Histórico de Manaus
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Equipe Técnica
Celma de Souza Pinto (historiadora)
Fátima de Macedo Martins (arquiteta)
George Alex da Guia (arquiteto)
Maria Regina Weissheimer (arquiteta)
Créditos
Pesquisa Histórica e Textos | Celma de Souza Pinto e Fátima de Macedo Martins
Projeto Gráfico e Diagramação | Maria Regina Weissheimer e Tiago Bellon
Montagem | Tiago Bellon
Fotografias | Fátima de Macedo Martins, acervo do Centro Cultural dos Povos da Amazônia
e Superintendência Estadual do IPHAN do Amazonas
Realização
DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIO MATERIAL E FISCALIZAÇÃO - DEPAM/IPHAN
SBN - Quadra 2 - Ed. Central Brasília - 3º andar - CEP 70040-904 - Brasília/DF
Fone/FAX: 61 - 2024 6204/6205
depam@iphan.gov.br
www.iphan.gov.br
2
Tombamento do Centro
Histórico de Manaus
Dossiê
Sumário
Apresentação..................................................................................................................................
Introdução..........................................................................................................................................
A Região Norte...............................................................................................................................
Aspectos Históricos.................................................................................................................................................
A Construção da Periferia..........................................................................................................................................
As Capitais do Norte...............................................................................................................................
O Rio Negro............................................................................................................................................
Relação Edifício/Rua........................................................................................................................................
Sistema Estrutural.............................................................................................................................................
Ornamentação...................................................................................................................................................
Proposta de Tombamento.............................................................................................
Conclusão.......................................................................................................................
Manaus Século 21...................................................................................................................................
Bibliografia.....................................................................................................................
Anexos
Anexo I...........................................................................................................................
Anexo II...........................................................................................................................
Legislação
Apresentação
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
8
Apresentação
9
Introdução
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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Introdução
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A Região Norte
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Mapa do Estado do Amazonas
Fonte: IBGE - http://www.ibge.gov.br/7a12/mapas/ufs/amazonas.pdf
Acessado em agosto de 2010
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(
È
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A Região Norte
As vilas criadas no século XVIII estavam localizadas em pontos estratégicos, às margens do rio Amazonas ou na foz de seus principais afluentes,
e tinham como função a defesa, cobrança e controle de tributos, entreposto comercial de produtos extrativos e agrícolas, base para o preiamento
de índios, sede do poder temporal além de representação do Estado e do poder espiritual por meio das missões religiosas.
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A Região Norte
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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A Região Norte
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
6 Em Belém, perto da foz do Amazonas, atraiu a atenção das autoridades coloniais por-
tuguesas outro tipo de borracha, chamada “seringa” em referência a uma de suas principais
aplicações. Por volta de 1750, botas do exército, mochilas e outros artigos às vezes eram
mandados de Lisboa para Belém a fim de serem impermeabilizados.(...). em 1800, comer-
ciantes da Nova Inglaterra começaram a encomendar de Belém sapatos feitos de seringa.
Em 1939 Belém já exportava 450.000 pares in DEAN, Warren. A luta pela borracha no Brasil.
São Paulo: Nobel, 1989, p. 32.
7 Os índios do novo mundo sabiam extrair a borracha de pelo menos oito das muitas espécies
tropicais nas quais se encontra um fluido leitoso chamado látex, que corre por vasos especiais situ-
ados na parte interna da casca, provavelmente como defesa contra insetos. (DEAN, 1989, p. 30).
8 Nome científico dado à seringueira brasileira pelo diretor do Jardim Botânico de Berlim,
em 1811. Além da Hevea, outras espécies podiam ser encontradas na Amazônia, como a
seringa Itaúba e a seringa Chicote.
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A Região Norte
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9 Com essa técnica rudimentar cada seringueira produzia em média 80 a 200 quilos de látex,
por ano.
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A Região Norte
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11 Em 1911, foi realizado no Rio de Janeiro o Congresso da Borracha, onde foi apresentado o
Plano de Defesa da Borracha, que determinava a criação de estações experimentais para o cultivo
da seringueira extrapolando os limites da Amazônia e privilegiando outros estados (Mato Grosso,
Maranhão, Piauí e Bahia). O PDB não deu certo e o Amazonas entrou em depressão econômica.
12 Em 1915, em Gavião Peixoto, no estado de São Paulo, um seringal foi iniciado com sementes
enviadas do Mato Grosso pelo Marechal Rondon.
13 Henry Ford construiu no Estado do Pará, em 1928, a cidade de Fordlândia, e, em 1934,
Belterra. Fordlândia teve entre 2.200 a 2.500 trabalhadores, com toda a infra-estrutura necessária.
