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Alunos:
Brasília, 12/09/2018
1) OBJETIVOS
2) INTRODUÇÃO TEÓRICA
Um tubo de raios catódicos é um tubo de vidro cujo interior é feito vácuo, e onde há um
cátodo aquecido e vários eletrodos. Um desses eletrodos focaliza o feixe de elétrons emitido pelo
cátodo, o outro acelera esse feixe. O feixe de elétrons passa, então, entre duas placas, chamadas
placas de deflexão, que geram um campo elétrico que desvia a trajetória do feixe, de acordo com
a intensidade do campo. Isso porque o campo elétrico faz surgir uma força elétrica sobre as
partículas do feixe, a qual altera a direção de sua velocidade.
Por fim, o feixe de elétrons atinge uma tela no fim do tubo, feita de material fluorescente,
de forma que o ponto atingido pelo feixe se ilumina, o tornando visível. O mesmo tubo de raios
catódicos é submetido a um campo magnético gerado por duas bobinas, e a força magnética
sofrida pelos elétrons também altera a direção da velocidade dos elétrons, porém na direção
perpendicular à força elétrica observada anteriormente, seguindo a regra da mão direita.
3) MATERIAIS UTILIZADOS
A) Campo elétrico.
Nesta etapa do experimento, a motivação era a análise das deflexões dos elétrons,
implicadas pela ação de um campo elétrico atuante. Tais deflexões foram justificadas pelas forças
elétricas atuantes sobre as partículas carregadas (elétrons), consequentes da exposição destas ao
campo elétrico gerado pelas placas defletoras.
Para tanto, foram realizadas 4 séries de análises variando a tensão do cátodo (nos valores
exatos de 300V, 400V, 500V e 600V). Em cada série, ainda, foram variadas as tensões das placas
defletoras (de -60V a 60V), ou seja, o módulo e a direção do campo elétrico atuante foram
variados no experimento.
Desta forma, sendo o referencial para deflexão o centro do tubo de raios catódicos (sendo a
direita deste, o referencial positivo para a deflexão) os dados coletados são apresentados nas
tabelas 1 e 2.
-0.3 0 -0.2 0
0.4 10 0.2 10
1 20 0.6 20
1.5 30 1.1 30
2.5 40 1.5 40
3 50 2 50
3.5 60 2.5 60
Gráfico 1: Deflexão em função da tensão das placas defletoras e tensão no cátodo constante
40
20
VPP' (V)
0 Série1
-4 -2 0 2 4 Linear (Série1)
-20
-40
-60
-80
Deflexão (cm)
Gráfico 2: Deflexão em função da tensão das placas defletoras e tensão no cátodo constante
40
20
VPP'( V)
0 Série1
-4 -2 0 2 4 Linear (Série1)
-20
-40
-60
-80
Deflexão (cm)
Tabela 2: Variação da deflexão em função da tensão das placas defletoras.
-0.2 0 -0.3 0
0 10 0 10
0.4 20 0.4 20
0.8 30 0.7 30
1.3 40 0.9 40
1.7 50 1.2 50
2.1 60 1.6 60
Gráfico 3: Deflexão em função da tensão das placas defletoras e tensão no cátodo constante
0 Linear (Série1)
-4 -2 0 2 4
-20
-40
-60
-80
Deflexão (cm)
Gráfico 4: Deflexão em função da tensão das placas defletoras e tensão no cátodo constante
0 Série1
-3 -2 -1 -20 0 1 2 Linear (Série1)
-40
-60
-80
Deflexão(cm)
𝑙 𝑙
𝐷=( ) ( + 𝐿) 𝑉𝑝𝑝′
2𝑑𝑉𝑎 2
Onde:
L (Distância da placa até a tela de visualização), l (Comprimento da placa defletora) e d
(distância entre as placas defletoras), valor da tensão no cátodo (Va).
Ainda, podemos escrever a equação na forma:
𝐷 = 𝑘 𝑉𝑝𝑝′
𝑘 = 𝑘 (𝑉𝑎; 𝐿; 𝑙 ; 𝑑)
Assim, pela análise apresentada, fica claro como maiores deflexões estão associadas a
maiores diferenças de potencial VPP’, pois maiores diferenças de potencial implicam maiores
forças elétricas resultantes sobre as particulas, que, por conseguinte, condicionam maiores
acelerações sobre os estes corpos, condizentes com maiores desvios de suas trajetórias.
Outra análise interessante é a da influência da tensão Va dos cátodos quanto a deflexão
provocada sobre as partículas. De fato, para os parâmetros L , l e d fixados no experimento,
valores de Va crescentes implicaram maiores valores para os coeficientes lineares k, ou seja,
implicaram distribuições também lineares, porém mais inclinadas (deflexões menores para
variações fixas nas tensões VPP’ das placas defletoras, quando analisados os fatores Va na ordem
crescente). Tal fato já era esperado pelo conhecimento teórico no qual o experimento está
embasado, pois sendo Va proporcional a aceleração do elétron na direção ortogonal a aquela na
qual sofre deflexão, quanto maior Va, menos tempo o elétron levará para sair da região na qual
sofre influência de forças elétricas, ou seja, menos tempo passará sobre a ação de forças que
causam a sua deflexão. Assim, defletindo menos para maiores tensões de cátodo Va.
B) Campo magnético
Va=300V Va=400V
Corrente na Bobina
Deflexão (cm) Corrente na Bobina (A) Deflexão (cm)
(A)
-1.5 -2.8 -1.5 -2.5
-1.2 -2.2 -1.2 -2.0
-0.9 -1.6 -0.9 -1.4
-0.6 -1.1 -0.6 -0.9
-0.3 -0.6 -0.3 -0.5
0.3 0.6 0.3 0.6
0.6 1.1 0.6 1.0
0.9 1.6 0.9 1.4
1.2 2.4 1.2 1.9
1.5 3 1.5 2.3
2
Deflexão (cm)
0
-2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2
-1
-2
-3
-4
Corrente (A)
Gráfico 6: Deflexão em função da corrente nas bobinas e tensão no cátodo constante
2
Deflexão (cm)
0
-2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2
-1
-2
-3
Corrente (A)
1
0,5
0
-2 -1,5 -1 -0,5 -0,5 0 0,5 1 1,5 2
-1
-1,5
-2
-2,5
Corrente (A)
0,5
0
-2 -1,5 -1 -0,5 -0,5 0 0,5 1 1,5 2
-1
-1,5
-2
-2,5
Corrente (A)
5) CONCLUSÃO
Com o experimento realizado, foi possível concluir que no caso de uma deflexão causada
por um campo elétrico, a deflexão é inversamente proporcional ao potencial de aceleração, e é
diretamente proporcional à tensão aplicada nas placas. Já na segunda parte, onde foi gerado um
campo magnético, a deflexão foi diretamente proporcional à corrente que atravessa as bobinas e
inversamente proporcional à raiz quadrada do potencial de aceleração. Os resultados de ambos os
itens do experimento obedeceram os comportamentos estabelecidos pelo modelo teórico, sendo
assim, o experimento foi bem sucedido mesmo com erros experimentais.
6) REFERÊNCIAS
- Roteiro do experimento.