Você está na página 1de 52

Saneamento I

Curso de Engenharia Civil


8º semestre
Prof. Dr. Eng. Civil Adilson Pinheiro
Departamento de Engenharia Civil
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental

Adilson Pinheiro
Engenheiro Civil (UFSC, 1985)
Mestre em Engenharia de Recursos Hídricos e
Saneamento (IPH-UFRGS, 1990)
Doutor em Física e Química do Ambiente (INPT França,
1995)
Pós-doutorado (INPT-França, 1996, CEMAGREF-Engref,
2006)
Bolsista de produtividade de pesquisa do CNPq
Docente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Ambiental (cursos de mestrado e de doutorado) da FURB
Presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos
Conselheiro Regional do CREA-SC
Avaliador de Cursos e Instituições do INEP/MEC
Coordenador de diversos projetos de pesquisa CNPq,
FINEP, FAPESC, FUNASA, CAPES.
Ementa
Saúde Pública e saneamento. Poluição Hídrica.
Poluição atmosférica. Poluição sonora.
Resíduos sólidos e limpeza pública.
Considerações gerais sobre os sistemas de
abastecimento de água. Sistemas públicos de
esgotos sanitários. Administração de sistema
de abastecimento de água e coleta de esgotos
sanitários.

Bibliografia Básica
BAPTISTA, Márcio Benedito et al. Hidráulica aplicada. Porto
Alegre : ABRH, 2001. 619p, il. (ABRH, v.8).
BRAGA, Benedito. Introdução à engenharia ambiental. São
Paulo : Prentice Hall, 2002. 305p,
D'ALMEIDA, Maria Luiza Otero, VILHENA, Andre T. de, et al. .
Lixo municipal : manual de gerenciamento integrado. 2.ed. São
Paulo : IPT : CEMPRE, 2000. 370p.
NUVOLARI, Ariovaldo, et al. Esgoto sanitário: coleta, transporte,
tratamento e reúso agrícola. São Paulo: Edgard Blücher : FATEC-
SP/CEETEPS : FAT, 2003. 520 p,
TSUTIYA, Milton Tomoyuki. Abastecimento de água. São Paulo :
USP. Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola
Politécnica, 2004. 643 p,
TSUTIYA, Milton Tomoyuki; ALEM SOBRINHO, Pedro. Coleta e
transporte de esgoto sanitário. São Paulo : Escola Politécnica da
USP, 1999. 547p,
Bibliografia Complementar
CALIJURI, M. C.; CUNHA, D. G. F.. Engenharia ambiental. Rio
de Janeiro: Elsevier, Campus, 2013, 789 p.
CARVALHO, A. R.; OLIVEIRA, M. V. C. Princípios básicos do
saneamento do meio. 9. ed. São Paulo : Ed. SENAC, 2007. 211 p.,
D'ALMEIDA, M. L. O., VILHENA, A. T. et al. Lixo municipal :
manual de gerenciamento integrado. 2.ed. São Paulo: IPT:
CEMPRE, 2000. 370p.
GOMES, H. P. Sistemas de abastecimento de água:
dimensionamento econômico e operação de redes e elevatórias.3. ed.
João Pessoa: Ed. Universitária UFPB, 2009. 277 p,
TSUTIYA, M. T.; ALEM SOBRINHO, P. Coleta e transporte de
esgoto sanitário. São Paulo: Escola Politécnica da USP, 1999.
547p.

Bibliografia Complementar
AISSE, Miguel Mansur. Sistemas econômicos de tratamento de esgotos
sanitários. Rio De Janeiro : ABES, 2000. 191p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E
AMBIENTAL. Inovações tecnológicas no saneamento: lodos e odores.
Porto Alegre : ABES/RS, 2008. 96 p,
CASTILHOS JUNIOR, Armando Borges de. Alternativas de disposição
de resíduos sólidos urbanos para pequenas comunidades: (coletânea de
trabalhos técnicos). Rio de Janeiro : ABES, 2002. 92 p.
CASTILHOS JUNIOR, Armando Borges de. Resíduos sólidos urbanos:
aterro sustentável para municípios de pequeno porte. Florianópolis : ABES,
2003. 280 p.
FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (BRASIL). Manual de
saneamento. 3. ed. Brasília, D. F : Fundação Nacional de Saúde, 1999.
374p.
GERGES, Samir N. Y. Ruído: fundamentos e controle. 2. ed. atual. e
ampl. Florianópolis : NR Ed, 2000. 676p.
TSUTIYA, Milton Tomoyuki. Redução do custo de energia elétrica em
sistemas de abastecimento de água. São Paulo : ABES, 2001. 185 p,
AVALIAÇÃO
A avaliação é realizada através de provas escritas,
individuais ao longo do semestre e notas dos
trabalhos individuais e de grupo, seminários e
relatórios técnicos.
Nos instrumentos de avaliação adotados deverá
focar a qualidade das respostas, posicionamento
diante das questões e problemas apresentados,
sobretudo em relação a precisão da base conceitual
dos fenômenos e processos analisados.
No calculo da media final, as provas terão peso 7 e
os trabalhos terão peso 3.
Na avaliação dos trabalhos em grupo será levado
em consideração a participação de cada membro da
equipe, implicando na possibilidade de notas
diferentes por aluno.

