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proferickalves

Prof. Erick Alves


proferickalves

(61) 9 9322 8021

Revisão de véspera – TRF5


Princípios da Administração
Pública
Princípios Constitucionais Expressos
PRINCÍPIO EXPRESSO X PRINCÍPIO
IMPLÍCITO
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência
▪ Direta e indireta

▪ Todos os Poderes

▪ Todos os entes da Federação


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Direito Administrativo
Princípio do controle ou tutela

ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO
DIRETA INDIRETA
Assegurar o cumprimento de suas finalidades/
especialidades.

➢ Controle das atividades da Administração Indireta.


➢ Fazer com que elas cumpram as suas finalidades
➢ Controle finalístico
➢ Vinculação
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Direito Administrativo
Princípio da autotutela
Súmula 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
➢ Administração pode controlar seus próprios atos:
➢ Legalidade: ato de acordo com a lei
➢ Mérito: ato conveniente e oportuno
➢ Por provocação ou de ofício
➢ Atos que afetem interesses dos administrados: contraditório e ampla
defesa
➢ Outro sentido: zelar pelos bens que integram o seu patrimônio, sem
necessitar de título fornecido pelo Judiciário (adotar medidas de polícia)
Princípio da segurança jurídica
➢ Assegurar a estabilidade das relações jurídicas
➢ Direito adquirido, ato jurídico perfeito, coisa julgada, súmulas
vinculantes
➢ Vedação à aplicação retroativa de nova interpretação
➢ Prescrição e decadência
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.

➢ Preservação dos efeitos perante terceiros de boa-fé


➢ Mitiga a aplicação do princípio da legalidade
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Direito Administrativo
Organização da Administração
Pública
EP e SEM – Características gerais
▪ personalidade jurídica de direito privado;
▪ criação e extinção autorizadas por lei;
▪ sujeição ao controle estatal (supervisão ministerial, controle do
TCU, etc.);
▪ ausência de subordinação com o ente central
Características ▪ derrogação parcial do regime de direito privado por normas de
direito público;
▪ vinculação aos fins definidos na lei instituidora;
▪ desempenho de atividade de natureza econômica:
▪ prestação de serviços públicos
▪ exploração de atividade econômica Prof. Erick Alves
Direito Administrativo
EP e SEM – Diferenças

Empresa pública Sociedade de


economia mista
Forma Jurídica Qualquer forma Somente S.A.
admitida
Capital 100% público Público + Privado
Foro (âmbito federal) Justiça Federal Justiça Estadual

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Direito Administrativo
(FCC – DPE-RS 2017) Uma empresa pública é proprietária de dois galpões onde armazenava o
maquinário utilizado nas obras que realizava. Esse maquinário, com o passar do tempo, foi substituído
por itens mais modernos, de forma que a empresa se desfez desses bens. Os galpões, dessa forma,
ficaram vazios, o que levou a direção da empresa a decidir alienar os imóveis para investimento do
capital. Enquanto tramitava o processo interno para autorização da alienação, os referidos bens foram
penhorados em ações judiciais que tramitavam para recebimento de dívidas não pagas. A empresa
a) pode impor ao juízo a impenhorabilidade de seus bens, tendo em vista que se trata de empresa
pública integrante da Administração direta e, como tal, prestante ao desempenho de serviços públicos.
b) pode prosseguir com o processo de autorização da alienação, tendo em vista que, em razão da
impenhorabilidade de seus bens, a penhora lavrada é nula e não produz efeitos.
c) não possui fundamento para alegar a impenhorabilidade de seus bens, em face de se tratar de
pessoa jurídica de direito privado e dos galpões estarem sem qualquer afetação à prestação de
serviços públicos.
d) tem personalidade jurídica de direito privado, mas seus bens sujeitam-se a regime jurídico de
direito público, como forma de tutelar o erário público, tendo em vista que o ente público criador da
empresa é seu acionista majoritário.
e) tem personalidade jurídica de direito público, mas seus bens sujeitam-se a regime jurídico híbrido,
de forma que são impenhoráveis quando afetados à prestação de serviços públicos ou a alguma outra
atividade de interesse público. .
Gabarito: alternativa “c” Prof. Erick Alves
Controle Externo
Poder de polícia
Poder de polícia
➢Podem ser cobradas taxas em razão do exercício do poder de polícia.

