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Imperfeições nos arranjos

atômicos e iônicos
Nathalia Gonçalves Font

Universidade Federal do Pará Ciência e Engenharia dos Materiais


Instituto de Tecnologia Introdução à Ciência dos Materiais
Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil Prof. Dr. Bernardo Borges Pompeu Neto
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IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS


• OBJETIVOS
▫ Conhecer as imperfeições nos sólidos
▫ Saber a diferença entre cada uma
▫ Qual a importância delas na ciência dos materiais

• Introdução
▫ Defeitos x Defeituoso

Imperfeições nos arranjos atômicos e iônicos


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DEFEITOS PONTUAIS
• Descontinuidades localizadas nos arranjos teoricamente
considerados perfeitos, de uma estrutura cristalina.
• Podem ser criadas pelo movimento dos átomos ou íons quando há
aumento de energia:
▫ Aquecimento
▫ Durante processamento do material
▫ Introdução de impurezas ou dopantes.
• Impurezas x Dopantes
▫ Ex.:Fósforo (P) e Boro(B) São adicionados aos cristais de Silício para
ajustar as propriedades elétricas do silício puro (Si) para aplicações
eletrônicas.

• Envolve UM átomo ou íon ou o par deles, mas afeta posições mais


distantes do cristal.

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DEFEITOS PONTUAIS LACUNA


• Produz-se quando há falta de um átomo ou íon, a entropia global do
material aumenta e eleva a estabilidade termodinâmica do material
cristalino.
• TODOS os materiais cristalinos possuem defeitos do tipo lacuna.
• São introduzidas em metais e ligas metálicas durante a solidificação
(altas temperaturas) ou por radiação
• A concentração de lacunas é reduzida à temperatura ambiente, mas
aumenta exponencialmente com a elevação da temperatura segundo
equação de Arrhenius:
−𝑄𝑣
𝑛𝑣 = 𝑛 exp( )
𝑅𝑇
▫ nv= número de lacunas por cm³;
▫ n é o número de átomos por cm³;
▫ Qv é a energia para se produzir um mol de lacunas, em cal/mol ou J/mol;
▫ R é a constante do gás, 8,31 J/mol.K ou 1,987 cal/mol.K; e
▫ T é a temperatura em K.

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DEFEITOS PONTUAIS LACUNA

Lacuna
ausência de
átomo

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DEFEITOS PONTUAIS INTERSTICIAL


• Ocorre quando se insere um átomo ou íon em uma posição intersticial não
ocupada.
• Os átomos ou íons intersticiais, embora menores que os átomos ou íons nos
pontos de rede, são maiores que os espaços intersticiais que ocupam, então
a região ao redor do defeito é comprimida e distorcida.

Átomo de Carbono ocupando um


interstício na estrutura ccc do
Ferro
• Alguns átomos intersticiais (como hidrogênio) podem estar presentes na
forma de impurezas, ao passo que átomos de carbono são acrescentados
intencionalmente para produzir o aço-carbono.
• É um dos principais modos de se aumentar a resistência mecânica dos
materiais metálicos.
• Ao contrário das lacunas, uma vez inseridos os átomos ou íons, estes não
tem a concentração alterada, mesmo com a variação de temperatura.

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DEFEITOS PONTUAIS INTERSTICIAL

Impureza
Intersticial
átomo
diferente
ocupando um
interstício

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DEFEITOS PONTUAIS SUBSTITUCIONAL