AVALIAÇÃO
A média final calculada não será ajustada, no
momento do fechamento da disciplina.
Alunos "formandos" não terão tratamento
diferenciado.
O discente que faltar a qualquer atividade prevista
poderá requerer nova oportunidade de acordo com
Regimento Geral da Universidade (art. 66).

Não haverá N-1.


Trabalho
Data fixada

Nota = nota original (1 - 0,1nda)

Onde
nda = número de dias em atraso, iniciando a
contagem as 12h (matutino) e 18h (vespertino) do
dia considerado.

Trabalho prático:
Sistema de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário.

Visita técnica: ETE Blumenau:


Desenho esquemático do sistema de esgotamento sanitário
de Blumenau (pode ser sobre imagem do Google).
Desenho esquemático da ETE (planta baixa e perfil
hidráulico)
Descrição sucinta da função das unidades constituintes da
ETE (5 linhas no máximo para cada unidade).
Trabalho prático: 21/08/2018
Medidas de controle da poluição
atmosférica nas atividades profissionais do
engenheiro civil na construção civil.

Conceitos
Meio Ambiente: refere-se a biosfera, a zona
da superfície terrestre, suas águas e atmosfera
que são habitados por organismos vivos e as
relações entre os elementos.
Saneamento: é o controle de todos os fatores
do meio 'físico do homem que exercem ou
podem exercer efeito deletério sobre seu bem
estar físico, mental ou social (ONU).
Saneamento
Saúde: “é um estado de completo bem estar
físico, social e mental e não apenas a ausência
de doenças".

Saúde Pública: "é a ciência e a arte de


promover, proteger e recuperar a saúde através
de medidas de alcance coletivo e da motivação
da população".

SANEAMENTO
SANEAMENTO SANEAMENTO
AMBIENTAL BÁSICO

Abastecimento de água potável;


Esgotamento sanitário;
Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
Drenagem e manejo de águas urbanas;

Controle de artrópodes e roedores;


Controle da poluição da água, do ar e do solo;
Saneamento dos alimentos, nos meios de
transporte, dos locais de trabalho, recreação e
lazer, em escolas, hospitais, habitações, em
situações de emergência.
SNIS (2014):
Sistema de Nacional de Informações sobre Saneamento

Brasil:
Água tratada: 82,5%
Esgoto coletado: 48,6%
Esgoto tratado: 39%
Santa Catarina:
Água tratada: 86,0%
Esgoto coletado: 16,0%
Esgoto tratado: 15,6%
Política Nacional do Meio Ambiente

Conceito: POLUIÇÃO
Degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente:
Prejudicam a saúde, a segurança e o bem estar da população
Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas
Afetem desfavoravelmente a biota
Afetem as condições sanitárias ou estéticas do meio ambiente
Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos
Tipos de Poluição
Poluição da água ou hídrica
Poluição do ar ou atmosférica
Poluição do solo
Poluição sonora
Poluição visual
Poluição luminosa
Poluição radioativa

Avaliação da Qualidade Ambiental


• Critérios
• São requisitos científicos (parâmetros) que
um recurso ambiental deve apresentar para
ser aplicada a um determinado fim.
• Padrões ambientais:
• São formas de exigências legais dos critérios
estudados e fixados através de um
dispositivo (legal). Padrões regulam
portanto a qualidade do recurso ambiental.
20
Avaliação da Qualidade Ambiental

Concentração da substância: C
(Massa/Volume)
Concentrações não podem ser adicionadas

Carga de substâncias (Massa)


