Índice
1. Objectivo ........................................................................................................................................... 3
2. Introdução ......................................................................................................................................... 3
7. Bibliografia...................................................................................................................................... 19
8. Anexos ............................................................................................................................................. 21
8.1. Anexo 1- Segurança e riscos ................................................................................................................ 21
8.2. Anexo 2- Dedução da equação de Lineweaver-Burk ........................................................................... 22
8.3. Anexo 3- Preparação de soluções ....................................................................................................... 23
Grupo V; PL4 2
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
1. Objectivo
O objectivo da actividade experimental é estudar a cinética enzimática invertase num
substrato de sacarose, ou seja, determinar o valor da velocidade máxima e a respectiva
afinidade enzimática para o substrato.
2. Introdução
Com o desenvolvimento da bioquímica fortaleceu-se a ideia de que dentro dos seres vivos,
existiam substâncias capazes de catalisar de modo muito específico determinadas reacções
químicas.3 Uma enzima é um catalisador biológico, que mesmo em baixas concentrações
aumenta a velocidade da reacção.4 As enzimas diminuírem a energia de activação, mas não
afectam o equilíbrio da reacção.4
Figura 1 - Hidrolise da sacarose catalisada pela invertase. A glicose e a frutose são açúcares redutores.
A invertase encontra-se presente nos animais, mas também em plantas superiores, fungos e
bactérias.5 É possível obter o extracto não purificado da enzima, destruindo as células de
fermento por autólise e removendo os detritos celulares por centrifugação, após a qual a
invertase ficará no líquido sobrenadante.5 Existem actualmente várias aplicações desta
enzima, principalmente na indústria alimentar, onde a enzima usada tem origem na
levedura.2
A cinética enzimática estuda a acção das enzimas, a sua actividade catalítica e seu estudo
é feito in vitro.3 Para esses estudos podem ser usados, como fonte de enzima, preparações
que a contenham em estado mais ou menos purificado, no entanto, quanto mais purificada
estiver a preparação enzimática mais fácil será o seu estudo cinético.3
Neste modelo a enzima (E) liga-se ao substrato (S) para formar um complexo enzima-
substrato (E-S). A quantidade de produto (P) formada, assim como a velocidade da reacção
Grupo V; PL4 3
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
(1)
O gráfico de velocidade vs [S] mostrado anteriormente não é linear, pelo que se torna
difícil estimar os valores de Km e Vmáx , sendo assim necessário desenvolver métodos de
linearização da equação de Michaelis-Menten. . Podemos transformar a equação de
Michaelis-Menten, invertendo-a:
(2)
Grupo V; PL4 4
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
3. Material e Reagentes
3.1. Reagentes
Hidróxido de
NaOH 39,997 98,6 2,13 Corrosivo
Sódio
R: 35
S: 2-26-37/39
Ácido 3,5-
dinitrosalicílic Ácido 3,5-
C7H4N2O
o (DNS) dinitrosalicílico 228,12 99 -
7 Nocivo
(DNS) R: 22
S: 22-24/25
Tartarato de sódio
C4H4KNa
e potássio 282,23 99-102 - -
O6.4H2O
tetrahidratado
Irritante
CH3COO
Acetato de sódio 82,03 99 1,52
Na
Tampão Corrosivo
acetato R: 36/37/38
S: 16-29/56
Ácido Clorídrico
HCl 36,46 37 1,19 Corrosivo
(37%)
R: 34-37
S: 26-45
Solução de C12H22O
Sacarose 342, 30 - 1,587 -
sacarose 11
Solução Frutose C6H12O6 180,16 - 1,54 -
equimolar de
glucose/frutose Glucose C6H12O6. 180,16 99,5 -
1
Anexo 1
Grupo V; PL4 5
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
3.2. Material
4. Procedimento Experimental
4.1 Recta de calibração de DNS para o açúcar invertido
Para a construção da recta de calibração preparar 5 tubos de ensaio de acordo com a
tabela 1.
Tabela 2- Preparação de soluções
Tubo1
Vsol (mL) Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4 Tubo 5
(branco)
Gluc/frut 1,00
0,00 0,10 0,40 0,70 Perfazer com
0,0025M
água destilada
H2O dest. 2,00 1,90 1,60 1,30 1,00 o volume total
de 2 ml
Tampão
1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
acetato
Sacarose
1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
0,25M
Agitar no vórtex.
Aquecer os tubos num banho com água a 100°C durante 5 minutos exactos.
