Você está na página 1de 63

LEI ORGÂNICA

DO MUNICÍPIO DE

JÚLIO DE CASTILHOS
2
Sumário

TÍTULO I - DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL_______________________________________________5

CAPÍTULO I - DO MUNICÍPIO ______________________________________________________________5


SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES _________________________________________________________5
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO ______________________________________________6
SEÇÃO I - DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA ________________________________________________________6
SEÇÃO II - DA COMPETÊNCIA CONCORRENTE OU SUPLETIVA ________________________________________8
SEÇÃO III - DAS VEDAÇÕES __________________________________________________________________8
CAPÍTULO III - DOS BENS IMÓVEIS _________________________________________________________9
CAPÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES _____________________________________________10
SEÇÃO I - DO PODER LEGISLATIVO ___________________________________________________________10
SEÇÃO II - DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA __________________________________________________14
SEÇÃO III - DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA ____________________________________________________15
SUBSEÇÃO I - DA COMISSÃO REPRESENTATIVA _________________________________________________20
SEÇÃO IV - DOS VEREADORES _______________________________________________________________19
SEÇÃO V - DO PROCESSO LEGISLATIVO ________________________________________________________24
CAPÍTULO V - DO PODER EXECUTIVO ______________________________________________________24
SEÇÃO I - DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO ___________________________________________________25
SEÇÃO II - DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO_____________________________________________________26
SEÇÃO III - DAS RESPONSABILIDADES DO PREFEITO ______________________________________________32
SUBSEÇÃO I - DAS LICENÇAS E DAS FÉRIAS _____________________________________________________33
SUBSEÇÃO II - DO SUBSÍDIO E DA VERBA DE REPRESENTAÇÃO _____________________________________30
SEÇÃO IV - DOS SECRETÁRIOS DO MUNICÍPIO___________________________________________________30

TÍTULO II - DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA _____________________________________________35

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ________________________________________________________35


SEÇÃO I - DOS ATOS MUNICIPAIS ____________________________________________________________39
SEÇÃO II - DA PUBLICAÇÃO _________________________________________________________________40
SEÇÃO III - DO REGISTRO ___________________________________________________________________38
SEÇÃO IV - DAS CERTIDÕES _________________________________________________________________39
SEÇÃO V - DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS __________________________________________________42
SEÇÃO VI - DAS NORMAS DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL_________________________________________43
SEÇÃO VII - DOS CONSELHOS MUNICIPAIS _____________________________________________________40
CAPÍTULO II - DOS SERVIDORES MUNICIPAIS ________________________________________________44

TÍTULO III - DOS ORÇAMENTOS ________________________________________________________41

CAPÍTULO I - DA RECEITA E DA DESPESA ___________________________________________________50


SEÇÃO I - DOS TRIBUTOS ___________________________________________________________________51
SEÇÃO II - DA DESPESA ____________________________________________________________________47

TÍTULO IV - DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL _________________________________________53

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS ________________________________________________________53


SEÇÃO I - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ___________________________________________________________55
SEÇÃO III - DA EDUCAÇÃO__________________________________________________________________55
SEÇÃO III - DA CULTURA ___________________________________________________________________60
SEÇÃO IV - DO DESPORTO __________________________________________________________________60
3
SEÇÃO V - DA SAÚDE ______________________________________________________________________61
SEÇÃO VI - DO MEIO AMBIENTE _____________________________________________________________64
SEÇÃO VII - DA FAMÍLIA ___________________________________________________________________65
SEÇÃO VIII - DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA ______________________________________________66
SEÇÃO IX - DA POLÍTICA URBANA ___________________________________________________________67

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS ________________________________________________68


4

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE JÚLIO DE CASTILHOS

PREÂMBULO

“Os Vereadores, representantes do povo do Município de Júlio de Castilhos, reunidos


nesta Casa Legislativa, invocando a proteção de Deus, decretam e promulgam a seguinte”

LEI ORGÂNICA
5
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPÍTULO I
Do Município

Seção I
Disposições Preliminares

Art. 1º - O Município de Júlio de Castilhos, parte integrante da República Federativa


do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, no pleno uso de sua autonomia política, administrativa e
financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica e pelas demais Leis que adotar, respeitando os princípios
estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual.

Art. 2º - Os limites do território do Município só poderão ser alterados por Lei


Estadual, observados os requisitos estabelecidos em lei complementar. (NR)

Art. 3º - Os símbolos do Município são os estabelecidos em Lei.

Art. 4º - São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo e o Executivo.

Art. 5º - Constituem bens do Município, todas as coisas móveis e imóveis, direitos e


ações que a qualquer título lhe pertençam.

Art. 6º - A Sede do Município dá-lhe o nome e tem categoria de cidade.

Art. 7º - A autonomia do Município é assegurada:

I - Pela eleição direta do Prefeito e do Vice-Prefeito, que compõem o Poder


Executivo;

II - Pela eleição direta dos Vereadores, que compõem o Poder Legislativo Municipal;

III - Pela própria autonomia, no que respeite o seu peculiar interesse.

CAPÍTULO II

Da Competência do Município
6
Seção I
Da Competência Privativa

Art. 8º - Compete ao Município prover a tudo quanto respeite ao seu peculiar


interesse e ao bem-estar de sua população, cabendo-lhe privativamente, entre outras, as seguintes
atribuições:

I - Legislar sobre assuntos de interesse local;

II - Organizar-se administrativamente, observadas as Legislações Federal e Estadual;

III - Decretar suas leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de seu peculiar
interesse;

IV - Administrar seus bens, adquiri-los ou aliená-los, aceitar doações, legados e


herança e dispor de sua aplicação;

V - Desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, nos


casos previstos em lei;

VI - Conceder e permitir os serviços públicos locais e os que lhe sejam concernentes;

VII - Organizar os quadros e estabelecer o regime jurídico de seus servidores;

VIII - Elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, estabelecer normas de


edificações, de loteamentos, de zoneamento e de diretrizes urbanísticas convenientes à ordenação de
seu território;

IX - Estabelecer normas de prevenção e controle de ruídos, da poluição do meio


ambiente, do espaço aéreo e das águas;

X - Conceder e permitir os serviços de transporte coletivo, táxis e outros, fixando


suas tarifas, itinerários, pontos de estabelecimentos e paradas;

XI - Regulamentar a utilização dos logradouros públicos e sinalizar as faixas de


rolamento e zonas de silêncio;

XII - Disciplinar os serviços de carga e descarga e a fixação de tonelagem máxima


permitida a veículos que circulem em suas vias públicas;

XIII - Estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus


serviços;

XIV - Regulamentar e fiscalizar a instalação e funcionamento dos elevadores;


7
XV - Legislar sobre a limpeza dos logradouros púbicos e sobre a remoção e o destino
do lixo domiciliar e de detritos de qualquer natureza.

XVI – Licenciar estabelecimentos industriais, comerciais e bancários de prestação de


serviços e outros;

XVII – Fixar os feriados municipais, o horário de funcionamento de


estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços e outros de sua competência;

XVIII - Legislar sobre o serviço funerário e os cemitérios do Município,


administrando os públicos e fiscalizando os particulares;

XIX – Legislar sobre edificação, inclusive sobre a interdição e demolição,


especialmente quando, em ruínas ou em condições de absoluta insalubridade, atentarem contra a
incolumidade pública;

XX - Regulamentar, autorizar e fiscalizar a afixação de cartazes, emblemas e


quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, em locais públicos e particulares do Município;

XXI - Regulamentar, autorizar e fiscalizar os jogos esportivos, os espetáculos e


divertimentos públicos, sujeitos ao poder de polícia do Município;

XXII – Legislar sobre a apreensão e depósito de semoventes, mercadorias e móveis


em geral, no caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e
condições de venda das coisas e bens apreendidos;

XXIII – Legislar sobre registro, vacinação, captura e destino de animais, com o fim
de prevenir e erradicar as moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;

XXIV - Legislar sobre serviços públicos de sua competência, sujeitos a delegação;

XXV – Legislar sobre o estabelecimento de penalidades, dispondo sobre a


competência das autoridades com o poder de aplicá-las, por infrações às leis e regulamentos
municipais;

XXVI - Legislar sobre registro de marcas e sinais no Município.

Seção II
Da Competência Concorrente ou Supletiva

Art. 9º - O Município poderá celebrar convênios com a União, o Estado e outros


Municípios, para a realização de obras ou serviços públicos de interesse comum, observado o disposto
em lei. (NR)
8
Parágrafo único. Assinado o convênio será dada ciência do mesmo à Câmara
Municipal.

Art. 9º-A. O Município poderá constituir, por meio de lei, consórcios com outros
município para a realização de obras, atividades ou serviços específicos de interesse comum.

Art. 10 - Compete, ainda, ao Município, concorrentemente com a União ou o Estado,


ou supletivamente a eles:

I - Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e


conservar o patrimônio público;

II - Zelar pela saúde, higiene, segurança e assistência pública, proteção e garantia das
pessoas portadoras de deficiência;

III - Promover o ensino, a educação e a cultura;

IV - Fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte dos gêneros


alimentícios destinados ao abastecimento público;

V - Regulamentar e exercer outras atribuições não vedadas pelas Constituições


Federal e Estadual.

Seção III
Das Vedações

Art. 11 - Ao Município é vedado:

I - Instituir ou majorar tributos sem que a Lei os estabeleça;

II - Instituir tratamento desigual entre contribuinte que se encontrem em situação


equivalente, proibindo qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
exercida, independentemente de denominação jurídica dos vencimentos, títulos ou direitos;

III - Cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da Lei que os


houver instituído ou aumentado.

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a Lei que os instituiu
ou aumentou.

IV - Instituir imposto sobre:


9
a) o patrimônio, a renda ou os serviços da União, dos Estados e dos Municípios.

b) os templos de qualquer culto.

c) o patrimônio, a renda ou os serviços dos Partidos Políticos e de instituições de


educação ou de assistência social, observados os requisitos da Lei.

d) o livro, o jornal e os periódicos, assim como o papel destinado à sua impressão.

V - Outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a remissão de dívidas, sem


interesse público justificado, sob pena de nulidade do ato;

VI - Fazer ou permitir uso de estabelecimento gráfico, jornal, estação de rádio,


televisão, serviços de alto-falante ou qualquer outro meio de comunicação de sua propriedade para
propaganda político-partidária ou fins estranhos à administração;

VII - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhes o


exercício ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança;

VIII - Contrair empréstimos externos sem prévia autorização do Senado Federal;

IX - Utilizar ou permitir que seja utilizado, para propaganda político-partidário ou


para fins estranhos à administração, qualquer dos bens ou serviços municipais, ressalvadas as exceções
previstas na legislação eleitoral;

X - Criar distinções ou preferências entre brasileiros;

XI - Recusar fé aos documentos públicos.

§ 1º - A vedação do inciso IV, alínea “a”, é extensiva às autarquias e às fundações


instituídas e mantidas pelo Poder Pública, no que se refere ao patrimônio às vendas e aos serviços
vinculados as suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

§ 2º - As vedações do inciso IV, alínea “a”, e do parágrafo anterior não se aplicam ao


patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas
pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento
de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonerará o promitente comprador da obrigação de pagar
impostos relativamente ao bem imóvel.

CAPÍTULO III
Dos Bens Imóveis
10
Art. 12 - São bens municipais todos os imóveis, móveis e semoventes, bem como os
direitos e ações que a qualquer título pertençam ao Município.

