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CORDAS

O nosso mundo é produto da Emanação Divina (Emissão do Grande Arquiteto do Universo) por
meio das Sefirot que são esferas da arvore da vida que os judeus chamam de Êtz háim. Grande
Arquiteto do Universo GADU ou a sefira Kether (Coroa) emana 2ª é Hockmah (Sabedoria), a 3ª
Binah (Entendimento), a 4ª Hessed (Misericórdia), a 5ª Guevurah (Força, Severidade), a 6ª Tifereth
(Beleza), a 7ª Netzach (Vitória), a 8ª Hod (Glória), a 9ª Yesod (Fundamento) ou Tsedek (Justiça) e a
10ª Malkuth (Reino), Daat (a não sefirá que se refere a conhecimento), relâmpago* por meio das
quais o mundo existe. Estas Sefirot são a base de tudo.
*Relâmpago, raio ou Barak em hebraico: Este é o flash de luz que nos traz a verdade da criação da
vida em nosso belo planeta. É a luz do amor de nossos criadores É também o infinitamente grande
as estrelas e as galáxias, que formam certamente um átomo dum ser.
A Teoria das Cordas mostra um novo viés dos componentes fundamentais da matéria. Pois era vista
como constituída de pontos ínfimos(menor parte), quase sem tamanho, os átomos, que são
compostos de prótons, nêutrons e elétrons e os quarks, que são um tipo genérico de partículas
físicas que se combinam de formas específicas para formar prótons e nêutrons. Esse estudo das
supercordas revela que os componentes de qualquer matéria são, pelo contrário, filamentos
minúsculos e vibrantes, como cordas. Assim como diferentes vibrações de um violino produzem
diferentes notas musicais, as diferentes vibrações das cordas da teoria produzem diferentes tipos de
partículas. Os pioneiros estudiosos da teoria perceberam que uma dessas vibrações produziria a
força gravitacional, demonstrando que a Teoria das Cordas abrange ambas, a gravidade e a
mecânica quântica. Então, soluciona a incompatibilidade entre a mecânica quântica e a relatividade
geral. A jocosa coincidência aqui é que o Kinnor, instrumento musical nacional dos judeus há 6.018
anos possui 10 cordas.
Tudo aqui é mostrado duma forma bem superficial por um leigo, praticamente sem usar linguagem
científica, mas se trata de um estudo que envolve uma análise rigorosa e complexos cálculos
matemáticos. Até o presente, não houve contestação quanto à sua exatidão. Impressiona, também, o
fato de que muitas descobertas na Física, nos últimos dois séculos, encontram-se na Teoria das
Cordas. Isto indica que a mesma é a chave de entrada para esta complexa ciência.

Muitos integrantes da comunidade cientifica acreditam que esta tese forneça a infra-estrutura para a
construção da tão buscada teoria unificada. Como ensina que qualquer coisa em seu nível mais
microscópico consiste de combinações de cordas vibrando esta teoria fornece um marco único de
explicação capaz de englobar não apenas tudo o que é matéria, mas também todas as forças. As
partículas da força são associadas a padrões específicos de vibração de corda. Assim como a
matéria, estas partículas são unificadas sob a mesma rubrica de oscilações microscópicas das
cordas.
Esta tese às vezes é descrita como a teoria de tudo, a teoria final, suprema ou a absoluta. Muitos de
seus defensores acreditam que uma tal teoria explicaria as propriedades das partículas fundamentais
e as propriedades das forças que as fazem interagir e influenciar umas às outras. De modo mais
simplista, tudo o que existe e tudo o que ocorre no universo é uma reação entre as partículas
fundamentais que, de fato, são cordas que oscilam.
Tradicionalmente na Cabalá a literatura clássica como Sefer HaBahir, Sefer Yetzirah e o Zohar nos
informam que GADU criou o mundo por meio das Dez Sefirot. Na verdade, existe dois atributos
adicionais, Barak(raio) e Kether que é a coroa. Esta ultima Sefirá está tão além de nossa
compreensão que não costuma ser incluída como uma das Sefirot.
Exprime a Vontade do GADU, seu desejo de criar. Como não podemos sequer pretender imaginar
os desejos Divinos, a Cabalá costuma mencionar apenas as Dez Sefirot. No entanto, o desenho da
Árvore das Sefirot obrigatoriamente inclui a décima-primeira, Kether.
Assim como a Cabalá fala das Dez Sefirot, que, de fato são doze, também a Teoria das Cordas fala
de dez dimensões, que, na realidade são doze. Alegam os cientistas que para que as cordas formem
adequadamente nosso universo, elas devem vibrar em doze dimensões. Todos podem observar três
dimensões espaciais e uma temporal, mas os modelos da Física sugerem outras sete.
As regras das Sefirot e da Teoria das Supercordas dizem, essencialmente, a mesma coisa com
diferentes palavras. A teoria é a descoberta científica dos fenômenos que os cabalistas conhecem há
milênios. Quer saiba ou não, um físico que estuda as Supercordas está estudando a Cabalá pelo
prisma das Ciências. As cordas são a manifestação física das Sefirot. De fato, muito antes da
descoberta dessa teoria, a Cabalá falava de cordas sobrenaturais. Ao descrever a criação do
universo, o misticismo judaico após Isaac Luria revela que GADU escondeu ou contraiu sua Luz
Infinita, criando assim um espaço que parece despojado de Sua Presença. Neste lugar, que parece
ser um vácuo, Ele criou nosso mundo. E o fez através de um raio da Luz Divina, chamado de
"corda". Através dessa corda inicial (kether), foram emanadas as onze Sefirot, as outras onze
cordas, e estas, continuamente criam tudo o que existe e tudo o que transpira no universo. É
interessante observar que há um mandamento particular na Torá, o de Tsitsit, que envolve cordas.