Grupo V; PL4 6
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Sacarose 1,60
0,00 0,05 0,10 0,20 0,40 0,80
0,25M Perfazer com
água destilada
H2O dest. 2,00 1,95 1,90 1,80 1,60 1,20 0,40
o volume total
Tampão de 2 ml
1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
acetato
Enzima
1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
1:400
Agitar no vórtex.
Grupo V; PL4 7
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Agitar no vórtex.
Tubo1
Vsol (mL) Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4 Tubo 5
(branco)
[solução]conc. = 0,0025M
Vfinal = 10mL
Tubo 2
Vinicial 2 = 0,10mL
[solução]tubo 2 = ?
𝑛𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑛𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑐𝑜𝑛𝑐. × 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 2 = [𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜2 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔
Grupo V; PL4 8
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
0,0025𝑀 × 0,1𝑚𝐿
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜2 = ⇔
10𝑚𝐿
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜2 = 2,5 × 10−5 𝑀 ⇔ [𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜2 = 0,025 × 10−3 𝑀
Tubo 3
Vinicial 3 = 0,40mL
[solução]tubo 3 = ?
𝑛𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑛𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑐𝑜𝑛𝑐. × 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 3 = [𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜3 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔
0,0025 𝑀 × 0,40 𝑚𝐿
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜3 = ⇔
10 𝑚𝐿
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜3 = 2,5 × 10−5 𝑀 ⇔ [𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜3 = 1,0 × 10−4 𝑀
Tubo 4
Vinicial 4 = 0,70mL
[solução]tubo 4 = ?
𝑛𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑛𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑐𝑜𝑛𝑐. × 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 4 = [𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜4 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔
0,0025 𝑀 × 0,70 𝑚𝐿
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜4 = ⇔
10 𝑚𝐿
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜4 = 2,5 × 10−5 𝑀 ⇔ [𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜4 = 1,75 × 10−4 𝑀
Tubo 5
Vinicial 5 = 1,0mL
[solução]tubo5 = ?
𝑛𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑛𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑐𝑜𝑛𝑐. × 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 5 = [𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜5 × 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ⇔
0,0025 𝑀 × 1,0 𝑚𝐿
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜5 = ⇔
10 𝑚𝐿
[𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜5 = 2,5 × 10−5 𝑀 ⇔ [𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜]𝑡𝑢𝑏𝑜5 = 2,5 × 10−4 𝑀
Grupo V; PL4 9
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Tabela 4 – Registo de resultados com os dados necessários á construção da recta de calibração do DNS
para o açúcar invertido
[solução equimolar de
Tubo Vsolução equimolar de glicose/frutose Absorvância
glicose/frutose]
1 - Branco 0 0 0
2 0,1 0,000025 0,005
3 0,4 0,0001 0,134
4 0,7 0,000175 0,293
5 1 0,00025 0,433
0.400
0.300
0.200
y = 1801.2x - 0.0251
0.100 R² = 0.9904
0.000
0.0000 0.0001 0.0002 0.0003
concentração equimolar de glicose /frutose (M)
Pela lei Lambert-Beer, a absorvância em função da concentração deve ser uma linha