Art. 13 - Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a


competência da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.

Art. 14 - Todos os bens municipais deverão ser cadastrados com a identificação


respectiva, numerando-se os móveis, segundo o que for estabelecido em regulamento, os quais ficarão
sob a responsabilidade do órgão público a que forem distribuídos.

Art. 15 - A aquisição dos bens pelo Município será realizada mediante prévia
licitação, nos termos da Legislação Municipal, observada a Legislação Federal.

Art. 16 – Revogado

Art. 17 - O uso de bens municipais por terceiros só poderá ser feito mediante
concessão, ou permissão a título precário e por tempo determinado, conforme o interesse público o
exigir.

Parágrafo Único - A Concessão de uso dos bens públicos de uso especial e


dominicais, dependerá de lei e concorrência, e será feita mediante contrato, sob pena de nulidade do
ato.

Art. 18 - Poderão ser cedidos a particulares, para serviços transitórios, máquinas e


operadores da Prefeitura, desde que não haja prejuízo para os trabalhos normais do Município, e o
interessado recolha previamente a quantia arbitrada, correspondente ao uso da maquinaria e à
remuneração de seus operadores, bem com assine termo de responsabilidade pela conservação e
devolução dos bens que lhe foram cedidos.

CAPÍTULO IV
Da Organização dos Poderes

Seção I
Do Poder Legislativo

Art. 19 - O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal de


Vereadores, com autonomia administrativa e financeira.
11
Parágrafo Único - Cada legislatura terá duração de quatro (4) anos, compreendendo
cada ano, uma sessão legislativa.

Art. 20 – A Câmara de Vereadores reunir-se-á anualmente, no Município, de 15 de


fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 31 de dezembro.

§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia
útil subseqüente, quando recaírem em sábado, domingo ou feriado.

§ 2º - A Câmara reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias, ou solenes,


conforme dispuser o seu Regimento Interno.

§ 3º - A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á:

I - Pelo Prefeito, no período de recesso, quando este entender necessário;

II - Pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da maioria dos membros da Casa,


em caso de urgência ou interesse público relevante;

III - Pelo Presidente da Câmara para o compromisso e posse do Prefeito e do Vice-


Prefeito;

IV – Pela Comissão Representativa da Câmara.

§ 4º - Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal, somente deliberará


sobre a matéria para a qual for convocada.

§ 5º. – No período das sessões legislativas ordinárias, o Prefeito poderá solicitar ao


Presidente da Câmara Municipal a convocação extraordinária.

Art. 21 - A Câmara Municipal é composta de onze vereadores, eleitos na forma da


lei. (NR) (alterada pela emenda n.° 01, de 14 de setembro de 2011).

§ 1º - São condições de elegibilidade para o mandato de Vereador na forma da Lei


Federal:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - a filiação partidária;

V - o domicílio eleitoral na circunscrição;

VI - a idade mínima de dezoito anos;


12
VII - ser alfabetizado.

§ 2º - Revogado.

Art. 22 - No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com a do


mandato dos Vereadores, a Câmara reúne-se no dia 1º de janeiro para dar posse aos Vereadores, ao
Prefeito e ao Vice-Prefeito, bem como eleger sua Mesa, a Comissão Representativa e as Comissões
Permanentes, entrando, após, em recesso.

§ 1º - No ato da posse, os vereadores deverão fazer declaração de seus bens, que


serão repetidas anualmente, sendo todas transcritas em livro próprio, resumidas em ata e divulgadas
para o conhecimento público, e, preferirão o seguinte compromisso: “PROMETO CUMPRIR A LEI
ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, E EXERCER O MEU MANDATO SOB A INSPIRAÇÃO DO
PATRIOTISMO, DA LEALDADE, DA HONRA E DO BEM COMUM”. Ato contínuo, feito à
chamada nominal, cada vereador, levantando-se, declarará: “ASSIM O PROMETO”. A seguir, cada
edil assinará o termo competente.

§ 2º - No término de cada sessão legislativa ordinária, exceto a última da legislatura,


são eleitas a Mesa e as Comissões para a Sessão subseqüente.

§ 3º - O Mandato da Mesa da Câmara será de um (1) ano, vedada a recondução para


o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.

§ 4º - Se não houver quorum estabelecido no art. 23, para a eleição da Mesa ou,
havendo, esta não for realizada, a Câmara, ainda sob a Presidência do mais votado dentre os
vereadores, receberá de imediato à posse destes, o compromisso do Prefeito e do Vice-Prefeito, aos
quais dará posse.

§ 5º - O Vereador mais votado, dentre os presentes à sessão de instalação da


legislatura, permanecerá na Presidência da Câmara e convocará sessões diárias até que seja eleita a
Mesa, com a posse de seus membros.

Art. 23 - As deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de votos, presentes a


maioria de seus membros, salvo disposição em contrário constante na Constituição Federal, nesta Lei
Orgânica e no Regimento Interno.

Parágrafo Único - Revogado.

Art. 24 - A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a deliberação sobre
o Projeto de Lei Orçamentária.

Art. 25 - As sessões serão públicas. (NR)


13
Parágrafo Único - O voto será secreto somente nos casos previstos na Constituição
Federal e na Estadual.

Art. 26 - A prestação de contas do Município, referente à gestão financeira de cada


exercício, será encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado até 31 de março do ano seguinte.

Parágrafo único - As contas do Município ficarão à disposição de qualquer


contribuinte, a partir da data da remessa das mesmas ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande
do Sul, pelo prazo de sessenta (60) dias.

Art. 27 - Anualmente, dentro de sessenta (60) dias do início da Sessão Legislativa, a


Câmara receberá em Sessão Especial, o Prefeito, que informará, através de relatório, o estado em que
se encontram os assuntos municipais.

Parágrafo Único - Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assuntos de


interesse público, a Câmara o receberá em sessão previamente designada.

Art. 28 - A Câmara Municipal ou qualquer de suas Comissões, poderá convocar


secretários Municipais ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Prefeitura
Municipal para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado,
importando crime de responsabilidade a ausência sem justificativa adequada. (NR)

§ 1º - Os Secretários Municipais poderão comparecer à Câmara Municipal, ou a


qualquer de suas comissões, por iniciativa própria, para expor assunto de relevância de sua secretaria,
desde que haja concordância da Mesa Diretora.(NR)

§ 2º - A Câmara Municipal poderá encaminhar pedidos escritos de informações aos


Secretários Municipais ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime
de responsabilidade a recusa, ou o não-atendimento no prazo de quinze dias, bem como a prestação de
informações falsas.

Art. 29 - A Câmara pode criar Comissão Parlamentar de Inquérito sobre fato


determinado, nos termos do Regimento Interno, a requerimento de, no mínimo, um terço de seus
membros.

Art. 30 - A Câmara funciona com a presença, no mínimo, de mais da metade de seus


membros, e as suas deliberações são tomadas por maioria de votos dos presentes, ressalvadas as
exceções previstas nesta Lei Orgânica.
14
§ 1º - O Presidente da Câmara vota apenas quando houver empate nas votações,
quando a matéria exigir deliberação por maioria absoluta ou por dois terços (2/3) dos membros do
Legislativo Municipal e nas votações secretas.

§ 2º - Considera-se presente à sessão, o Vereador que tenha assinado o livro de


presença, respondido à chamada e que participe dos trabalhos de plenário.

§ 3º - Realizada ou não qualquer sessão da Câmara, lavra-se-á ata circunstanciada.

Art. 31 - Nos períodos de recesso da Câmara, funcionará a Comissão Representativa,


na forma do Regimento Interno.

Seção II
Do Funcionamento da Câmara

Art. 32. A Câmara Municipal terá comissões permanentes e


especiais, constituídas na forma a atender assuntos específicos e com as atribuições definidas em
Regimento Interno ou no ato de que resultar a sua criação. (NR)

§1º Na constituição da Mesa e de cada Comissão, será assegurada, tanto


quanto possível, a representação proporcional dos partidos que participam da Câmara Municipal.

§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, caberá:

I – emitir pareceres sobre as proposições em tramitação na Câmara


Municipal, na forma do Regimento Interno;

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

III - convocar os Secretários Municipais para prestar informações sobre


assuntos inerentes a suas atribuições;

IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de


qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI - apreciar programas de obras, planos municipais de desenvolvimento


e sobre eles emitir parecer;

VII – fiscalizar a execução das propostas orçamentárias do Município.

§ 3º - Revogado.
15
§ 4º - As Comissões Parlamentares de Inquéritos, que terão poderes de
investigações próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno da
Casa, serão criadas pela Câmara Municipal, mediante requerimento de um terço de seus membros,
para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.

Art. 33 - À Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete


elaborar seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organização política e provimento de cargos de
seus serviços, servidores e, especialmente, sobre:

I - sua instalação e funcionamento;

II - posse de seus membros;

III - eleição da Mesa, sua composição e suas atribuições;

IV - número de reuniões mensais;

V - comissões;

VI - sessões;

VII – deliberações;

VIII - todo e qualquer assunto de sua administração interna.

Art. 34 – Revogado.

Seção III
Das Atribuições da Câmara
Art. 35 - Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito:

I - Legislar sobre todas as matérias atribuídas ao Município pelas Constituições da


União e do Estado, e por esta Lei Orgânica;

II - Votar:

a) o Plano Plurianual.

b) as Diretrizes Orçamentárias.

c) os Orçamentos Anuais.

d) as Metas Prioritárias.
16
e) o Plano de auxílio e subvenções.

III - Decretar leis;

IV - Legislar sobre tributos de competência municipal;

V - REVOGADO;

VI - votar leis que disponham sobre a alienação e aquisição de bens móveis;

VII - REVOGADO;

VIII - Legislar sobre a concessão e permissão de uso de próprios municipais;

IX - Dispor sobre divisão territorial do Município, respeitadas as Legislações Federal


e Estadual;

X – REVOGADO;

XI - Deliberar sobre empréstimos e operações de crédito, bem como a forma e os


meios de pagamento;

XII - Cancelar, nos termos da Lei, a dívida ativa do Município, autorizar a suspensão
de sua cobrança e a relevação de ônus e juros;

XIII - Transferir, temporária ou definitivamente, a sede do Município, quando o


interesse público o exigir;

XIV - Deliberar sobre a aquisição de bens imóveis, quando se tratar de doação com
encargo;

XV - Legislar sobre o arrendamento, o aforamento e a alienação de bens imóveis do


Município;

XVI - Legislar sobre a concessão de serviços públicos do Município;

XVII - Legislar sobre o zoneamento, o aforamento e a alienação de bens imóveis do


Município;

XVIII - REVOGADO;

XIX - Deliberar sobre Projetos de Lei do Executivo, que autorizem mobilizar ou


alienar bens, créditos e valores que pertençam ao Ativo Permanente do Município;

XX - REVOGADO.