C*Q
Cargas podem ser adicionadas

Portaria MS Nº 2914 de 12/12/2011

Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da


qualidade da água para consumo humano e seu padrão de
potabilidade
Água para consumo humano: água potável destinada à
ingestão, preparação e produção de alimentos e à higiene
pessoal, independentemente da sua origem;
Água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade
estabelecido nesta Portaria e que não ofereça riscos à saúde;
Água tratada: água submetida a processos físicos, químicos
ou combinação destes, visando atender ao padrão de
potabilidade;
LEI Nº 11.445
DE 5 DE JANEIRO DE 2007

Estabelece diretrizes nacionais para o


saneamento básico

DECRETO Nº 7.217
DE 21 DE JUNHO DE 2010.
Regulamenta a Lei no 11.445, de 5
de janeiro de 2007, que estabelece
diretrizes nacionais para o
saneamento básico, e dá outras
providências.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7217.htm
Princípios:
Art. 2º. Os serviços públicos de saneamento
básico serão prestados com base nos seguintes
princípios fundamentais:
• I - universalização do acesso;
• II - integralidade, compreendida como o conjunto
de todas as atividades e componentes de cada um
dos diversos serviços de saneamento básico,
propiciando à população o acesso na conformidade
de suas necessidades e maximizando a eficácia das
ações e resultados;

Princípios:
VII - eficiência e sustentabilidade econômica;
VIII - utilização de tecnologias apropriadas,
considerando a capacidade de pagamento dos
usuários e a adoção de soluções graduais e
progressivas;
IX - transparência das ações, baseada em
sistemas de informações e processos decisórios
institucionalizados;
X - controle social;
XI - segurança, qualidade e regularidade;
XII - integração das infraestruturas e serviços
com a gestão eficiente dos recursos hídricos.
Saneamento básico:
a) abastecimento de água potável: constituído
pelas atividades, infraestruturas e instalações
necessárias ao abastecimento público de água
potável, desde a captação até às ligações
prediais e respectivos instrumentos de
medição;
b) esgotamento sanitário: constituído pelas
atividades, infraestruturas e instalações
operacionais de coleta, transporte, tratamento e
disposição final adequados dos esgotos
sanitários, desde as ligações prediais até o seu
lançamento final no meio ambiente;

Saneamento básico:
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos:
conjunto de atividades, infraestruturas e instalações
operacionais de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo
originário da varrição e limpeza de logradouros e vias
públicas;
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas:
conjunto de atividades, infraestruturas e instalações
operacionais de drenagem urbana de águas pluviais,
de transporte, detenção ou retenção para o
amortecimento de vazões de cheias, tratamento e
disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas
urbanas.
Soluções individuais
Art. 5º. Não constitui serviço público a ação
de saneamento executada por meio de soluções
individuais, desde que o usuário não dependa
de terceiros para operar os serviços, bem como
as ações e serviços de saneamento básico de
responsabilidade privada, incluindo o manejo
de resíduos de responsabilidade do gerador.

Prestação regionalizada
Art. 14º. A prestação regionalizada de serviços
públicos de saneamento básico é caracterizada
por:
• I – um único prestador do serviço para vários
Municípios, contíguos ou não;
• II – uniformidade de fiscalização e regulação dos
serviços, inclusive de sua remuneração;
• III – compatibilidade de planejamento.
Prestação regionalizada
• Art. 16º. A prestação regionalizada de serviços
públicos de saneamento básico poderá ser
realizada por:
• I – órgão, autarquia, fundação de direito público,
consórcio público, empresa pública ou sociedade
de economia mista estadual, do Distrito Federal,
ou municipal, na forma da legislação;
• II – empresa a que se tenha concedido os serviços.

Regulação
Regulação: todo e qualquer ato que discipline ou organize
determinado serviço público, incluindo suas características,
padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e
obrigações dos usuários e dos responsáveis por sua oferta ou
prestação e fixação e revisão do valor de tarifas e outros preços
públicos
Entidade de regulação: entidade reguladora ou regulador:
agência reguladora, consórcio público de regulação, autoridade
regulatória, ente regulador, ou qualquer outro órgão ou
entidade de direito público que possua competências próprias
de natureza regulatória, independência decisória e não
acumule funções de prestador dos serviços regulados;
Princípios da Regulação
• Art. 21º. O exercício da função de regulação
atenderá aos seguintes princípios:
• I - independência decisória, incluindo autonomia
administrativa, orçamentária e financeira da
entidade reguladora;
• II - transparência, tecnicidade, celeridade e
objetividade das decisões.