recta, logo existe uma relação entre a lei e a equação da recta.
y=m.x+b
A= Ɛ.l.c
Grupo V; PL4 10
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Este cálculo é feito com base na recta de calibração do gráfico 3 e com as absorvâncias
medidas experimentalmente substituindo-as na equação obtida:
𝒚 = 𝟏𝟖𝟎𝟏, 𝟐𝒙 − 𝟎, 𝟎𝟐𝟓𝟏
Tubo 2
0,003 + 0,0251
[𝑔𝑙𝑢𝑐/𝑓𝑟𝑢𝑡] = = 1,560 × 10−5 𝑀
1801,2
Tubo 3
0,022 + 0,0251
[𝑔𝑙𝑢𝑐/𝑓𝑟𝑢𝑡] = = 2,615 × 10−5 𝑀
1801,2
Tubo 4
0,213 + 0,0251
[𝑔𝑙𝑢𝑐/𝑓𝑟𝑢𝑡] = = 1,322 × 10−4 𝑀
1801,2
Tubo 5
0,381 + 0,0251
[𝑔𝑙𝑢𝑐/𝑓𝑟𝑢𝑡] = = 2,255 × 10−4 𝑀
1801,2
Tubo 6
0,528 + 0,0251
[𝑔𝑙𝑢𝑐/𝑓𝑟𝑢𝑡] = = 3,071 × 10−4 𝑀
1801,2
Tubo 7
𝑔𝑙𝑢𝑐 0,616 + 0,0251
[ ]= = 3,559 × 10−4 𝑀
𝑓𝑟𝑢𝑡 1801,2
Tubo 2
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 𝑐𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. × 𝑉𝑠𝑜𝑙. ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 1,560 × 10−5 𝑀 × 0,010𝑑𝑚3 ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 1,560 × 10−7 𝑚𝑜𝑙
Tubo 3
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 𝑐𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. × 𝑉𝑠𝑜𝑙. ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 2,615 × 10−5 𝑀 × 0,010𝑑𝑚3 ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 2,615 × 10−7 𝑚𝑜𝑙
Grupo V; PL4 11
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Tubo 4
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 𝑐𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. × 𝑉𝑠𝑜𝑙. ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 1,322 × 10−4 𝑀 × 0,010𝑑𝑚3 ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 1,322 × 10−6 𝑚𝑜𝑙
Tubo 5
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 𝑐𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. × 𝑉𝑠𝑜𝑙. ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 3,071 × 10−4 𝑀 × 0,010𝑑𝑚3 ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 3,071 × 10−6 𝑚𝑜𝑙
Tubo 6
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 𝑐𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. × 𝑉𝑠𝑜𝑙. ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 2,931 × 10−4 𝑀 × 0,010𝑑𝑚3 ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 2,931 × 10−6 𝑚𝑜𝑙
Tubo 7
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 𝑐𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. × 𝑉𝑠𝑜𝑙. ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 3,559 × 10−4 𝑀 × 0,010𝑑𝑚3 ⇔
𝑛𝑎ç.𝑖𝑛𝑣. = 3,559 × 10−4 × 10−6 𝑚𝑜𝑙
𝑛𝑎ç𝑢𝑐.𝑖𝑛𝑣.
𝑣=
𝑉
∆𝑡 × 𝑒𝑛𝑧𝑖𝑚𝑎
400
Tubo 2
1,560 × 10−7 × 106 𝜇𝑚𝑜𝑙
𝑣= ⇔ 𝑣 = 6,240 𝜇𝑚𝑜𝑙. 𝑚𝑖𝑛−1 . 𝑚𝐿−1
1𝑚𝐿
10𝑚𝑖𝑛 × 400
Tubo 3
2,615 × 10−7 × 106 𝜇𝑚𝑜𝑙
𝑣= ⇔ 𝑣 = 10,460 𝜇𝑚𝑜𝑙. 𝑚𝑖𝑛−1 . 𝑚𝐿−1
1𝑚𝐿
10𝑚𝑖𝑛 × 400
Grupo V; PL4 12
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Tubo 4
1,322 × 10−6 × 106 𝜇𝑚𝑜𝑙
𝑣= ⇔ 𝑣 = 52,876 𝜇𝑚𝑜𝑙. 𝑚𝑖𝑛−1 . 𝑚𝐿−1
1𝑚𝐿
10𝑚𝑖𝑛 ×
400
Tubo 5
2,255 × 10−6 × 106 𝜇𝑚𝑜𝑙
𝑣= ⇔ 𝑣 = 90,184 𝜇𝑚𝑜𝑙. 𝑚𝑖𝑛−1 . 𝑚𝐿−1
1𝑚𝐿
10𝑚𝑖𝑛 × 400
Tubo 6
3,071 × 10−6 × 106 𝜇𝑚𝑜𝑙
𝑣= ⇔ 𝑣 = 122,829 𝜇𝑚𝑜𝑙. 𝑚𝑖𝑛−1 . 𝑚𝐿−1
1𝑚𝐿
10𝑚𝑖𝑛 × 400
Tubo 7
3,559 × 10−6 × 106 𝜇𝑚𝑜𝑙
𝑣= ⇔ 𝑣 = 142,372 𝜇𝑚𝑜𝑙. 𝑚𝑖𝑛−1 . 𝑚𝐿−1
1𝑚𝐿
10𝑚𝑖𝑛 ×
400
Grupo V; PL4 13
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Grupo V; PL4 14
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Y = m x + b
Assim, esta é a equação de uma recta onde 1/v representa a ordenada, 1/[S] a abcissa, o
declive é dado por KM/vmax e a ordenada na origem 1/ vmax.
0.120
0.100
0.080
0.060
0.040
0.020
0.000
0 200 400 600 800 1000
1/[sacarose] (M-1)
Visto que o valor de b obtido é negativo, não é possível calcular o valor de Vmáx e
consequentemente o valor de Km, uma vez que o valor da velocidade calculado daria
negativo, o que é impossível.
