e prático (e, nossa, como damos
risadas... em especial por causa do meu mago que nunca consegue acertar a magia).
Essa edição da Beholder Cego é meio que pra dizer “Ei, ainda estamos aqui!”. Não significa um retorno total, nem que
novas edições ainda virão. Significa apenas que ainda gosto de RPG, e ainda pretendo escrever alguma coisa sempre que
tiver algum tempo. Além disso, achei tão legal a matéria de capa (que escrevi há bastante tempo), que acho um
desperdício não publicá-la em algum lugar. O mini-cenário do Porto de Galis é descaradamente baseado na eterna Porto
Blacksand (ou Porto Areia Negra, na tradução da Jambô) e a idéia da Masmorra da Morte, o que dá uma idéia do quanto
eu gostava desse sisteminha. Também resolvi publicar a matéria sobre o Taulukko que havia sido escrita pela Maíra
Termero na época em que essa edição estava sendo preparada, assim como a minha resenha sobre O Rei do Inverno e
uma parte do artigo sobre armadilhas (que foi publicada no blog Defensores). E como fechamento, resolvi publicar a
minha adaptação de Bleach para 3D&T Alpha, embora vocês ainda possam encontrar muitas outras versões por aí.
Espero que gostem do resultado. Essa edição traz todas as novidades que estávamos preparando, incluindo o novo logo
e um novo formato de diagramação para a revista (“wide-screen”, mais fácil de ler no computador). Espero que
aprovem.
Editor
BEHOLDER CEGO. Marca registrada por Maury S.L. Abreu. Equipe Beholder Cego. Maury Abreu, Pablo Urpia. Proibida a reprodução, total ou parcial de qualquer material descrito nesta edição sem prévia
autorização dos autores. Envie suas dúvidas e sugestões para o e-mail beholdercego@gmail.com e nos ajude a produzir as próximas edições. Para ver seu artigo publicado aqui na Beholder Cego, entre em
contato conosco. Para anúncios gratuitos do seu artigo, cenário, sistema, site, blog ou publicação, envie um e-mail com a palavra “Anúncios”.
 ´
Sumario ´
& Conteudo
Estalagem: Prazer, Taulukko
04
Por Maíra Termero

Raio X: O Rei do Inverno

06
Por Maury Abreu

Olho Central: O Calabouço de Hezael

08
Por Maury Abreu

Ação Aleatória: Bleach Alpha

14
Por Maury Abreu

Ação Aleatória: Cuidado onde Pisaaaa...!!!

20
Por Maury Abreu

Um mini-cenário com
temática em masmorras
e piratas é a pedida da
vez para esta edição!
Por Maíra Termero
 1 Primeiro passo
Como utilizar o site
Taulukko para jogar RPG
J ogar RPG de mesa é uma experiência única. Mas há
vários motivos - e atualmente várias ferramentas - para
se jogar online. Você pode ter amigos por todo o
Brasil e querer jogar com eles ou ainda apenas estar afim
de conhecer gente nova, por exemplo. Foi pensando nisso
que o Taulukko foi criado, em agosto de 2008. Trata-se da
primeira mesa virtual de RPG brasileira via web. Para usar,
não é preciso baixar nenhum software, apenas acessar o
site www.tauluko.com.br com seu navegador e se divertir.
Na página de ajuda do Taulukko (menu?), há explicações e
video-tutoriais à disposição dos jogadores sobre as
ferramentas do sistema. Confira abaixo algumas delas.
2 Segundo passo
Como jogar
O Taulukko é, basicamente, uma sala de chat equipada
com ferramentas para se jogar RPG. A principal delas é o
rolador de dados, que pode ser acessado na própria sala,
com um clique no dado desejado, ou por comando. Se
quiser rolar 10 dados de 6 lados, por exemplo, basta
digitar “/10d6”. No chat, é exibido o resultado total (útil
para D&D) e a rolagem de cada dado (útil para Vampiro).
O mestre pode rolar secretamente usando “//” no
comando.
Na sessão de jogo, é possível falar em segredo com o
mestre e vice-versa (“/pm” e “//pm nick”) - quer fazer
algo sem que os outros jogadores saibam - ou alterar o seu
apelido (“/nick”)? - útil para os mestres assumirem suas
múltiplas personalidades. Para falar de verdade, o
Taulukko oferece um servidor TeamSpeak
(adenworld.com.br:8768), com salas públicas ou
reservadas por campanha.
Dica: é possível usar o sistema de áudio do Team Speak para
permitir que seus jogadores ouçam músicas e efeitos sonoros da
aventura.
3 Terceiro passo
Como narrar
Antes de tudo, é preciso criar a sua campanha (no
menu Perfil de GM), que pode ou não ter uma senha. Os
jogadores podem encontrá-la na ferramenta de busca, no
Perfil de Jogador, e adicioná-la ao catálogo. Para jogar,
narrador e jogadores entram em seus catálogos, escolhem
a campanha e entram na “sessão” de jogo (a sala de chat).
Dica: como a sala de jogo mantém o registro das últimas ações
no chat, é possível transformar sua campanha numa espécie de Play
by Mail, cada um entrando na sessão no horário que pode e
deixando registrada sua ação.
Prepare a aventura pensando no jogo online.
Colecione links das imagens de lugares, monstros,
personagens, objetos e envie durante o jogo para os
jogadores (“//img URL”). Se não for usar o sistema de
voz para narrar, prepare os textos com as descrições de
lugares e cenas para copiar e colar no chat no momento
adequado. Textos feitos com cuidado e antecedência dão
gosto de ler e aproveitam melhor a ferramenta. Deixe
aberto no seu computador suas ferramentas de consulta
(PDFs, estatísticas de personagens e monstros, etc.).
Esqueceu alguma coisa? Use o Google a seu favor.
Dica: da mesma forma que você estará navegando por outras
telas no computador, os jogadores também podem estar. Para chamar
a atenção deles, use a ferramenta “bomba”, que só aparece para o
mestre. Quem estiver com o som ligado ouvirá uma explosão e todos
serão trazidos para a tela do Taulukko.
Se o sistema que você joga usa grids de quadrados,
você pode improvisar usando a ferramenta do Google de
criação de planilhas. Colorindo os quadrados, é possível
montar pequenos mapas com grid. Os jogadores podem
acessar com um link e até alterar suas próprias posições se
você compartilhar com eles o poder de edição.
No menu “logs”, em cada campanha, o narrador pode
consultar tudo o que aconteceu nas sessões anteriores e
fazer o download em arquivo zip.
Dica: aproveite que tudo o que foi dito já está digitado e crie
coragem para publicar diários de campanha.
4 Quarto passo
Fichas de personagens
Uma das mais novas ferramentas do Taulukko permite
que se use fichas de personagens na campanha (menu
Ferramentas). Os modelos podem ser criados por
qualquer usuário, para qualquer sistema de regras, até com
scripts para cálculos automáticos. Atualmente, já estão
disponíveis fichas prontas para 3D&T Alpha, D&D 3.5
(criada pela equipe da Beholder Cego), Street Fighter RPG,
Fate e uma ficha genérica. Na sessão de jogo, cada jogador
pode acessar apenas a sua ficha (para preencher e
consultar) e o narrador pode acessar a de todos.
Muitas das funcionalidades do Taulukko foram criadas
a partir de sugestões dos usuários. O contato com a
equipe de desenvolvimento é próximo e sem
formalidades. Basta mandar um e-mail
(taulukko@taulukko.com.br).
5 Quinto passo
O que você está esperando?
Clique em www.taulukko.com.br e comece já sua
campanha.
Agora a antiga seção de notícias e novidades
sobre o nosso hobby será substituída por artigos com
dicas para se jogar, não importa como (no caso desta
edição, um site que dispõem de várias ferramentas
para se jogar pela internet). Se você gosta de
acessórios ou quer sugestões sobre como incrementar
seus jogos, fique de olho nesta humilde estalagem.
O motivo da mudança? É um pouco óbvio, mas
também sinal de uma nova era para o RPG no Brasil:
os blogs de RPG. Hoje eles fervilham na internet,
trazendo sempre notícias e novidades para os
amantes do hobby. Recomendamos o .20
(www.dot20.com.br), a Área Cinza
(www.areacinza.org) e, é claro, o nosso próprio blog:
http://beholdercego.blogspot.com.
http://beholdercego.blogspot.com 5

