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REVISTA DE _PROCESSO_ Diretor: ARRUDA ALVIN Ccoordenadora: TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER, ‘Conseino Internacional ‘Adio Gels Biden (Uuenu, A, Pérez Gordo (Espanha}, Aned Bibmeyer (Alemanta). Caos de Niguel Aa Gate ir Gover Lata (Mono), Esse Garbegnab (tat). Eéparso Rc (aa), Erica Al {Earache Ca ee oro Tu Uebman (1) (i), Faustino GuireAve ¥ Armafo Foret re ba Jone Parga, itz Bau (1) (Aemari}, Gan Aono Meret (la) {Cpanke) or tens) Hector Fuxzamudl (Meta), Hemanco Devs Echana (Colma), Huber (Gusoppe Tarza, (i Mimo Hele fom (Venezuela), lice Maina (wei), Yale Augusto Pear eer (Sects Gonzate Pérez (espartu}, Joao de Caro Mendes (}) (Pup, dorge Antone rin (a es odnques Uraca (vena, José Tem Paulo (Espana), Ka i Sc Fare ie vty Pane (pine), Lg Paco Come (Nal), Luz bor vita) (gua), (ae ey, Manvel Moron (Exparha), Mano Pssand (il, Maro Cota (ae), Maw {ae Lor Heese suerng them), Peo dan Saran (Arpontna), Pi, Caet (1) Cappatll (ta). mel ey, Robena Gezonce (genie), Roger Parl (Fran), Fl Baume (isranteanfa), Sartiago ‘Sons, Wolendo (1) (Argentina), Vicor Fain Guten (Espanna), Vigler Favcing (ust. Wwotgang Cranky (Alemanha). Cconseiho do OrientagSo — Presidente: THEREZA ALVIM ‘A. F, Cosarno Jinior (1, Adiano Marioy (1, Alcdes de Mendonga Lima. Aledo Buzald (1. Arent arcane ae Citicn a Cunha Faraz, Ai Flrendo Guimartes (7), Basiey Garcia (1), Bruno Cat a cic. Agricola Gort (t), Celso Antonio Bandetia do Metis, Gelso Neves, Ao. oe te ep, Moniz aragio, Femando da Cosia Tous Filo, Galena Lacerda ho Famacian| inet, Eagrald atatba, (1) Gilueto Guinianina fiber, Hamiton de Moracs,& een ae ett) rete Tornaghi, Henique Augusto Machado, Mennque Fonseca de aa eco pens targuce Pare, Jacy do Assis (J, Caimon do Passos, Joao Alonso rau (1) tm Carolo Mendes de Amote (1, Jové Alonso da iva. José Carlos Baybosa MOVoin, For a at i ycfo, Jose Carlos Woreia Alvee, José de Moura focha, Josd Faden Hee cats rg Geraldo Roongues do Acknin (1), José nace Betlho de Masala Lauro Mayneeos ares est Geng ula de Ovens Vagal (1), marco Nats Fev, Moaey' Amara (La eee da Gosta, Mozart Viele Russomano, th, Seabra Fagundos (1). Oswak Arana Santos (1), Money ip pontes do Miranda (1), Homeu Pres de Campos Barres (), Ronaldo Pare Sando do Moto (1). Psyoreds Yaa, serja rtraz, Syaney Sanches, Vitor Nunes Loa (1 ‘Waldemar’ Manz ie Olvera sini, Cconsetho Editorial: sha Polegt Grover, Anau Mosearo do Nascimento, Anno Capos Aap Co, Arno Cais ce Poli Gono Apaltagral ir, wvaken de fess, As Gusmao Camera, Candoo Mangal Marcate, Ate a cs Daros Jair, Geko Aero Bastos, Conve Costa), Desco Mendes Dinara. do, Djarna Negros Penteade, Donao Armeln, Eason bas Malachi, Fano Perera (1) Dice te Meh crue g Tuc randyr Niaeon, Kazuo Watanabe, Magpie, Santiago Bastos 6 Barog est eat Cvateo dos Saros, Nelson Lule Pro, Neon Nary uni, Paulo Guat Marcos on oh, Rosato 8 Camaro Mancuso, Rogério Lauria Tuod, Roque Kematsy, Cee oe jos Tomas Part Fito ({), VEento Greco Fito, Wiis Sontag Guera (1) Cconsetho de Redagio: ‘Avides Muntaz da Cunha, Antonio Abe Neto, Artnio Carlos Matis do Aud, Arinlo Caza Folie Fd a a Aono Fagan, Carlos Aero Carma, Cals Abeta Aworade vol, Antonio Clute More rato, Cates bet Barbosa Morea, Celso Antoni Pacheco Foro, Eavarlo Cates Ear oe Cav Cando aun, Fab Lulz Gomes, Franasco José Cana, Cll Hake Patlogn de Arde tig Fagundc Faro, amos Jose Mais da SoUza, Jose Eduardo Carvao Prt, Guna, Gis Zech ore (Seance Fernandes, Luz