Art. 36 - Compete exclusivamente à Câmara de Vereadores:


17
I - Eleger sua Mesa, elaborar seu Regimento Interno e dispor sobre sua organização e
polícia, bem como destituí-la;

II - Propor a criação e extinção dos cargos de seu quadro de pessoal e serviços,


dispor sobre o provimento dos mesmos, bem como fixar e alterar seus vencimentos e outras vantagens;

III - Emendar a Lei Orgânica ou reformá-la;

IV - Representar, pela maioria de seus membros, para efeito de intervenção no


Município;

V - REVOGADO;

VI - Exercer a fiscalização de administração financeira e orçamentária do Município,


com o auxílio do Tribunal de Contas, e julgar as Contas do Prefeito;

VII - Sustar atos do Poder Executivo que exorbitem de sua competência, ou se


mostrem contrários ao interesse público;

VIII - Fixar a remuneração de seus membros, do Prefeito e do Vice-Prefeito, em cada


legislatura para a subseqüente;

IX - Convocar qualquer secretário, titular de autarquias ou de instituições de que


participe o Município, para prestar informações;

X - Mudar temporária ou definitivamente a sua sede;

XI - Solicitar informações por escrito ao Executivo;

XII - Dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito, bem como declarar extinto o seu
mandato nos casos previstos em Lei;

XIII - Conceder licença ao Prefeito e aos Vereadores para afastamento dos


respectivos cargos;

XIV - Suspender a execução, no todo ou em parte, de qualquer ato, resolução ou


regulamento municipal, que haja sido, pelo Poder Judiciário, declarado infringente à Constituição, à
Lei Orgânica ou às Leis;

XV - Criar a Comissão Parlamentar de Inquérito;

XVI - Dispor sobre o horário do funcionamento do comércio local;

XVII - Propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse à


coletividade ou ao serviço público;
18
XVIII - Regular o tráfego e o trânsito das vias públicas municipais, atendendo à
necessidade de locomoção das pessoas portadoras de deficiências;

XIX - Disciplinar a localização de substâncias potencialmente perigosas nas áreas


urbanas e nas proximidades de culturas agrícolas e mananciais;

XX - REVOGADO;

XXI - Autorizar o Prefeito e o Vice Prefeito a ausentarem-se do Município por


período superior a 15 dias. (NR)

XXII - Julgar o Prefeito e os Vereadores por infrações definidas nesta Lei Orgânica
em conformidade com a Legislação Federal a respeito e de acordo com o disposto nesta Legislação e
na Constituição do Estado;

XXIII - REVOGADO;

XXIV - Autorizar “referendum” convocar plebiscito na forma da Lei;

XXV - Decidir por maioria absoluta sobre o pedido de intervenção observadas as


normas constitucionais;

XXVI - Ouvir em audiências, em sessão da Câmara ou das Comissões, as


representações das entidades civis;

XXVII – REVOGADO.

XXVIII - Deliberar, mediante resolução, sobre quaisquer assuntos de economia


interna, e nos demais casos de sua competência privativa que tenham efeitos externos por meios de
Decreto Legislativo.

Subseção I
Da Comissão Representativa

Art. 37 - A Comissão Representativa funcionará nos períodos de recesso da Câmara


Municipal.

Parágrafo Único - As normas relativas ao funcionamento e desempenho das


atribuições da Comissão Representativa são estabelecidas no Regimento Interno da Câmara.

Seção IV
19
Dos Vereadores

Art. 38 - Os Vereadores são invioláveis no exercício do mandato e na circunscrição


do Município, por suas opiniões, palavras e votos.

Art. 39 – Os Vereadores no exercício de sua competência tem livre acesso aos órgãos
da administração direta e indireta do município.

Art. 40 - É vedado ao Vereador:

I - Desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações,


empresas públicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de serviço
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar cargo, emprego ou função, no âmbito da Administração pública direta e


indireta municipal, salvo mediante aprovação em concurso público;

II - Desde a posse:

a) ocupar cargo, função ou emprego, na Administração Direta ou Indireta do


Município, de que seja exonerável “ad nutum”, salvo o cargo de Secretário Municipal ou Diretor
equivalente, desde que se licencie do exercício do mandato;

b) exercer outro cargo eletivo Federal, Estadual ou Municipal;

c) ser proprietário, controlador ou diretor de empresas que goze de favor decorrente


de contrato com pessoas jurídica de direito público do Município, ou nela exercer função remunerada;

d) patrocinar causa junto ao Município em que seja interessada qualquer das


entidades a que se refere a alínea “a” do inciso I.

Art. 41 - Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar ou


atentatório às instituições vigentes;

III - que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou de


improbidade administrativa;

IV - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das
sessões ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada pela edilidade;
20
V - que fixar residência fora do Município;

VI - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos.

§ 1º - Além de outros casos definidos no Regimento Interno da Câmara Municipal,


considerar-se-á incompatível com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao
Vereador ou a percepção de vantagens ilícitas ou imorais.

§ 2º - Nos casos dos incisos I e II a perda do mandato será declarada pela Câmara por
voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de Partido Político representado na
Câmara, asseguradas ampla defesa.

§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III e VI, a perda será declarada pela Mesa da
Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de Partido Político
representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art. 42 - Extingue-se automaticamente o mandato do Vereador, nos termos da


Legislação Federal pertinente e da Constituição do Estado, quando:

I - ocorrer, falecimento, renúncia por escrito, cassação dos direitos políticos ou


condenação por crime funcional ou eleitoral;

II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro de dez (10)
dias;

III - incidir nos impedimentos para o exercício do mandato, estabelecidos no Art. 40


e não se desincompatibilizar até a expedição do diploma ou até a posse, conforme o caso, e, nos casos
supervenientes, no prazo fixado em lei ou pela Câmara.

§ 1º - Ocorrido e comprovado o fato extintivo, o Presidente da Câmara, na primeira


sessão, comunicá-lo-á ao plenário e fará constar da ata a declaração de extinção do mandato e
convocará imediatamente o respectivo suplente.

§ 2º - Se o Presidente da Câmara omitir-se nas providências do parágrafo anterior, o


suplente do Vereador poderá requerer em juízo, a declaração de extinção do mandato, e, se julgada
procedente, a respectiva decisão judicial importará na destituição automática do Presidente omisso do
cargo da Mesa e no seu impedimento para nova investidura, nesta, durante toda a legislatura, além de o
juiz condená-lo às cominações legais decorrentes do princípio da sucumbência.

Art. 43 - O Vereador poderá licenciar-se:

I - por motivo de doença;


21
II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento
não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa;

III - para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de interesse do


Município.

§ 1º - Não perderá o mandato , considerando-se automaticamente licenciado , o


vereador investido no cargo de secretário municipal ou diretor equivalente, conforme previsto no
art.40, inc. II, alínea “a” desta lei orgânica.

§ 2º - Revogado;-

§ 3º - Revogado.

§ 4º - Revogado.

§ 5º - Revogado.

§ 6º - Revogado. -

Art. 44 - Dar-se-á a convocação do Suplente de Vereador nos casos de vaga ou


licença.

§ 1º - O suplente convocado deverá tomar posse no prazo de quinze (15) dias,


contados da data de convocação, salvo justo motivo aceito pela Câmara, que prorrogará o prazo.

§ 2º - Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo anterior não for preenchida,


calcular-se-á o quórum em função dos Vereadores remanescentes.

Art. 45 - Nos casos de licença e de vagas por cassação ou extinção do mandato, o


Vereador será substituído pelo Suplente convocado nos termos da Lei.

§ 1º - Cabe à Câmara conceder licença ao Vereador, nos termos da Lei.

§ 2º - Em caso de vaga, e não havendo Suplente, o Presidente da Câmara comunicará


o fato, dentro de quarenta e oito (48) horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.

Art. 46 - O mandato de Vereador é remunerado, nos termos da Constituição Federal


a respeito.

Parágrafo Único – O subsídio dos Vereadores será fixado pela Câmara Municipal em
cada legislatura, para a subseqüente, observados o que dispõem os arts. 37, inc. XI, 150, inc. II, 153,
inc. III e 153 §2º, inc. I da Constituição Federal.

Art. 47 – O subsídio dos Vereadores e presidente será fixado por Lei específica.
22
Art. 48 – Revogado.

Art. 49 - O servidor público, eleito vereador deve optar entre a remuneração do


respectivo cargo e a da vereança, se não houver compatibilidade de horários.

Parágrafo Único - Havendo compatibilidade de horários, perceberá a remuneração do


cargo e a inerente à vereança.

Seção V
Do Processo Legislativo

Art. 50 - O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas;

V - decretos legislativos;

VI - resoluções.

Parágrafo único: a lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e


consolidação das leis.

Art. 51 - Revogado.

Art. 52 - A Lei Orgânica pode ser emendada mediante proposta:

I - de um terço (1/3), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito;

III – Revogado.
Parágrafo Único. Em qualquer dos casos deste artigo, a proposta será discutida e votada
pela Câmara em duas sessões, com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços
dos membros da Câmara Municipal em ambas as votações.

Art. 53 - A Lei orgânica será votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez
dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e Estadual. (NR)
23
Parágrafo Único – Revogado.

Art. 54 - A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o
respectivo número de ordem.

Art. 55 - A iniciativa das Leis Municipais, salvo os casos de competência exclusiva,


cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito ou ao eleitorado, que a exercerá em forma de moção articulada,
subscrita, no mínimo, por cinco por cento (5%) do eleitorado do Município.

Art. 56. São leis complementares que dependem da aprovação da maioria absoluta
dos membros da Câmara:

I – código de obras;

II – código de posturas;

III – código tributário;

IV – plano diretor;

V – código do meio ambiente;

VI – estatuto do servidor público;

VII - lei que trata da elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

§ 1° Observado o Regimento Interno da Câmara Municipal, é facultada a realização


de consulta pública aos projetos de lei complementar para recebimento de sugestões.

§ 2° A sugestão popular referida no § 1° deste artigo não pode versar sobre assuntos
com reserva de competência.
Art. 57 - Os Projetos de Lei Complementar serão revistos por Comissão Especial da
Câmara.

Art. 58. No início ou em qualquer fase da tramitação de projeto de lei de iniciativa


exclusiva do Prefeito, este poderá solicitar à Câmara que o aprecie em 45 (quarenta e cinco) dias a
contar do pedido, o qual deverá ser devidamente motivado.

§ 1º- Se a Câmara Municipal não se manifestar sobre o assunto no prazo


estabelecido no “caput” deste artigo, o projeto em questão será incluído na ordem do dia, sobrestando-
se a deliberação sobre as demais matérias, para que se ultime a votação.

§ 2° O prazo deste artigo não correrá nos períodos de recesso da Câmara de


Vereadores, nem se aplicará aos projetos de lei complementar.

Art. 59. A Câmara Municipal enviará o projeto de lei ao Prefeito Municipal, que,
aquiescendo, o sancionará.
24
§ 1º. Se o Prefeito Municipal considerar o projeto, no todo ou em parte,
inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de 15
(quinze) dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao
Presidente da Câmara os motivos do veto.

§ 2º. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de


inciso ou de alínea.

§ 3º. Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito Municipal importará


sanção.

§ 4º. O veto será apreciado em sessão plenária dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.

§ 5º. Se o veto não for mantido, será o projeto enviado ao Prefeito Municipal para
promulgação.
§ 6º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na
ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.

§ 7º. Se a lei não for promulgada pelo Prefeito Municipal dentro de quarenta e oito
horas, nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer em igual
prazo, caberá ao Vice-Presidente da Câmara fazê-lo.

Art. 60. Revogado.


Art. 61. Revogado.
Art. 62. Revogado.

Art. 63 - É da competência exclusiva do Prefeito a iniciativa de leis que:

I - disponham sobre matéria financeira;

II - versem sobre matéria orçamentária, autorizem a abertura de créditos ou


concedem subvenções ou auxílios;

III - A iniciativa das leis que criem ou extinguem funções públicas, fixem ou
aumentem vencimentos ou vantagens dos servidores públicos, exceto os da Secretaria da Câmara e que
de qualquer modo, aumentem a despesa pública ou alterem a proposta orçamentária, ressalvada a
competência privativa, expressamente atribuída à Câmara Municipal nos arts. 19 e 36, incisos II e VIII
desta Lei Orgânica.