De tão enfática esta lei mosaica entre as 613 existentes que se encontra em duas passagens da Torá
para ensinar os homens judeus o dever de atar Tsitsit, cordas de lã, nas nos quatro cantos da
vestimenta que de costume é a Tefilin. Este mandamento que aparece em Bamidbar 15:38-41 e em
Devarim 22:12 da Torá é tão importante que é considerado equivalente em importância a todos os
demais reunidos.Também, um dos poucos mandamentos mencionados na prece Shemá Israel: "Isto
vos servirá de Tsitsit, cordas visíveis, e vendo-o recordar-vos-ei de todos os mandamentos do
Eterno, para observá-los". O Talmud Bavli que é o Babilônico em menachot capitulo 43b coloca
duas questões: A primeira é que como Tsitsit é uma palavra no plural, não deveria então estar
escrito, “ ... e vendo-os…”? E a segunda é que os rabinos interpretam esta frase "e vendo-o
recordar-vos-ei ", referindo-se não ao tsitsit e sim a Deus.
Sobre as esferas da árvore da vida e a as supercordas, podemos compreender que o Shemá
Israel(reza cantada em todas cerimonias de Shabbat baseado nas frases da Torá), prece de suma
importância e misticismo, sugere que os Tsitsit simbolizam as cordas que constituem a Criação
unificada, encaminhando-nos na direção de GADU como Deus Único. Em outras palavras, os
blocos formadores do universo, quer os denominemos de Sefirot ou de cordas, quer sejam
discutidos por cientistas ou por estudiosos da Torá apontam na direção do Infinito Criador.
Embora os membros do judaísmo rabínico Conservador e do judaísmo Caraíta acreditem que Torá e
Ciências sejam conflitantes a indicação deixada pelo Rabino Moshe Chaim Luzzatto (Pádua, c.
1707 - Acre, 6 de maio de 1747) foi que o físico é uma mera reflexão do espiritual. Acre sentando
ainda que aquele que crê que Torá e Ciências estão em contradição certamente não entende bem
uma das duas.
Agora se torna mais digerível a justificativa da razão para que muitos dos renomados rabinos, como
o Rambam ou Rabi Moshe Ben Maimon, o "Maimônides" (30 de março de 1135 Córdova - 12 de
dezembro de 1204 Cairo), o Gaon de Vilna (Sialiec na Bielorrússia, Abril 23, 1720 – Vilnius na
Lituânia, Outubro 9, 1797), o Baal HaTanya (Shneur Zalman of Liady Setembro 4, 1745 –
Dezembro 15, 1812 O.S. / 18 Elul 5505 – 24 Tevet 5573))(Liozna, Rússia Branca 1745- Pyena
1812) e o mais recente Menachem Mendel Schneersohn, também chamado de Lubavitcher Rebe
(Nikolayev, 18 de abril de 1902 – Nova York, 12 de junho de 1994) tivessem grande compreensão
das Ciências.
A Teoria das Supercordas é a Cabalá estudada pela visão da Física. E assim como o estudo das
Sefirot, a teoria nos ensina que este universo de diversidades e de multiplicidades é, com efeito,
elegantemente disposto e unificado. A unidade do universo é o reflexo da Unicidade do GADU e o
fato de ter sido elegantemente projetado nos faz lembrar que foi construído por um Arquiteto
perfeccionista. Em semiótica que uma o signo linguístico é constituído por duas partes distintas –
significante e significado. Dentro desta linha de raciocínio afirmar que uma rosa teria o mesmo
cheiro se tivesse outro nome. De forma similar, GADU, seja encoberto pela linguagem da Física ou
pela da Cabalá, é Grande Arquiteto do Universo - GADU, Único, Deus, Senhor, Papai do céu, Pai
celestial, HaShem, Adonai e YHWH.

Leonardo Redaelli.

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