➢Constituição Federal:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos:
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados
ao contribuinte ou postos a sua disposição;
Poder de polícia
Originário • Administração Direta

• Administração Indireta -> somente


Delegado entidades de direito público

➢ Delegação a entidades da adm. indireta de direito privado: STF não


admite; STJ admite apenas consentimento e fiscalização.

➢ Não pode ser delegado a entidades privadas não integrantes da Adm.


Pública formal (exceto operacionalização de máquinas e equipamentos).
Atributos do poder de polícia

Autoexecutoriedad
Discricionariedade
e

Coercibilidade
(FCC – TRE/PR 2017) Para a consecução de seus atos a Administração pública pode lançar mão de
algumas prerrogativas diferenciadas em relação às atividades da iniciativa privada. Pode, inclusive,
atuar limitando o exercício de direitos individuais, desde que com a finalidade de atender o interesse
público. Essa atuação
a) contempla atos materiais concretos, tais como o cumprimento de medidas de apreensão de
mercadorias previstas em lei, como também pode abranger medidas preventivas, como fiscalização,
vistorias, dentre outras, nos termos da lei.
b) pode, inclusive, ser delegada a terceiros, sem restrições, desde que haja previsão legal e que o
delegatário edite e exerça todos os atos e medidas de polícia que a Administração adotaria.
c) denomina-se poder de polícia, de natureza discricionária, pois não seria possível prever as
hipóteses de situações em que uma atuação vinculada seria cabível, competindo, portanto, à
autoridade decidir a medida adequada a tomar.
d) abrange apenas medidas repressivas, taxativamente previstas em lei, como interdição de
estabelecimentos, embargos de obras, dentre outras, tendo em vista que a atuação preventiva se
insere no campo do poder normativo, não podendo se qualificar como atuação de polícia
administrativa.
e) possui atributos próprios, como a autoexecutoriedade, presente em todos os atos administrativos,
que permite à Administração executar seus próprios atos sem demandar decisão judicial. .
Gabarito: alternativa “a”
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Controle Externo
(FCC – TST 2017) Suponha que determinada entidade integrante da Administração federal
pretenda majorar os valores cobrados dos cidadãos para o licenciamento ambiental de
empreendimentos, cuja análise e concessão encontram-se em sua esfera de competência
legal. A atuação da referida entidade corresponde à expressão de
(A) poder regulamentar, passível de cobrança por preço público que reflita os custos
efetivamente incorridos.
(B) poder normativo, dependendo a majoração da edição de decreto do Chefe do Executivo.
(C) discricionariedade administrativa, representada por ato da autoridade competente,
mediante resolução.
(D) regulação da atividade econômica, própria de agências reguladoras, que atuam
mediante decisões fundadas na discricionariedade técnica.
(E) poder de polícia, custeado mediante cobrança de taxa instituída, obrigatoriamente, por
lei.
Gabarito: alternativa “e”