Art. 64 - A Lei Orçamentária anual não constará dispositivo estranho à previsão da


receita e à fixação da despesa, permitido a abertura de créditos suplementares e contratação de
operações de créditos, ainda que por antecipação da receita, nos termos da Lei.

CAPÍTULO V
Do Poder Executivo
25

Seção I
Do Prefeito e do Vice-Prefeito
Art. 65 - O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários do
Município.

Art. 66 - O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para mandato de quatro (4) anos,
devendo a eleição realizar-se até noventa (90) dias antes do término do mandato daquele a quem deva
suceder, e tomarão posse imediatamente a dos Vereadores, perante à Câmara Municipal, na mesma
sessão solene de instalação de cada legislatura.

§ 1º - A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com ele registrado.

§ 2º - A posse dar-se-á dia 1º de janeiro do ano subseqüente à eleição.

§ 3º - Se, decorridos os 10 dias de data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-


Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago pelo
plenário.

§ 4º - Ao tomarem posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito prestarão o seguinte


compromisso: “PROMETO CUMPRIR A LEI ORGÂNICA, AS LEIS DA UNIÃO, DO ESTADO E
DO MUNICÍPIO, PROMOVER O BEM COLETIVO E EXERCER O MEU MANDATO, SOB A
INSPIRAÇÃO DO PATRIOTISMO, DA LEALDADE E DA HONRA”.

§ 5º - Em caso de impedimento temporário do Prefeito ou de vacância do respectivo


cargo, assumirá o Vice-Prefeito, ou, se este não o fizer, o Presidente da Câmara, até a cessação do
impedimento ou o termo de seu mandato.

§ 6º - Em caso de vacância de ambos os cargos, far-se-á nova eleição, noventa (90)


dias depois de aberta a segunda vaga e os eleitos completarão os períodos de seus antecessores, salvo
se a segunda vaga ocorrer em menos de um ano do término do quadriênio, caso em que continuará a
observar o disposto no parágrafo anterior.

Art. 67 - Na ocasião da posse e ao término do mandato, o Prefeito fará declaração de


bens, que será transcrita em livro próprio constando da ata o seu resumo.

Parágrafo Único - O Vice-Prefeito fará declaração de bens, na forma deste artigo, no


momento em que assumir, pela primeira vez, o cargo de Prefeito.

Art. 68 - O Prefeito, desde a posse, e o Vice-Prefeito, quando assumir a Chefia do


Executivo Municipal, deverão desincompatibilizar-se ficando sujeitos aos impedimentos, proibições e
26
responsabilidades estabelecidas nas Constituições Federal, do Estado, nesta Lei Orgânica e no
Regimento Interno.

Parágrafo Único - O Prefeito não poderá exercer outra função pública nem cargo de
administração em qualquer empresa comercial ou industrial, beneficiada com privilégios, isenção,
favor, em virtude de contrato com a administração municipal.

Art. 69 – Revogado.

Art. 70 - Os crimes de responsabilidades, bem como as infrações político-


administrativas do Prefeito são os definidos em Lei Federal, obedecidas as normas do processo de
julgamento.

§ 1º - Perderá o mandato, o Prefeito que assumir outro cargo ou função na


Administração Pública Direta ou Indireta, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 28 da
Constituição Federal.

§ 2º - A competência para o julgamento do Prefeito Municipal é do Tribunal de


Justiça do Estado.

Art. 71 - O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e


suceder-lhe-á no caso de vaga.

Parágrafo Único - Em caso de impedimento do Prefeito ou do Vice-Prefeito, ou


vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Chefia do Executivo
Municipal, o Presidente, o Vice-Presidente e o 1º Secretário da Câmara Municipal.

Seção II
Das Atribuições do Prefeito

Art. 72 - Ao Prefeito, como Chefe da Administração Municipal, cabe executar as


deliberações da Câmara de Vereadores, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Município, e
adotar, de acordo com a Lei, todas as medidas administrativas e utilidade pública.

Art. 73 - Compete privativamente ao Prefeito:

I - representar o Município em juízo ou fora dele;

II - nomear e exonerar os Secretários Municipais, os Diretores de autarquias e


departamentos, além de titulares de instituições de que participe o Município, na forma da Lei;
27
III - iniciar o Processo Legislativo na forma e nos casos previstos em Lei;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis, bem como expedir decretos e


regulamentos para a sua fiel execução;

V - vetar projetos de Lei, total ou parcialmente;

VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal;

VII - declarar a utilidade ou necessidade pública, ou o interesse social de bens para


fins de desapropriação ou servidão administrativa;

VIII - expedir atos próprios de sua atividade administrativa;

IX - planejar e promover a execução dos serviços públicos municipais;

X - enviar ao Poder Legislativo, o Plano Plurianual, o projeto da Lei de Diretrizes


Orçamentárias e as propostas de orçamentos previstos nesta Lei;

XI - prestar, anualmente, ao Poder Legislativo, dentro de sessenta (60) dias após a


abertura do ano legislativo, as contas referentes ao exercício anterior;

XII - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem


dirigidas em matéria da competência do Executivo Municipal;

XIII - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, as vias e logradouros


públicos, mediante denominação aprovada pela Câmara;

XIV – Aprovar projetos de edificações e plano de loteamento, arruamento e


zoneamento urbano ou para fins urbanos;

XV - solicitar auxílio da polícia do Estado, para a garantia do cumprimento de seus


atos;

XVI - revogar atos administrativos por razão de interesse público e anulá-los por
vício de legalidade, observado o devido processo legal;

XVII - administrar os bens e as rendas municipais, promover o lançamento, a


fiscalização e a arrecadação de tributos, e das tarifas ou preços públicos municipais;

XVIII - providenciar sobre o ensino público;

XIX - propor ao Poder Legislativo o arrendamento, o aforamento ou a alienação de


próprios municipais e a aquisição de outros;

XX - propor a divisão administrativa do Município de acordo com a Lei;


28
XXI - legislar sobre as concessões de uso de bens do Município;

XXII - exercer, com o auxílio dos Secretários do Município, a direção da


Administração Municipal;

XXIII - apresentar anualmente e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara


Municipal;

XXIV – REVOGADO.

XXV - legislar a estruturação, atribuição e funcionamento dos órgãos Municipais;

XXVI - expor, por ocasião da abertura da sessão legislativa anual, a situação do


Município e os planos de governo;

XXVII - prover e extinguir os cargos públicos municipais, na forma da Lei, exceto o


do Poder Legislativo;

XXVIII - conceder auxílios, prêmios e subvenções nos limites das respectivas verbas
orçamentárias, e no plano de distribuição prévia, anualmente aprovada pela Câmara;

XXIX - conceder, permitir ou autorizar a execução, por terceiros, de obras e serviços


públicos, observadas a Legislação Federal sobre licitação, assim como a Legislação Municipal;

XXX - dispor sobre os serviços e obras de administração pública;

XXXI - contrair empréstimos, mediante prévia autorização da Câmara;

XXXII - autorizar as despesas e pagamento dentro das disponibilidades


orçamentárias ou dos critérios votados pela Câmara;

XXXIII - fixar por Decreto, as tarifas e preços públicos municipais;

XXXIV - aplicar multas e penalidades quando previstas em Leis, regulamentos e


contratos como de sua exclusiva competência e relevá-las na forma e nos casos estabelecidos nesses
provimentos;

XXXV - colocar os recursos correspondentes às dotações orçamentárias,


compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados à Câmara Municipal, entregues até o
dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º;
(NR)

XXXVI - fazer publicar balancetes nos prazos fixados em Lei;

XXXVII - apresentar à Câmara, observado o disposto no inc. XI e remeter ao


Tribunal de Contas do Estado, até trinta e um (31) de março de cada ano, a prestação de contas
29
relativas à gestão financeira municipal do exercício imediatamente anterior, acompanhada de relatório
circunstanciado das atividades e dos serviços municipais, sugerindo à Câmara providências que
atender necessárias;

XXXVIII - comparecer espontaneamente à Câmara, para expor ou lhe solicitar


providências da competência do Legislativo, sobre assuntos de interesse público;

XXXIX - convocar extraordinariamente a Câmara, quando o interesse da


administração o exigir;

XL - propor à Câmara, a denominação de vias públicas e/ou alteração de


denominação, logradouros e próprios municipais.

Seção III
Das Responsabilidades do Prefeito

Art. 74 - Importam responsabilidades os atos do Prefeito ou do Vice-Prefeito que


atentem contra a Constituição Federal, Constituição Estadual e desta Lei Orgânica, especificamente:

I - o livre exercício dos poderes constituídos;

II - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

III - a probidade na Administração;

IV - a lei orçamentária;

V - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Art. 75 - Os crimes de responsabilidades, bem como as infrações político-


administrativas do Prefeito são definidas em Lei Federal e a apuração desses ilícitos observa as normas
de processo de julgamento.

Art. 76 - O Prefeito Municipal, admitida a acusação pelo voto de dois terços (2/3)
dos Vereadores, será submetido a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado, nas infrações
penais comuns, ou perante a Câmara Municipal, nos crimes de responsabilidades.

§ 1º - O Prefeito Municipal ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia pelo Tribunal de Justiça;

II - nos crimes de responsabilidades após a instauração do processo pela Câmara


Municipal.
30
§ 2º - Se dentro de cento e oitenta (180) dias de recebida a denúncia, o julgamento
não estiver concluído, cessará o afastamento do Prefeito, sem prejuízo do regular prosseguimento do
processo.

§ 3º - Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o


Prefeito não estará sujeito a prisão.

§ 4º - O Prefeito Municipal na vigência de seu mandato, não pode ser


responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

Subseção I
Das Licenças e das Férias

Art. 77 - O Prefeito deverá solicitar licença à Câmara, sob pena de extinção de seu
mandato, nos termos de:

I - tratamento de saúde, por doença devidamente comprovada;

II - gozo de férias;

III – afastamento do Município, por período igual ou superior a 15 (quinze) dias.

Art. 78 - O Prefeito tem direito a gozar férias anuais de trinta dias.

Subseção II
Do Subsídio e da Verba de Representação

Art. 79. Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais


serão fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, §
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I da Constituição Federal.

Seção IV
Dos Secretários do Município

Art. 80 - São auxiliares diretos do Prefeito:

I - Secretários do Município;
31
II - Sub-Prefeitos.

III – Vice –Prefeito.

Art. 80 – A. São atribuições do Vice-Prefeito:

I - exercer, mediante designação, cargo de Secretário de Governo;

II - coordenar a execução de convênios e consórcios intermunicipais;

III - substituir o Prefeito em seus impedimentos e vacâncias;

IV - praticar atos administrativos de gestão conforme os limites definidos em


decreto;

V - atuar junto aos Conselhos Municipais intermediando a participação da sociedade


junto ao Governo;

VI - auxiliar diretamente o Prefeito na execução de programas governamentais.

Art. 81 - Os Secretários do Município, de livre nomeação e demissão pelo Prefeito,


são escolhidos dentre brasileiros, maiores de 18 anos, no gozo dos direitos políticos e estão sujeitos,
desde a posse, às mesmas incompatibilidades e proibições estabelecidas para os Vereadores, no que
couber.