Edson Fachin, Liz Guilherme Maso), kz Fe ea aces ues Wari, Line Sergio do Souza lan Luz Vicente Polar Pre, Mang ubisahy (1, Lule od ie niu de Abreu Sampat, Marto eros Mathis Lambauer, dion Caetano, Maree Gueta ecnhn Cinta, a Ganesh, Rubens Lazzarn, a Geraldo Camargo Viana Fare re Pot, Seno Sell Shmura, ine Agostnto Dene, Svia Marea Naso de Amelia apts "eS eal taatan do Couto Nau, Wills Sanbago Guera Fi. ae ISSN 0100-1981 EVISTA DE Ri PROCESSO Tribunal Regional Federal iBLIOTECA 58Re giao Publicagao oficial do IBDP — Instituto Brasileiro de Direito Processual Repositorio de Jurisprudéncia autorizado pelo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIGA sob n. 11 (Portaria n. 8/90); pelos ‘TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS, da 1.* REGIAO (Portaria n. 2, de 6 do junho de 1992, DJU-secao lI, de 17.06.1992, p. 17.050), da 4." REGIAO (Portaria n. 1, de 20.05.1997, DJU-segio Il, de 27.05.1997, p. 128.103); pelo TRIBUNAL DE JUSTIGA DO ESTADO DO PARANA (Portaria 1, 01955, de 31 de outubro de 1997, DJ, de 24.11.1997). ANO 25 ‘ABRIL-JUNHO DE 2000 N. 98 STUDS EM HOMENAGE AO MIN SAO DEAIUEREDO TEER 12 ESTRUTURA DA SENTENGA PENAL PETRUCIO REIRA, ‘SUMARIO: 1.Sentenga como ato dejuizo ~ 2. Algumas nogDes sobre oconesi aetsentenga - 3, Sentenga ato do persamento ~ Bibiografa, 1. Sentenga como ato de juizo Como afirma Francisco Camelutti, se se pergunta onde desembocaré 9 Pry exon, couno resposta mais element a expericneia do proprio process eh ae” SGucto mesmo, aturalmente, direciona-se dum ato de juizo, no presto Wet tolque o juz declarard seu persamento sobre a rao ou sem le cada uma ‘ra partes, pois, como sintetiza aquele autor, de um modo concur, pode-se Sta par gucto resultado da jurisdigao se coneretizajustamente ma dietiay mn uh gir no momento, pois, em que se tem um jutz0 do juiz! ‘Alids, é como ainda doutrina 0 mesmo Camelutti, quando, ¢ cctcn ie processoe juzo e reportando-se ao que chama de “antiga frm, de Seni’, segundo a qual o processo no é mais que a “tise en octves Oe droit” (a ait doco proprio Ditelo), observa que, inobstant tal formula jé nfo. say ver, expressa a mesina una verdade digna de meditagao, no quant bastaria subs- aac ppocealere por jugement para tal formula adquitir um saber que Po dcixaria Winredem indiferete, Eq, para aqucle autor, o que a Formula co Prreee srecht rng ET aie los exatamente esta verdad, no caso que a seqiencia Gos set ceplinada pelo dieito de modo a “metire en oeuvre le droit na toe es siatao. na medida ern que se sabe, ene outras coisas, que ao direto da parte fle ser julgada, corresponde o dever do juie de julgat? sstudando 0s con- ancesco Carneuli, Sitema de derecho proces Tradugio de Nice Alea: 22000 aa eagy Sens Metendo, Argentina: Union Tipografiea Pditonst Hispano ‘Americana (Uteha), 1944 raieare ae prema en qué deceboca cl procss jrsskconal, halla en i mls sai te ca la manera de responder, dciendo que ermina con un ue: 0 clement ur, declra su pensamien aczea dela a ode sna re modo eis seis lesa de a jusiecin se coca stamens oe Pitt o seacn un decir se deelara un juicio del jue” fe Santiago Sen's Transeseo Carnet, Cuestioner sobre et proceso penal, Traduca . ticiencia de lt Malendo, Buenos Aires : Ediciones Juridicas Europs-Am Touma del proceso” tiga forma de Japiot, sgn a a el proceso aoe que mie cm oct puma pled yascvinos,cxpesa por atau verdad dima de median REVISTA DE PROCESSO~ 98 Por seu turno, Cactano Foschini observa que hi distinguir, ontolégica