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Do estilete ao estilo

Neste primeiro capítulo pretende-se explicar os conceitos ou significados que podem ser atribuídos
a palavra estilo e da sua evolução até ao sentido que detém actualmente.

Em princípio, a palavra estilo, que deriva do latim “stilus” que era considerado instrumento da vida
pratica, vareta metálica, como uma extremidade pontiaguda ora utilizada para raspar a cera dos
tabuleiros de barro que na época romana era o principal suporte para o acto da escrita.

Mas do ponto de vista do autor, a palavra estilo deve ser usada no seu sentido simples, quando
pluralizado “estilos”. Refere-se ao estilo como conjunto de hábitos e costumes que as sociedades
possuem. Desde a escrita, língua, tecnologia, modos viventes, etc.

O Macro continente da cultura

O macro continente da cultura é o lugar onde o homem impõe a suas instituições de todos só tipos
e, ao mesmo tempo, no próprio acto em que as aplica vai variando até as destruir, criando por
consequência, novas instituições.

Nota-se na presente obra, a alternância no uso dos termos Ciência da Cultura e culturologia. Tendo
os dois conceitos o mesmo significado. Define-se por culturologia a intensão de submeter a uma
análise sistemática, científica a cultura.

Etimologicamente, ou seja, de acordo com a origem da palavra, a cultura era uma intervenção
tipicamente material-laborativa. Hoje em dia, ainda se pode definir a cultura como era feito
antigamente porque trata-se do cultivo da terra ou agricultura por si só. Todavia, analisado os
significados supracitados, recorremos ao facto de ser imprescindível falar do trabalho/labor quando
se tenta descrever a cultura de determinada região ou povo.

É certo que hoje em dia um dos primeiros passos da culturologia, de um estudo sem preconceitos,
rigoroso aprofundado do objecto da cultura, deve partir precisamente da recuperação do estrato
social, ou seja, a cultura deve reencontrar o orgulho das suas origens a partir dos actos de
intervenção laborativa.
É imprescindível falar de cultura sem se destacar o homem, pois uma das coisas que o distingue
dos demais animais é a cultura, devido a sua capacidade de laborar. O homem é aquele animal que
prolonga a sua arte, ou seja o único ser que consegue transformar objectos através das mãos. O
homem desde a sua origem aproveitou a possibilidade de agir sobre o ambiente, para procurar
alimento, para se defender das intempéries, ataques de outros animais ou seja aperfeiçoando os
seus dotes naturais.

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