Art. 82 - Além das atribuições fixadas em Lei Ordinária, compete aos Secretários do
Município:

I - orientar, coordenar, executar as atividades dos órgãos e entidades da


administração municipal, na área de sua competência;

II - referendar os atos e decretos e expedir instruções para execução das leis, decretos
e regulamentos relativos aos assuntos de suas secretarias;

III - apresentar ao Prefeito, relatório anual dos serviços realizados por suas
secretarias;

IV - comparecer à Câmara Municipal nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem delegadas pelo Prefeito.

Art. 83 - Aplica-se aos titulares de autarquias e de instituições de que participe o


Município, o disposto nesta seção, no que couber.

Art. 84 – Revogado.

Art. 85 - Compete aos Sub-Prefeitos, nos limites do Distrito correspondente:


32
I - executar e fazer cumprir as leis e regulamentos vigentes de acordo com as
instruções recebidas;

II - fiscalizar os serviços distritais;

III - atender às reclamações dos munícipes, e encaminhá-las ao Prefeito, quando se


tratar de matéria estranha às suas atribuições, comunicando aos interessados a decisão proferida;

IV - solicitar ao Prefeito as providências necessárias ao distrito;

V - prestar contas ao Prefeito, mensalmente, ou quando lhe forem solicitadas.

Art. 86 - A função de Sub-Prefeito é remunerada nos termos da Lei criadora dos


respectivos cargos em comissão.

Art. 87 - Os auxiliares diretos do Prefeito, assim como os integrantes de cargo de


confiança, tanto do Poder Executivo quanto do Poder Legislativo, farão declaração de bens, na forma
estabelecida no Artigo 67.

Parágrafo Único - O presente artigo terá efeito retroativos para os atuais cargos em
vigência.

TÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 88 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do
Município, obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e,
também ao seguinte:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em Lei;

II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em Lei de livre nomeação e exoneração.

Parágrafo Único - Os cargos em comissão, não serão organizados em carreira e a Lei


poderá estabelecer requisitos de escolaridade, habilitação profissional, saúde e outros para a
investidura em cargo de comissão.
33
III - o prazo de validade do concurso público será de dois (2) anos prorrogáveis uma
vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável previsto no Edital de convocação aquele


aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego na carreira;

V - os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos,


preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e
condições previstos em Lei;

VI - é garantido ao Servidor Público Civil, o direito a livre associação sindical;

VII - o direito de greve será nos termos e nos limites definidos em Lei Complementar
Federal;

VIII - a Lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

IX - a Lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à


necessidade temporária ou excepcional;

X - a revisão geral da remuneração dos servidores públicos dar-se-á sempre na


mesma data;

XI - a Lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor


remuneração dos servidores públicos, observado como limite máximo, os valores percebidos como
remuneração, em espécie pelo Prefeito;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos
pagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de


remuneração de pessoal dos serviços públicos, ressalvado o disposto no inciso anterior;

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público, não serão


computados nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos anteriores, sob o mesmo título e
idêntico fundamento;

XV - os vencimentos dos servidores públicos são irredutíveis e a remuneração


observará o que dispõem os arts. 37 - § inc. XI e XII; 150 - inc. II; 153 - inc. III e 153-§ 2º - inc. I, da
Constituição Federal;
34
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo
e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I da Constituição Federal:

a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas.

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange


autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder
Público;

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas


áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da
Lei;

XIX - somente por lei específica poderão ser criadas empresas públicas, sociedades
de economia mista, autarquias e ou fundações públicas;

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das


entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresas
privada;

XXI - ressalvados os casos especificados na Legislação, as obras, serviços, compras


e alienação serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento mantidas
as condições da proposta, nos termos da Lei, exigindo-se a qualificação técnico-econômica
indispensável à garantia do cumprimento das obrigações;

XXII - as entidades que recebem auxílio ou subvenções dos cofres da


municipalidade, apresentarão relatórios semestrais das suas atividades e da aplicação dos recursos à
Câmara de Vereadores.

§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos


públicos deverá ter caráter educativo, informativo de cunho social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III, implicará nulidade do ato e


a punição de autoridade responsável nos termos da Lei.
35
§ 3º - As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão disciplinados
em Lei.

§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a perda dos direitos


políticos, a perda da função pública e disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5º - A Lei Federal estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por


qualquer agente, servidor ou que causem prejuízo ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.

§ 6º - As pessoas jurídica de direito público e as de direito privado, prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurando o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

§ 7º - É proibida a nomeação para cargos em Comissão, no âmbito da administração


direta, indireta e Fundacional do município, de parentes consangüíneos ou afins, em linha reta ou
colateral, até o 3º grau do Prefeito e do Vice-Prefeito no governo municipal. (Acrescido pela Emenda
05, de 1998)

I – Excetua-se da proibição deste parágrafo, a nomeação do cônjuge ou


companheiro(a) do(a) Prefeito(a) Municipal, desde que cargo em Comissão cujas atribuições sejam
voltadas ao atendimento, desenvolvimento e promoção de atividades de Assistência Social ou
Comunitária. (Acrescido pela Emenda 05, de 1998)

II – A Proibição deste parágrafo estende-se ao exercício e recebimento de Função


Gratificada e à contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse Público, das pessoas nele mencionadas. (Acrescido pela Emenda 05, de 1998)

III – No âmbito do Poder Legislativo Municipal, a proibição deste parágrafo alcança


os parentes dos vereadores no exercício de mandato consangüíneo ou afins, em linha reta ou colateral,
até o 3º grau, inclusive nos casos de que trata o inciso II, ficando caracterizada a independência dos
poderes. (Acrescido pela Emenda 05, de 1998)

Art. 89 - Ao Servidor Público com exercício de mandato eletivo aplicam-se as


seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, ou estadual, ficará afastado de seu cargo,


emprego ou função;
36
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,
seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;

IV - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se no exercício estivesse.

Seção I
Dos Atos Municipais

Art. 90 - Os atos administrativos de competência do Prefeito devem ser expedidos


com a observância das seguintes normas:

I - Decretos numerados em ordem crono1ógica, especialmente nos seguintes casos:

a) Regulamentação de Lei.

b) Instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de Lei.

c) Provimento e vacância dos cargos de auxiliares diretos do Prefeito

d) Abertura de créditos extraordinários e, até o limite autorizado por Lei, créditos


suplementares e especiais.

e) Declaração de utilidade ou necessidade pública, ou de interesse social, para efeito


de desapropriação ou de servidão administrativa, observada a ressalva do inc. XXIX do art. 73, desta
Lei Orgânica.

f) Aprovação de regulamento ou de regimento.

g) Permissão de serviços públicos e de uso de bens municipais por terceiros, bem


como a respectiva revogação, inclusive dos contratos de concessão dos referidos serviços.

h) criação, extinção, declaração ou modificação de direitos dos munícipes e


servidores municipais do Executivo, não privativos de Lei.

i) Medidas executórias e retificatórias da Lei do Plano Diretor e dos Planos


Urbanísticos do Município.
37
j) Normas não privativas em Lei.

1) Fixação e alteração das tarifas e preços públicos municipais, observado o disposto


no art. 73, inc. XXXIII.

II - Portarias, nos seguintes dentre outros casos:

a) Provimento e vacância dos cargos públicos, ressalvada a hipótese da letra “c” do


inciso I.

b) Lotação e relotação dos quadros de pessoal.

c) Autorização para contrato e dispensa de servidores sob o regime da Legislação


Trabalhista.

d) Abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de penalidades e


demais atos individuais relativos a servidores.

e) Autorização de uso, por terceiros, de bens municipais.

f) Outros casos determinados em Lei ou Decreto.

III - Ordens de serviços, nos casos de determinação com efeitos exclusivamente


internos.

Art. 91 - Além das atribuições ressalvadas no art. 90, desta Lei Orgânica, também as
constantes dos incisos II e III deste artigo, podem ser delegados pelo Prefeito, mediante Decreto.

Art. 92 - Ao Presidente da Câmara Municipal, no exercício de sua competência


administrativa, cabe expedir os atos a que se referem os incisos II e III do art. 90, nos casos previstos
nos mesmos.

Seção II
Da Publicação

Art. 93 - A publicação dos atos e das Leis Municipais, far-se-á por afixação na sede
da Prefeitura e na Câmara Municipal, conforme sua relevância na imprensa oficial e nos jornais do
Município.

§ 1º - Os atos de efeitos externos e os internos de caráter geral só terão eficácia após


sua publicação.

§ 2º - A publicação dos atos não normativos, para imprensa, poderá ser resumido.
38

Seção III
Do Registro

Art. 94 - O Município terá os livros que forem necessários aos seus serviços e,
obrigatoriamente os de:

I - termos de compromisso e posse;

II - declaração de bens;

III - das atas das sessões da Câmara;

IV - registros de leis, decretos, decretos legislativos, resoluções, regulamentos,


instruções, portarias e ordens de serviços;

V - cópias de correspondência oficial;

VI - registro de habilitação de firmas para licitação;

VII - protocolo, índice de papéis e livros arquivados;

VIII - licitações e contratos para obras, serviços e aquisições de bens;

IX - contrato de servidores;

X - contratos em geral;

XI - contabilidade e finanças;

XII - tombamento de bens imóveis do Município;

XIII - permissões e autorizações de serviços públicos e uso de bens imóveis


municipais por terceiros;

XIV - cadastro dos bens móveis do Município;

XV - registro de termos de doação nos loteamentos aprovados;

XVI - registro de marcas e sinais de animais.

§ 1º - Os livros serão abertos e encerrados e terão suas folhas rubricadas pelo Prefeito
ou pelo Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por funcionários designado para tal.

§ 2º - Os livros referidos neste artigo, poderão ser substituídos, conforme o caso, por
outros sistemas, fichas, arquivo de cópias, micro-filmes e equipamentos de computação eletrônica
devidamente assegurado o seu controle.
39

Seção IV
Das Certidões

Art. 95. As certidões para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações,


requeridas aos órgãos da administração centralizada ou autárquica, às empresas públicas, às sociedades
de economia mista e às fundações públicas do Município, deverão ser expedidas no prazo
improrrogável de quinze dias, contados do registro do pedido no órgão expedidor.

Parágrafo Único - A Certidão relativa ao exercício do cargo de Prefeito, será


fornecida pela Secretaria da Prefeitura.

Seção V
Das Obras e Serviços Públicos

Art. 96 - A execução das obras públicas municipais deverá ser sempre precedida de
projeto elaborado, segundo as normas técnicas adequadas.

Parágrafo Único - As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura e,


indiretamente por terceiros, mediante licitação, nos termos da Legislação Federal e Municipal
pertinentes.

Art. 97 - As concessões a terceiros, de execução de serviços públicos, serão feitas


mediante contrato, após prévia licitação, observadas as normas pertinentes estabelecidas na Legislação
Federal e na Municipal.

Art. 98 - Revogado.

Art. 99 - Revogado.

Seção VI
Das Normas do Planejamento Municipal

Art. 100 - O Município deverá organizar a sua administração e exercer suas


atividades dentro de um processo de planejamento permanente, atendendo às peculiaridades locais e
aos princípios técnicos convenientes ao desenvolvimento integrado da comunidade.
40
Parágrafo Único - Considera-se processo de planejamento, a definição de objetivos
determinados em função da realidade local, a preparação dos meios para atingi-los, o controle de sua
aplicação e avaliação dos resultados obtidos.