cronologicamente, a fase da sentenga, propriamente dita da fase das decisdes, no {quanto fase da sentenga compreende, nas ligdes daquele processualista, nio s6 tL construgio e edigao da prépria sentenga como ato de juizo do juiz, mas e prin- ipalmente, encerta o pertinente ato de documentagao, e mais, de comunicagio Ado que, como dever ou deveres,dird respeito as partes, deveres que nascidos do valor ¢ di elicdcia da sentenga, a ela se encontram estreitamente ligados, condicionando-a, Enguanto naquela fase de decisdes, os aos se revestem de card {er imperativo, na fase propriamente da sentenga, vem i luza solugio do processo fem termos de légicajuridica da questo, forma-se 0 juizo, que na verdade € prépri res judicannda que se torna res judicata 4 sobre a matéria, registra que, enquanto Grgiio in- idade da marcha do processo ¢ leva-lo até o final, The compete dar, fazendo a subsungio da espécie de na juridica que a disciplina, o juiz toma deliberagdes ¢ objetiva d minagies relativas a ago penal, afeta d sua jurisdigiio © A sua competéncia Observa, igualmente, que as deliberagées tomadas no curso do processo pelo juiz assumem roupagens de decisbes de natureza assaz variada, pois muitas delas atinem ao préprio andamento do feito, em despachos de simples movi mento, como assim denominava o anterior Codigo de Processo Penal aos, atual mente, nominados despachos de expediente, ou, as vezes, se consubstanciam Eduardo Espinola Filho, cumbido de prover a regul Dastariasustituir procédure por jugement, para que adguiiera un sabor que no debiera deja iniferente a nadie, En cambio, lo que la formula del Prozessrechtoculta. a nuestros ‘jes es propiamente esta verdad: lasecucla de actos reguada por el derecho afin de metre fen oeunte fe droit, es esencialmentejuicio. Después de haber hablado tanto de proceso, hay que hablar de juicto para comprender qué es, no tanto el proceso, cuanto el derecho Temps estudisdo con gran delicadeza la relacionesjuridicas que median entre Tos dver- 0s solos del proceso, y paticularmente entre las partes y el juezsy luego Tos actos que tenet desenvolvimento de tales relciones se cumplen, Sabemos, ene otas cosa, que Ia pave tiene derecho a ser juzgada, y que e jer tiene obigacion de juzgar; pero nvestras eas son macho menos clarasen cuanto a qué es ju2gat” Caetano Foseh Giles, v. 1968, “La fase della sentenza ontologicamente ed anche cronologicamentedistinta della prec dene fase della decisione comprende non serplicemente Ia formazione e 1a emissione hella Sentenza intesa como alto-siudizio del gludice ma anche il relativo ato dt Alocumentarione, e ancora gli ati di comunicaafone agli fii delle partie quell infine ‘deg ufflici delle parti que, essendo determinativi del valor dell elficcacia della sentenza stessa, a quesia sono stfeltamente conaessi, condizionanola. (la dstinzione ¢ la funzion® Hella fase della sentenza $i colzono proprio nella sua conta posizione alla precedente fe ‘della decisione. Questa ultina indica ¢tenderialmente impone la scelia che, effetuata ‘giudice, viene enunelata dieala alle pari con cratereimperativo; a fase dela sentene2- Jnvece, rapprescnta la risolzione in termini di logica piuidica della quaestio; essa no & scelta come la decisione, wa & gitizio cosich® & la stessa res judicanda che si fa res juicy” Sistema del dirita processuale penale. Seconda edizione, Milano Ciidigo de Processo Penal brasieiro anotado. 