• Um átomo ou íon é substituído por um tipo diferente de átomo ou íon. Eles
ocupam os pontos normais da rede.
• Só que podem ser maiores ou menores que os da estrutura cristalina.
▫ Se o átomo for menor, a distância interatômica disponível para os átomos
vizinhos será maior.
▫ Se o átomo substitucional for maior, a distância interatômica será menor.
▫ De qualquer jeito, os defeitos substitucionais perturbam o cristal, criando tensões
na sua vizinhança.
• Podem ocorrer em razão da presença de impurezas ou adição deliberada
para formar ligas
• Depois de introduzidos, o nº de defeitos substitucionais é relativamente
independente da temperatura.
▫ Ex.: Incorporação de dopantes como P e B ao Si.
▫ Ex.: Ao adicionar cobre ao níquel os átomos de cobre irão ocupar os espaços
cristalográficos em que os átomos de níquel estariam normalmente presentes
• Em geral, os átomos substitucionais elevam as resistência do material
metálico.
• Os defeitos podem aparecer também nos materiais cerâmicos.
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DEFEITOS PONTUAIS SUBSTITUCIONAL

Impureza
Substitucional
átomo diferente

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DEFEITOS PONTUAIS
• INTERSTICIALIDADE: Sempre que um átomo idêntico àqueles
dos pontos normais da rede está localizado em posição intersticial.
• DEFEITO DE FRENKEL: Por lacuna- interstício que se forma
quando um íon salta de um ponto normal da rede para um espaço
intersticial deixando uma lacuna em seu lugar. Pode ocorrer em
materiais iônicos, metais e materiais com ligações covalentes.
• DEFEITO DE SCHOTTKY:
▫ Exclusivo materiais iônicos (cerâmicos) -> por lacunas
▫ Quantidade idêntica, estequiométrica, de ânions e cátions deve
apresentar esse defeito no cristal, pois a neutralidade elétrica deve ser
preservada.

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DEFEITOS PONTUAIS
• EQUILÍBRIO DE CARGAS: Quando defeitos pontuais são
introduzidos em sólidos iônicos (cerâmicas) é preciso respeitar as
seguintes regras:
▫ Deve-se manter o equilíbrio de cargas de modo que o cristal permaneça
eletricamente neutro
▫ Deve-se manter a estequiometria do composto
▫ Deve-se preservar o número de posições

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DISCORDÂNCIAS
• São imperfeições lineares em cristais
• Em geral são introduzidas no cristal durante solidificação do
material ou quando é deformado de modo permanente.
• Estão presentes em quase todos os materiais incluindo cerâmicas e
polímeros
• São úteis no entendimento da deformação e no aumento da
resistência mecânica dos materiais metálicos.

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DISCORDÂNCIAS ESPIRAL
• Corta parte do cristal perfeito → aplica tensão cisalhante → ocorre
deslocamento das faces paralelas a uma distância equivalente ao
espaço de um átomo. Linha de
discordância

Vetor de
Burgers b

• VETOR DE BURGERS (b):


▫ Vetor necessário para completar a volta e retornar à origem
▫ É PARALELO à discordância em espiral.

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DISCORDÂNCIAS ESPIRAL

Discordância

Vetor de Burgers, b

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DISCORDÂNCIAS ARESTA (┴)


• Corta parte do cristal perfeito → afasta as duas partes → preenche o
corte com um plano adicional de átomos.
• A borda inferior desse plano representa a discordância aresta
▫ A borda é uma linha, por isso o defeito é chamado linear

• VETOR DE BURGERS (b):


▫ Também completa a volta e retornar ao ponto de partida, MAS
▫ É PERPENDICULAR à linha de discordância.

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DISCORDÂNCIAS ARESTA (┴)

Discordância
em linha

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DISCORDÂNCIAS ARESTA (┴)


• VETOR DE BURGERS (b):
▫ Também completa a volta e retornar ao ponto de partida, MAS
▫ É PERPENDICULAR à linha de discordância.

O circuito não se fecha. O vetor necessário para


O circuito se fecha. fechar o circuito é o vetor de Burgers, b, que
Imperfeições nos arranjos atômicos e iônicos caracteriza a discordância.
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DISCORDÂNCIAS MISTA
• Possui os dois com uma transição gradual entre elas.
• VETOR DE BURGERS (b):
▫ É o mesmo para os dois.