Objetivos da Regulação:
• I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos
serviços e para a satisfação dos usuários;
• II - garantir o cumprimento das condições e metas
estabelecidas;
• III - prevenir e reprimir o abuso do poder econômico,
ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema
nacional de defesa da concorrência;
• IV - definir tarifas e outros preços públicos que assegurem
tanto o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, quanto
a modicidade tarifária e de outros preços públicos, mediante
mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e
que permitam a apropriação social dos ganhos de
produtividade.
Direitos do usuário:
• Art. 27º. É assegurado aos usuários de
serviços públicos de saneamento básico, na
forma das normas legais, regulamentares e
contratuais:
• I - amplo acesso a informações sobre os serviços
prestados;
• II - prévio conhecimento dos seus direitos e
deveres e das penalidades a que podem estar
sujeitos;
• III - acesso a manual de prestação do serviço e de
atendimento ao usuário, elaborado pelo prestador e
aprovado pela respectiva entidade de regulação;
• IV - acesso a relatório periódico sobre a qualidade
da prestação dos serviços.

Subsídios
Instrumento econômico de política social para
viabilizar manutenção e continuidade de serviço
público com objetivo de universalizar acesso ao
saneamento básico, especialmente para populações e
localidades de baixa renda;
Tipos de subsídios:
Subsídios diretos: quando destinados a determinados
usuários;
Subsídios indiretos: quando destinados a prestador de
serviços públicos;
Subsídios internos: aqueles concedidos no âmbito territorial
de cada titular;
Subsídios entre localidades: aqueles concedidos nas
hipóteses de gestão associada e prestação regional;
Subsídios tarifários: quando integrarem a estrutura tarifária;
Subsídios fiscais: quando decorrerem da alocação de recursos
orçamentários, inclusive por meio de subvenções;

Base da definição das tarifas


I - Prioridade para atendimento das funções
essenciais relacionadas à saúde pública;
II - Ampliação do acesso dos cidadãos e
localidades de baixa renda aos serviços;
III - Geração dos recursos necessários para
realização dos investimentos, objetivando o
cumprimento das metas e objetivos do serviço;
IV - Inibição do consumo supérfluo e do
desperdício de recursos;
Base da definição das tarifas
V - recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço,
em regime de eficiência;
VI - remuneração adequada do capital investido pelos
prestadores dos serviços;
VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes,
compatíveis com os níveis exigidos de qualidade, continuidade
e segurança na prestação dos serviços;
VIII - incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços.
§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários
para os usuários e localidades que não tenham capacidade de
pagamento ou escala econômica suficiente para cobrir o custo
integral dos serviços.

REMUNERAÇÃO
A remuneração pela prestação dos serviços
públicos de abastecimento de água pode ser
fixada com base no volume consumido de
água, podendo ser progressiva, em razão do
consumo.
A remuneração pela prestação de serviços
públicos de esgotamento sanitário poderá ser
fixada com base no volume de água cobrado
pelo serviço de abastecimento de água.
REMUNERAÇÃO
• A remuneração pela prestação de serviço público de
manejo de resíduos sólidos urbanos deverá levar em
conta a adequada destinação dos resíduos coletados,
bem como poderá considerar:
• I - nível de renda da população da área atendida;
• II - características dos lotes urbanos e áreas neles
edificadas;
• III - peso ou volume médio coletado por habitante ou por
domicílio; ou
• IV - mecanismos econômicos de incentivo à minimização
da geração de resíduos e à recuperação dos resíduos
gerados.

REMUNERAÇÃO
• A cobrança pela prestação do serviço público de
manejo de águas pluviais urbanas deverá levar em
conta, em cada lote urbano, o percentual de área
impermeabilizada e a existência de dispositivos de
amortecimento ou de retenção da água pluvial, bem
como poderá considerar:
• I - nível de renda da população da área atendida; e
• II - características dos lotes urbanos e as áreas que podem
ser neles edificadas.
Dos aspectos técnicos:
Art. 44º. O licenciamento ambiental de unidades de
tratamento de esgotos sanitários e de efluentes gerados
nos processos de tratamento de água considerará etapas
de eficiência, a fim de alcançar progressivamente os
padrões estabelecidos pela legislação ambiental, em
função da capacidade de pagamento dos usuários.

§ 2º. A autoridade ambiental competente estabelecerá


metas progressivas para que a qualidade dos efluentes de
unidades de tratamento de esgotos sanitários atenda aos
padrões das classes dos corpos hídricos em que forem
lançados, a partir dos níveis presentes de tratamento e
considerando a capacidade de pagamento das populações
e usuários envolvidos.