Se você acha que conhece a lenda
de Arthur, pense novamente...
Não acredito que haja alguém que nunca tenha ouvido
falar de Artur, o lendário cavaleiro. Mesmo aqueles que
não sentem muita atração por estórias de cavalaria alguma
vez já ouviram falar deste personagem, ou pelo menos
algo sobre Camelot, a Távola Redonda, a espada
Excalibur. Assim, eu me arrisco a dizer que não existe
RPGista que não tenha no mínimo um interesse em
conhecer as estórias desse lendário personagem.
A lenda de Artur é tão forte que até hoje muitas
pessoas ainda se perguntam se ele realmente existiu. Qual
a diferença entre a história e a estória de Artur? Não há
como ter certeza total, mas muitos historiadores afirmam
que a lenda é sim baseada em um personagem real – mas
claro, com o tempo uma dezena de elementos fantásticos
foram inseridos, o que acabou gerando toda a lenda sobre
o “rei” Artur e os cavaleiros da Távola Redonda.
O inglês Bernard Cornwell sempre foi apaixonado
pelas estórias do lendário cavaleiro, e decidiu pesquisar a
fundo sua paixão. Como um dos resultados dessa pesquisa
nasceu O Rei do Inverno, o primeiro volume da trilogia
As Crônicas de Artur.
6 http://beholdercego.blogspot.com
Uma Estória sobre a História
O Rei do Inverno traz a estória do lendário Artur com
uma abordagem muito mais histórica do que fantástica. O
próprio personagem lendário nem sequer é o protagonista
– ele aparece apenas no final da primeira parte (sendo que
as 537 páginas de estória mesmo são divididas em apenas
cinco partes). O verdadeiro protagonista, e também o
narrador da estória, é Derfel Cadarn, um habilidoso
lanceiro que atua a serviço de Artur. Segundo Cornwell,
tal personagem realmente teria existido, identificado em
manuscritos antigos como um soldado a serviço de Artur.
Mas como as informações sobre ele são bastante escassas,
boa parte da estória contada por Cornwell é mera ficção.
Os fãs das lendas de Artur sentirão falta de uma série
de elementos no enredo. Por exemplo, perceberam que o
único momento em que me referi a Artur como rei, o fiz
entre aspas? Pois bem, segundo Cornwell Artur nunca
torna-se rei. Pelo contrário, ele é um habilidoso e
inigualável general a serviço do rei da Dumnonia, uma
região que realmente teria existido na Grã-Bretanha.
Não há Camelot e, até o fim do livro, não se houve
nada sobre uma Távola Redonda ou seus cavaleiros. O
autor acredita que reino de Camelot tenha sido pura
invenção de uma das muitas estórias e lendas criadas em
torno de Artur por volta do século XII. Já a Távola
Redonda não é mencionada – por isso sua aparição nos
títulos seguintes não está descartada.
Se a verdadeira história de Artur é cheia de mistérios e
buracos, o mesmo não acontece com o conhecimento
sobre o período histórico, e Corwell traz isso para O Rei do
Inverno. As histórias de Artur teriam se passado na Grã-
Bretanha, nos séculos V e VI, depois da partida dos
romanos. O aspecto que mais chama a atenção era a
religião – nessa época a religião politeísta estava perdendo
espaço para o cristianismo, e isso é bem retratado no livro.
Cabia a Merlin e os demais druidas (para quem ainda não
sabe, Merlin era druida e não mago) restaurar o poder dos
Deuses Antigos. Aliás, na minha opinião os druidas são
responsáveis por algumas das passagens mais interessantes
do livro. Era divertido ver o medo que as pessoas tinham
dos “feitiços” realizados pelos druidas, e todos os eventos
de boa e má sorte. Até os cristãos, embora dissessem que
não acreditavam no poder dos Deuses Antigos, morriam
de medo dos druidas, e não dispensavam um feitiço de
boa sorte.
Por falar em Merlin, não há certeza se esse
personagem teria realmente existido historicamente.
Assim como Lancelot e Morgana. Todos esses
personagens aparecem na trama, mas embora sua
participação seja importante em alguns momentos, eles
muitas vezes atuam como coadjuvantes distantes. Merlin e
Lancelot, por exemplo, tem participação importante n'O
Rei do Inverno, mas não chegam a se destacar o tempo
todo. Aliás, se você é fã de Lancelot, prepare-se para
conhecer um “herói” totalmente diferente. Cornwell
retrata o cavaleiro de uma forma que poucos fã de Artur
esperariam...
Altos e Baixos
O Rei do Inverno, como quase tudo na vida,
tem seus pontos bons e ruins. Pessoalmente eu
acho que a estória demora um pouco a ficar
interessante – talvez pelo fato de não estar muito
acostumado com as regiões onde tudo ocorre. O
fato de ser Derfel, e não Artur, o protagonista
da estória também pode descontentar os
maiores fãs. As narrativas das batalhas são boas
– mas poucas realmente transmitem emoção e
apreensão.
O ponto de maior destaque, pra mim, ainda
são os druidas. Eles estão presentes o tempo
inteiro, com seus feitiços e crendices, e são os
responsáveis pelo aspecto mítico da estória.
No fim, O Rei do Inverno traz uma grande
estória, embora a narrativa algumas vezes não
traga emoção ou surpresa. Para quem quer uma
estória fantástica cheia de magias, talvez esse
livro não seja tão indicado. Mas para quem gosta
de estórias de grandes guerreiros e uma boa
parede de escudos, pode ir atrás, pois O Rei do
Inverno está cheio delas.
E se gostar, pode continuar com os outros
dois títulos da trilogia: O Inimigo de Deus e
Excalibur.
por Maury “Shi Dark” Abreu
http://beholdercego.blogspot.com
 Pilar/coluna Fonte média

Fosso com espinhos Tesouro

Armadilha de fosso Baú/Arca

Estátua média/pequena Barril

1
http://beholdercego.blogspot.com

Escala: 1 quadrado = 1,5m Entrada

13
 a~o
aC ´rIa
a To
Ale
Bleach é uma série em mangá, escrita por Tito Kube que conta a
estória de Kurosaki Ichigo, um jovem adolescente de 15 anos que
devido a um incidente recebe poderes de shinigami, os deuses da
morte, e passa a viver aventuras, realizando missões e pouco a
pouco conhecendo as verdades sobre o mundo espiritual. Tanto
sucesso no mangá trouxe Bleach para as telas, em versão anime. E
agora chega também na mesa de jogo.
Os mitos e lendas de Bleach são baseados em lendas reais, não
sendo difícil sua adaptação para os jogos de RPG. A ambientação se
adapta principalmente a cenários que utilizem elementos
sobrenaturais e/ou espirituais. Agora qualquer Mestre ou jogador
poderá usar os Deuses da Morte em suas campanhas.
Este artigo é baseado nas mesmas regras de shinigamis
publicada na revista Dragon Slayer #10, escrita por Cristiano
“Leishmanose”, Maury “Shi Dark” e Marcelo Cassaro.

