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Toda transformação linear e invariante por translação pode ser escrita sob a forma de

uma convolução. Esta característica justifica plenamente o interesse existente, em


termos matemáticos, no estudo dessa operação. Dentro do processamento de imagem, a
convolução é utilizada para operar com filtros ( os quais serão definidos à posteriori ).
As convoluções são definidas no domínio contínuo, mas devido à necessidade de
implementação por muitos dispositivos eletro-eletrônicos, o operador é discretizado, o
que significa, em termos práticos, a alteração da integral pelo somatório.
Define-se a convolução discreta unidimensional, entre duas funções f(x) e g(x),
no ponto n , como :

Demonstraçãoda Linearidade da Convolução

Considerandouma função fixa h( x) e uma constante K pertencente aos Reais:

Obs.: A convolução discreta bidimensional, para o caso de duas funções f( x, y ) e


g( x, y) é definida como:

Considerando uma função g( x ) = e2p i w x , sendo w constante na operação e


referente a uma freqüência associada ao sinal, i a unidade imaginária e f( x) uma
função qualquer.

Interessa saber os auto-valores e auto-vetores da operação a fim de diminuir a


quantidade de cálculos. Neste caso, e2p i w n , que é função de n , quando aplicada na
transformação, gera ela própria multiplicada por uma função de w , que é constante na
operação, e faz referência a uma freqüência do sinal . Sendo assim, as funções e2p i w x
são os auto-vetores da convolução e a função de w é o auto-valor:
TRANSFORMADA DE FOURIER

Sendo f( x ) uma função qualquer, define-se a transformada de Fourier discreta no


tempo e unidimensional como:

Repare que a transformada de Fourier é definida a partir dos autovalores da


convolução.

Demonstração da Linearidade da Transformada de Fourier em funções


unidimensional

Sendo f( x ) e g( x ) funções quaisquer, e c um escalar, temos:

Para o caso bidimensional admite-se uma função f( x, y ) . A transformada de


Fourier discreta no tempo e bidimensional é dada como:

Demonstração da Linearidade da Transformada de Fourier em funções


bidimensionais

Sendo f( x, y ) e g( x, y ) funções quaisquer, e c um escalar, temos:

RELAÇÃO ENTRE A TF E A CONVOLUÇÃO

Um dos principais motivos de se definir a transformada de Fourier é o fato de ela


transformar convoluções em produtos, através da seguinte relação:
Demonstração para o caso unidimensional

Sejam f( x ) e g( x ) funções quaisquer:

Fazendo t = k - x :

Demonstração para o caso bidimensional

Sejam f (x, y ) e g( x, y ) duas funções quaisquer:

Fazendo u = k – x e v = t – y :

Seguinte: Propriedades e teoremas Acima: Produto de convolução Anterior:


Representação por impulsos de Conteúdo

Representação gráfica da convolução:

sem prejuízo do resultado, e para simplificar, vamos considerar que ambos os sinais a
convoluir são causais, assim o integral de convolução escreve-se
(2-
3.18)

o que implica uma sucessão de cinco operações:


1. mudança de variável
2. dobragem de uma função (rotação)
3. atraso de em relação a
4. produto entre as funções
5. integração

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Figura 2.5: convolução gráfica.
Consideremos a figura 2.5 através da qual podemos seguir as operações da convolução
passo a passo. A primeira operação muda apenas as variáveis de em , variável de
integração. A segunda operação executa uma rotação de 180 graus em torno do eixo das

ordenadas para a função de forma a obter : a esta operação chamamos


dobragem ou rotação de 180 graus. A terceira operação consiste no atraso de de uma

função já dobrada para de obter . Estas duas últimas operações de


dobragem e atraso são obviamente permutáveis sendo possível fazer primeiro o atraso e

só depois a dobragem. O produto das duas funções permite obter a função da


figura 2.5. o resultado do integral é a superfície sob esta função, dando o valor do

resultado . Fazendo variar o valor de , i.e., deslocado de novo em

relação a permite-nos obter finalmente a função resultante para qualquer .

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