Grupo V; PL4 15
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Recta de Lineweaver-Burk
0.180
1/V (mol-1min.mL)
y = 0.0002x + 0.003
0.160
R² = 0.989
0.140
0.120
0.100
0.080
0.060
0.040
0.020
0.000
0 200 400 600 800 1000
1/[sacarose] (M-1)
1 1
𝑏= ⇔ 𝑉𝑚 = ≈ 333,33 𝜇𝑚𝑜𝑙 𝑚𝑖𝑛−1 𝑚𝑙−1
𝑉𝑚á𝑥 0,003
𝐾𝑚
𝑚= ⇔ 𝐾𝑚 = 𝑚 × 𝑉𝑚 ⇔ 𝐾𝑚 = 333,33 × 0,0002 = 0,0667𝑀
𝑉𝑚
Tabela 8 – Resultados obtidos pela curva de Michaelis-Menten e Lineweaver-Burk
Michaelis-Menten Lineweaver-Burk
Vmáx 145 333,33
KM 0,0075 0,0667
Grupo V; PL4 16
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
6. Discussão /Conclusão
Com o intuito de realizar esta experiência laboratorial e para efectuar o cálculo dos
parâmetros cinéticos relativos à enzima invertase, onde se relaciona a velocidade
reaccional com a concentração do substrato presente, procedeu-se à realização de uma
recta de calibração. Esta recta relaciona a concentração de glucose/frutose com as
absorvâncias lidas para cada uma das concentrações padrão. Na segunda parte do
trabalho e com recurso a esta recta, foi possível calcular efectivamente a concentração
do produto da reacção (concentração de glucose/frutose derivado da degradação da
sacarose pela invertase) e efectuar de novo a leitura das absorvâncias para as amostras
com diferentes concentrações de substrato. Dependendo da concentração de substrato
presente na amostra, a concentração dos produtos foi variando no decurso da reacção
enzimática, o que nos permitiu estudar a actividade da enzima invertase para com o
substrato, ou seja, a sua afinidade para com este.
O estudo desta mesma actividade enzimática foi feito com recurso a duas representações
gráficas: a curva de Michaelis-Menten e a recta de Lineweaver-Burk.
Este gráfico permitiu então uma determinação empírica das constantes cinéticas
enzimática: Km e Vmáx. No nosso caso, os valores foram ≈0,0075 M e ≈145 µmol.min-
1.mL-1, respectivamente. Contudo, estes parâmetros não são muito precisos dado que
Vmáx não é um valor preciso mas sim assimptótico (tende para o infinito) e por
consequência, Km também não é rigoroso porque depende de Vmáx.
Grupo V; PL4 17
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Burk (inverso de Michaelis-Menten). Esta equação permite uma leitura mais correcta
dos parâmetros cinéticos Km e Vmáx (cálculos matemáticos).
Não obstante, no nosso trabalho prático, os valores acima referidos não puderam ser
calculados uma vez que a equação que representa a recta de Lineweaver-Burk tinha o
parâmetro b negativo (-0,0053) (gráfico 5). Se assim fosse, Vmáx daria negativo (Vmáx
=1/b) bem como Km (Km = m xVmáx). Uma possível explicação para este facto ocorrido
é de que este método provoca uma distorção do erro experimental – para baixos valores
de V0, um pequeno erro em V0 corresponde a um enorme erro em 1/V0; pelo contrário,
para valores elevados de V0, o mesmo pequeno erro em V0 corresponderá a erros
desprezáveis em 1/V0.
Outro motivo para os resultados não serem considerados fiáveis é que segundo o
descrito na literatura, a enzima invertase não tem uma actividade significativa (24%),
mesmo na capacidade máxima de actuação (actividade óptima). De referir ainda que
apesar da baixa actividade, o pH óptimo (4,5) foi proporcionado pelo tampão acetato de
sódio.
Outra ilação que podemos retirar da realização deste trabalho prático foi que a sacarose
não foi precisa para a preparação da recta de calibração (gráfico 3), uma vez que só os
açúcares glucose e frutose têm a capacidade de reduzir o DNS devido à presença de
carbonos anoméricos (carbonos capazes de participar na formação de ligações
glicosídicas). Pelo contrário, como a sacarose já apresenta uma ligação glicosídica, não
apresenta o carbono livre necessário à redução do DNS. No entanto, utilizou-se a
Grupo V; PL4 18
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
sacarose nesta primeira parte da experiência para que na medição das absorvâncias
houvesse os mesmos constituintes em ambas as partes do trabalho, pois na segunda
parte a enzima invertase não é capaz de degradar a sacarose na sua totalidade.