O Cenário
“As pessoas podem possuir esperanças, pois a morte é algo que não se
pode ver.”
Quando uma pessoa morre, sua alma é designada
ao Paraíso ou ao Inferno, de acordo com suas ações
em vida. Mas geralmente os espíritos não conseguem
chegar a estes lugares sozinhos, é preciso alguém que
os conduza até o outro lado. Os condutores no oriente
são conhecidos como shinigamis, “deuses da morte”.
Shinigamis são espíritos que foram treinados na
Seireitei, a base dos esquadrões shinigamis, conhecidos
como Gotei 13. Eles são reconhecidos por vestirem
um shihakusho (quimono preto) e portarem
zanpakutous, suas espadas espirituais. Desempenham
várias missões, como proteger a Sociedade Espiritual,
manter em equilíbrio o número de almas entre os dois
mundos (Espiritual e Físico) e caçar hollows.
Quando um espírito desencarna (quando ele
abandona completamente seu corpo físico) a corrente
de prata que liga o seu corpo à sua alma é partida e ele

por Maury “Shi Dark” Abreu

14 http://beholdercego.blogspot.com
se torna um espírito plus. Com o tempo os restos dessa
corrente, que permanece presa em seu corpo espiritual, vai
diminuindo de tamanho até deixar de existir. Quando isso
acontece o plus sofre uma alteração transformando-se em
um hollow (ou “espectro” entre os ocidentais). Plus que
tenham sido maus durante sua vida, que não tenham sido
enterrados com o devido ritual, ou ainda que possuam um
forte apego material (seja a um lugar ou uma pessoa)
transformam-se mais rapidamente em hollows.
Os hollows são espíritos malignos que se alimentam de
outros espíritos e de energia espiritual das pessoas. Cabe aos
shinigamis caçá-los e purificá-los. Ao
contrário do imaginado, entretanto, os
shinigami não matam os hollows; com o corte
da máscara com sua zanpakutou eles o
purificam, trazendo-os ao seu estado anterior
de espíritos plus - e, nesse momento, ele é
enviado à Sociedade Espiritual ou ao Inferno
(mas essa escolha não cabe ao shinigami;
um outro poder superior determina o destino
de um espírito plus).
A Sociedade Espiritual
“Tememos por aquilo que não podemos ver. Não
podemos ver, por isso respeitamos. E então uma
espada vai descer sobre nós”.
Há cerca de 2000 anos atrás a Academia
Shinigami foi fundada por Yamamoto-Genryuusai,
o primeiro capitão shinigami. Hoje a Sociedade Espiritual é
governada pela Central 46, que recebe ordens do Grande
Rei Espiritual. A Central 46 (composta por 6 juízes e 40
sábios) lida com o sistema jurídico, administrativo e
legislativo da Sociedade Espiritual. Sob o serviço da Central
46 estão o Kidoushuu (Corporação de Artes Demoníacas),
o Onmitsu Kidou (Unidades Móveis Secretas) e o Gotei 13
(os Esquadrões Shinigamis).
O Gotei 13 possui exatamente 13 esquadrões, cada um
com algumas funções específicas - o primeiro esquadrão
designa as atividades para os demais esquadrões, o quarto
esquadrão é especialista em medicina e o décimo segundo é
o esquadrão responsável pelos Departamentos de Pesquisa e
Tecnologia de Comunicação e o de Movimentação de
Almas, por exemplo. Cada esquadrão possui 200 shinigamis
sob a liderança de um taicho (capitão) e um fukutaicho Os Shinigamis
(vice-capitão ou tenente). “Após a morte de uma pessoa não há motivo para discutir quem estava
Uma academia shinigami é responsável pelo recrutamento errado. O que temos que pensar é: o que fazer para que isso não aconteça de
de novos shinigamis, havendo aulas teóricas e práticas. novo?”
Como as baixas costumam ocorrer com certa freqüência A cultura dos shinigamis lembra bastante a cultura
(quando um shinigami ou uma alma “morre”, ela samurai do Japão. Eles possuem a mesma disciplina e senso
reencarna), sempre há vagas para novos shinigamis recém- de honra. Cada um deles, ao se formar na Escola Central de
formados. Aperfeiçoamento de Espírito, aprende a conjurar uma
Na Sociedade Espiritual existem muitos Senkaimon, espada espiritual chamada zanpakutou. Apesar de aparentar
portais místicos que conectam o mundo dos espíritos e o ser apenas uma espada katana comum, a zanpakutou possui
mundo dos vivos. Shinigamis experientes, ou que sejam habilidades especiais - como a capacidade de cortar seres e
enviados em missões para a Terra, sabem como abrir estes objetos físicos e espirituais, e ser capaz de, com o cabo da
portais para entrar e sair do mundo físico. espada, enviar espíritos plus para o seu destino designado
Membros da nobreza freqüentemente (na base do cabo há um símbolo onde diz existência morta).
possuem seus próprios portais, Além disso, a zanpakutou esta ligada ao espírito do
construídos dentro de suas shinigami e quanto maior essa ligação, maior os poderes da
propriedades, para que possam zanpakutou. Basicamente, a zanpakutou é quase como um
visitar a Terra sempre que desejarem. ser vivo que auxilia o shinigami (tanto que algumas espadas
Muitos desses portais (mas não todos)
possuem um Reishihenkanki, um
conversor de espíritos - significa que
se uma pessoa viva passar por ele, seu
corpo será convertido em espírito, e
ele poderá interagir com os seres
espirituais. Portais sem um
Reishihenkanki não podem ser
atravessados por pessoas vivas.
A Sociedade Espiritual é dividida
em dois locais: a Sereitei é o lugar onde fica a Central 46, a
Academia Shinigami e o Gotei 13. No entorno da Sereitei
existe uma cidade conhecida como Rukongai, composta por
78 regiões. Cada uma dessas regiões esta inserida em uma
escala de riqueza, sendo a primeira a mais rica e a última a
mais pobre. Toda alma recém-chegada à Sociedade
Espiritual é enviada para uma dessas 78 regiões onde poderá
formar uma nova família e viver tranqüilamente (pois é
comum que as pessoas nunca voltem a encontrar seus
parentes, mesmo que tenham morrido juntos). Em uma
situação de invasão à Sereitei um imenso muro se forma ao
redor dela, e uma barreira invisível a envolve
completamente. Nessa situação as únicas entradas são os
portões Seirei, cada um protegido por um guardião
shinigami.
http://beholdercego.blogspot.com 15
 até assumir forma física e conversar com seu
shinigami).
Os shinigami são treinados no zanjutsu
(técnica de luta com a zanpakutou), no
hakuda (técnica de combate corporal), no
houhou (combate com os pés) e no kidou
(artes demoníacas, o uso de magias). Isso
aumenta bastante a versatilidade dos
shinigamis em situações de combate e em
situações de emergências.
Shinigamis possuem um forte código de
disciplina, não sendo motivados pela
aventura. As aventuras das quais participam
fazem parte de alguma missão para a qual
foram enviados ao plano físico ou qualquer
outro lugar. Alguns shinigamis são
designados a monitorar perímetros como
cidades ou regiões, protegendo aquele lugar
de hollows e encaminhando espíritos plus
para o seu destino espiritual.
Por serem seres espirituais, os shinigamis
não podem ser vistos por todo mundo.
Apenas aqueles que possuírem uma grande
sensibilidade espiritual podem senti-los ou
vê-los. Caso precisem se envolver com o
plano físico, eles criam invólucros
denominados gigais. Gigais são corpos criados pelo material
do plano físico e atuam como um corpo temporário para
um shinigami. Entretanto, uma vez que o shinigami cumpra
sua missão e abandone o seu gigai, ele deve limpar a
memória de todos aqueles que o conheceram, como se ele
nunca tivesse existido.
A grande maioria dos shinigamis são espíritos da raça
humana. Mas se o Mestre deseja criar uma campanha
ambientada em um cenário de fantasia com elementos da
cultura shinigami, nada impede que existam shinigamis de
outras raças. Note que o gigai utilizado por um espírito pode
possuir a forma que seja mais adequada para a realização de
sua missão, seja a de um humano ou de alguma outra raça
ou criatura (mas o shinigami não ganha qualquer benefício
racial por usar a aparência de outra raça diferente da sua).
Fora do gigai, não importando a raça a que pertencem,
todos os shinigamis são considerados youkais incorpóreos -
16 http://beholdercego.blogspot.com
eles podem ver, ouvir e afetar o plano material e as
criaturas físicas, mas não são vistos nem ouvidos pelos
seres vivos (entretanto a Sociedade Espiritual impõem
restrições sobre a interação que os shinigamis podem ter