Dos aspectos técnicos:


Art. 45º. Ressalvadas as disposições em contrário, toda
edificação permanente urbana será conectada às redes públicas
de abastecimento de água e de esgotamento sanitário
disponíveis e sujeita ao pagamento das tarifas e de outros
preços públicos decorrentes da conexão e do uso desses
serviços.
§ 1º. Na ausência de redes públicas de saneamento básico,
serão admitidas soluções individuais de abastecimento de água
e destinação final dos esgotos sanitários, observadas as normas
editadas pela entidade reguladora e pelos órgãos responsáveis
pelas políticas ambiental, sanitária e de recursos hídricos.
§ 2º. A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de
abastecimento de água não poderá ser também alimentada por
outras fontes.
Do controle social:
• Art. 47º. O controle social dos serviços públicos de
saneamento básico poderá incluir a participação de
órgãos colegiados de caráter consultivo, estaduais, do
Distrito Federal e municipais, assegurada a
representação:
• I - dos titulares dos serviços;
• II - de órgãos governamentais relacionados ao setor de
saneamento básico;
• III - dos prestadores de serviços públicos de saneamento
básico;
• IV - dos usuários de serviços de saneamento básico;
• V - de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e
de defesa do consumidor relacionadas ao setor de
saneamento básico.

TRATAMENTO DE ÁGUAS
RESIDUÁRIAS
Objetivam a remoção ou transformação de elementos
poluentes contidos nas águas residuárias

- Preparar o efluente para ser tratado


Tratamento preliminar
- Remoção de sólidos grosseiros
(gradeamento/peneiramento/ caixa de
areia/ equalização/ correção de pH)

- Remoção de sólidos suspensos


Tratamento primário
- Componentes específicos
(Físico-químico) (inorgânicos/metais pesados/O&G)
(decantador/ flotador/adsorção .....)
- Remoção de material orgânico
Tratamento Secundário solúvel / coloidal
(Biológico) (Reator biológico/ Decantador)
(Processos Aeróbio/Anaeróbio)

Remoção de compostos específicos


Tratamento terciário - cor/ desinfecção/compostos orgânicos/
(Físico-químico/biológico) nutrientes/sais ....
- Lagoas de polimento/ ozonização/
/Adsorção/tec. Membranas/.....

TRATAMENTO BIOLÓGICO DE EFLUENTES

Requisitos:

•Fontes de energia
•Fontes de carbono
•Fontes de nitrogênio
•Nutrientes Minerais

Relação Carbono:Nitrogênio - (C:N) 5:1

Relação DQO:N:P:S - 500:7:1:1


Crescimento Disperso

bactérias líquidos

Crescimento Aderido

camada de
bactérias

meio suporte
(ex: pedras)
PROCESSO DE LODOS
ATIVADOS CONVENCIONAL

Decantador Tanque de Decantador


Grade Caixa de areia Secundário
Primário Aeração

Rio
Adensamento

Digestão

Secagem Lodo “Seco”

TRATAMENTO BIOLÓGICO DE EFLUENTES

Os microorganismos são divididos de acordo com o


tipo de aceptor final de elétrons nas reações de
obtenção de energia;
Microorganismos Aeróbios – utilizam o 02 como aceptor
final de elétrons;
Microorganismos Anaeróbios Fermentativos – utilizam
compostos orgânicos que participam do processo como
aceptores finais de elétrons;
Microorganismos Anaeróbios Anóxidos – utilizam outros
compostos como aceptores finais de elétrons, que não o 02 e
nenhum composto orgânico tipo o C03, N03, Fe, S04.
Condições Aeróbias
C6H12O6 + 6O2 6CO2 + 6H2O

Condições anóxicas
2NO3—N +2H+ N2 + 2,5O2 + H2O

Condição anaeróbia: redução dos sulfatos


(dessulfatação)
C6H12O6 + SO2- +2H+ H2S + 2 H2O + CO2

Condição anaeróbia: redução dos CO2


(metanogênese hidrogenotrófica)
4H2 + CO2 CH4 + 2 H2O

Condição anaeróbia: metanogênese acetotrófica)


CH3COOH CH4 + CO2

Tratamento Convencional de Águas


de Abastecimento

Manancial Coagulação Floculação Decantação


Polímero Agente oxidante

Correção de pH Fluoretação Desinfecção Filtração


Alcalinizante

Água final
CLARIFICAÇÃO DA ÁGUA
Como funciona?

