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Ocorre que, em momento posterior, o STJ decidiu se

curvar à posição fixada pelo STF sobre o tema, posição primeiramente adotada
pela Quinta Turma da Corte e, depois, assumida também pela Sexta Turma, a
definir uma uniformização e consolidação no tratamento do tema pelo STJ.
Assim, atualmente, tem-se que há uma uniformidade na jurisprudência quanto à
desnecessidade de aplicação da teoria da dupla imputação para fins de
responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais.

Lembre-se ainda que, mesmo em se tratando de pessoa jurídica, não há, na


hipótese, que se falar em responsabilidade objetiva, pois a responsabilidade
penal é sempre subjetiva.

Por conta disso, tem-se que a pessoa jurídica somente poderá ser
responsabilizada penalmente se presentes dois pressupostos cumulativos:

Que o crime tenha sido cometido por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado;
Que o crime ambiental tenha se consumado no interesse ou benefício da
entidade.

Em resumo, portanto, tem-se que a responsabilidade penal da pessoa jurídica


pela prática de crimes ambientais é subjetiva e independente da
responsabilização simultânea da pessoa física por ela responsável, segundo
posição uniforme dos Tribunais Superiores.

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