com os seres vivos).
Os shinigamis geralmente atuam sozinhos ou
participam de missões ao lado de alguns membros do
Onmitsu Kidou e do Kidoushuu. Quando estão no plano
físico, se a necessidade assim exigir, eles podem atuar com
outras pessoas, mas deverão apagar a memória deles
quando a missão acabar. Nesses casos os shinigamis
costumam ser neutros em relação à maior parte dos seres
humanos, podendo ter uma boa relação com clérigos e
paladinos cujas crenças afirmem que a morte é algo
natural (e uma relação não muito amigável com aqueles
que tentam driblar a morte).
Algumas vezes os shinigami apagam as memórias dos
vivos com os quais atuaram, mas estes ainda conseguem
manter pequenas lembranças ocultas no
fundo de sua mente - e estas lembranças
podem ser despertadas em momento
específicos, geralmente por influência da
atuação de uma pessoa com alta energia
espiritual.
Personagens Shinigami
Pré-Requisitos: Patrono (Sociedade
Espiritual), Inimigo (Youkai) e uma
vantagem mágica qualquer.
Restrições: proibido para
Construtos.
Um personagem shinigami possui
automaticamente os poderes Existência
Morta e Zanpakutou. Eles podem ter
qualquer vantagem, desvantagem e
perícia descrita no Manual 3D&T Alpha,
com a autorização do Mestre.
Existência Morta. Independente da
raça à que pertencem shinigamis são
considerados youkais - pois eles não
estão mais vivos, são espíritos. Os
shinigamis são considerados invisíveis
para todos os seres vivos - apenas seres
incorpóreos (incluindo hollows e outros
shinigamis) e xamãs são capazes de vê-los. Além disso, os
shinigamis são completamente imunes a todos os danos
físicos, com exceção de dano mágico e dano provocado por
shinigamis, xamãs, hollows e outros seres incorpóreos.
Shinigamis podem usar um gigai para andar entre os
humanos. No gigai o shinigami passa a ser visto por seres
vivos, mas também pode interagir com seres incorpóreos
(ele é considerado um xamã). Na forma do gigai, entretanto,
o shinigami não pode usar a maioria de seus poderes (ele
não consegue usar a zanpakutou, mas ainda pode usar
magias). Entretanto a Sociedade Espiritual é muito rígida em
proibir o uso dos poderes na presença de humanos vivos.
Shinigamis muito poderosos podem ter uma força
espiritual tão alta que podem interferir na vida humana. Por
isso a Sociedade Espiritual exige que capitães e sub-capitães
shinigami limitem seu poder quando entram na Terra.
Quando estes shinigamis vêm para o mundo real eles
recebem um selo, uma flor a cima do peito. Somente com
autorização da Sociedade Espiritual pode-se quebrar o selo
para usar o seu poder de forma plena. Isto, entretanto,
ocorre somente em situações extremas. Em regras, um
shinigami que vêm para a Terra não pode ultrapassar a
escala sugoi.
Zanpakutou. Zanpakutou significa cortadora de almas.
É a arma utilizada por um shinigami (shinigamis não
utilizam qualquer outra arma). Normalmente são espadas,
mas a forma varia de acordo com a natureza e
comportamento de cada shinigami. Cada zanpakutou possui
inteligência, personalidade e força próprias. Quando as
habilidades da zanpakutou são usadas em conjunto com as
habilidades do shinigami é que se demonstra a força real
dessa união. Para que isso aconteça é preciso que haja um
trabalho conjunto, que se conheçam e confiem um no outro.
Uma zanpakutou possui 3 formas.
- Asauchi: É a forma normal, mais fraca. Nessa forma ela
tem as mesmas características de uma espada katana, tendo
uma bainha. Ela permanece nessa forma enquanto o
shinigami não conseguir se comunicar e descobrir seu nome.
O tamanho da asauchi depende da força espiritual do
portador, mas os shinigamis são treinados para que suas
zanpakutous não ultrapassem o tamanho de uma katana
normal. Algumas zanpakutou podem ter uma aparência e
forma um pouco diferente (como uma wakizashi ou uma
ninja-to), mas as estatísticas permanecerão as mesmas.
Em regras, a zanpakutou na forma asauchi é considerada
uma arma normal que causa dano por Força (corte).
Entretanto, para cada 2 Pontos de Experiência que o
personagem shinigami recebe, a zanpakutou recebe 1 PE. Se
desejar o shinigami também pode transferir seus próprios
PEs para a zanpakutou. Por exemplo, no final de
uma missão o Mestre premia um shinigami com
4 PEs. Automaticamente sua zanpakutou recebe
2 PEs. O shinigami então decide que quer ficar com
apenas 1 PE para si, e os outros 3 são transferidos
para a espada. Assim, o shinigami recebe apenas 1 PE,
mas sua zanpakutou recebe 5 PEs.
Quando a Zanpakutou adquire um total de 10 PEs ela
pode assumir a forma shikai.
- Shikai: Quando o shinigami consegue entrar em
conexão mental com a zanpakutou ele torna-se capaz de
ouvi-la; ela então revela seu nome ao portador. Se ele souber
o nome da zanpakutou, o shinigami poderá invocar a forma
shikai, fazendo com que ela libere as habilidades especiais e
forma especial que possui.
Em regras, quando os PEs acumulados pela zanpakutou
chegam a 10 ela automaticamente se torna uma arma
mágica +1. Mas para usar essa habilidade o shinigami deve
invocar a forma shikai, o que é considerado um
movimento (o shinigami ainda pode atacar na
mesma rodada que invoca a forma shikai, mas
não poderá se mover - a menos que tenha
Aceleração). Na forma shikai a zanpakutou
pode mudar completamente de aparência,
podendo até se tornar uma arma que cause dano
à distância (PdF, ao invés de Força) ou que
cause qualquer outro tipo de dano (físico ou de
energia). Entretanto, uma vez que essa decisão
tenha sido tomada, não é possível voltar atrás.
A zankaputou continua a acumular PEs da
maneira mencionada anteriormente, e pode usar
esses PEs para adquirir novos poderes. Em
regras, ela pode adquirir qualquer uma das
características descritas na página 120 do Manual
3D&T Alpha e no Manual da Magia. O Mestre
também deve sentir-se livre para criar outros
poderes para uma zanpakutou.
Quando a zanpakutou acumular um total de 100 PEs o
shinigami torna-se capaz de invocar uma outra forma de sua
espada.
- Bankai: Finalmente, quando tem domínio total sobre
sua zanpakutou o shinigami consegue uma conexão tão
forte com ela que caso seja seu desejo ele pode liberar a
bankai, a última e mais poderosa liberação da
zanpakutou. Poucos conseguem chegar nesse nível,
pois é preciso não somente uma forte conexão
mental com a alma da zanpakutou como o domínio
da mesma. Nessa forma a zanpakutou luta com o
seu poder máximo, ampliando as habilidades do
shinigami e os dela.
Em regras, um shinigami passa a ser capaz de liberar sua
bankai quando sua zanpakutou acumula um total de 100
Pontos de Experiência (por exemplo, quando ela se torna
uma arma +3 com os poderes Espiritual e Vorpal; ou
quando ela se torna uma arma +5). Invocar a forma da
bankai exige uma rodada completa (ou seja, o shinigami não
pode atacar nem se movimentar na rodada). Na rodada
seguinte, entretanto, a zanpakutou mudará completamente
de forma, perderá todas as habilidades que tinha na forma
shikai, mas receberá um total de 200 Pontos de Experiência
para adquirir habilidades completamente novas!
Cada zanpakutou tem uma única forma bankai. Uma vez
que as habilidades tenham sido determinadas, elas não
podem mudar novamente.
Vaizard
A origem dos vaizards sempre foi cheia de mistérios e
controversas (embora os fãs da série já tenham uma resposta
de como eles surgiram). Há quem acredite que alguns
shinigami nascem com uma alma hollow em seu interior
que, repentinamente, decide despertar e dominar o deus da
morte. Mas existem também shinigamis que sofrem algum
tipo de mutação, estimulados por algum evento pouco
conhecido, e acabam se transformando em hollows. O
resultado, entretanto, é um monstro muito mais poderoso,
que combina habilidades de hollow e shinigami, porém
totalmente incontrolável. Quando isso aconteceu pela
primeira vez na Sociedade Esperitual, a Central 46
determinou que esses shinigami eram perigosos, e deveriam
http://beholdercego.blogspot.com 17
 e deveriam ser eliminados para o bem de todos.
Entretanto esses shinigami conseguiram escapar (com a
ajuda de dois ex-capitães), e começaram a dominar sua alma
hollow. Eles então se transformaram nos vaizards, shinigamis