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Controle Externo
Processo Administrativo
Princípios do processo administrativo
➢ Oficialidade: instauração e impulsão de ofício do processo administrativo, sem
prejuízo da atuação dos interessados.
➢ Informalismo: adoção de formas simples, não rígidas, suficientes para dar
segurança aos administrados.
➢ Instrumentalidade das formas: possibilidade de aproveitamento dos atos
processuais que tenham cumprido sua finalidade, ainda que com algum vício
de forma.
➢ Verdade material: busca pela realidade dos fatos, além do que está nos autos;
permite a produção de provas pela própria Administração.
➢ Gratuidade: proíbe a cobrança de despesas processuais.
Trâmite processual
▪ Início do processo -> de ofício ou a pedido (de regra, por escrito, salvo quando
admitida solicitação oral).
▪ É vedada a recusa imotivada de recebimento de documentos. O servidor
deve orientar o interessado.
▪ Vários interessados com pedido idêntico podem formular um único
requerimento.
▪ Inexistindo competência legal específica, o processo deverá ser iniciado
perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir.
▪ Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente
adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado;
Trâmite processual
▪ Preferencialmente, os atos do processo deverão ser realizados em dias úteis,
na sede do órgão, mas podem também ser realizados em outro local, desde
que o interessado seja cientificado.
▪ O desatendimento da intimação NÃO importa o reconhecimento da verdade
dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado; o direito de defesa será
garantido na sequência do processo.
▪ Terão tramitação preferencial as pessoas: com idade igual ou superior a 60
anos; portadoras de deficiência, física ou mental; portadoras de doença grave.
▪ O interessado poderá, por escrito, desistir total ou parcialmente do processo; a
Administração, contudo, poderá prosseguir com o feito, caso entenda que o
interesse público exige.
(FCC – TRT11 2017) Rúbia e Nefertite são partes interessadas em um mesmo processo
administrativo de âmbito federal. Em determinado momento, Rúbia formulou, por meio de
manifestação escrita, pedido de desistência total do pedido formulado. A propósito do tema
e, nos termos do que preceitua a Lei no 9.784/1999, é correto afirmar que
a) o processo administrativo será obrigatoriamente extinto.
b) a desistência atingirá somente Rúbia.
c) a desistência de Rúbia também poderia ser feita verbalmente, haja vista a
informalidade que vigora no processo administrativo.
d) a desistência não pode ser total, devendo ser parcial, vez que apenas a Administração
pública tem o poder de extinguir integralmente o feito.
e) a desistência de Rúbia somente será admissível se decorrer de fatos supervenientes, isto
é, que surgiram após a instauração do processo administrativo.
Gabarito: alternativa “b”

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Controle Externo
Atos Administrativos
Atributos dos atos administrativos

Presunção de legitimidade e de
P
veracidade*
AAutoexecutoriedade

TTipicidade*

I Imperatividade
Presunção de legitimidade e de veracidade
➢ Legitimidade: atos presumem-se lícitos
➢Veracidade: fatos alegados presumem-se verdadeiros
➢ Consequência: atos produzem efeitos IMEDIATAMENTE, ainda que
viciados
➢ Presente em TODOS os atos estatais
➢Presunção relativa (juris tantum) – admite prova em contrário
➢Inversão do ônus da prova
Imperatividade
➢ Atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de
concordância
➢ Princípio da supremacia do interesse público
➢ NÃO está presente em todos os atos administrativos

IMPERATIVIDADE

ESTÁ PRESENTE NÃO ESTÁ PRESENTE

Atos que impõem ▪ Atos enunciativos (certidões, atestados,


OBRIGAÇÕES e pereceres, etc.)
RESTRIÇÕES ▪ Atos negociais (autorização, permissão)
▪ Atos que conferem direitos
Autoexecutoriedade
➢ Prerrogativa para executar DIRETA e IMEDIATAMENTE determinados
atos administrativos, sem precisar de ordem ou autorização judicial
➢Uso da força / meios diretos de coação – EXECUTAR o ato!
➢Normalmente está presente no exercício do poder de polícia.

AUTOEXECUTORIEDADE

ESTÁ PRESENTE NÃO ESTÁ PRESENTE

▪ Quando expressamente prevista em ▪ Atos contra o patrimônio


lei; financeiro do particular

(ex.: multas; pgmto do
▪ Medidas urgentes, que possam
servidor)
causar prejuízos se ñ adotadas
imediatamente. ▪ Demais atos
Tipicidade
➢ O ato administrativo deve corresponder a figuras definidas
previamente pela LEI como aptas a produzir determinados
resultados
➢ Decorrência do princípio da legalidade
➢Atos administrativos não podem ser INOMINADOS
➢ Impede a prática de atos TOTALMENTE DISCRICIONÁRIOS