Art. 101 - O Município iniciará o seu processo de planejamento, elaborando o Plano


Diretor de Desenvolvimento Integrado, no qual constarão, em conjunto, os aspectos físicos,
econômicos, sociais e administrativos, nos seguintes termos.

I - Físico-Territorial: com disposições sobre sistema viário urbano e rural, o


zoneamento urbano, o loteamento urbano ou para fins urbanos, e, ainda, sobre as edificações e os
serviços públicos locais.

II - Econômico: com disposições sobre o desenvolvimento econômico do Município.

III - Social: com normas destinadas à promoção social da comunidade local e ao


bem-estar da população.

IV - Administrativo: com normas de organização institucional que possibilitem a


permanente planificação das atividades municipais, e sua integração nos planos estadual e nacional.

Parágrafo Único - O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado deverá ser


adequado às exigências administrativas do Município e aos recursos financeiros.

Art. 102 - O Município estabelecerá em Lei, o seu zoneamento urbano, as normas


para edificação e loteamento urbano ou para fins de urbanização, atendidas as peculiaridades locais e a
Legislação Federal pertinente.

Seção VII
Dos Conselhos Municipais

Art. 103 - Os Conselhos Municipais são órgãos de cooperação governamental, que


têm por finalidade auxiliar a administração na orientação, planejamento, interpretação e julgamento de
matéria de sua competência.

Art. 104 - A Lei especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização,


composição, funcionamento, forma de nomeação de titular e suplente e prazo de duração do mandato.

Parágrafo Único - O Município na forma da Lei, obrigatoriamente constituirá:

I - Conselho Municipal de Educação;


41
II - Conselho Municipal de Saúde;

III - Conselho Municipal de Desenvolvimento;

IV - Outros, de seu peculiar interesse.

Art. 105 - O Poder Público juntamente com o Conselho Penitenciário, criará


programas alternativos de Educação e Trabalho remuneração aos presidiários, na forma da Lei.

CAPÍTULO II
Dos Servidores Municipais
Art. 106. Os servidores públicos do Município de Júlio de Castilhos obedecerão ao
disposto nos artigos 37, 38, 39 40 e 41 da Constituição da República Federativa do Brasil e ao disposto
no regime de trabalho adotado no Município.

Art. 107. Revogado.


Art. 108. Revogado.
Art. 109. Revogado.
Art. 110. Revogado.
Art. 111. Revogado.
Art. 112. Revogado.
Art. 113. Revogado.
Art. 114. Revogado.
Art. 115. Revogado.
Art. 116. Revogado.
Art. 117. Revogado.
Art. 118. Revogado.
Art. 119. Revogado.
Art. 120. Revogado.
Art. 121. Revogado.
Art. 122. Revogado.
Art. 123. Revogado.
Art. 124. Revogado.
Art. 125. Revogado.
Art. 126. Revogado.
Art. 127. Revogado.
Art. 128. Revogado.
Art. 129. Revogado.
Art. 130. Revogado
TÍTULO III
DOS ORÇAMENTOS
Art. 131. As Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o Plano Plurianual;
II - as Diretrizes Orçamentárias;
III - os Orçamentos Anuais.
42
§1o. A Lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e
metas da Administração Pública municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para
as despesas relativas aos programas de duração continuada.
§2o. A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
Administração Pública Municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual e disporá sobre as alterações na
legislação tributária.
§3o. O Poder Executivo publicará, em até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre, o relatório resumido da execução orçamentária.
§4º. Os planos e programas municipais previstos nesta Lei Orgânica serão elaborados
em consonância com o Plano Plurianual e deverão ser apreciados pelo Poder Legislativo.
§5o. A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
I - orçamento fiscal referente aos Poderes do Município, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público.
II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município detenha, direta
ou indiretamente, a maioria do capital social, com direito a voto;
III - o orçamento de seguridade social.
§6º. O Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo do efeito,
sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
§7o. Os orçamentos anuais e as Leis de Diretrizes Orçamentárias, compatibilizados
com o Plano Plurianual, terão entre suas funções a de reduzir as desigualdades no município, segundo
critério populacional.
§8o. A Lei Orçamentária Anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação de despesa, não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos
suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita.

Art. 132. Os Projetos de Lei sobre o Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias e


Orçamentos Anuais, serão enviados pelo Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:
I - para o primeiro ano do mandato:
a) o Plano Plurianual, até o dia 30 de maio e devendo ser devolvido para sanção até o
dia 15 de agosto do mesmo ano;
b) as Diretrizes Orçamentárias, com entrada até o dia 30 de junho e devendo ser
devolvido para sanção até o dia 30 de agosto do mesmo ano;
c) o Orçamento Anual, com entrada até o dia 30 de outubro e devendo ser devolvido
para sanção até o até o dia 30 de novembro do mesmo ano;
II – para os demais anos do mandato:
a) as Diretrizes Orçamentárias, com entrada até o dia 30 de junho e devendo ser
devolvido para sanção até o dia 30 de agosto de cada ano;
b) o Orçamento Anual, com entrada até o 30 de outubro e devendo ser devolvido
para sanção até o dia 30 de novembro de cada ano.
§1o. O não envio dos projetos de lei de que trata este artigo acarretará a
responsabilidade do Prefeito Municipal.
§2o. Caso o Poder Legislativo não aprecie os Projetos de Lei no prazo previsto neste
Artigo,, esta matéria sobrestará todas as demais deliberações legislativas até que seja apreciada.
§3o. O não cumprimento de prazo para apreciação por parte do Legislativo do Plano
Plurianual e da Lei de Diretrizes orçamentárias acarreta, em igual período, a postergação de prazo para
o envio dos Projetos da Lei de Diretrizes e da Lei Orçamentária Anual, conforme o caso.
43
Art. 133. Os projetos de lei que se referirem ao Plano Plurianual, à Lei de Diretrizes
Orçamentárias e à Lei Orçamentária Anual serão apreciados pela Comissão de Orçamentos, à qual
caberá:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e
setoriais e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das
demais comissões do Poder Legislativo, permanentes ou temporárias.
§1o. As emendas serão apresentadas à Comissão de Orçamento e Finanças, que sobre
elas emitirá parecer, e serão apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário da Câmara.
§2o. As emendas ao Projeto de Lei do Orçamento Anual, ou aos projetos que o
modifiquem, somente poderão ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes
Orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões, ou
b) com os dispositivos do texto do Projeto de Lei.
§3o. As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser
aprovadas quando forem incompatíveis com o Plano Plurianual.
§4o. O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara para propor modificação nos
projetos a que se refere este artigo enquanto não for iniciada a votação, na Comissão de Orçamento e
Finanças, da parte cuja alteração é proposta.
§5o. Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo as demais normas previstas
para o processo legislativo comum, no que não contrariar as normas relativas ao Processo Legislativo
Especial previsto no Regimento Interno do Poder Legislativo.
§6o. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei
Orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
§7o. Na elaboração e discussão dos Projetos de Lei de Orçamento devem ser
observadas as normas relativas às finanças públicas e à gestão fiscal instituídas por leis
complementares federais.

Art. 134. São vedados:


I – o início de programas ou ações não incluídos na Lei Orçamentária Anual.
II – a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais.
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta.
IV – a vinculação de receitas de impostos e transferências a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas a destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino, às ações e
serviços públicos de saúde, à garantia de débitos para com a União e o Estado e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita.
V – a abertura de crédito suplementar ou especial, sem prévia autorização legislativa
e sem indicação dos recursos correspondentes.
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização Legislativa.
44
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do Município
para suprir necessidades ou cobrir déficits de empresas ou qualquer entidade de que o Município
participe.
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização Legislativa.
§1o. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá
ser iniciado sem prévia inclusão no Plano Plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
§2o. Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, hipótese em que poderão ser reabertos nos limites de seus saldos mediante a indicação de
recursos financeiros provenientes do orçamento subseqüente, ao qual serão incorporados.
§3o. A abertura de créditos extraordinários somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes decorrentes de calamidade pública.

Art. 135. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os


créditos suplementares e especiais, destinados ao Poder Legislativo ser-lhe-ão entregues até o dia 20
de cada mês.

Art. 136. A despesa com pessoal ativo e inativo não poderá exceder os limites
estabelecidos em Lei.
Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos ou alteração de estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal, a qualquer
título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender as projeções de
despesa de pessoal aos acréscimos dela decorrentes.
II – se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas
as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
III – se atendidas as disposições do art. 17 da Lei Complementar n° 101, de 4 de
maio de 2000.

Art. 137. As despesas com publicidade dos Poderes do Município deverão ser objeto
de crédito orçamentário específico.

Art. 138. Revogado.

CAPÍTULO I
Da Receita e da Despesa

Art. 139 - A Receita Municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos


municipais, da participação em tributos da União, do Estado e dos recursos resultantes do fundo de
participação dos municípios e da utilização de seus bens, serviços, atividades e de outros ingressos.

Art. 140 - Revogado

Art. 141 – Revogado.


45

Seção I
Dos Tributos

Art. 142. O Município poderá instituir os seguintes tributos:

I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
IV – contribuição de iluminação pública
§ 1º. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte, sendo facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do
contribuinte.
§ 2º. As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. 143. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao
Município:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles
exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os

houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas
pelo Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
§ 1º. A vedação do inciso III, b, não se aplica aos impostos previstos nos artigos 153,
I, II, IV e V, e 154, II, da Constituição Federal.
§ 2º. A vedação do inciso VI, a, é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas
finalidades essenciais ou às leis decorrentes.
46
§ 3º. As vedações do inciso VI, a, e do parágrafo anterior não se aplicam ao
patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas
pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento
de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel.
§ 4º. As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o
patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.
§ 5º. Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito
presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido
mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima
enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no artigo 155, § 2º,
XII, g, da Constituição Federal.
§ 6º. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o
fato gerador presumido.

Art. 144. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;


II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão
de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, II, da
Constituição Federal, definidos em lei complementar.
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o artigo 182, § 4º,
inciso II, da Constituição Federal, o imposto previsto no inciso I poderá:
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel, e
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
§ 2º. O imposto previsto no inciso II:
I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de
pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de
fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou
arrendamento mercantil;
II - compete ao Município da situação do bem.
§ 3º. Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, caberá à lei
complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.
III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais
serão concedidos e revogados.
Art. 145. O Município poderá instituir contribuição, na forma das respectivas leis,
para o custeio do serviço de iluminação pública.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na
fatura de consumo de energia elétrica.
Art. 146. Revogado.
Art. 147. Revogado.
47
Seção II
Da Despesa

Art. 148 - A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição


Federal e às normas de direito financeiro.

Art. 149 - Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso
disponível e crédito votado pela Câmara, salvo a que correr por conta de crédito extraordinário.

Art. 150 - Nenhuma Lei que crie ou aumente despesa será executada sem que dela
conste a indicação do recurso para atendimento do correspondente encargo.

Art. 151 - As disponibilidades de caixa do Município, de suas autarquias e fundações


e das empresas por ele controladas serão depositadas em instituições financeiras oficiais, salvo os
casos previstos em Lei.