Saneamento Básico
Sistema de abastecimento de água
Sistema de condutos sob pressão
Gravidade
bombeamento
Projeto: vazão máxima horária no horizonte de
projeto
Fonte: qualquer local (garantia de vazão de
projeto)
Cobrança uso da água captada
Saneamento Básico
Sistema de esgotamento sanitário
Sistema de condutos livres
Gravidade
Estação de recalque
Sistema separador absoluto
Projeto: vazão máxima horária no horizonte de
projeto
Disposição final: corpo receptor (capacidade de
autodepuração):
cobrança uso da água
Licenciamento ambiental: EIA/RIMA

Saneamento Básico
Sistema de esgotamento sanitário
Sistemas individuais de tratamento
No caso de ausência de sistema coletivo
Não deve existir em caso de existência
NBR 7229/93: tanque séptico
NBR 13969/97: Filtro anaeróbio, vala de infiltração,
vala de filtração, filtro aerado, etc.
Indústrias possuem sistemas próprios.
Sistema Simplificados de
Tratamento de Esgotos Sanitários

NBR 7229/93: Tanque Séptico


NBR 13969/97: Filtro Anaeróbio; Sumidouro/Vala de
Infiltração.

TANQUE SÉPTICO
TANQUE SÉPTICO
V = 1000 + N(CT + k.L f )
• Relação Comprimento/largura:
• Mínima: 2
• Máxima: 4
• Dimensões internas:
• Largura mínima: 0,80 m (Tanque retangular)
• Diâmetro mínimo: 1,10 m (Tanque cilíndrico)
• Profundidade Útil:
• Volumes inferiores à 6 m3: de 1,20 a 2,20 m
• Volumes de 6 a 10 m3: de 1,50 a 2,50 m
• Volumes superiores à 10 m3: de 1,80 a 2,80 m

Contribuição
Contribuição
Prédio Unidade de lodo fresco
de Esgoto (C)
(Lf)
Ocupantes permanentes
Residência: padrão alto Pessoa 160 1
Residência: padrão médio Pessoa 130 1
Residência: padrão baixo Pessoa 100 1
Hotel (exceto lavanderia e cozinha) Pessoa 100 1
Alojamentos provisórios Pessoa 80 1
Ocupantes temporários
Fabrica em geral Pessoa 70 0,3
Escritório Pessoa 50 0,2
Edifícios públicos e comerciais Pessoa 50 0,2
Escolas, externatos e locais de longa permanência Pessoa 50 0,2
bares pessoa 6 0,1
Restaurantes e similares Refeição 25 0,1
Cinemas, teatro e locais de curta permanência lugar 2 0,02
Bacia
Sanitários públicos (aberto ao público) 480 4
sanitária
TANQUE SÉPTICO
Contribuição (N.C) litros/dia Período de detenção

Dias Horas
Até 1500 1 24
De 1501 a 3000 0.92 22
De 3001 a 4500 0.83 20
De 4501 a 6000 0.75 18
De 6001 a 7500 0.67 16
De 7501 a 9000 0.58 14
Mais de 9000 0.50 12

TANQUE SÉPTICO
Intervalo de Valores de k por faixa de temperatura
limpeza ambiental (T) (Mês mais frio)
(anos) T ≤ 10°C 10°C ≤ T ≤ 20°C T > 20°C

1 94 65 57

2 134 105 97

3 174 145 137

4 214 185 177

5 254 225 217


FILTRO ANAERÓBIO
V = 1, 6 NCT ≥ 1000 L

FILTRO ANAERÓBIO
Temperatura média do mês mais frio
Vazão (l/d) Abaixo de Entre 15ºC e
Mais de 25ºC
15ºC 25ºC
Até 1500 1.17 1.0 0.92
De 1501 a 3000 1.08 0.92 0.83
De 3001 a 4500 1.00 0.83 0.75
De 4501 a 6000 0.92 0.75 0.67
De 6001 a 7500 0.83 0.67 0.58
De 7501 a 9000 0.75 0.58 0.50
Acima de 9000 0.75 0.50 0.50
LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos

Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem


descartado resultante de atividades humanas em
sociedade, a cuja destinação final se procede, se
propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos
estados sólido ou semissólido, bem como gases
contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na
rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou
exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;

LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010


Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos

Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas


todas as possibilidades de tratamento e recuperação
por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra
possibilidade que não a disposição final
ambientalmente adequada
LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos
Disposição final ambientalmente adequada: distribuição
ordenada de rejeitos em aterros sanitário, observando normas
operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos
ambientais adversos
Logística reversa: instrumento de desenvolvimento
econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada;