6. el. Rio de Janeiro: Bors. h ESTUDOS EM HOMENAGEM AO MIN. SALVIO DE FIG 2D0 TE n verdadeiras decisdes, soluci ccorrer do proceso. fem presentes 0 nando incidentes que se f fo mesmo autor que, sintetizando, afirma que tanto os despachos de mero expediente quanto as decisoes interlocutsrias podem, em sew wascedouro, reves- tiem-se das roupagens mais simples ~ as interlocutérias simples como de rou- ppagens mistas, onde, inclusive, adentrao juiz.no prOprio dmago da eausa princ! pal, de modo a interessar tal decisfo & solugse final do provesso (como ocomre Tom as prejudicialia, observo eu). Em relagio a tai interlocutérias 6 que lembra Eduardo Espinola que a boa técnica processual tem nas mesmas as chamadas interlocut6rias mistas, onde ao lado de um despacho, identifica-se uma sentenca com forga definitiva? E € exemplificativo tal autor quando preleciona serem in erlocuterias mistas as decisbes onde se proclama ailegitimidade de parte, decide Sobre a ocorténcia ou niio da coisa julgada, litispendéncia, perempeaio da ao, extingzo da ponibilidade, a incompeténcia do Jufzo ou rejeigio dademtineia ou da queixa, diferentemente da decisio que recebe a dentincia ou a queixa, que € interlocutsria simples. ‘Ainda sobre o tema, Fernando da Costa Tourinho Filho,* dentro da variedade dos atos praticados pelo Poder Judicidrio, tem-nos, in genere, todos eles, como Sos judigidrios, porque realizados pelos érgios jurisdicionais, identificando, no Entanto, em seu universo, os que se Ihe apresentam especificamente como alos juicigrios stricto senst,, no caso aqueles atos que deveriam ser praticados pelos demais Poderes, mas cuja pritica a Constituigao reservou ao Judicidrio, em ter mos de preservacio de sua independéncia c autonomia, concedendo-Ihe assim 0 poder de interfer, funcionalmente, em Seas proprias dos demais Poderes. Para este autor, sio atos judicisrins stricto sensu, pois, os atos normativos referidos no art, 96, qe Il, ad da Carta Magna (competéncia dos Tribunais de tlegerem seus Grgaos diretivos ¢ elaborarcm seus regimentos interes, bem como ‘icompeténeia espectfica do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiore dos Tribunais de Justiga de proporem ao Poder Legislativo respectivo a altera Go do niimero de membros dos tribunais inferiores, a cringio © extingao de car fos c-a fixagao dos veneimentos dle seus membros, dos servigos auxillares ¢ dos Jaizos que Ihes forem vinculados ~ inclusive dos tribunais inferiores, onde hot ct eriagao ou extingao dos tribunais inferiores e a alteragao da organizag: eda divisdo judicidrias), Tem 0 mesmo autor como atos administrativos os de que tudo referido art, 96, 1,alineas b,c, ee, in cast, 0s praticados por competéncia rivativa dos Tribunais atinentes A organizagao de suas secretarias © servigos au- Tiltares ¢ os dos juizos que Thes forem vinculados; ao provimento, na forma pre~ ‘vista na mesma Carta, dos cargos de juiz. de carreira da respectiva jurisdi¢io; a0 provimento dos cargos necessarios 2 administragio da Justiga, respeitado, salvo 4 eeiea © Sousa, Prineivas linha sobre o processo chil, seudo simples 9 intrtocutéria roc maa se catene én ds Tinites do artigo sore que profrid, mista aque prejdea a twento principal, e por isso se diz que tem forsa definitiva". Ou, ainda, Souza Pinto, spatmeinas linhas sobre o processo civil brasileira, “mista & que prejudica a questo pris: ‘ipa, pe fim a0 processo, ov contém dang imepardvel, por isso tem forga definitivs ™ Cidiga de Processo Penal cometado. So Paulo Saraiva,

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