TÍTULO IV
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 152 - O Município organizará, dentro de sua competência, a ordem econômica e
social, fundada na valorização do trabalho humano, na livre iniciativa, conciliando com os superiores
interesses da coletividade, que merecerão tratamento prioritário:

I - promoção do bem-estar do homem com o fim essencial da produção e do


desenvolvimento econômico;

II - valorização econômica e social do trabalho e do trabalha-dor, associada a uma


política de expansão das oportunidades de emprego e da humanização do processo social de produção,
com a defesa dos interesses do povo;

III - democratização do acesso à propriedade dos meios de produção;

IV - planificação do desenvolvimento determinante para o setor público e indicativo


para o setor privado;

V – integração e descentralização das ações públicas setoriais;

VI – proteção da natureza e ordenação territorial;


48
VII – resguardo das áreas de usufruto perpétuo dos índios e das que lhes pertençam a
justo título;

VIII - condenação dos atos de exploração do homem pelo homem e de exploração


predatória da natureza, considerando-se juridicamente ilícito e moralmente indefensável qualquer
ganho individual ou social, auferido com base neles;

IX - integração das ações do Município com as da União e do Estado, no sentido de


garantir a segurança social, destinadas a tornar efetivos os direitos ao trabalho, à educação, à cultura,
ao desporto, ao lazer, à saúde, à habitação, à assistência social;

X – estimulo à participação da comunidade através de organizações representativas


delas;

XI – preferência aos projetos de cunho comunitário nos financiamentos públicos e


incentivos fiscais;

XII - é assegurado a todos, o livre exercício de qualquer atividade econômica,


independente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em Lei.

Art. 153 - A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á por meios


previstos em Lei, para orientar e estimular a produção, corrigir distorções da atividade econômica e
prevenir abusos do poder econômico.

§ 1º - No caso de ameaça ou efetiva paralisação de serviço ou atividade essencial por


decisão patronal, pode o Município intervir, tendo em vista o direito da população ao serviço ou
atividade, respeitada a Legislação Federal e Estadual e os direitos dos trabalhadores.

§ 2º - Revogado.

Art. 154 - Na organização de sua economia, o Município combaterá a miséria, o


analfabetismo, o desemprego, a propriedade improdutiva, a marginalização do indivíduo, o êxodo
rural, a economia predatória e todas as formas de degradação da condição humana.

Art. 155 - Lei Municipal definirá normas de incentivo às formas associativas e


cooperativas, às empresas e micro unidades econômicas e às empresas que estabelecerem participação
dos trabalhadores nos lucros e na sua gestão.

Art. 156 - O Município organizará sistemas e programas de prevenção e socorros nos


casos de calamidade pública em que a população tenha ameaçados os seus recursos, meios de
abastecimentos ou de sobrevivência.
49
Art. 157 - Os investimentos do Município atenderão, e deverão estar
compatibilizados com o Plano Plurianual de Desenvolvimento Econômico.

Art. 158 - O Plano Plurianual do Município e seu orçamento anual, contemplarão


expressamente recursos destinados ao desenvolvimento de uma política habitacional de interesse
social, compatível com os programas estaduais dessa área.

Seção I
Da Assistência Social

Art. 159 - O Município prestará assistência social a quem dela necessitar visando,
entre outros, os seguintes objetivos:

I - proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;

II - amparo aos carentes e desassistidos;

III - promoção e integração ao mercado de trabalho;

IV - habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e promoção de


sua integração à vida social comunitária.

Art. 160 - As pessoas com menos de 14 anos e mais de 60 anos de idade, terão
prioridade absoluta em todos os programas de natureza social, levados a efeito pelo Poder Público
Municipal, junto à Secretaria Municipal de Ação Social.

Art. 161 - Serão criadas na forma da Lei, creches para assistir os pré-escolares de
zero à 6 anos.

Art. 162 - Compete ao Município suplementar, se for o caso, os planos de


previdência social, estabelecidos na Lei Federal.

Seção III
Da Educação

Art. 163 - A Educação, direito de todos e dever do Estado, do Município e da


família, baseada na justiça social, na democracia e no respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente
50
e aos valores culturais, visa ao desenvolvimento do educando como pessoa e à sua qualificação para o
exercício da cidadania e do trabalho.

Art. 164 - O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensa-mento, a arte e o


saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições


públicas e privadas no ensino;

IV - gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais;

V - valorização dos profissionais do ensino;

VI - gestão democrática do ensino público;

VII - garantia do padrão de qualidade.

Art. 165 - O ensino religioso, de matricula facultativa, constitui disciplina dos


horários das escolas oficiais do Município e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do
aluno, manifestada por ele se for capaz, ou por seu representante legal ou responsável.

Art. 166 - O Município em colaboração com o Estado, complementará o ensino


público com programas permanentes e gratuitos de material didático, transporte, alimentação,
assistência à saúde e de atividade culturais e esportivas.

Art. 167 - E dever do Município, em colaboração com o Estado:

I - garantir o ensino fundamental, público, obrigatório e gratuito, inclusive para os


que dela não tiverem acesso em idade própria;

II - promover a progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino


médio;

III - manter cursos profissionalizantes, abertos à comunidade em geral;

IV - proporcionar atendimento educacional aos portadores de deficiência e aos


superdotados.

Art. 168 - O acesso ao ensino obrigatório é gratuito e direito público subjetivo.

§ 1º - O não oferecimento do ensino obrigatório gratuito pelo Poder Público, ou a sua


oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
51
§ 2º - Compete ao Município, articulado com o Estado, recensear os educando para o
ensino fundamental, fazendo-lhes a chamada anualmente.

§ 3º - Transcorridos dez dias úteis do pedido da vaga, incorrerá em responsabilidades


administrativas a autoridade municipal competente que não garantir ao interessado devidamente
habilitado, o acesso à escola fundamental.

§ 4º - A comprovação do cumprimento do dever de freqüência obrigatória dos alunos


do ensino fundamental será feita por meio de instrumento apropriado regulado em Lei.

Art. 169 - Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser
dirigido às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em Lei que:

I - comprovem finalidades não lucrativas e apliquem seus excedentes financeiros em


Educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica


ou confessional, ou ao Município, no caso de encerramento de suas atividades;

§ lº - Na elaboração do convênio, o Executivo Municipal, conforme o caso,


estabelecerá a forma de contra-prestação do serviço.

§ 2º - A Lei disciplinará os critérios e a forma de concessão e de fiscalização, pela


comunidade, das entidades, mencionadas no “caput” deste artigo, a fim de verificar o cumprimento dos
requisitos dos incisos I e II.

Art. 170. O Município aplicará vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União ao Município, ou
pelo Estado ao Município, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do
governo que a transferir.
§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão
considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal.
§ 3º - A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento
das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do plano nacional de educação.
§ 4º - Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde
previstos nesta Lei Orgânica, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e
outros recursos orçamentários.
§ 5º O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a
contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei.
52
Art. 171 - Anualmente, o Prefeito publicará relatório da execução financeiras das
despesas em Educação, por fonte de recursos, discriminando os gastos mensais.

Parágrafo Único - A autoridade competente será responsabilizada pelo não


cumprimento do disposto neste artigo.

Art. 172 - O Município organizará o seu sistema de ensino em regime de colaboração


com os sistemas Federal e Estadual.

Parágrafo Único - O Município desenvolverá convênio com o Estado para a criação


de Escola de Segundo Grau em cada distrito, onde obrigatoriamente terá uma Biblioteca com acesso
público.

Art. 173 - A Lei estabelecerá o Plano Municipal de Educação, de duração plurianual,


em consonância com os planos Nacional e Estadual de Educação, visando à articulação e ao
desenvolvimento do ensino, e à integração das ações desenvolvidas pelo Poder Público que conduzem
a:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade de ensino;

IV – formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica.

Art. 174 - O Município, em colaboração com o Estado, promoverá:

I – política de formação de professores para atendimento de sua clientela;

II – cursos gratuitos de atualização e aperfeiçoamento aos seus professores e


especialistas nas áreas em que estes atuarem e em que houver necessidade.

Parágrafo Único - Para a consecução do previsto nos incisos I e II, o Município


poderá celebrar convênios com instituições.

Art. 175 - É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários, organizarem-se


em todos os estabelecimentos de ensino através de associações, grêmios ou outras formas.

Parágrafo Único - Será responsabilizado a autoridade educacional que, embaraçar ou


impedir a organização ou o funcionamento das entidades referidas neste artigo.
53
Art. 176 - As Escolas Públicas Municipais contarão com Conselhos Escolares
constituídos pela direção da escola e representantes dos segmentos da comunidade escolar, na forma
da Lei.

Art. 177 - Os estabelecimentos públicos municipais de ensino, estarão à disposição


da comunidade, através de programação organizadas em comum.

Art. 178 - É responsabilidade do Município, a garantia de educação especial aos


deficientes, em qualquer idade, bem como aos superdotados nas modalidades que lhes forem
adequadas.

Art. 179 - O Poder Público garantirá, com recursos específicos destinados à


manutenção e desenvolvimento do ensino, o atendimento em creches e pré-escolas de zero a 6 anos de
idade.

§ 1º - Nas Escolas Públicas de Ensino Fundamental haverá obrigatoriamente, o


atendimento pré-escolar.

§ 2º - Toda a atividade de implantação, controle e supervisão de creches e pré-


escolas fica a cargo dos órgãos responsáveis pela Educação e Saúde.

§ 3º - A Secretaria Municipal de Saúde, a medida de seus recursos, fará levantamento


do grupo sangüíneo dos alunos do Município.

Art. 180 - Todo o estabelecimento de ensino na zona urbana terá atendimento


completo do ensino fundamental.

Parágrafo Único - Na forma da Lei será estendida à zona rural o que trata o “caput”
do artigo.

Art. 181 - Revogado.

Art. 182 - O Município, nos termos da Lei, organizará o Conselho Municipal de


Educação.

Art. 183 - O Município manterá o professorado municipal em nível econômico social


e moral à altura de suas funções.

Art. 184 - A Lei regulará a composição, o funcionamento e as atribuições do


Conselho Municipal de Educação e do Conselho Municipal de Cultura.

Art. 185 - No ensino fundamental do Município, fica assegurado o ensino do


cooperativismo e sindicalismo, seja em disciplina específica ou com conteúdos programáticos em
outras disciplinas.
54
Parágrafo Único - O Poder Executivo poderá manter convênios com entidades
cooperativistas e sindicais, de qualquer grau para a consecução do objetivo estabelecido no artigo.

Seção III
Da Cultura

Art. 186 - O Município estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações,


garantindo o pleno e efetivo exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura, apoiando e
incentivando a produção, a valorização e a difusão das manifestações culturais.

Parágrafo Único - No estímulo às múltiplas manifestações, o Município priorizará a


cultura Rio-Grandense.

Art. 187 - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e


protegerá o patrimônio cultural, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento,
desapropriação e outras formas de acautelamento e preservação.

Seção IV
Do Desporto

Art. 188 - É dever do Município, fomentar práticas desportivas formais e não


formais, como direito de cada um, observados:

I - a autonomia das entidades desportivas, dirigentes e associações, quanto à sua


organização e funcionamento;

II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto


educacional;

III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional.

Art. 189 - O Município auxiliará pelos meios ao seu alcance, as organizações


beneficentes, culturais e amadorísticas, nos termos da Lei, sendo que as amadorísticas e as colegiais
terão prioridade no uso de estádios, campos e instalações de propriedade do Município.

§ 1º - O Poder Público usará de critérios, dentro de suas possibilidades, para


assegurar a permanência em áreas esportivas, de determinadas entidades de futebol menor, que
comprovarem sua utilização por mais de 10 anos.
55
§ 2º - O Município destinará anualmente, o mínimo de um por cento (1%) de seu
orçamento, para o desporto em geral.

