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PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
COORDENADORIA DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
São Luís
2014
MARIANA SILVA TORRES
São Luís
2014
MARIANA SILVA TORRES
Aprovada em / /
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________
Prof. Msc. Mário Masao Goto (Orientador)
Mestre em Biodiversidade e Conservação
Universidade CEUMA
____________________________________________________
Prof. Esp. Eduardo Henrique Costa Rodrigues
Universidade CEUMA
____________________________________________________
Prof. Doc. Paulo Cesar Mendes Villis
Universidade CEUMA
RESUMO
Consumption and the intensive making of urban solid residues is one of the great
environment problems in the present days. The management of these residues has been the
focal point of researcher’s worry among the several study areas, as well as becoming one of
the great challenges to the cities along the next decades (SANTIAGO et al., 2012). Brazilian
municipalities present limitations and/or deficiencies as to the normative and operational
aspects, mainly of planning, so carrying a precarious structure to the management of residues.
In the small municipalities the state of things is more worrying (BARATTO et al., 2013).The
present paper establishes a scenery of the management of solid urban residues in the
municipally of Barrerinhas (MA/Brazil) and intends to identify and analyze the management
sample, so taking like reference the Law nº. 12.305 of the 2nd of August of 2010 which
instituted the National Politics of Solid Residues. The methodological procedure adopted in
this study will be from bibliographical inquire, an applied questionnaire in order to obtain
data, interviews and visits in the municipality and in the local for the final dispositional and
treatment of residues, the importance of this study just residues according to the environment
impacts decurred of treatment, arranging and mainly the inadequate disposition of the urban
residues (MEDEIROS, 2012). That study region is a Conservation Unity and special touristic
area.
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 15
2.1 Definição e classificação dos resíduos sólidos ..................................................... 15
2.1.1 Definição ................................................................................................................. 15
2.1.2 Classificação ........................................................................................................... 16
2.2 Resíduos Sólidos – Legislações ............................................................................. 19
2.2.1 Leis Federais ........................................................................................................... 19
2.2.2 Resoluções CONAMA e Portarias MMA ............................................................... 21
2.2.3 Convenções Internacionais...................................................................................... 23
2.2.4 Associação Brasileira de Normas Técnicas ............................................................ 24
2.2.5 Legislação Estadual ................................................................................................. 25
2.2.6 Política Nacional dos Resíduos Sólidos ................................................................. 25
2.3 Problemática do resíduo sólido urbano............................................................... 27
2.4 Gestão e gerenciamento integrado dos resíduos sólidos urbanos ..................... 29
2.4.1 Gestão de resíduo urbano no Brasil ........................................................................ 31
2.4.2 Gestão de resíduo urbano no Maranhão .................................................................. 35
3 OBJETIVOS .......................................................................................................... 40
3.1 Geral ....................................................................................................................... 40
3.2 Específicos .............................................................................................................. 40
4 METODOLOGIA ................................................................................................. 41
4.1 Área de estudo ....................................................................................................... 41
4.2 Coleta de dados ...................................................................................................... 42
4.3 Diagnóstico da atual GRSU em Barreirinhas-MA ............................................. 43
4.3.1 Serviços de limpeza urbana ..................................................................................... 43
4.3.2 Coleta de transporte................................................................................................. 44
4.3.3 Coleta seletiva ......................................................................................................... 45
4.3.4 Disposição final dos resíduos sólidos ..................................................................... 46
6 RESULTADOS E CONCLUSÕES DO DIAGNÓSTICO................................. 48
6.1 Análise dos recursos destinados para a Gestão de Resíduos Sólido do
Município de Barreirinhas ................................................................................... 48
6.1.1 Coleta ...................................................................................................................... 49
6.1.2 Local de acondicionamento e destinação final dos resíduos sólidos ...................... 49
7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES FINAIS ............................................ 51
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 54
APÊNDICE ........................................................................................................... 58
12
1 INTRODUÇÃO
cerca 28 toneladas de resíduo urbano por dia o que daria em media uma geração per capita de
1,9 kg/habitante/dia.