De referir ainda que os valores não foram de encontro ao esperado, possivelmente por
terem ocorrido erros sistemáticos e experimentais, tais como: má preparação das
soluções-padrão, desfasamento temporal entre a primeira parte e a segunda da
experiência, más leituras no espectrofotómetro devido a células danificadas e mau
funcionamento do aparelho.
Em suma, podemos então afirmar que os parâmetros cinéticos podem ser calculados
tanto pela curva de Michaelis-Menten como pela recta de Lineweaver-Burk. Pela curva
de Michaelis-Menten o calculo de Km não é rigoroso, pois depende da determinação do
Vmáx que é calculada por aproximação, sendo que também exige um numero elevado de
determinações. Contudo, o segundo método é mais expedito, rigoroso e rápido e são
necessárias menos leituras experimentais, pois o traçado da recta exige um menor
número de pontos da curva. Para além disto, a recta de Lineweaver-Burk não implica
aproximações, mas sim cálculos matemáticos.
7. Bibliografia
Grupo V; PL4 19
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
9. http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/apostilas/Apostila_cinetica_e
nzimatica_ju.pdf;
10. Tseng SJ, Hsu JP. (1990). A comparison of the parameter estimating procedures
for the Michaelis–Menten model. J Theor Biol. Aug 23;145(4):457–64. PMID
2246896;
11. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010466322000000400051&script=sci_artt
ext
Grupo V; PL4 20
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
8. Anexos
NaOH:
R 35: Provoca queimaduras graves.
S 2: Manter fora do alcance das crianças.
S 26: Em caso de contacto com os olhos lavar imediata e abundantemente em água e
chamar um especialista.
S 37/39: Usar luvas adequadas e protecção para os olhos/cara
Ácido Cloridrico:
R34: Provoca queimaduras
R37: Irritante para as vias respiratórias.
S26: Em caso de contacto com os olhos lavar imediata e abundantemente em água e
chamar um especialista
S45: Em caso de acidente ou indisposição consultar imediatamente um médico (se
possível mostrar-lhe o rótulo do produto)
Acetato de sódio:
S56: Não despejar na rede de esgotos nem no meio aquático. Utilizar para o efeito um
local apropriado para o tratamento dos resíduos
Grupo V; PL4 21
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
𝑣 [𝑆]
= ⇔
𝑣𝑚𝑎𝑥 𝐾𝑀 + [𝑆]
𝑣𝑚𝑎𝑥 𝐾𝑀 + [𝑆]
= ⇔
𝑣 [𝑆]
1 𝐾𝑀 + [𝑆]
= ⇔
𝑣 𝑣𝑚𝑎𝑥 . [𝑆]
1 𝐾𝑀 [𝑆]
= + ⇔
𝑣 𝑣𝑚𝑎𝑥 . [𝑆] 𝑣𝑚𝑎𝑥 . [𝑆]
1 𝐾𝑀 1
= + ⇔
𝑣 𝑣𝑚𝑎𝑥 . [𝑆] 𝑣𝑚𝑎𝑥
1 𝐾𝑀 1 1
= × +
𝑣 𝑣𝑚𝑎𝑥 [𝑆] 𝑣𝑚𝑎𝑥
Grupo V; PL4 22
[ESTUDO DA CINÉTICA DA ENZIMA INVERTASE] Bioquímica I
Reagente de DNS
Dissolver 1 g de ácido 3,5-dinitrosalicílico em 200 ml de NaOH 2 N, aquecendo e
agitando vigorosamente (solução A). Dissolver 300 g de tartarato de sódio e potássio
em 500 ml de água destilada (solução B). Misturar 30 ml da solução A com 75 ml da
solução B e perfazer o volume para 150 ml com água destilada.
Tampão acetato 20 mM, pH 4.5
Pesar a quantidade de acetato de sódio necessária para preparar 500 ml de solução 20
mM, colocar num copo de 500 ml, adicionar cerca de 400 ml de água e homogeneizar.
Verificar o pH da solução resultante com o medidor de pH. Se necessário, acertar o pH
no valor pretendido (4.5), adicionando pouco a pouco, com um conta gotas, ácido
clorídrico concentrado, agitando continuamente a solução através de um agitador
magnético. Transferir a solução para um balão de 500 ml e aferir com água destilada.
Homogeneizar.
Grupo V; PL4 23