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Direito Administrativo
(FCC – TST 2017) Um determinado procedimento licitatório transcorria em um município
com vistas à contratação de serviços de agrimensura para imóveis rurais de titularidade
daquele ente. Um dos licitantes foi desclassificado, tendo o procedimento prosseguido.
Considerando que a desclassificação tenha se dado em desacordo com os requisitos do
edital, os atos administrativos posteriormente praticados são
(A) imperfeitos, inválidos e ineficazes, porque o ato ilegal anterior, independentemente de
invalidação expressa, viciou os atos de homologação e adjudicação automaticamente.
(B) perfeitos, válidos e eficazes, até que o ato de desclassificação seja anulado, o que
acarreta a anulação dos atos posteriores.
(C) perfeitos, válidos e ineficazes, pois os atos posteriores, inclusive de homologação da
licitação e adjudicação do objeto ao vencedor só surtiriam efeitos após a celebração do
contrato.
(D) imperfeitos, válidos e eficazes, pois embora formalmente contenham vícios de
legalidade, produzem efeitos até que formalmente invalidados.
(E) imperfeitos, inválidos e eficazes, pois o ciclo de formação dos mesmos não observou as
disposições legais pertinentes, mas produzem efeitos até o ato de desclassificação ser
revogado.
Gabarito: alternativa “b” Prof. Erick Alves
Controle Externo
Limitações ao poder de revogar
❖ Atos viciados (ilegais)
❖ Atos consumados – já exauriram os seus efeitos
❖ Atos vinculados
❖ Atos que geraram direito adquirido
❖ Atos que integram um procedimento após a prática do ato
seguinte (preclusão administrativa)
❖ Quando exaurir a competência em relação ao objeto
❖ Atos de conteúdo declaratório (meros atos administrativos):
certidões, atestados, pareceres
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Alves
Direito
DireitoAdministrativo
Administrativo
Requisitos para a CONVALIDAÇÃO
❖ Não gerar lesão ao interesse público
❖ Não gerar prejuízo a terceiros
❖ Tratar-se de vício sanável:
❖ Vício de COMPETÊNCIA em relação à pessoa (não pode sobre a
matéria e competência exclusiva)
❖ Vício de FORMA (desde que não seja essencial)

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Direito Administrativo
Limitações ao poder de convalidar
❖ Não pode convalidar se houve:
❖ impugnação do interessado, expressamente ou por resistência
quanto ao cumprimento dos efeitos;
❖ decurso do tempo, com a ocorrência da prescrição.

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Direito Administrativo
Acumulação de cargos públicos
Acumulação de cargos na ativa
CF, art. 37, XVI: é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, EXCETO, quando houver compatibilidade de horários,
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI [teto
constitucional]:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo poder público;
Acumulação de cargos remunerados na ativa:
VEDADA
Abrange todas as esferas de governo, todos os Poderes e
toda a Administração Pública, direta e indireta, incluindo
cargos em comissão.

• Dois cargos de professor;


Deve haver
• Um cargo de professor
Exceçõe com outro técnico ou Compatibilidade
de horários
s científico; ou
• Dois cargos ou empregos Respeito ao teto
na área de saúde. remuneratório
Acumulação de cargos na ativa
➢ A proibição incide apenas sobre cargos remunerados.
➢As exceções se referem à acumulação de dois cargos; não é
possível acumular três ou mais.
➢ O teto remuneratório deve ser observado em cada cargo.
➢ Cargo técnico ou científico: cargo que exige conhecimento
técnico de alguma área do saber, de nível médio ou superior.
✓ Não pode desempenhar atividades meramente administrativas,
burocráticas.
➢ Profissionais de saúde: profissões regulamentadas (ex: médicos,
dentistas, nutricionistas, enfermeiros, assistentes sociais, dentre
outras).
(FCC – TST 2017) Rúbia e Nefertite são partes interessadas em um mesmo processo
administrativo de âmbito federal. Em determinado momento, Rúbia formulou, por meio de
manifestação escrita, pedido de desistência total do pedido formulado. A propósito do tema
e, nos termos do que preceitua a Lei no 9.784/1999, é correto afirmar que
a) o processo administrativo será obrigatoriamente extinto.
b) a desistência atingirá somente Rúbia.
c) a desistência de Rúbia também poderia ser feita verbalmente, haja vista a
informalidade que vigora no processo administrativo.
d) a desistência não pode ser total, devendo ser parcial, vez que apenas a Administração
pública tem o poder de extinguir integralmente o feito.
e) a desistência de Rúbia somente será admissível se decorrer de fatos supervenientes, isto
é, que surgiram após a instauração do processo administrativo.
Gabarito: alternativa “b”

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Controle Externo
Até sábado!
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Revisão de véspera – TRF5