Os resíduos sólidos urbanos são resíduos provenientes de atividades domésticas
em residências e os resíduos da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas, além de
outros serviços de limpeza urbana. Esses resíduos sofreram alterações quantitativas e
qualitativas ao longo do tempo, contudo sua gestão não acompanha a evolução das
tecnologias de produção (CORTEZ; ORTIGOZA, 2007; DIAS, 2009).
Portanto, torna-se fundamental a existência de uma gestão efetiva a ser
desenvolvida pelas administrações públicas municipais. De acordo com a Lei n° 12.305 de
2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010b), a gestão
integrada de resíduos sólidos urbanos é caracterizada como o conjunto de ações voltadas para
a busca de soluções para esses resíduos, de forma a considerar as dimensões política,
econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável.
Para que uma gestão de resíduos possa ser considerada eficaz, os resíduos têm que
ser geridos de forma consistente, deve-se contemplar questões relacionadas ao ciclo de vida
do produto, ou seja, a minimização do uso dos recursos da natureza e a não geração dos
resíduos. Isso pode ser atingido com o combate ao desperdício, o incentivo à minimização e
também pela coleta seletiva, visando à salubridade local pela eficiência na prestação dos
serviços (AGAMUTHU; KHIDZIR; FAUSIAH, 2009), ou seja, a solução pode estar no
desenvolvimento de modelos integrados e sustentáveis que considerem desde o momento da
geração dos resíduos, a maximização de seu reaproveitamento e reciclagem (DIAS, 2003).
A busca por uma solução adequada para os resíduos sólidos urbanos deve
acontecer em todos os municípios, porem deve-se levar em consideração as diferenças de
capacidade econômica, qualificação técnica e características ambientais de cada município
(FERREIRA, 2004).
Tendo em vista todas estas dificuldades faz-se necessário à introdução de uma
gestão de resíduos sólidos urbanos que preze pelo planejamento de ações e medidas
compatíveis coma realidade local de modo a minimizar os problemas decorrentes do manejo
inadequado dos resíduos.
A gestão inadequada de resíduos sólidos produz grandes impactos ambientais,
causando poluição das águas superficiais e subterrâneas, contaminação dos solos e do ar e a
proliferação de doenças; não constituem somente um problema de ordem estética, mas
representam também uma séria ameaça ao homem e ao meio ambiente, diminuindo
14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.1 Definição
Lixo é uma palavra latina (lix) que significa cinza, vinculada às cinzas dos fogões.
Segundo Ferreira (1999, p.43), lixo é “aquilo que se varre da casa, do jardim, da rua e se joga
fora; entulho. Tudo o que não presta e se joga fora. Sujidade, sujeira, imundície. Coisa ou
coisas inúteis, velhas, sem valor”.
Desde a década de 1970, resíduos sólidos vem sendo definido por diversos
autores:
Jardim e Wells (1995, p. 23) definem lixo como “[...] os restos das atividades
humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis, ou descartáveis”.
Para Sewell (1978) o termo lixo é definido como “materiais indesejados pelo
homem que não podem fluir diretamente para os rios ou se elevar imediatamente para o ar”.
De acordo com Girord (1993, p.30) o artigo 1 da Lei Francesa nº 75.663 de 17 de
julho de 1975, define resíduos sólidos como “todo resíduos de um processo de produção, de
transformação ou utilização, toda substância, matéria, produto, ou mais geralmente, todo bem
móvel abandonado ou que seu proprietário o destina ao abandono”
Para Moreira et al. (1994) a Comunidade Econômica Européia (CEE), de acordo
com as diretrizes 75/442 e 78/319, define o lixo como “qualquer substância ou objeto cujo
detentor se desfaz segundo a legislação vigente”.
A Agenda 21 Brasileira, capítulo 21, item 21.3, define os resíduos sólidos como
“[...] todos os restos domésticos e resíduos não perigosos, tais como os resíduos comerciais e
institucionais, os resíduos sólidos da rua e os entulhos de construção” (BRASIL, 2001).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 10.004 no item três
tem definido os resíduos sólidos e semi-sólidos como:
2.1.2 Classificação
Os resíduos sólidos são classificados quanto a sua origem ou fonte e quanto ao seu
grau de periculosidade em relação a determinados padrões de qualidade ambiental e de saúde
pública. A classificação determina a disposição final desses resíduos e cada país adota sua
classificação particular (LOPES, 2003).