Seção V
Da Saúde

Art. 190 - A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público,


assegurada mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e de
outros agravos, e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação.

Art. 191 - Para atingir esses objetivos, o Município promoverá em conjunto com a
União e o Estado:

I - condições dignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentação, educação,


transporte e lazer;

II - respeito ao meio ambiente e controle da poluição ambiental;

III - acesso universal e igualitário de todos os habitantes do Município, às ações e


serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, sem qualquer discriminação.

Art. 192 - As ações e serviços de Saúde, são de natureza pública, cabendo ao Poder
Público sua normatização e controle, devendo sua execução ser feita preferencialmente através de
serviços públicos, e complementarmente através de serviços de terceiros.

Parágrafo Único - É vedada a cobrança ao usuário, pela prestação de serviços de


assistência à saúde mantidas pelo Poder Público, ou serviços privados contratados ou conveniados pelo
Sistema Único de Saúde.

Art. 193 - São competência do Município, exercidas pela Secretaria da Saúde ou


equivalente:

I - comando do Sistema Único de Saúde – SUS, no âmbito do Município, em


articulação com a Secretaria da Saúde do Estado;

II - instituir planos de carreira para os profissionais da Saúde, baseados nos


princípios e critérios aprovados em nível nacional, observando ainda, pisos salariais nacionais e
incentivos à dedicação exclusiva e ao tempo integral, capacitação e reciclagem permanente, condições
adequadas de trabalho para a execução de suas atividades em todos os níveis;
56
III - a assistência à Saúde;

IV - a elaboração e atualização periódica do Plano Nacional de Saúde, em termos de


prioridades e estratégias municipais, em consonância com o Plano Estadual de Saúde e de acordo com
as Diretrizes do Conselho Municipal de Saúde, aprovadas em Lei;

V - a elaboração e atualização da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde


para o município;

VI - a proposição de projetos de lei municipais que contribuam para a viabilização e


concretização do Sistema Único de Saúde no Município;

VII - a administração do fundo municipal de saúde;

VIII – a compatibilização e complementação de normas do Ministério da Saúde e da


Secretaria do Estado da Saúde, de acordo com a realidade municipal;

IX - planejamento e execução das ações de controle das condições e dos ambientes


de trabalho, e dos problemas de saúde com eles relacionados;

X - administração e execução das ações e serviços de saúde e de promoção


nutricional, de abrangência municipal ou intermunicipal;

XI - a formulação e implementação da política de recursos humanos na esfera


municipal, de acordo com as políticas nacional e estadual de desenvolvimento de recursos humanos
para a saúde;

XII - a implementação do sistema de informação de saúde, no âmbito municipal;

XIII - o acompanhamento e a avaliação dos indicadores de mortalidade no âmbito


municipal;

XIV - o planejamento e a execução das ações de vigilância sanitária e


epidemiológica e de saúde do trabalhador no âmbito municipal;

XV - o planejamento e a execução, das ações de controle do meio ambiente e de


saneamento básico no âmbito do Município;

XVI - a normatização e a execução, no âmbito do Município, da política nacional de


insumos e equipamentos para a saúde;

XVII - a execução, no âmbito do Município, dos programas e projetos estratégicos


para o enfrentamento das prioridades nacionais, estaduais e municipais, assim como situações
emergenciais;
57
XVIII - a complementação das normas referentes às relações com o setor privado de
abrangência municipal;

XIX - a celebração de consórcios intermunicipais, para formação de Sistema de


Saúde, quando houver indicação técnica e consenso das partes;

XX - organização de distritos sanitários com a locação de recursos técnicos e práticas


de saúde adequadas à realidade epidemiológica local, observados os princípios de regionalização e
hierarquização.

Parágrafo Único - Os limites do distrito sanitário referente no inciso XX, constarão


do Plano Diretor do município e serão fixados segundo os seguintes critérios:

a) área geográfica de abrangência;

b) a descrição de clientela;

c) resolutividade dos serviços à disposição da comunidade.

Art. 194 - Ficam criadas no âmbito do Município, duas instâncias colegiadas de


caráter deliberativo: A CONFERÊNCIA E O CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE.

§ 1º - A Conferência Municipal de Saúde convocada pelo Município, com ampla


representação da comunidade, objetiva avaliar a situação do Município e fixar diretrizes da Política
Municipal de Saúde.

§ 2º - O Conselho Municipal de Saúde, com o objetivo de formular e controlar a


execução da política municipal de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, é composto
pelo Governo, representantes de entidades prestadoras de serviços, usuários e trabalhadores do Sistema
Único de Saúde, devendo a lei dispor sobre a organização e funcionamento.
Art. 196. Revogado.
Art. 197. Revogado.
Art. 198. Revogado.
Art. 199. Revogado..

Seção VI
Do Meio Ambiente
58
Art. 200 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipal e à
coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo


ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar


as entidades dedicadas a pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir espaços territoriais e seus componentes e vedar através de Lei, qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da Lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente


causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental.

Parágrafo Único - Os Projetos de que tratam o inciso, juntamente com o estudo de


impacto ambiental, deverão ser aprovados pela Câmara Municipal de Vereadores, que decidirá,
ouvindo técnicos e a comunidade.

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e


substâncias que comportam risco à vida e à qualidade de vida do meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a


conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a flora e a fauna, vedando na forma da Lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.

§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio


ambiente degradado de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da Lei.

§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente, sujeitarão os


infratores, pessoa física ou jurídica, à sanção penal e administrativa independente da obrigação de
reparar os danos causados.

§ 4º - São proibidas no Território do Município, as grandes queimadas e é de


responsabilidade do usuário da terra, se elas ocorrerem por sua conseqüência.

§ 5º - O Município fiscalizará e disciplinará a aplicação de defensivos agrícolas por


via aérea, notadamente nas proximidades do perímetro urbano.
59
Art. 201 - O Poder Público Municipal em colaboração com a comunidade, criará nas
diversas localidades do Distrito e na Sede do Município, depósitos para dejetos e lixos de materiais
agrotóxicos.

Art. 202 - O causador da poluição ou dano ambiental será responsabilizado e deverão


assumir ou ressarcir ao Município, se for o caso, todos os custos financeiros, imediatos ou futuros do
saneamento.

Seção VII
Da Família

Art. 203 - O Município dispensará proteção especial ao casamento e assegurará


condições morais, físicas e sociais indispensáveis ao desenvolvimento, segurança e estabilidade da
família.

§ 1º - Serão proporcionadas aos interessados todas as facilidades para a celebração


do casamento.

§ 2º - Para a execução do previsto neste artigo, serão adotadas, entre outras, as


seguintes medidas:

I - amparo às famílias numerosas e sem recursos;

II - ação contra todos os males que são instrumentos da dissolução da família;

III - estimulo aos pais e às organizações sociais para formação moral, cívica, física e
intelectual da juventude;

IV - amparo às pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,


defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhe o direito à vida;

V - colaboração com as entidades assistenciais que visem à proteção e à educação da


criança;

VI - colaboração com a União, com o Estado e com outros Municípios para a solução
de problemas dos menores desamparados, através de processos adequados de permanente recuperação.

Seção VIII
Da Política Agrícola e Fundiária
60

Art. 204 - Nos limites de sua competência, o Município estabelecerá sua política
agrícola, fixada a partir de Planos Plurianuais de Desenvolvimento, aprovados pela Câmara Municipal,
contemplando:

I - a habitação, educação e saúde para o trabalhador rural;

II - a proteção ao meio ambiente;

III - a assistência técnica e a extensão rural;

IV - incentivo à pesquisa;

V - programas de eletrificação, telefonia e irrigação rural;

VI - execução de programas de conservação do solo, de reflorestamento e de


aproveitamento de recursos hídricos;

VII - incentivo à agroindústria, coordenada segundo interesse dos produtores e


trabalhadores rurais.

§ 1º - O Poder Público Municipal em colaboração com os representantes dos


trabalhadores rurais, empregadores rurais, priorizará as formas cooperativas e associativas de
assentamento no Município.

§ 2º - Na consecução dos objetivos do parágrafo anterior, o Poder Público dentro de


seus recursos, dará apoio técnico e financeiro.

Art. 205 - Poderá também o Município organizar fazendas coletivas, orientadas ou


administradas pelo Poder Público, destinadas à formação de elementos aptos às atividades agrícolas.

Art. 206 - São isentos de tributos os veículos de tração animal e os demais


instrumentos de trabalho do pequeno agricultor, empregados no serviço da própria lavoura, como,
transporte de seus produtos.

Seção IX
Da Política Urbana

Art. 207 - A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público


Municipal, conforme diretrizes'gerais fixadas em Lei, tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
61
§ 1º - O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e de expansão urbana.

§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências


fundamentais de ordenação da cidade, expressas no Plano Diretor.

§ 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa


indenização em dinheiro.

Art. 208 - O direito à propriedade é inerente à natureza do homem, dependendo seus


limites e seu uso da conveniência social.

Parágrafo Único - O Município poderá, mediante Lei específica para ser incluída no
Plano Diretor, exigir nos termos da Lei Federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-
utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de:

I - parcelamento ou edificação compulsória;

II - imposto sobre propriedade predial e territorial urbana, progressivo no tempo;

III – desapropriação, com o pagamento mediante título da dívida pública de emissão


previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de até dez (10) anos, em parcelas anuais, iguais
e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 209. Revogado.
Art. 210. Revogado.
Art. 211. Revogado.

DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 1º Revogado
Art. 2º Revogado.
Art. 3º Revogado.
Art. 4º Revogado.
Art. 5º Revogado.
Art. 6º Revogado.
Art. 7º Revogado.
Art. 8º Revogado.
Art. 9º Revogado.
Art. 10. Revogado.
Art. 11. Revogado.
Art. 12. Revogado.
Art. 13. Revogado.
Art. 14. Revogado.
Art. 15. Revogado.
Art. 16. Revogado.
62
Art. 17. Revogado.
Art. 18. Revogado.

Art. 212 - Esta Lei Orgânica, revisada, aprovada e assinada pelos Integrantes da
Mesa Constituinte, será promulgada e entrará em vigor na data de sua promulgação, revogadas as
disposições em contrário.

Júlio de Castilhos, 20 de novembro de 2007.

ARNALDO COELHO BERTOLDO


Presidente

DARTAGNAN DA SILVA PORTELLA

Vice- Presidente

LUIS VICENTE BELLINASO

1º Secretário

ANTONIO ARISTIDES AVOZANI

2º Secretário

Vereadores:

ROGÉRIO DE MELO BASTOS

JOÃO HORACIO AQUINO

MARCOS IZAIR SOMAVILLA

PAULO TURRA

JORGE BASILIO DE SIQUEIRA

COMISSÃO ESPECIAL PARA A REVISÃO DA LEI ORGANICA

Presidente: JORGE BASILIO DE SIQUEIRA- DEM

Relatores: PAULO TURRA- PSB e MARCOS IZAIR SOMAVILLA- PMDB

Secretário: ANTONIO ARISTIDES AVOZANI- PP

Membros: JOÃO HORACIO DOS SANTOS AQUINO- PMDB

DARTAGNAN DA SILVA PORTELLA- PSDB

LUIS VICENTE BELLINASO- PDT


63

PARTICIPAÇÃO:

Dra. Maria de Fátima Ferreira- Assessora Jurídica

Marelu Roselane de Oliveira Vaz- Auxiliar Legislativo

Sonia Maria Pedroso- Assessora Contábil

Você também pode gostar