Contratos Administrativos
(FCC – TST 2017) Suponha que, em procedimento ordinário de fiscalização de determinado
órgão público, o Tribunal de Contas da União tenha identificado a aquisição de insumos sem
a formalização mediante o correspondente termo de contrato administrativo. Considerando
as disposições aplicáveis da Lei no 8.666/93, a situação narrada
(A) afigura-se irregular, salvo para as aquisições efetuadas com dispensa ou inexigibilidade
de licitação.
(B) poderá não refletir irregularidade, se as aquisições forem de até R$ 4.000,00, de pronto
pagamento, efetuadas mediante regime de adiantamento.
(C) não comporta qualquer irregularidade, eis que o termo de contrato é exigido apenas
para contratação de obras e serviços.
(D) somente será regular se as aquisições tiverem ocorrido mediante pregão ou pelo sistema
de registro de preços.
(E) refletirá irregularidade, somente se identificada irregularidade no correspondente
procedimento de aquisição.
Gabarito: alternativa “b”

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Controle Externo
Duração dos contratos
➢ O prazo dos contratos não pode ser indeterminado.
➢ Regra: prazo restrito à vigência dos créditos orçamentários.
➢ Exceções (art. 57):
✓ Projetos incluídos no PPA -> máximo de 4 anos
✓ Serviços de execução continuada -> até 60 meses e excepcionalmente
por mais 12 meses
✓ Aluguel equipamentos e programas informática -> até 48 meses
✓ Segurança nacional e inovação tecnológica -> até 120 meses
Lei 8.112/90
Da data em que o fato tornou-se
conhecido
Demissão
5 anos Cassação aposentadoria / disponibilidade

Destituição cargo em comissão

Prescrição ação
2 anos Suspensão
disciplinar
180 dias Advertência

Do prazo da Infrações também capituladas como


lei penal crime

Interrupção ▪ Sindicância
▪ PAD
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Direito Administrativo
Revisão do processo (arts. 174 a 182)
❖ Não é instância recursal; ocorre em apenso ao processo originário
❖ Decorre da existência de “fatos novos”, que justifiquem:
▪ a inocência do punido; ou
▪ a inadequação da penalidade aplicada.
❖ Não cabe simples alegação de injustiça
❖ Realizada a qualquer tempo
❖ Ônus da prova do requerente
❖ Comissão: 60 dias para conclusão; prazo de julgamento: 20 dias
❖ Julgamento a cargo da autoridade que aplicou a penalidade
❖ Não poderá agravar a penalidade (vedada a reformatio in pejus)
Formas de provimento (art. 8º)
Originário Nomeação

Proviment Vertical Promoção


o
Derivado Horizontal Readaptação

Reversão
Aproveitament
Por reingresso o
Reintegração
Recondução
Licença p/ tratar de interesses particulares (art. 91)
➢ Concedida para o servidor cuidar de assuntos particulares.
➢ Ato discricionário.
➢ Prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.
➢ NÃO pode ser concedida para o servidor que esteja em estágio
probatório.
➢ A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido
do servidor ou no interesse do serviço.
➢ A licença suspende o vínculo do servidor com a Administração
Licença para o desempenho de mandato classista (art. 92)
➢ Concedida para o servidor desempenhar mandato em entidade de classe
ou para participar de gerência ou administração em sociedade
cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a
seus membros.
➢ Terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de
reeleição.
➢ NÃO pode ser concedida para o servidor que esteja em estágio
probatório.
➢ Servidores/associados: 2 (até 5000); 5 (de 5001 a 30.000); e 8 (+30.000).
Afastamento para servir a outro órgão ou entidade (art. 93)