Era a melhor cidade da região. Em 1941, 70% das árvores foram afetadas por um fungo que
destruiu as ambições de Ford no Brasil.
14 Segundo o economista João Frederico Normano, há quem diga que a borracha fosse o pro-
duto bélico mais importante do grupo dos não minerais. Nos anos 40 existiam 40.000 aplicações
para ela. Sem a borracha, na época, a eletricidade não estaria difundida, bem como bicicletas e
automóveis, in NORMANO, João Frederico. Evolução econômica do Brasil. São Paulo. Companhia
Editora Nacional, 1939, p. 35.
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A Região Norte
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Aspectos Histórico do
Desenvolvimento Urbano
de Manaus
A Construção da Periferia
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Mapa da divisão geográfica de Manaus
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Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
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Aspectos Históricos
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Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
2 Aziz Nacib Ab’Saber apud REZENDE, Tadeu Valdir Freitas de. A conquista e a ocupação
da Amazônia brasileira no período colonial: a definição de fronteiras, São Paulo, 2006, p. 156.
3 O Tratado de Madrid de 1750, estabeleceu as fronteiras entre as colônias portuguesas e
espanholas na América do Sul.
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Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
Igarapé do Espírito Santo, xilogravura desenho de Franz Keller, gravado por A. Closs, s/d.
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Vista parcial da Cidade da Barra do rio Negro a partir do Largo dos Remédios, s/d.
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Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
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Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
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Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
O Modelo Europeu de
Desenvolvimento Urbano
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Avenida Eduardo Ribeiro, no início do século XX.
Fonte: Jornal A Crítica.
(...) estava alinhada com o pensamento progressista dos republicanos, que representavam
uma emergente classe social que tinha como proposta urbana criar áreas diferenciadas para
seu próprio usufruto: boulevards abrigando o comércio de luxo, com suas vitrines expondo
a última moda em Paris, casas de chá, livrarias, assim como através da criação de praças
com seus jardins à inglesa, seus coretos e quiosques favorecendo o footing e o lazer, numa
clara política de estetização do espaço público, apoiada por uma legislação segregadora de
usos (SIMÕES Jr., 2007).
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Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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Teatro Amazonas, início do século XX.
Fonte: Jornal A Crítica.
Ajardinamento de praças, início
do século XX.
Fonte: Jornal A Crítica.
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Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
Espaço Urbano
Quando se conta, aos que não sabem as belezas de Manaus, todo o seu progresso,
todo o seu maravilhoso poder de sedução, parece que o que se diz é uma nova lenda
da terra encantada, a maior de todas as lendas (...) uma cidade inacreditável
de contos de fadas. (...) parece tudo uma alucinação imensa, um delírio insano,
a ânsia de erguer nas selvas, para os gnomos e duendes, uma cidade cheia de
avenidas e de palácios... Uma cidade incrível que parece um sonho, cidade que é
enlevo dos que vivem em seu conforto e a imensa saudade dos que já viveram no
seu coração fascinante e meigo.6
6 “Manaus a cidade incrível”, Revista Amazônica, n. 44, julho de 1930 apud DIAS, 1999,
p. 27.
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
A Construção da Periferia
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Periferia de Manaus, s/d.
Fonte: IBGE.
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
7 COSTA, Francisca Deusa Sena da. Quando viver ameaça a ordem urbana. Trabalhadores
urbanos em Manaus (1890/1915), p. 122 in FENELON, Déa Ribeiro (org.). Cidades. São
Paulo: Editora Olho D’água. Programa de Pesquisa Pós-graduados em História, série Pes-
quisa em História, 1999.
8 Os bondes têm uma importância para a compreensão do aspecto de expansão urbana
porque a iconografia cartográfica representou como cidade apenas o que as leis municipais
definiam como perímetro urbano marcado pelos bondes.
60
Aspectos Históricos do Desenvolvimento Urbano de Manaus
Dr. Almínio, 123, Lima Bacury, 323, Ramalho Júnior, 207, Andradas,
296, Mundurucus, 335, Visconde de Porto alegre, 125, Guilherme
Moreira, 70, Remédios (rua), 747, Remédios (praça), 158, Leovegildo
Coelho, 190, José Paranaguá, 401, Marcílio Dias, 272, Constituição,
52, Demétrio Ribeiro, 119, Barés, 176, Constantino Nery, 32, Beco da
Cadeia, 8, Tenreiro Aranha, 72, Quintino Bocaiúva, 395, Dr. Moreira,
379, Cândido Mariano, 122, Bittencourt, 58, Beco do comércio, 24
e Isabel, 267.