Classifica os Resíduos Sólidos quanto a origem:


a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias
públicas e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas
atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades,
excetuados os referidos na alínea “c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em
regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições
de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos
para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais,
incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento
de minérios;
Classifica os Resíduos Sólidos
quanto a periculosidade:
(NBR 10004/2004)
a) Resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade,
teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo
risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com
lei, regulamento ou norma técnica;
b) Resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na
alínea “a”.
não inertes
inertes

RESOLUÇÃO/CONAMA Nº 307
DE 5 DE JULHO DE 2002
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos
para a gestão dos resíduos da construção civil.
Resíduos da construção civil: são os provenientes de
construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação
de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em
geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e
compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento
asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc.,
comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou
metralha;
Classificação RCD
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados,
tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de
outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento
etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de
obras;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como
plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de
tintas imobiliárias e gesso; (redação dada pela Resolução n° 469/2015).
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem ou recuperação; (redação dada pela Resolução n° 431/11).
IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles
contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas
radiológicas, instalações industriais e outros.

Saneamento Básico
Limpeza pública e manejo de resíduos
Acondicionamento
Coleta/transporte
Convencional
Seletiva: pública e/ou privada (cooperativas)
Sistema integrado entre municípios (consórcios
intermunicipais) ou prestadores de serviços
Projeto: somatório das produções diárias, no
horizonte de projeto
Tratamento e/ou disposição final: aterro sanitário
(licenciamento ambiental EIA/RIMA)
Tratamento
• Processos físicos, térmicos, químicos
ou biológicos, incluindo a separação,
que alteram as características de
forma a reduzir o seu volume ou
periculosidade, a facilitar a sua
manipulação ou melhorar a sua
valorização.

ATERRO SANITÁRIO
Método de engenharia para disposição de resíduos
sólidos no solo, através de confinamento em camadas
cobertas com material inerte, geralmente solo,
segundo normas específicas, de modo a evitar danos
ou riscos à saúde e à segurança, minimizando os
impactos ambientais adversos.
Processos de decomposição
resíduos
Processo aeróbio: decomposição mais rápida
Resíduos resultantes: CO2, sais minerais (N, P, K e outros
nutrientes) e compostos orgânicos de decomposição mais
lenta, sendo de natureza fibrosa ou coloidal.

Processo anaeróbio: decomposição mais lenta;


Resíduos resultantes: geralmente tóxicos, nocivos ou
contaminantes do solo, águas subterrâneas e rios (ácidos
orgânicos, gás sulfídrico, mercaptanas e outros de mau
odor).

ATERROS SANITÁRIOS

Elementos de projeto

Dados gerais
Impermeabilização
Drenagens (pluvial e de líquidos lixiviados)
Captação de gás
Tratamento de líquidos lixiviados
Poços de monitoramento
Condições e procedimentos de aterro
ATERROS SANITÁRIOS

Impermeabilização
Argila compactada
Solo-cimento plástico
Asfalto : asfalto oxidado; borracha impregnada
com asfalto
Membranas sintéticas: PVC, polietileno de alta
densidade (PEAD)

ATERRO SANITÁRIO

O aterro deverá apresentar um manto de solo


homogêneo de 3,0 (três) metros de espessura
com um coeficiente de permeabilidade K <
10-6 cm/s. Contudo, é considerada aceitável
uma distância mínima entre a base do aterro e
a cota máxima do aqüífero freático igual a
1,5 m, para um coeficiente de permeabilidade
K ≤ 5 x 10-5 cm/s.
Geração de resíduos
Volume diário (Vd) (m³)
P.g
Vd =
γ
P – População (hab)
g – produção per capita (kg/hab/d)
γ - peso específico (kg/m³)
Recipiente = 200 kg/m³
Caminhão compactador = 500 a 600 kg/m³
Aterro sanitário = 700 a 900 kg/m³

Produção per capita e o peso específico de resíduos

Produção Densidade
Natureza do Material
(Kg/hab./dia) (kg/m³)
Resíduos domiciliares 0,7 (*) 200 (**)

Varrição pública 0,10 a 0,15 300 a 800

Resíduos feiras/mercados 0,07 a 0,10 120 a 500

Resíduos hospitalares 1 a 2 % do primeiro 200


Fonte: Adaptado de Castilhos (2005) (*) Varia em função da faixa populacional (**) Depende do veículo coletor

92
Geração de resíduos

Tamanho da População urbana Geração per


capita média
cidade (hab) (kg/hab/d)
Pequena Até 30 mil Até 0,5

Média De 30 a 500 mil De 0,5 a 0,8

Grande De 500 a 5000 mil De 0,8 a 1

Megalopole Acima de 5000 mil Acima de 1,0

Saneamento Básico

Horizonte de projeto: 20 anos

Variação temporal da vazão


Consumo médio: P.q;
K1: relação entre o dia de maior demanda no ano e o
consumo médio diário = 1,2
k2: relação entre o volume máximo horário do dia de maior
demanda e o consumo médio do dia de maior demanda = 1,5
k3: Retorno de esgoto= 0,8
Saneamento Básico
Consumo per capita: a relação entre o volume de água
distribuído na comunidade e a população consumidora (inclui
demandas comercial, pública, de indústrias que não consomem
volume significativo de água no seu processamento e perdas).
Na elaboração de projetos de sistemas de abastecimento, caso
não haja estudos preliminares que indiquem valores
específicos, é freqüente o empregos de consumo per capita
médio seguintes:
Se P <10 000 habitantes: 150 ≤ q ≤ 200 l/hab.dia;
Se 10 000 ≤ P ≤ 50 000 hab: 200 ≤ q ≤ 250 l/hab.dia;
Se P > 50 000 habitantes: qmín = 250 l/hab.dia;
População temporária: q = 100 l/hab.dia;
Chafariz: 30 l/hab.dia.

Saneamento Básico
Responsabilidade municipal
Concessão de serviços
Órgão da administração municipal
Empresa pública municipal
Empresa pública estadual
Empresa privada
Saneamento Básico

Sistemas de Abastecimento de Água (SAA)


Consumo máximo diário: k1.P.q
Consumo máximo horário: k2.k1.P.q
Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES)
Produção máxima diário: k1.P.q.k3
Produção máximo horário: k2.k1.P.q. k3

Saneamento Básico
População fixa
População flutuante: pessoas que a utilizam a cidade
temporariamente
Densidade demográfica: densidade demográfica
(hab/ha)
Fatores
Condições topográficas, expansão urbana, custo das áreas,
planos urbanísticos, facilidades de transporte e
comunicação, hábitos e condições socioeconômicas da
população, infraestrutura sanitária, etc.
Saneamento Básico
População de projeto: população total a que o sistema deverá
atender.
A expressão geral que define o crescimento de uma população
ao longo dos anos é:

P = Po+ ( N - M ) + ( I - E )
Onde:
P = população após "n" anos;
Po = população inicial;
N = nascimento no período "n";
M = mortes, no período "n";
I = imigrantes no mesmo período;
E = emigrantes no período.

Saneamento Básico
CRESCIMENTO ARITMÉTICO

P = Po + a.∆t
Onde:
"P" é a população prevista,
"Po" a população inicial do projeto,
"Δt" o intervalo de anos da previsão, e
"a" é a taxa de crescimento aritmético obtida pela razão entre o
crescimento da população em um intervalo de tempo conhecido e
este intervalo de tempo, ou seja
P2 − P1
a=
t 2 - t1
Saneamento Básico
CRESCIMENTO GEOMÉTRICO

P = Po ( 1 + g ) ∆t
onde :
"P" é a população prevista,
"Po" a população inicial do projeto,
"Dt" o intervalo de anos da previsão e
"g" a taxa de crescimento geométrico que pode ser obtida através
de pares conhecidos (ano Ti, população Pi ), da seguinte forma:

P
g = t 2 - t1 2 - 1.
P1

Saneamento Básico
Curva logística decrescentes ao longo do tempo e
proporcionais a diferença entre população efetiva P e a
população máxima de subsistência na região, ps (população
de saturação).

Ps
P=
1 + ea + b.∆t
Saneamento Básico
Curva logística

P2 2 . (P1 + P3 ) - 2.P2 . P1. P3


Ps =
P2 2 - P1. P3

Ps - P1 1 P (Ps - P2 )
a = ln b= ln 1
P1 T 2 - T1 P2 (Ps - P1 )

Saneamento Básico
Densidade
Tipo de ocupação urbana da área
(hab/ha)
- Áreas periféricas c/casas isolados e grandes lotes (~ 800m²) 25 a 50
- Casas isolados com lotes médios e pequenos (250 a 450m²) 60 a 75
- Casas geminadas com predominância de um pavimento 75 a 100
- Casas geminadas com predominância de dois pavimentos 100 a 150
- Prédios pequenos de apartamentos (3 a 4 pavimentos) 150 a 300
- Prédios altos de apartamentos (10 a 12 pavimentos) 400 a 600
- Áreas comerciais c/edificações de escritórios 500 a 1000
- Áreas industriais 25 a 50

Você também pode gostar