➢Exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da


União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos
Municípios.
➢Cargo em comissão ou função de confiança, dentre outros
casos previstos em leis específicas.
➢Também inclui exercício em serviço social autônomo
instituído pela União
➢A remuneração será paga pelo órgão ou entidade
cessionária (que recebeu o servidor).
Afastamento para exercício de mandato eletivo (art. 94)
➢ Concedido ao servidor investido em mandato eletivo federal,
estadual ou distrital.
➢ Prefeito: será afastado do cargo; pode optar pela sua remuneração.
➢ Vereador:
✓ Se houver compatibilidade de horário: receberá a remuneração do
cargo e do mandato eletivo (cumulativamente);
✓ Se não houver compatibilidade de horário: será afastado do cargo,
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
➢ Demais casos: será afastado do cargo e receberá a remuneração do
cargo eletivo, apenas.
Afastamento para estudo ou missão no exterior (art. 95 a 96)
➢ Período de até 4 anos.
➢Depende de autorização do PR, do Presidente dos órgãos do
Poder Legislativo e do Presidente do STF, dependendo de a
qual Poder o cargo do servidor está vinculado.
➢A forma de remuneração do servidor será definida em
regulamento.
➢ O afastamento de serv idor para serv ir em organismo
internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-
se-á com perda total da remuneração.
Lei 8.429/92
Sujeito ativo do ato (art. 2º)
➢Agente público
Agente público é todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades públicas.
(Lei 8.429/1992, art. 2º)

➢Agentes políticos, agentes administrativos (servidores


públicos, empregados públicos, agentes temporários),
particulares em colaboração com o Poder Público.
Sujeito ativo do ato (art. 3º)
➢Terceiros (não agentes públicos)
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que
couber, àquele que, mesmo não sendo agente público,
INDUZA ou CONCORRA para a prática do ato de improbidade
ou dele SE BENEFICIE sob qualquer forma direta ou indireta.
➢Pessoa física ou jurídica que:
➢Induz
➢Concorre
➢Beneficia-se do ato de improbidade Prof. Erick Alves
Direito Administrativo
Sanções
Enriquecimento Prejuízo ao Benefício ISS
  Lesão a princípios
ilícito erário indevido
Ressarcimento ao
Aplicável Aplicável - Aplicável
erário
Perda da função
Aplicável Aplicável Aplicável Aplicável
pública
Suspensão dos direitos
De 8 a 10 anos De 5 a 8 anos De 5 a 8 anos De 3 a 5 anos
políticos
Perda dos bens Pode ser
Deve ser aplicada - -
acrescidos ilicitamente aplicada
Até 100x o valor da
Até 3x o valor do
Até 2x o valor Até 3x o valor do remuneração
Multa civil acréscimo
do dano benefício recebida pelo
patrimonial
agente

Proibição de contratar
Por 10 anos Por 5 anos - Por 3 anos
com o Poder Público
(FCC – TST 2017) A imputação por ato de improbidade pela autoridade responsável pelo
inquérito pode incluir, nas hipóteses de enriquecimento ilícito ou prejuízo ao erário,
(A) proposta de integral ressarcimento dos danos, desde que a caracterização do ato de
improbidade tenha se dado mediante conduta dolosa.
(B) requerimento para imediata indisponibilidade dos bens do agente público ao qual foi
imputada sanção de improbidade, a fim de que possa haver a necessária indenização nos
casos de ato de improbidade em quaisquer de suas modalidades.
(C) proposta de cumulação com sanções de outra natureza, com exceção de condenações
criminais, cuja natureza se assemelha à da improbidade, impedindo dupla imputação.
(D) solicitação de indisponibilidade de bens do indiciado ao Ministério Público, para garantir
que seja possível a recomposição do patrimônio público ou a restituição dos valores
percebidos a título de enriquecimento ilícito, em havendo condenação.
(E) proposta de, em se convolando em condenação, integral recomposição do patrimônio
público, transferindo-se aos herdeiros a indenização cabível em razão dos danos causados.
Gabarito: alternativa “d”

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Controle Externo
Lei 8.666/93
Resumo das contratações diretas

Inexigibilidade Dispensável Dispensada


Inviabilidade de Poderá licitar ou Não poderá
Característica competição dispensar licitar
s (impossibilidade de (discricionário) (vinculado)
licitar) Aquisições (regra). Alienações.

