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CAPITULO III ESTUDO DOS QUADROS ISOSTATICOS PLANOS 1 QUADROS SIMPLES. Existem quatro tipos fundamentais de quadros isostéticos planos, aos quais chamamos.quadros simples, quando ocorrem isoladammente ¢ que, associados entte si, da mesma forma com que associamos vigas simples ara constituit as. vigas Gerber, formam os assim chamados quadros compostos, que estudaremos no tépico n&3 deste capitulo, ‘Go os seguintes os tipos estdticos de quadcos simples isostaticos, 1.1 ~ Quadro biapoiado Soja 0 quate da Fig +1, Para obtemos as eagaes de apoio Hy. Va VD sispomos dus trés equagdes uni- \/ pots de esuura Boudica Cone Shen don dara Soest i K Fig. HE Extudo dos quadros isostéticos planos m1 Estamos diante de um problema novo, que faremos recair em problema jf conhecido (resolugto de vigas biapoiadas), da maneira seguinte. maa u Fig, 1-2 ios Be " podemos destacar Rompendo 0 quadro em seus nés intermedi uumas das outras a8 barras que 0 constituem, desde que apliquemos nesses rnés, em cada uma das barras, 0s esforgos simples neles atuantes, que manterfo 0 equilfbrio de cada barra AB, BC € CO, conforme indica a Fig. I-21. Analisemos, agora, cada uma dessas barras. Seja, por exemplo a barra BC ‘ndicada na Fig. 1112.1, submetida ao carregamento em equiliosio constituido Por Hp. Ve, Me. Ps, Ps, He. Vc. Mc. Como estas catgas estdo em equilforio, podemos encarar, por exemplo, Hs. Vp & Vie como sendo as forgas que equilibram as demas cargas atuantes e a barra BC pode, entio. ser considerada corno uma viga biapoiada, submetida 20 carregamento que the estd diretamente aplicado, actescido de cargasmomento em suas extie rmidades iguais aos momentos fletores atuantes nestas segdes € de uma carga horizontal no apoio do 19 género, igual 20 esforgo worwnal stuante nesta segdo. A igual conclusio chegariamos para as demais barras eo estudo do quadro recai, ent¥o, no estudo das trés vigas biapoiadas AB, BC’ e C1) com 05 carregamentos indicados ma Fig. II1-2.2. As conclusoes tiradas para este caso podem ser extrapoladas para todos 8 demais ¢ podemos, entéo, afimmar que, para se traar © diagrama dos ‘momentos fletores atuantes num quadro, basta marcar os momentos fletores atuantes em seus nés, ligélos por uma linha reta tracejada, a partir da qual penduramos os diagramas de viga biapoiada devidos aos carregamentos atuantes sobre cada uma das barras que constituem © quadro, nz Curso de anélise estrutural (0s Jiagramas 40 marcados, como no caso das vigas, perpendicularmente ap eixo de cada barra, A obtengdo dos diagramas de esforgos cortantes e esforgos normals & imediata, a partic do conhecimento das reagbes de apoio, exemplo III.1 esclarece. Ex. ILI Obter os diagramas solicitantes para o quadro da Fig. 11-3. Substituindo o carregamento distiibuido por sua resultante, indicada em pontilhado na Fig. II-3, passemos a obtengio das reagdes de apoio: Por EY =0, temos: V4 = 201. Por EMg=0, temos: 20X5+2X2-20X8+ 16+ 4/4 =0 Ha = Ot Por ZX =0, temos: Hg = 12t, Conhecidas as reagdes de apoio, estamos em condigbes de tragar os siagramas solicitantes, que comesaremos pelo diagrama de momentos fetores. (Os momentos fletores atuantes ns n6s intermedidrios, valem: a) N6 D: ~ Para a barta AD: MBE®AD = 10x 8 +4X 4 = 96mt, tra cionando as fibras da esquerda Para a barra CD: Mi CD 2 fibras superires. Para a basta DE: X2?/2 = 4mt, tracionando Estudo dos quadros isostéticos planos 113 Para a barra DE, podemos obter 0 momento fletor atuante em D a partir de sua definig4o, isto €, entrando com as forgas atuantes num dos lados da segio (por exemplo, entrando com as forgas atuantes a esquerda, obtemos: mpm PE 10x 8+4x4+25% . Lc0mt, tracionando as fibras superiores) ou podemos, o que é muito mais prético, no caso, obter seu valor a partir do equilibrio do né D, conforme se segue. Rompendo todas as barras que concorrem no né D ¢ aplicando os” momentos fletores nelas atuantes, eles tém que estar em equilibrio, pois a estrutura 0 esté. Temos entdo, o esquerna da Fig. III-4, a partir do qual ‘obtemos: MBB PE - 100mt (tracionando as fibras superiores). ome emt Fig LS b)NO E: — Para a barra EF: MPF ~ 16 mt, tracionando as fibras da direta — Para a barra BE: M8 = 12x 442.2 = 52mt, tre cionando as fibras da dieita ~ Para a barra DE, temos, a partir do equilibrio do né E, conforme indica a Fig. 1-5: MB OF. se mt (tacionando a6 fbras ‘superiores).. om bara DE Me “36m 4 Curso de andlise estrutural Marcando os valores obtides para os nés, temos definidas es linhas de Fcchamento, a partir das quais penduramos os disgramas de viga bispoiada, obtendo entéo, 0 diagrama final indicado na Fig. H-6.1 100 M4. 6.2 m63, Fig. LG gos eortantes ¢ de esforgos normals ¢ ¢ das reagdes de apoio indicadas na indicados nas Figs. 111-6.2 ¢ Il ‘A obtengao dos diagramas de esfo imediata, @ partir do. cartegamento Fig. 11-3, chegando-se a0s valores i respectivamente. Extudo dos quadros isostiticos planos 15 Observagdes: a) Os diagramas de momentos fletores nas bartas verticais poderiam, também, se obtidos caleulando seus valores nas segdes de aplicagdo das cargas concentsadas (41 para a barra AD e 21 para a barra BE), ligando-0s a zero 1H0$ apoios € 40s valores obtidos nos nds (96 mt para ond D e 52 mt para 0 n6 B), bb) Pata o tragado do diagrama de esforgos cortantes, obedecemos ds mesmas convengoes de sinais adotadas no caso das vigas. €) A dtea do diagrama de esforgos cortantes vale: Sg = -10X4- 14K 4-44 16X44 18K 2412 2 = + 16st, valor 4a cargamomento aplicada (sentido anti-horério. 4) No tragado do diagrama de esforgos normals, é indiferente o lado para o qual marcamos os valores, interessando apenas 0 sinal (positivo se 0 esforgo € de tragao € negativo no caso de compressio) €) A fim de evitar confusio com as linhas que definem 0 eixo do quadro ¢ com linhas auxiliares usadas para 0 tragado dos diagramas, pode-se hhachurar, se julgado itil para maior clareza, a rea compreendida entre o diagrama final e 0 eixo do quadto. f) Notar, no diagrama de momentos fletores, 0s pontos angulosos nos pontos de aplicagdo e nos sentidos das cargas concentradas aplicadas (inclu reagoes de apoio). 1.2 ~ Quadro engastado e livre Seja 0 quadro da Fig. II-7. Suas trés reaghes de apoio Hy. V4, Ma sto imediatamente obtidas empregan- dose as trés equagoes universais da Es- PrP. Py titica e, a partir dai, chegamos, sem maiores. problemas, a seus diagramas solicitantes, conforme ilustra 0 exem plo Ill. 2 Fig.

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