que despertam poderes de hollow. Quando desperta esse
poder um shinigami adquire uma máscara branca exatamente
igual à uma máscara hollow.
Em regras, um vaizard recebe +10 em cada uma de suas
características enquanto estiver transformado. Entretanto,
ele não pode manter a transformação permanentemente.
Um vaizard pode se manter concentrado, utilizando seu
poder de hollow, durante um número de rodadas igual à sua
Resistência (antes da transformação em vaizard). Passado
esse tempo a máscara começa a rachar. O vaizard ainda
pode gastar 1 PM para manter a máscara por mais 1d turnos
(ele pode fazer isso até não ter mais PMs para gastar).
Quando o tempo acabar, a máscara se quebra, e ele volta ao
seu nível normal de poder.
O evento de “hollownização” ainda é pouco conhecido.
Talvez isso possa acontecer com qualquer shinigami, ou
talvez apenas com aqueles que nascem com uma alma
hollow. Independente disso, até que o shinigami consiga
controlar seus poderes ele é considerado como tendo uma
versão modificada da desvantagem Assombrado: em
momentos de crise, ou durante o combate, o shinigami pode
ser dominado por seu lado hollow, e passará a lutar sem
controle, podendo ferir até mesmo aliados. Controlar a alma
hollow exige muito treinamento, e o personagem pode
sofrer com sua assombração por muito tempo até conseguir
dominá-la.
Os Hollow
Uma alma que não seja conduzida ao seu lugar de
destino (a Sociedade Espiritual ou o Inferno) fica vagando
pelo mundo, geralmente permanecendo perto de um ente
querido ou do lugar onde morreu. Com o tempo o pedaço
de corrente em seu peito vai se deteriorando até ser
completamente consumida. Quando isso acontece o espírito
plus se transforma em um hollow. Essa transformação,
entretanto, pode levar muitos anos.
Por outro lado, um espírito plus vagando pela Terra está
vulnerável, e pode ser atacado por outros hollows. Uma
alma plus que seja devorada por um hollow irá perder sua
18 http://beholdercego.blogspot.com
hollow podem ferir seres vivos - mas eles raramente o
fazem, preferindo interagir com o mundo espiritual.
Dependência. Sempre que estão na Terra os
hollow precisam se alimentar de almas plus
diariamente, ou sofrem -1 em sua Resistência a cada
dia, até chegar a R0. Se ele não se alimentar dentro de
um dia, será enviado de volta para o Hueco Mundo -
o mundo espiritual onde vivem os hollow (como um
Inferno). Mesmo no Hueco Mundo os hollow ainda
precisam satisfazer essa Dependência - por isso neste
mundo eles vivem devorando uns aos outros.
Arrancars
No Hueco Mundo os hollow são divididos em
humanidade, e se transformar em um novo hollow logo várias categorias e escalas. Existem os menos, gillian,
depois. adjuchas, vasto lordes... Para subir de nível, os hollows
Hollows são espíritos altamente malignos que se devem se alimentar uns dos outros.
alimentam de almas mortas (plus) - muito embora alguns Quando chega a um certo nível de poder (escala kiodai
também possam atacar criaturas vivas que tenham uma ou superior) um hollow pode arrancar a sua máscara para se
força espiritual alta. Eles possuem duas características tornar um ser extremamente poderoso - ele adquire alguns
marcantes: todos possuem um buraco no peito, ou região poderes de shinigami, e passa a ser chamado de Arrancar.
próxima, e uma máscara branca. O buraco no peito Um arrancar perfeito não possui mais a sua máscara.
significa que o hollow se desvinculou completamente de Entretanto, demora muito para chegar a esse nível, e por
seu corpo físico, enquanto a máscara representa a perda
total de sua humanidade.
Cada hollow possui suas próprias características:
valores de atributos, vantagens, desvantagens e até
poderes únicos. Todos, entretanto, possuem traços em
comum.
Youkai. Hollow sempre são considerados youkais.
Imunidades. Hollows não precisam comer, dormir ou
beber. São imunes a venenos, doenças e poderes que
funcionem especificamente com criaturas vivas.
Entretanto eles podem ser curados e não são afetados por
Controle ou Esconjuro de Mortos-Vivos.
Incorpóreo. Pessoas comuns não podem ver nem
interagir com os hollow (eles são considerados invisíveis
permanentemente). Eles são completamente invulneráveis
a todo tipo de dano, exceto magias. Shinigamis,
personagens com a vantagem Xamã e outras criaturas
incorpóreas (como fantasmas) podem feri-los
normalmente.
Xamã. Diferente de outras criaturas incorpóreas os
isso é mais comum encontrar arrancars com fragmentados
de sua máscara ainda presos ao rosto (quando a máscara
ainda é muito proeminente eles são chamados de pseudo-
arrancars).
Os arrancars seguem exatamente as mesmas regras dos
hollow descritos anteriormente. Eles possuem apenas uma
característica extra:
Zanpakutou. Todos os arrancars possuem uma
zanpakutou. Na verdade a zanpakutou é o verdadeiro poder
do arrancar selado na forma de uma espada. Quando o
arrancar decide liberar sua zanpakutou ele desperta todo seu
poder, e assume sua verdadeira forma (sua forma de
hollow). Com isso o arrancar recebe +10 em cada uma de
suas características.
Outros Personagens
Embora os shinigami e os hollow sejam os grandes
astros do cenário de Bleach, ainda existem outros tipos de
personagem que podem ser criados pelos personagens
jogadores.
Alguns seres humanos com alta densidade espiritual
ocasionalmente despertam poderes sobrenaturais, e podem
usá-los para combater os hollow e defender seus iguais.
Depois de quase ser morta pelo espírito de seu irmão (que
foi transformado em hollow) Inoue Orihime lentamente
começou a ser capaz de ver espíritos, até despertar um
poder capaz de invocar seis fadas com várias habilidades
sobrenaturais. Da mesma forma, Sado Yasutora (Chado)
despertou uma força sobrenatural após salvar Karin, irmã
do protagonista Ichigo, de um hollow.
Existem também os quincy, humanos que descobriram a
existência dos hollow e desenvolveram habilidades para
combatê-los. Para isso eles utilizam a energia espiritual ao
seu redor para criar arcos e flechas feitos de energia
espiritual. Entretanto, quincy e shinigamis são inimigos, pois
os shinigami buscam o equilíbrio - sempre que eles
destroem um hollow, a alma é enviada ao Hueco Mundo ou
à Sociedade Espiritual, de modo que haja sempre um
equilíbrio no número de almas nos mundos espirituais e
físico. Os quincy, por outro lado, destroem os hollow
completamente, quebrando esse equilíbrio. Uryu Ishida é o
último quincy ainda vivo na série (pelo menos é o que ele
acredita no início).
Em termos de regra apenas personagens com a
vantagem Xamã poderão interagir com shinigamis e hollow.
Em uma campanha baseada nos conflitos com hollow e
outros seres espirituais, é aconselhável que todos os
personagens jogadores tenham essa vantagem. Nesse tipo
de cenário, portanto, a vantagem custará 0 pontos (mas
pessoas comuns não terão acesso a ela, salvo exceções
determinadas pelo Mestre).
Escalas de Poder
Pessoalmente eu não gosto das escalas de poder do
Manual 3D&T Alpha. Para mim a proposta é boa, mas torna
muito difícil lidar com elas na mesa de jogo. Entretanto, se o
Mestre quiser usar tais escalas, aqui vão algumas sugestões
de tipos de personagem em cada escala.
- Ningen. Essa é a escala inicial dos shinigamis e dos
hollow mais fracos. A maioria dos soldados rasos pertence a
essa escala. Essa era a escala que Ichigo tinha no início da
série.
- Sugoi. A escala dos sub-capitães e dos hollow mais
fortes. Os Menos (uma categoria de hollow) pertencem a
essa escala, assim como os shinigamis mais próximos do
capitão. Ichigo começou a trilhar seu caminho nessa escala
depois de enfrentar Grand Fisher, o hollow que matou a sua
mãe.
- Kiodai. Todos os capitães shinigami e os pseudo-
arrancar pertencem a essa escala. Ichigo entrou nessa escala
depois de completar seu treinamento com Yuurichi e
despertar sua bankai.
- Kami. A última escala, o nível dos 10 arrancars Espadas,
e também o nível dos vaizards. No início Ichigo só consegue
despertar essa escala durante algum tempo (enquanto
consegue manter a máscara vaizard). No final da saga dos
Arrancars muitos capitães também já estão nesta escala.
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 a~o
aC ´rIa
a To
Ale

Cuidado onde pisaaaaaaaaa...!!!

por Maury “Shi Dark” Abreu

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 O corredor úmido se estende até onde a vista alcança, limitada apenas pela escuridão. Havia sido contratado para encontrar um pergaminho antigo, nas ruínas de uma
biblioteca arcana, abandonada pelos humanos e saqueada pelos orcs em guerras passadas. Agora dezenas de monstros faziam das ruínas seu lar - mas todos eram presas
fáceis contra o martelo do poderoso Trojan. Não havia nada que pudesse detê-lo.
Seguia confiante pela passagem. No caminho, cadáveres de três exploradores que não tiveram a mesma sorte. “Fracos”, pensou o bárbaro - no mesmo instante em que
um pequeno estalo chega aos seus ouvidos. Antes que pudesse sequer pensar novamente, dezenas de dardos se projetavam da parede, acertando seu corpo. Não parecia algo
grave para o robusto combatente - não fosse o fato de que todos os dardos estavam envenenados!
Sentindo uma dor como jamais sentira, o bárbaro joga-se no chão, contorcendo-se. Em seus últimos momentos, ele encontrara um desafio contra o qual seu poderoso
Beholder Cego

martelo era inútil...

Que masmorra estaria completa sem uma boa
armadilha?
Monstros não são os únicos perigos encontrados
em uma masmorra, ruína ou calabouço. Qualquer
criatura inteligente é capaz de criar armadilhas com os
mais diversos objetivos: proteger uma área
importante, enfraquecer suas vítimas para torna-las
presas mais fáceis, deter invasores ou impedir que
algum item importante seja roubado ou alcançado.
Também existem armadilhas “naturais”: um buraco
em uma floresta pode servir de abrigo para uma
serpente venenosa que morderá qualquer coisa que
venha a cair ali; um fungo que cresce em uma caverna
úmida pode expelir pólen venenoso se inalado; uma
pequena aranha pode morder um personagem caso se
sinta ameaçada.
Existe, no Manual 3D&T Alpha, a especialização
Armadilha, utilizada para criar, encontrar e desarmar
todo tipo de armadilha. As regras sobre uso de
armadilhas, entretanto, são bastante vagas. Que tipo
de dispositivo um personagem é capaz de criar? Qual
a dificuldade em se encontrar armadilhas? Pensando
nessas questões, apresento aqui algumas regras
alternativas sobre o uso e desenvolvimento de
armadilhas.
Os usos da Especialização Armadilhas
Armadilhas é uma especialização das perícias Crime
e Investigação. Ela é usada para criar, encontrar e/ou
desarmar uma armadilha. Qualquer personagem que
seja capaz de produzir armadilhas é chamado de
Uma boa armadilha pode ser
mais perigosa que muitos monstros
Armadilhas!!!
armadilheiro - embora também exista o kit
Armadilheiro, que será visto mais tarde. A partir daqui
o termo será aplicado para se referir a qualquer
personagem com a especialização Armadilhas.
Qualquer das ações descritas a cima exige um teste
da especialização - que pode ser Fácil, Normal ou
Difícil, de acordo com a situação. De modo geral, o
mesmo “nível” de dificuldade utilizado para criar a
armadilha é aplicado para encontrá-la e desarma-la.
Por exemplo, se criar a armadilha foi uma Tarefa
Fácil, então encontra-la também será uma Tarefa
Fácil. Por isso essa dificuldade costuma ser escolhida
pelo armadilheiro - mas em algumas situações o
Mestre pode aumentar ou reduzir a dificuldade, se
achar apropriado.
- Criar Armadilhas. Criar uma armadilha é
considerado um uso da especialização Armadilhas.
Cada armadilha tem um custo em PEs para ser
produzida e demora pelo menos um dia para cada PE
utilizado na construção (se o custo em PEs for 0,
então a armadilha é produzida em 1d horas). Veja
mais detalhes adiante.
- Procurar Armadilhas. Procurar uma armadilha
é uma ação da especialização Armadilhas. Encontrar a
armadilha pode ser uma tarefa Fácil, Média ou Difícil,
de acordo com a complexidade do dispositivo. A
dificuldade é a mesma que o armadilheiro utilizou
para fabricá-la. Obter sucesso no teste significa que o
personagem encontrou a armadilha, esta ciente de sua
existência e da forma como ela é ativada - mas isso
não significa que ele a tenha desativado.