No Brasil, a classificação dos resíduos segue aos critérios da Agência de Proteção
Ambiental Americana (USEPA) com algumas adaptações. A Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) possui uma relação de normas relacionadas a resíduos sólidos:
NBR 7039, de 1987 – Pilhas e acumuladores elétricos – Terminologia;
NBR 7500, de 1994 – Símbolos de riscos e manuseio para o transporte e
armazenamento de materiais.
NBR 7501, de 1989 – Transporte de produtos perigosos – Terminologia.
NBR 9190, de 1993 – Sacos plásticos – Classificação.
NBR 9191, de 1993 – Sacos plásticos – Especificação.
NBR 9800, de 1987 – Critérios para lançamento de efluentes líquidos
industriais nº sistema coletor público de esgoto sanitário – Procedimento.
NBR 10004, de 1987 – Resíduos sólidos – Classificação.
NBR 10005 – Lixiviação de resíduos.
NBR 10006 – Solubilização de resíduos.
NBR 10007 – Amostragem de resíduos.
NBR 11174, de 1990 – Armazenamento de resíduos classe II, não-inertes, e III,
inertes – Procedimentos.
NBR 12245, de 1992 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos –
Procedimentos.
17
Responsabilidade
Quanto à origem
pelo Gerenciamento
Originado nas atividades diárias das residências. Exemplos:
Domiciliar restos de alimentos,embalagens em geral, papel e revistas, Prefeitura
fraldas descartáveis etc.
Originado nos diversos estabelecimentos comerciais e de
Comercial Prefeitura*
serviços, tais como supermercados,bancos, lojas, bares etc.
Originado nos serviços de limpeza pública urbana.
Exemplos:resíduos de varrição, limpeza de galerias, restos de
Público podas,capinas etc. Prefeitura
Limpeza de áreas de feiras livres, composto por restos de
vegetais, embalagens etc.
Resíduos que contêm ou potencialmente podem conter germes
Serviços de Saúde patogênicos, provenientes de hospitais, clínicas, laboratórios, Gerador
farmácias etc.
Portos, Aeroportos e Resíduos que contêm ou potencialmente podem conter germes
Terminais Rodoviários e patogênicos, produzidos nos portos, aeroportos e terminais Gerador
Ferroviários rodoviários e ferroviários.
A lei também ressalta que a disposição final ambientalmente adequada deverá ser
apenas de rejeitos, que segundo o Art. 3° desta lei é todo: “Resíduos sólidos que, depois de
esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada” (BRASIL, 2010b).
Dessa maneira todo o rejeito deverá ser destinado a aterros sanitários, sendo todo
o restante que seja potencialmente aproveitável remetido à reutilização e à reciclagem.
27
meio ambiente, de forma inadequada, levando à contaminação do solo e das águas, trazendo
vários prejuízos ambientais, sociais e econômicos (MAZZER; CAVALCANTE, 2004).
A preocupação com à produção de resíduos em todo o mundo está relacionada
com as causas que esses resíduos podem ter sobre a saúde humana e sobre a qualidade do
meio ambiente (solo, água, ar e paisagens). Os resíduos, tanto em termos de composição
como de volume, variam em função do consumo e dos métodos de produção (SANTOS,
2011).
Quando são destinados de forma inadequada os resíduos sólidos urbanos
produzem grandes impactos ambientais, causando poluição das águas superficiais e
subterrâneas, contaminação dos solos e do ar e a proliferação de doenças; não constituem
somente um problema de ordem estética, mas representam também uma séria ameaça ao
homem e ao meio ambiente, diminuindo consideravelmente os espaços úteis disponíveis
(SCHALCH et al., 2002; TENÓRIO; ESPINOSA, 2004).
Para Santos e Silva (2009), o chorume é um dos principais poluentes gerados com
a disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos, sem o devido tratamento torna o solo e
o lençol freático exposto a sérias contaminações.
Reis e Ferreira (2008) salientam que o acondicionamento inadequado do resíduo
urbano pode servir como atração para diversos organismos capazes de transmitir inúmeras
doenças atribuídas ao lixo, uma vez que os vetores utilizam o ambiente do lixo como abrigo,
alimento e local ideal para sua reprodução.