HABITANTES/
ANOS
MANAUS
1872 29.334
1890 38.720
1900 50.300
1920 75.704
9 Dado relativo a 1900 in COSTA, Francisca Deusa Sena da. Quando viver ameaça a ordem
urbana. Trabalhadores urbanos em Manaus (1890/1915), p. 104 in FENELON, Déa Ribeiro
(org.). Cidades. São Paulo: Editora Olho D’água. Programa de Pesquisa Pós-graduados em
História, série Pesquisa em História, 1999.
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Modos de Viver na
Belle Époque Manauara
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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Modos de Viver na Belle Époque Manauara
1 MOTA, João Nogueira da , “Flagrantes da Amazônia” Manaus, 1960, p.125 apud BURNS,
E. Bradford. Manaus, 1910 retrato de uma cidade em expansão (tradução Ruy Alencar). Manaus:
Separata do Jornal de Estudos Inter Americanos, Vol. VII. N. 3. Julho de 1965. Universidade
de Miami, Coral Gables, Florida, USA)., 1966).
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
66
Modos de Viver na Belle Époque Manauara
Entre 1890 e 1900 havia clube para tudo e para todos. Burns
lembra que, proporcionalmente, Manaus suplantava as outras maiores cidades
luso-brasileiras em capacidade de entretenimento. Com seus 50.000 habitantes
O cinema foi uma atividades de lazer na Manaus da contava com cinco “casas de diversão”, uma para cada 10.000 pessoas; o Rio
Belle Époque, início do século XX.
Fonte Jornal A Crítica. de Janeiro, com seus 800.000, tinha onze , uma para cada 73.000 pessoas.
(BURNS, 1966, p. 10).
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
“Á proporção que pessoas de todas as classes passeavam ociosamente pelas ruas e praças
trocando palavras amigáveis entre si, os restaurantes e cafés com calçadas à frente começavam
a ferver de gente. Trios, quartetos e quintetos davam os primeiros acordes nos principais
restaurantes, e o fim da tarde criava vida com melodias de Strauss, Schubert, Lehar, Puccini,
Wagner e Pacheco. Muitos deles se especializavam no chá das cinco horas. Pastelarias francesas
e alemãs eram oferecidas por outros. O café era consumido em toda parte”. (Burns, p. 12-13).
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Modos de Viver na Belle Époque Manauara
Manaus com cerveja XPTO, refrigerante e gelo, além de promover bailes para a alta
sociedade tornando-se importante referência da Manaus desse período.
Apesar do excelente sistema portuário, serviço de coleta e
disposição de lixo eficiente, eletricidade, serviços telefônicos, belos edifícios públicos,
residências confortáveis, que atestavam a modernização da cidade, Manaus não
deixou de ser a capital da floresta, com infestações de malária e de outras doenças
decorrentes da pobreza e da falta de saneamento adequado do seu entorno.
A década de 1910 marca internacionalmente o fim da Belle
Époque, e expressa a dissolução da organização econômica do início do século
XX, contexto que certamente incluía a Amazônia. Em 1910, o preço da borracha
atingiu seu ápice, iniciando, em seguida, um declínio irreversível que atingiu
definitivamente a cidade.
Enquanto os estados do sudeste e do sul buscavam novas
soluções econômicas, o Amazonas sonhava, sem sucesso, com a recuperação da
borracha, pois não conseguiu acompanhar as transformações do capital no cenário
internacional e interno. Sem uma burguesia industrial e financeira, com uma classe
média palperizada e o setor rural em processo de agonia econômica, o estado passa
por um longo período de estagnação econômica, que só será novamente dinamizada
com a criação da Zona Franca de Manaus, nos anos 70.
Citamos, abaixo, trechos das cartas do fotógrafo George Hubner,
ao amigo Kock-Grunberg, que retratam a situação dos moradores de Manaus após
a queda comercial da borracha. Hubner, de nacionalidade germânica, morou na
cidade por 40 anos.
“(...) hoje Manaus está deserta, mesmo sendo a época da colheita da castanha-do-pará, cujo
comércio atenua um pouco o prejuízo da borracha. Mas em maio as castanhas terão acabado
e só Deus sabe o que acontecerá então. Muitos comércios já fecharam e muitos outros deverão
fazer o mesmo dentro de pouco tempo. No interior, ao longo dos rios, a miséria gerou a
anarquia, os vapores e as lanchas que ali chegam são atacadas pela população faminta. Se
o governo federal não encontrar rapidamente meios de enfrentar uma tal calamidade , não
sabemos o que será do Estado do amazonas.”
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A Influência da Zona Franca
no Desenvolvimento de Manaus
1 Censos demográficos de 1972 a 2000, IBGE – Adaptado de Heyer (1998) apud SILVA NETO, 2001, p. 35.
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Mapa da evolução urbana de Manaus
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O Ecletismo e o
Desenvolvimento Urbano
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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O Ecletismo e o Desenvolvimento Urbano
5 Derenji, