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1.

Introdução

A saúde bucal é um elemento essencial para a função humana e para a qualidade de


vida. A boca é formadas por diferentes tipos de tecidos, tais como músculos, ossos, vasos
sanguíneos, nervos, dentes, etc. Qualquer um desses tecidos pode sofrer trauma, degeneração
ou alterações neoplásicas (MURRAY, 2005). A epidemiologia brasileira, em relação à saúde
bucal é grave envolvendo fatores como: condições sociais e econômicas da população, pouco
investimentos na área, e principalmente, falta de informações sobre os cuidados básicos de
saúde.

A saúde bucal é um essencial componente da saúde dos indivíduos, oferecendo uma


comunicação eficaz, uma alimentação saudável e principalmente uma boa qualidade de vida,
elevando a autoestima e o convívio social. Uma base importante para estimar o estado atual
de saúde bucal de uma população e suas obrigações porvindouras aos cuidados, são os
levantamentos básicos de saúde bucal, sendo uma peça importante para planejar ações que
promovem a saúde bucal. Além de tudo, condições de higiene bucal, e não somente o
aparecimento da doença, permite um conhecimentos da população, referente ao controle de
placa dentária e à educação em saúde (SILVA et al., 2010).

A promoção de saúde bucal pode ser desenvolvida em âmbitos sociais, grupos


populacionais e atividades, por diversos profissionais. Uma série de ações podem ser
desenvolvidas nas escolas, para promover a saúde bucal, sendo elas: oferecer alimentos
saudáveis na cantina; a inclusão de assuntos de saúde bucal no currículo, enfocando em
informações práticas, disponibilizando espaço adequado para a limpeza dos dentes. Segundo
MURRAY (2005), melhorias eficazes na saúde só podem acontecer quando toda a
comunidade juntamente com todos os profissionais da saúde e da educação dividir do mesmo
objetivo, o qual precisamente deve ser a prevenção da doença.

Em relação à saúde bucal, o que mais comumente afeta a população é a cárie dentária,
avaliada como um problema de saúde pública, na maior parte do planeta, pois acometem
quadros de infecção, dor e mutilação, diminuindo a qualidade de vida das pessoas. A cárie
dentária é uma doença infecciosa que progride de forma muito lenta na maioria dos
indivíduos, raramente é auto limitante e, na ausência de tratamento e higienização, progride
até destruição total da estrutura dentária (FEJERSKOV; KIDD, 2005). Segundo GOMES
(2008), fatores como educação dos pais, ocupação dos pais, status de pobreza, raça ou etnia,
etc, são incluídos como fatores de risco da caries.
Ela afeta frequentemente crianças e adolescentes, em que, diversas vezes, não possuem
uma alimentação saudável, com alto consumo de doces, de alimentos industrializados ricos
em carboidratos e a deficiência de um hábito de higiene bucal, que contribuem para o inicio e
desenvolvimento da doença dental (BRAGA, et al., 2010). Segundo ISSÁO (2006), O que
comemos é de absoluta importância no desenvolvimento da cárie. A cárie inicia quando as
bactérias metabolizam carboidratos desenvolvendo ácidos. Os tecidos mineralizados do dente
são atacados pelos ácidos, dissolvendo-os, e como consequência provoca a cárie.

No Brasil, apesar de já ter sido um dos maiores CPO-D do mundo (representa dentes
cariados/C, dentes perdidos/ P e dentes obturados/O), a prevalência da cárie dentária medida
em crianças, vem regredindo desde a década de 1970 (OPAS/OMS, 2001). Em 1986, ocorreu
o primeiro levantamento realizado pelo Ministério da Saúde e logo depois, aconteceu
novamente por três vezes (1996, 2000 e 2003) que ocorreram cercadas de insuficiência e
dificuldade pela falta de uma padronização nos levantamentos de dados (CARVALHO;
DOLIVEIRA, 2008), contudo, os resultados obtidos foram positivos em comparação com os
anteriores.

Portanto, ações de promoção de saúde e prevenção em comunidades escolares podem evitar a cárie
dentária, cujo custo social é extremamente oneroso.

Dentro desse contexto, este estudo visa à prevenção da cárie dentária em alunos em fase de
aprendizagem, a fim de desenvolver nestes, hábitos saudáveis, promovendo a saúde bucal e a
redução no número de casos de Cárie dentária

As consequências, mostrada pela Organização Mundial da Saúde, são extremamente


desastrosas em relação ao avanço da cárie nos países em desenvolvimento (Murray, 2005).

REFERÊNCIAS
BRAGA, Natalia Raposo; LEITE, Isabel C.G. O cuidado com a saúde bucal do adolescente:
orientações para os profissionais de saúde. UFJF – 2010.
CARVALHO M C N; DOLIVIEIRA S L. Saúde Bucal e ações preventivas: um estudo de
caso em escolas públicas do município de Guarapuava. Rev. Eletron Lato Sensu. Ed.5, 2008.
FEJERSKOV, O.; KIDD, E. Cárie dentária: a doença e seu tratamento clínico. 1. ed. São
Paulo: Santos, 2005.
GOMES, D.; DA ROS, M. A. A etiologia da cárie no estilo de pensamento da ciência
odontológica. Ciência e Saúde Coletiva, v.13, n.3, p. 1081-1090, 2008.
ISSÁO, M.; Manual de Odontopediatria. 11ª edição. São Paulo, SP.2006.
MURRAY J. A saúde bucal no século XXI. In: Murray JJ, Nunn JH, Steele JG. Doenças
orais: medidas preventivas. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. p.3-5.
OPAS/OMS 2001. Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde.
Informativo 4/5/2001. Disponível em <www.opas.org.br/sistemas/fotos/bucal.htm>. Acesso
em 10 de outubro de 2016.
SILVA J G; FARIAS M M G; ARAÚJO S M; SILVEIRA E G; SCHMITT B H E. Correlação
entre experiência de cáries em molares decíduos e primeiros molares permanentes. RFO, 15
(3): 242-246. Passo Fundo, set. / dez. 2010.

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