Segundo Barros et al. (1995), várias doenças podem ser transmitidas quando não
há coleta e/ou disposição adequada do resíduo urbano. Os mecanismos de transmissão são
complexos e ainda não totalmente compreendidos. Como fator indireto, o lixo tem grande
importância na transmissão de doenças através, por exemplo, de vetores que nele encontram
alimento, abrigo e condições adequadas para proliferação. O quadro 2 apresenta os possíveis
vetores, a forma de transmissão e a doença vinculada a estes.
29
- Malária - Dengue
- Leishmaniose - Filariose
Mosquitos - através da picada da fêmea.
- Febre Amarela
Das 62.730.096 toneladas de lixo geradas no ano de 2012 por toda a população
brasileira, apenas 56.561.856 toneladas foram coletadas. A comparação entre o valor gerado e
o coletado, mostra que 6,2 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos não foram
coletadas em 2012. Do total dos resíduos coletados, 42,02% foram destinados
inadequadamente e 57,98% foram destinados adequadamente (ABRELPE, 2012) (Figura 2).
resíduo para aterros sanitários, e 22,5% são depositados em aterros controlados (BRASIL,
2008).
Quadro 3 - Destinação final de resíduos sólidos domiciliares e/ou públicos por número de municípios
2008
Destino final
Quantidade (t/d)
Aterro Sanitário 110044,40
Aterro Controlado 36673,20
Vazadouros a céu aberto 37360,80
Unidade de compostagem 1519,50
Unidade de triagem para reciclagem 2592,00
Unidade de tratamento para incineração 64,80
Vazadouro em áreas alagáveis 35,00
Locais não fixos -
Outra unidade 525,20
Total 188814,90
Fone: IBGE (2010). Modificado pelo autor.
Quanto à coleta, dos 5.565 municípios brasileiros, 3.285 municípios contam com
serviço de coleta exclusivamente publico, enquanto que apenas 524 municípios utilizam
serviços de empresas privados e os demais fazem uma gestão compartilhada, onde parte e
realizada pelo município e parte e realizada por empresa privada. Isto significa que no Brasil a
administração publica a prefeitura é a principal responsável pelos serviços de coleta,
transporte, tratamento e disposição do lixo urbano (BRASIL, 2008).
Com relação aos custos das prefeituras locais direcionados para o manejo do
resíduo urbano, segundo a ABRELPE (2012) cada município brasileiro gasta em media com a
coleta e outros serviços de limpeza urbana R$ 133,56 por habitante/ano. Todo setor de
limpeza urbana e serviço de logística de gestão do resíduo urbano, aumentou cerca de 3% os
postos de trabalho em abrangência nacional, com mais de 320 mil empregos diretos. A estes
profissionais formais se somam 30.390 mil catadores de recicláveis, que, quando possível,
agrupam-se em cooperativas, associações e em sua maioria dentro das unidades de triagem.
(IBGE, 2010).
Dos aproximadamente 170 milhões de brasileiros, apenas 77.708.739 de
moradores em 994 dos municípios nacionais, participam de programas de coleta seletiva.
Para uma avaliação mais apurada nas diversas localidades brasileiras, vale a pena
analisar a Tabela 1, que mostra quantos município de pequeno médio e grande porte
34
participam da coleta seletiva, e a quantidade total de material coletado por tais programas no
Brasil.
Tabela 1 - Quantidade de Municípios que exercem a coleta seletiva, e a quantidade de material arrecadado.
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
3.2 Específicos
4 METODOLOGIA
Número de municípios
Unidade de análise Faixa populacional
2008
Foto 2 - Caminhão Volkswagen adaptada com Foto 3 - Caminhonete Toyota Bandeirante adaptada com
carroceria de madeira carroceria de madeira
que como já é sabido é um tipo de atitude que acarreta maiores também maiores prejuízos ao
meio ambiente.
De acordo com uma conversa informal com um homem que estava no local
trabalhando como catador, o município não realiza nenhum trabalho de inclusão direcionada
aos catadores da região, também disse que “nunca ouviu falar sobre associação de catadores
de recicláveis na cidade”.