http://beholdercego.blogspot.com 21
 - Desarmar Armadilhas. Uma vez que uma
armadilha seja descoberta e encontrada é possível
evita-la ou até desarmá-la (há armadilhas que não
podem ser desarmadas, como um poço com estacas).
Desarmar uma armadilha é uma ação da
especialização Armadilhas, e pode ser uma tarefa
Fácil, Média ou Difícil. A dificuldade é a mesma que o
ladino utilizou para fabricá-la.
- Caindo em Armadilhas. Quando um
Armadilhas!!!
personagem cai em uma armadilha, seu efeito se
manifesta sobre ele, ou sobre uma área específica
(podendo, assim, afetar também seus companheiros).
Mesmo depois de ativadas as armadilhas sempre
permitem alguma tentativa de evitar ou reduzir o
efeito, a menos que seja uma armadilha de ataque.
Veja os tipos de armadilha abaixo. Uma vez que uma
armadilha seja ativada e seu efeito se manifeste, ela
permanece desativada até que alguém a reative.
Tipos de Armadilhas
Existem muitos tipos de armadilha, mas quase
todas se enquadram em um dos descritos a seguir. Um
personagem com a especialização Armadilhas pode
criar qualquer um destes tipos. Cada um dos tipos tem
custo em PE diferenciado para produzir.
- Armadilha de Ataque. Algumas armadilhas
atacam o personagem quando
ativadas. Apenas a vítima que
ativou a armadilha é atacada,
com uma FA igual à Habilidade
do armadilheiro, +1d. Por
exemplo, se ela foi criada por um
personagem com H5, a
armadilha ataca com FA 5+1d.
Construir esse tipo de armadilha
custa 1 PE.
- Armadilha de Área.
Como a anterior, mas todas as
criaturas dentro de uma área são
consideradas atacadas. Essas
armadilhas custam 2 PEs para
cada área de 1x1 metros atacada.
- Armadilha de Dano.
Quando ativada, a armadilha
22
exige da vítima que a ativou sucesso em uma esquiva,
ou provoca dano automaticamente, que ignora FD. O
dano é igual a 1d para cada 2 pontos de Habilidade do
armadilheiro (arredondado para baixo, sendo o
mínimo 1d e o máximo 5d), mas todos tem direito a
uma esquiva para reduzir o dano à metade. Custa 1
PE para cada área de 1x1m em que ela é ativada.
- Armadilha Mágica. Personagens que possuam
poderes mágicos podem tentar criar armadilhas
mágicas, que reproduzem os efeitos de alguma magia.
Apenas armadilheiros com qualquer vantagem mágica
podem fazê-lo. Criar uma armadilha mágica exige que
o personagem utilize componentes materiais
equivalentes a 1 PE para cada PM da magia. Além
disso, o personagem deve ser capaz de conjurar a
magia.
- Efeito Diverso. Há armadilhas que não são
projetadas para causar dano nem atacar - a função
delas pode ser imobilizar, paralisar ou apenas
atrapalhar suas vítimas. Uma grade caindo do teto,
uma rede, uma escada que se transforma em uma
rampa... A maioria dessas armadilhas tem custo entre
0 e 2 PEs, mas a determinação cabe ao Mestre. Uma
armadilha que libera um gás venenoso, por exemplo,
pode ter custo em PEs igual ao custo do veneno
(veremos isso
mais tarde).
Mesmo depois de
ativadas elas
permitem uma
esquiva ou outro
teste similar para
evitar ou reduzir
o efeito causado.
- Tipo de
Dano. No caso
de uma armadilha
que cause dano, o
armadilheiro é
livre para escolher
que tipo de dano
Bons armadilheiros a armadilha
sabem como evitar armadilhas provoca, mas
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pode escolher apenas entre os danos físicos (corte,
perfuração ou esmagamento). Por 1 PE a mais,
poderá escolher um dos tipos de dano de energia
(fogo, frio, sônico, elétrico ou químico). Não se aplica
no caso de armadilhas mágicas (neste caso causa,
automaticamente, o tipo de dano da magia).
- Reativar Armadilha. De modo geral, uma
armadilha que tenha sido ativada permanece
desativada. Reativar uma armadilha já pronta exige o
Beholder Cego
gasto de metade dos PEs normais da armadilha
(podendo ser 0 PEs) e é considerada uma tarefa com
dificuldade um nível a baixo do utilizado em sua
produção (por exemplo, se a armadilha foi produzida
como uma tarefa Difícil, reativa-la será uma tarefa
Média). Reativar uma armadilha leva pelo menos 1d
minutos para cada PE original da armadilha.
- Armadilhas Melhoradas. Por mais PEs um
armadilheiro pode produzir armadilhas mais difíceis
ou que causem mais dano.
- Maior Ataque. Para cada 1 PE que o armadilheiro
utilize na fabricação da armadilha, a FA do ataque
aumenta em +1.
- Maior Dano. Para cada 4 PEs que o armadilheiro
utilize na fabricação da armadilha, o dano que ela
causa aumenta em +1d.
- Maior Dificuldade. Por 4 PEs extras na produção
da armadilha, o armadilheiro pode fazer com que
encontrar e/ou desarmar a armadilha seja uma tarefa
um nível mais difícil (por exemplo, o armadilheiro
realiza uma tarefa Normal para produzi-la, mas as
vítimas fazem testes Difíceis para encontra-la ou
desarma-la). O armadilheiro também pode tornar
uma armadilha de dano mais difícil de ser evitada,
impondo uma penalidade de -1 em esquiva para cada
2 PEs extras utilizados em sua fabricação.
- Reativação Automática. O armadilheiro pode fazer
com que a armadilha se reative sozinha e fique
funcional novamente 1d minutos após ativada.
Produzir uma armadilha desse tipo custa uma
quantidade de PEs igual a 10 vezes o valor original
(por exemplo, 20 PEs para uma armadilha que
normalmente custa 2 PEs).
 Exemplos de Armadilhas
Veja a seguir alguns exemplos de armadilhas.
Algumas dessas armadilhas seguem regras um pouco
diferente das vistas a cima: por exemplo, um poço é
uma armadilha que causa 2d de dano, mas tem custo
de 0 PEs (por outro lado, sucesso em um teste de
esquiva evita totalmente o dano, ao invés de reduzir à
metade). O Mestre pode usar esses exemplos como
guia para desenvolver outras armadilhas.
Beholder Cego
- Alarme. 0 PE. Uma armadilha que não causa
dano, mas quando ativada produz algum barulho que
acorda todos a até 5m.
- Dardos. 1 PE. Um dispositivo que, quando
ativado, dispara dardos. Os dardos atacam apenas um
alvo (aquele que ativou o gatilho) e todos os dardos
juntos são considerados um ataque com FA igual a
Habilidade do armadilheiro +1d (perfuração).
- Desmoronamento. 3 PE. Quando a armadilha é
ativada ela provoca algum tipo de desmoronamento.
Várias pedras caem sobre todas as criaturas em uma
área de 3x3 metros. Todos dentro da área sofrem
dano igual a 1d para cada 2 pontos de Habilidade do
armadilheiro por esmagamento (arredondado para
baixo, sendo o mínimo 1d e o máximo 5d). Uma
esquiva bem-sucedida reduz o dano à metade.
- Gás Venenoso. 1 PE + veneno. Quando o
dispositivo da armadilha é ativado ele libera um gás
que preenche uma área de 1x1 metro. Todas as
criaturas na área sofrem o efeito do gás. Inclua o
custo em PE do veneno ao custo de produção da
armadilha (veja adiante). Não permite nenhum outro
teste, exceto o teste de Resistência do veneno.
- Poço. 0 PE. Um buraco camuflado no chão com
profundidade de 20m. A vítima sofre 2d de dano pela
queda. Uma esquiva bem-sucedida evita a armadilha.
- Poço com Espinhos. 1 PE. Como o anterior, mas o
fundo do poço tem espinhos; além do dano da queda
a vítima é considerada atacada com FA igual a 1d, mas
terá FD igual apenas a Armadura (sem Habilidade
nem 1d). Uma esquiva bem-sucedida evita cair no
poço.
- Rede. 1 PE. Uma rede camuflada no chão.
Quando a armadilha é ativada, todas as criaturas em
uma área de 3x3 metros são pegas na rede e suspensas
a uma altura de cerca de 1 metro. As criaturas presas
são consideradas indefesas. Uma esquiva bem-
sucedida evita que a vítima caia na rede.
- Saraivada de Dardos. 12 PE. Um dispositivo que,
quando ativado, dispara muitos dardos. Os dardos
atacam todas as criaturas em uma área de 6x6 metros;
todos dentro da área são considerados atacados com
FA igual a Habilidade do armadilheiro +1d
(perfuração).
Venenos
Muitas armadilhas são venenosas: dardos, lanças e
gases são os mais comuns. Também há venenos que
podem ser utilizados em armas ou outros itens, para
que a vítima golpeada sofra os seus efeitos nocivos.