 Discordâncias de aresta ou em
espiral raramente ocorrem
separadamente.

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DISCORDÂNCIAS MOVIMENTO
• O movimento da discordância é comparado ao movimento de uma
lagarta.
• Entretanto sua velocidade aproxima-se da do som, podendo excedê-
la.
• DESLIZAMENTO: processo de uma discordância que se move e
causa deformação permanente de um material metálico.

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DISCORDÂNCIAS MOVIMENTO
DIREÇÃO DE DESLIZAMENTO = DIREÇÃO VETOR DE BURGERS

Plano de
deslizamento
(slip plane)

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DISCORDÂNCIAS MOVIMENTO
• PLANO DESLIZAMENTO: plano formado pelo vetor de
burgers+linha de discordância

• SISTEMA DESLIZAMENTO: plano + direção de deslizamento

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DISCORDÂNCIAS MOVIMENTO
• LEI DE SCHMID: Para que a discordância se mova em um sistema de
deslizamento, a força aplicada deve produzir uma tensão de cisalhamento
efetiva atuando no sistema de deslizamento, isto é, simultaneamente no
plano e na direção de deslizamento. A relação entre a força aplicada e a
força de cisalhamento efetiva é a Lei de Schmid.

• Tensão de cisalhamento efetiva crítica: τcrítica é a tensão de


cisalhamento necessária para romper dada quantidade de ligações
metálicas que permitam o deslizamento. Assim o deslizamento ocorre,
causando a deformação plástica do material, quando a tensão aplicada
produz uma tensão de cisalhamento efetiva igual à tensão de cisalhamento
efetiva.
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DISCORDÂNCIAS MOVIMENTO
• Pode-se utilizar a lei de Schmid para comparar as propriedades de meais
com estruturas cristalinas CS, CFC e HC.
• Essa análise envolve o comportamento dos materiais monocristalinos quase
perfeitos.
• Os materiais reais usados em engenharia raramente são monocristalinos e
sempre contêm muitos defeitos.
• Não é possível aplicar a lei de Schmid para prever comportamento
mecânico dos materiais policristalinos.
• Metais CFC , com planos {111} supercompactos, a tensão de cisalhamento
efetica crítica é baixa, cerca de 0,35MPa a 0,70MPa em um cristal perfeito,
ou seja, são menos resistentes.
• CCC, não possuem planos supercompactos e devem exceder uma tensão de
cisalhamento efetiva crítica mais elevada da ordem de 70MPa. Apenas
superando essa tensão é que ocorre o deslizamento.
▫ Em suma: Metais CCC tendem a ter alta resistência mecânica e baixa ductilidade
• HC apresentam variações. O zinco, cuja razão > 1,633, a tensão de
cisalhamento crítica é inferior a 0,70MPa (similar aos metais CFC). Já no
titânio HC a razão c/a é inferior a 1,633 e a distancia entre sue planos mais
cocmpactos é menor, então a tensão de cisalhamento ef. Crítica é
equivalente ou mesmo sueprio À dos metais CCC.
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DISCORDÂNCIAS MOVIMENTO
• Número de Sistemas de Deslizamento
▫ Se ao menos um sistema de deslizamento estiver orientado com ângulos
λ e próximos de 45º, a tensão efetiva será igual à tensão crítica a
baixas tensões de carregamento mecânico.
• HC
▫ 1 plano supercompacto (0001) e três direções supercompactas → 3
sistemas de deslizamento.
▫ Pode falhar de modo frágil antes de deformar plasticamente
• CFC
▫ 4 planos supercompactos não paralelos {111} e, em cada plano,três
direções supercompactas da família <110> → 12 sistemas de
deslizamento.
▫ Ductilidade elevada
• CCC
▫ Não tem planos supercompactos,tem direções supercompactas da
família <111> → 48 sistemas de deslizamento.
▫ Dúcteis.
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DISCORDÂNCIAS MOVIMENTO

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DISCORDÂNCIAS IMPORTÂNCIA
• Muito importantes em metais e ligas metálicas.
• Fornecem um mecanismo para a deformação plástica pois esta decorre
do efeito cumulativo do deslizamento de um número enorme de
discordâncias, ou seja, a tensão aplicada produz um movimento de
discordâncias que resulta numa deformação permanente.
• Materiais amorfos não contém discordâncias
• O processo de deslizamento é importante para a compressão do
comportamento mecânico dos materiais os quais na sua totalidade, se
encontram no estado cristalino.

