Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TOMBAMENTO
RESUMO: Tendo em vista promover o interesse coletivo, o Estado pode lançar mão de
ferramentas de intervenção na propriedade privada, baseando-se no princípio da
supremacia do interesse público. Para tanto, ele pode se utilizar de vários instrumentos
legais, dentre os quais, o Tombamento, objeto do presente trabalho, que é uma forma de
restrição imposta à propriedade privada visando a proteção do patrimônio histórico e
artístico nacional, objetivando preservar a identidade do país. Por patrimônio histórico e
artístico nacional entende-se o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e
cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis
da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico,
bibliográfico ou artístico.
ABSTRACT: With a view to promoting the collective interest, the State can make use
of tools of intervention in private property, based on the principle of supremacy of the
public interest. To do so, he can use various legal instruments, among which, the listing,
object of the present work, which is a form of restriction imposed on private property in
order to protect the national historic and artistic heritage, with the aim of preserve the
identity of the country. National historic and artistic heritage by means of movable and
immovable property in the country and whose conservation is of public interest, either
by linking to your memorable facts in the history of Brazil, either by your exceptional
value ethnographic, archaeological or artistic or bibliographic.
INTRODUÇÃO
2 CONCEITO
Porém, se houver casos que exista a necessidade de restrição integral para que a
proteção seja efetiva, de modo a suprimir os direitos dos proprietários em relação ao
domínio, o ato administrativo a ser praticado deverá ser a desapropriação e não o
tombamento, pois este não dispõe de restrição integral.
3 ESPÉCIES DE TOMBAMENTO
Além das classificações acima dispostas, Carvalho Filho (2017) indica também
que o tombamento pode ser individual ou geral, variando a depender do bem ou bens
atingidos.
4 INSTITUIÇÃO DO TOMBAMENTO
O art. 24, VII, da Constituição Federal, dispõe que a competência para legislar
sobre a proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico é
concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal, podendo a legislação
municipal suplementar a legislação federal e estadual no que couber (art. 30, II, CF),
possuindo os municípios a competência para promover a proteção do patrimônio
histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual
(art. 30, IX, CF).
5 PROCEDIMENTO DO TOMBAMENTO
A esse respeito, o art. 19, § 2º do Decreto-Lei nº 25/37 prevê que nos casos em
que o proprietário do bem tombado não tenha condições financeiras de arcar com os
custos das obras necessárias para conservar o bem, e, notificando o Poder Público, este
10
não iniciar as obras dentro de 06 (seis) meses, o proprietário poderá o requerer que seja
cancelado o tombamento da coisa.
2) no Livro do Tombo Histórico: neste livro são inscritos os bens culturais em função
do valor histórico. É formado pelo conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no
Brasil e cuja conservação seja de interesse público por sua vinculação a fatos
memoráveis da história do Brasil. Esse Livro reúne, especificamente, os bens culturais
em função do seu valor histórico que se dividem em bens imóveis (edificações,
fazendas, marcos, chafarizes, pontes, centros históricos, por exemplo) e móveis
(imagens, mobiliário, quadros e xilogravuras, entre outras peças) (IPHAN, online).
3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte erudita, nacional ou estrangeira.
Reúne as inscrições dos bens culturais em função do valor artístico.
4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se incluírem na categoria das
artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras. Onde são inscritos os bens culturais em
função do valor artístico, associado à função utilitária. Se refere à produção artística que
se orienta para a criação de objetos, peças e construções utilitárias: alguns setores da
arquitetura, das artes decorativas, design, artes gráficas e mobiliário, por exemplo
(IPHAN, online).
Outro reflexo trazido pelo tombamento, é que a coisa tombada não poderá sair
do País, senão por curto prazo, sem transferência de domínio e para fim de intercâmbio
cultural, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, conforme disposto no art. 14.
Por disposição do art. 16, o proprietário tem o dever de comunicar ao órgão
responsável, dentro do prazo de 05 (cinco) dias, o extravio ou furto de qualquer objeto
tombado, sob pena de multa.
12
Por fim, em conformidade com o art. 20, os objetos tombados ficam sujeitas ao
controle e fiscalização permanente do Poder Público, não podendo o proprietário criar
obstáculos, sob pena de multa
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO FILHO, José dos Santos Manual de direito administrativo. 31. ed. rev.,
atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017.
CARVALHO FILHO. José dos Santos. Manual de direito administrativo. 32. ed.
rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2018.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 31. ed. rev. atual e ampl.
Rio de Janeiro: Forense, 2018.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 42. ed. / atual. até a
Emenda Constitucional 90, de 15.9.2015. São Paulo: Malheiros, 2016.