Uma arma envenenada perde seu efeito nocivo assim
que acerta uma vítima.
Manusear venenos é perigoso: exige um teste
Médio ou Difícil de Biologia, Botânica ou Química
(todos da perícia Ciências). Em caso de falha o
personagem acaba acidentalmente se contaminando
com o veneno. Venenos podem ser curados com um
teste de Primeiros Socorros (de Medicina) ou
qualquer magia de cura (mas neste caso
a magia custará mais PMs e não
recuperará nenhum PV).
Existem muitos tipos de venenos:
alguns podem ser extraídos de monstros
ou criaturas venenosas, enquanto
outros são produzidos com ervas,
plantas, fungos ou outros compos-
tos. A seguir há alguns exemplos
de venenos. O custo em PEs é o
custo para adquirir o veneno;
produzi-lo pode custar metade disso,
mas pode provocar contágio. Danos
provocados por venenos ignoram FD.
- Veneno Arsênico. 4 PE. Exige teste de
Resistência +1 ou provoca a perda de 1 ponto
de Resistência (o que também reduz seus Pvs
e PMs).
- Veneno de Arraia. 4 PE. Exige teste de
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Resistência ou provoca inchaço e, depois de uma
hora, a perda de 2d PVs.
- Veneno Beijo de Víbora. A fabricação desse veneno
é um segredo conhecido apenas por Nekapeth, sumo-
sacerdote de Sszzaas. Exige sucesso em um teste de
Resistência -1 ou provoca penalidade de -2 em todas
as Características (o que reduz seus PVs e PMs), e a
perda de 1 PV por turno. Tentativas normais de cura
não funcionam: apenas uma magia de cura lançada
Armadilhas!!!
por uma clériga de Lena surte seu efeito.
- Veneno de Centopéia. 4 PE. Exige teste de
Resistência ou provoca a perda de 1d-3 PVs e
penalidade de -1 em todos os testes durante meia
hora.
- Veneno Enfraquecedor. 6 PE. Exige teste de
Resistência ou provoca a perda de 1 ponto de Força e
1 ponto de Resistência (o que também reduz seus
PVs).
- Veneno de Escorpião. 4 PE. Exige teste de
Resistência +1 ou provoca a perda de 1d PVs.
- Veneno Febril. 6 PE. Exige teste de Resistência ou
provoca febre e mau estar. A vítima sofre penalidade
de -1 em todos os seus testes; para cada hora que
permanecer sem ser curada a penalidade aumenta em
-1 (por exemplo, -2 após uma hora, -3 após duas
horas, etc).
- Veneno Insano. 2 PE. Exige teste de Resistência ou
a vítima começa a ter visões que provocam uma
Insanidade aleatória durante 2d turnos.
- Veneno Paralisante. 4 PE. Exige teste de
Resistência ou a vítima fica totalmente
paralisada durante 1d turnos.
- Veneno Sonífero. 5 PE. Exige teste de
Resistência ou a vítima cai adormecida
em 1d turnos. Não há “cura”, mas a
vítima não consegue despertar antes de
1 hora.
Armadilheiros assassinos
especializam-se em venenos
23
 Novo Kit: Armadilheiro
- Pré-Requisitos: H1 e a especialização
Armadilhas (de Crime ou Investigação).
Qualquer personagem que seja capaz de produzir
uma armadilha é considerado um armadilheiro.
Existem, entretanto, personagens que são
especializados nessa tarefa, e tem muito mais
facilidade em realizá-la. Um armadilheiro
especializado consegue produzir dispositivos mais
Armadilhas!!!
perigosos.
Muitos armadilheiros aprendem magias para
utilizá-las em seus dispositivos. Nestes casos, eles
frequentemente preferem as Escolas Elemental e
Negra, mais adequadas a ferir e causar dano.
- Acesso Facilitado. O armadilheiro tem acesso mais
fácil a todos os materiais necessários para a criação de
armadilhas. Eles gasta apenas metade dos PEs
(arredondado para baixo, podendo chegar a 0 PEs)
para produzir qualquer tipo de armadilha.
- Armadilhas Melhoradas. Todas as armadilhas
produzidas pelo armadilheiro são mais difíceis de
encontrar e desativar: é considerada uma tarefa um
nível a cima do teste realizado pelo armadilheiro. Por
exemplo, se o armadilheiro faz um teste Normal para
produzir a armadilha, as vítimas precisarão de
um teste Difícil para encontrá-la e/ou
desarma-la.
- Armadilha Mortal. Quando o armadilheiro
produz uma armadilha que realiza um
ataque, esta armadilha terá FA igual a
Habilidade do armadilheiro +2d
(ao invés de 1d). Quando produz
uma armadilha que provoca
dano automaticamente, o dano
será igual à Habilidade (até
um máximo de 10d), ao invés
de metade.
- Evitar Armadilhas. O armadilheiro
não apenas sabe produzir, mas
também evitar e desarma
armadilhas com imensa facilidade. Kobolds resultam em
Sempre que realiza um teste da especialização bons armadilheiros.
Armadilhas para encontrar ou desarmar um
24
dispositivo, considere o teste uma tarefa um nível
mais fácil (se era Normal, se torna Fácil; se era Difícil,
se torna Normal). Se o armadilheiro não conseguir
desativar ou encontrar a armadilha, e acabe caindo
nela, ele ainda recebe +2 de bônus em qualquer teste
para evitá-la ou reduzir o dano após a armadilha ter
sido ativada (como em uma esquiva), ou em FD
contra uma armadilha de ataque.
Nova Magia: Detecção de Armadilhas
Escola: Elemental (ar) ou Branca.
Exigências: Cleriato.
Custo: 1 PM.
Alcance: pessoal; Duração: sustentável.
Essa magia funciona de modo muito similar à
Detecção do Mal, com a diferença que permite ao
clérigo perceber a presença de armadilhas em uma
área ou objeto a até 10m. A informação revelada
depende do tempo empregado para analisar uma área
ou objeto.
1º Turno: presença ou ausência de armadilhas.
2º Turno: quantidade de armadilhas e os dados de
dano da armadilha mais poderosa (a que causa mais
dano).
3º Turno: o dano e a localização de cada armadilha.
Se a armadilha esta fora da visão, o clérigo descobre
sua direção, mas não localização exata.
A cada turno é possível tentar analisar uma
nova área. A magia não atravessa barreiras que
excedam 90cm de madeira ou terra, 30cm de
pedra, 2,5cm de metal comum ou uma
folha fina de chumbo.
Armadilhas mágicas são mais
difíceis de detectar. Em
regras, o clérigo deve ficar um turno a mais para ser
capaz de detectá-las (no primeiro turno ele não
percebe nada; no seguinte verifica a presença ou
ausência de armadilhas; etc).
Especial: Um personagem com o kit
armadilheiro é capaz de utilizar
Detecção de Armadilhas
mesmo sem ter a vantagem
Clericato - mas ainda deve
http://beholdercego.blogspot.com
satisfazer os demais pré-requisitos (deve ter a
vantagem Magia Elemental ou Magia Branca, e deve
conhecer a magia).
Beholder Cego
PEs, Moedas ou PMs?
As regras descritas neste artigo utilizam os PEs
como moeda para a criação de armadilhas. Isso é feito
por dois motivos - primeiro, porque desde o Manual
3D&T Alpha, os PEs se tornaram uma medida de
comparação no jogo (tanto que itens mágicos
possuem custo em PE, não em Moedas); e segundo,
para evitar que personagens iniciantes saiam por aí
produzindo armadilhas super elaboradas capazes de
causar muito dano.
Os PEs, entretanto, são apenas uma medida de
comparação. Você também pode usar Moedas para
produzir armadilhas - lembrando que cada PE vale
100 Moedas. Então basta fazer as conersões e pagar o
valor em Moedas adequado.
Uma outra possibilidade, que deve ser aprovada
pelo Mestre, é usar PMs no lugar de PEs. Sim, isso é
aceitável, visto que os PMs também pode representar
dinheiro em jogo (veja a vantagem Riqueza para ter
uma idéia). Se o Mestre permitir, qualquer
personagem pode produzir uma armadilha usando
PMs ao invés de PEs, com o mesmo custo.
Entretanto, armadilhas produzidas dessa maneira
usam materiais de baixa qualidade e durabilidade, e
portanto elas funcionarão apenas por um número de
horas igual à Habilidade do armadilha que a produziu
(o poder Armadilhas Melhoradas dobra esse tempo de
funcionamento). Passado este tempo, a armadilha
deixa de funcionar.
 ´
Sumario ´
& Conteudo
Estalagem: Prazer, Taulukko
04
Por Maíra Termero

Raio X: O Rei do Inverno

06
Por Maury Abreu

Olho Central: O Calabouço de Hezael

08
Por Maury Abreu

Ação Aleatória: Bleach Alpha

14
Por Maury Abreu

Ação Aleatória: Cuidado onde Pisaaaa...!!!

20
Por Maury Abreu

Beholder Cego 13
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