Hipóteses Lista exemplificativa
 Lista exaustiva
 Lista exaustiva


legais (art. 25) (art. 24) (art. 17)

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Direito Administrativo
Formalidades (art. 26)
Os processos de dispensa e inexigibilidade devem ser instruídos, no
que couber:
➢ JUSTIFICATIVA da não realização da licitação;
➢ caracterização da situação emergencial ou calamitosa que
justifique a dispensa, quando for o caso;
➢ razão da escolha do fornecedor ou executante;
➢ justificativa do preço;
➢ documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os
bens serão alocados.
Prof. Erick Alves
Direito Administrativo
Anulação
➢Razões de ILEGALIDADE.
➢Pode ocorrer após a assinatura do contrato (gera a
nulidade do contrato).
➢Deve ser precedida do contraditório e da ampla defesa.
➢É possível anular todo o procedimento ou apenas
determinado ato, com a consequente nulidade dos atos
posteriores.
➢Não garante indenização ao contratado, exceto pelo que
já tiver executado e outros prejuízos comprovados (se a
empresa for culpada, não precisa indenizar).
Prof. Erick Alves
Direito Administrativo
Revogação
➢Juízo de conveniência e oportunidade em duas
hipóteses:
✓ fato superveniente devidamente comprovado; ou
✓ adjudicatário não comparece para assinar o contrato.
➢Não pode ser feita após a assinatura do contrato.
➢Contraditório e ampla defesa só são necessários após a
homologação e a adjudicação (jurisprudência).
➢A revogação é sempre total, de todo o procedimento,
jamais parcial.
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Direito Administrativo
(FCC – TST 2017) Suponha que um órgão integrante da Administração direta tenha
instaurado um procedimento licitatório para a reforma e modernização de seu edifício sede.
Ocorre que, no curso do certame, sobreveio decisão governamental de realocação de
diversos órgãos no referido edifício, o que demandaria total alteração do layout e a
construção de mais um andar de garagem subterrânea. De acordo com as disposições da Lei
no 8.666/93, o órgão responsável pela licitação em curso
(A) deverá anular o certame, por perda de objeto, sendo vedada qualquer alteração do
objeto após a fase de habilitação.
(B) está obrigado a concluir o certame, mantida a vinculação ao instrumento convocatório,
porém não deverá adjudicar o objeto ao vencedor.
(C) poderá alterar o objeto da licitação, em razão de fatores supervenientes e para
atingimento do interesse público pertinente e suficiente para justificar tal conduta.
(D) somente poderá incluir as novas obras no objeto do certame se ainda não apresentadas
as propostas econômicas, mantida a data da sessão de julgamento.
(E) poderá revogar o certame, por despacho motivado, comprovada a superveniência de
razões de interesse público.
Gabarito: alternativa “e”
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Controle Externo
(FCC – TRE/PR 2017) Finda a fase de classificação de propostas econômicas numa licitação para
contratação de serviços de pavimentação de vias, à qual compareceram 7 proponentes, foram
desclassificados 04 deles, sob o fundamento de inexequibilidade. Constatou-se, durante a fase de
habilitação, que o fundamento da decisão que desclassificou os proponentes não partiu de premissas
técnicas corretas, razão pela qual não procedia a conclusão. Nesse caso,
a) a superação da fase de classificação das propostas econômicas não permite a retificação e repetição
de atos, impondo-se a anulação do certame, e, se assim pretender a Administração pública, a publicação
de novo edital, preferencialmente com regras mais claras sobre os critérios de análise da exequibilidade
das propostas.
b) a Administração pública pode reincluir os proponentes desclassificados na fase de habilitação,
independentemente da natureza e do acerto da decisão que os excluiu, tendo em vista que esse exame se
insere no juízo discricionário do administrador.
c) considerando a irregularidade do ato que desclassificou as propostas, é possível anular esse ato, a
partir de quando deverá ser retomada a licitação, ficando prejudicados os atos posteriores que haviam
sido praticados, que terão que ser repetidos.
d) a licitação é nula, não podendo produzir qualquer efeito em decorrência dessa natureza, sendo
obrigatória a republicação do certame, restrito aos licitantes que participaram da licitação anulada.
e) em sendo comprovada a ocorrência de prejuízo ao interesse público, a licitação pode ser anulada,
determinando-se seu reinício, mas caso a hipótese não se configure, deve o certame prosseguir
regularmente com os licitantes classificados, em prol do interesse público.
Gabarito: alternativa “c” Prof. Erick Alves
Controle Externo
Boa prova!
Prof. Erick Alves proferickalves

proferickalves

(61) 9 9322 8021

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