48
6.1 Análise dos recursos destinados para a Gestão de Resíduos Sólido do Município de
Barreirinhas
Equipamentos Quantidade
Caminhão compactador 1
Caminhão caçamba 3
Caminhonete adaptadas como carroceria de madeira 2
Caminhão adaptado com carroceria de madeira 1
Triciclo 1
Roçadeira 1
Equipamentos para varrição 28
Fonte: Autor (2014).
6.1.1 Coleta
Diante do que foi apresentado no contexto deste trabalho, considera-se que muito
tem a ser feito para que a questão do Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos atenda o
mínimo necessário para garantir a qualidade ambiental e da saúde pública, o município
precisa trabalhar de forma segura e respeitável para que a legislação seja atendida e nenhum
dano venha a ser causado pela má disposição dos resíduos.
Considerando tais problemas supracitados, que podem estar associados à geração
de impactos ambientais, que podem acometer a saúde e o aspecto paisagístico da região,
sugere-se que seja efetivada a Política Nacional de resíduos sólidos.
A implantação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) é
determinante para uma gestão de resíduos eficaz, porém este assunto deve ser colocado como
prioridade, tal atitude dará mais eficiência no gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos.
Uma sugestão eficiente, contemplada na legislação (lei 12305/2010) com bastante
ênfase é a implantação de Associações de catadores de material reciclável, seus benefícios
para a sociedade e para o meio ambiente são imensos, estas associações são compostas na
maioria das vezes por pessoas de baixa renda, este tipo de instituição dá uma oportunidade de
sustento para essas pessoas, além dos benefícios para a sociedade, o meio ambiente também é
beneficiado, pois mais material será reaproveitado, deixando de ser disposto no meio
ambiente, e contribui-se também para a preservação de recursos naturais.
As Associações ou Cooperativas de catadores de materiais recicláveis destacam
um importante papel na redução e reaproveitamento de resíduos, além de proporcionar um
importante papel social na vida de muitos catadores que encontram na reciclagem, uma
oportunidade de vida.
Um exemplo que deu certo foi na cidade Londrina (PR), lá são as cooperativas de
catadores que recolhem o material reciclável em domicilio. Mediante contrato com a
prefeitura os catadores além de faturar com a venda dos recicláveis, eles ganham um valor
fixo e um adicional por domicílio visitado. Para o aterro sanitário é destinada apenas a parte
orgânica que não pode virar adubo pela compostagem. Com esse programa, o custo da coleta
diminuiu 30% para o município e a maior geração de renda teve reflexos significativos na
economia da cidade (CEMPRE, 2010).
Outra sugestão é a implantação de um aterro sanitário seguindo a norma NBR
15849/2010, que especifica os requisitos mínimos para localização, projeto, implantação,
operação e encerramento de aterros sanitários de pequeno porte, para a disposição final de
resíduos sólidos urbanos, esta é medida indispensável para uma gestão de resíduos
53
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº. 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei nº. 12.305 de 2
de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê
Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a
Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Brasília, 2010a.
BRASIL. Senado Federal. Agenda 21: Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento. 3. ed. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições,
2001. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em:
29 mar. 2014.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio século XXI. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
GIRORD, J. L. Loi du 15 juillet 1975: code pratique dês dechets textes officiels commentairs
jurisprudence. Nouvelle edition. 1993.
LEITE, W.C.A. Estudo da gestão de resíduos sólidos: uma proposta de modelo tomando a
Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos como referência. 1997. Tese (Doutorado) -
Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos. 1997.
PAULELLA, E.D.; SCAPIM C.O. Campinas: a gestão dos resíduos sólidos urbanos.
Campinas: Secretaria de Serviços Públicos, Secretaria da Administração, 1996.
SCHALCH, V. et al. Gestão e Gerenciamento dos Resíduos Sólidos. São Carlos (SC).
[Apostila]. São Carlos: Universidade de São Paulo, Escola de Escola de Engenharia de São
Carlos, Departamento de Hidráulica e Saneamento da USP, 2002.
SILVA, A. C. et al. Análise da gestão de resíduos sólidos urbanos do nordeste brasileiro com
base na Lei Federal 12. 305/2010: estudo de caso da cidade João Pessoa/PB. [S.l.:s.n], 2010.
APÊNDICE
59