• DESLIZAMENTO DE DISCORDÂNCIA:
▫ Resistência dos materiais é inferior à resistência de suas ligações atômicas.
Para o deslizamento ocorrer, apenas uma fração das ligações metálicas
precisa ser rompida e a tensão necessária para deformar o material é
reduzida.
▫ Proporciona ductilidade aos metais. Se não houvesse discordâncias, as barras
de aço seriam frágeis.
▫ Pode-se controlar as propriedades mecânicas de um metal ou liga,
interferindo no movimento das discordâncias, para aumentar a dureza e
ductilidade.
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DISCORDÂNCIAS IMPORTÂNCIA
• DENSIDADE DE DISCORDÂNCIAS:
▫ Medida da quantidade de discordâncias presentes.
▫ Influenciam nas propriedades ópticas e elétricas dos materiais.
▫ Ex.: resistividade elétrica do cobre puro aumenta conforme a densidade
da discordância.

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DEFEITOS SUPERFICIAIS
• São contornos de grão ou planos cristalinos que dividem o material
em regiões. Cada região possui a mesma estrutura cristalina, mas a
orientação cristalográfica diferente.

• SUPERFÍCIE DO MATERIAL:
▫ As superfícies internas do material apresentam interfaces nas quase o
cristal termina abruptamente.
▫ Cada átomo da superfície livre deixa de ter o número de coordenação
característico da sua estrutura e as ligações atômicas estão rompidas.
▫ Superfície rugosa e mais reativa quimicamente que no interior do cristal.

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DEFEITOS SUPERFICIAIS
• CONTORNO DE GRÃO: a micro estrutura de vários materiais
cerâmicos e metálicos de engenharia é composta de muitos grãos.
• O grão é parte do material no qual o arranjo de átomos é
praticamente idêntico, no entanto a orientação da estrutura
cristalina é diferente para cada grão adjacente.
• O contorno é a superfície que separa os grãos individuais, é uma
área estreita na qual os átomos não estão à mesma distância uns dos
outros.
▫ Próximos: causam tensão de compressão
▫ Distantes: tensão de tração.

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DEFEITOS SUPERFICIAIS
• Método de controle das propriedades de um metal:

↓ tamanho do grão ↑quantidade total as áreas de contorno de


grão

Qualquer discordância irá se mover em uma curta distância antes de


encontrar um contorno e ser bloqueada
O bloqueio do movimento das discordâncias eleva a resistência do
material metálico.

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DEFEITOS SUPERFICIAIS
• Microscopia óptica para observar características microestruturais
• Processo de preparo, observação e registro fotográfico da micro
estrutura da amostra metálica: metalografia:
▫ Superfície lixada e polida para apresentar acabamento espelhado
▫ Ataque químico na superfície, corroída sob controle.
▫ Os contornos são mais atacados que o restante dos grãos.
▫ Luz emitida, refletida ou espelhada e observa-se os contornos de grão
ficam mais escuros.São contornos de grão ou planos cristalinos que
dividem o material em regiões. Cada região possui a mesma estrutura
cristalina, mas a orientação cristalográfica diferente.
• Ataque térmico:
▫ Para amostras de cerâmica
▫ Para observar contornos de grão
▫ Polimento e aquecimento por um curto
período de tempo.

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DEFEITOS SUPERFICIAIS
• Contorno de grão de Baixo ângulo:
▫ arranjo de discordâncias que produz pequenos ângulos entre cristais
adjacentes.
▫ Não são eficientes no bloqueio de deslizamentos de planos.

• Falha no empilhamento: materiais CFC, erro na sequencia de


empilhamento dos planos supercompactos da família {111}.
Interferem no processo de deslizamento.
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DEFEITOS SUPERFICIAIS MACLAS


• Plano que ocorre desarranjo específico, forma-se uma imagem
espelhada da estrutura cristalina.
▫ Quando tensão de cisalhamento desloca os átomos de suas posições.
▫ Ocorre durante deformação ou tratamento térmico de certos metais.
▫ Interferem no deslizamento → elevam resistência mecânica do metal.
▫ Ocorre em alguns mat. Cerâmicos.

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DEFEITOS SUPERFICIAIS MACLAS


• A eficácia dos defeitos superficiais em interferir no processo de
deslizamento pode ser avaliada pelas energias associadas a cada
imperfeição de superfície de cada metal.

• Os contornos de grão com alta energia são muito mais eficientes no


bloqueio de discordâncias que as falhas de empilhamento ou
maclas.

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DEFEITOS IMPORTÂNCIA
• Estendidos e pontuais: desempenham papel importante ao influenciar as
propriedades:
▫ Mecânica.
▫ Elétrica
▫ Óptica
▫ Magnética.
• EFEITO DO DESLIZAMENTO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS:
▫ Qualquer imperfeição aumenta a energia interna do local dessa imperfeição
▫ Ela aumenta pois nas vizinhanças ou os átomos estão próximos (compressão ou afastados
(tração).
▫ Mais fácil mover a discordância se a tensão efetiva=tensão efetiva crítica.(deformação
plástica)
▫ Porém se a discordância encontrar região que os átomos estejam deslocados de suas posições
usuais será necessária maior tensão para força a passagem da discordância por essa região
com elevada energia local, portanto esse material será mais resistente.

▫ Os Defeitos: DISCORDÂNCIAS, PONTUAIS, CONTORNO DE GRÃO, atuam como barreiras


para as discordâncias.
▫ Pode se controlar a resistência mecânica de um material metálico mediante controle do nº e
do tipo de imperfeição.

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DEFEITOS IMPORTÂNCIA
• São 3 os mecanismos comuns de endurecimento:
• POR DEFORMAÇÃO (encruamento): a aplicação de tensão mecânica a
um material cria novas discordâncias.
▫ RECOZIMENTO: aquecimento por longo tempo que pode reduzir a densidade
das discordâncias, é empregado para aumentar a ductilidade dos mat. Metálicos.
▫ O controle da densidade das discordâncias é importante par ao controle da
resistência e ductilidade de metais e ligas. Os planos onde as discordâncias se
movimentam são normalmente aqueles de maior densidade atômica.

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DEFEITOS IMPORTÂNCIA
• POR SOLUÇÃO SÓLIDA: uma solução sólida é formada quando átomos
ou íons de um elemento químico ou composto são completamente
solubilizados pela estrutura cristalina da matriz. Ao inserir
intencionalmente átomos substitucionais ou intersticiais ocorre o
endurecimento por solução sólida.
▫ Ex.: Sal , açúcar ou álcool na água. Aço x carbono

Água Álcool
Solução Líquida
Mistura a nível molecular
= Solvente
= Soluto

• PELO TAMANHO DO GRÃO:


↑ nº grãos ↓ tamanho do grão

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• CALLISTER JR.,W.D.; RETHWISCH, D.G.. CIÊNCIA E ENGENHARIA
DOS MATERIAIS – UMA INTRUDOÇÃO. 8ªEdição, Rio de Janeiro:
LTC, 2012.

• ASKELAND, D.R.; PHULÉ, P.P.. Ciência e Engenharia dos Materiais.


1ªEdição, São Paulo: Cengage Learning, 2011.

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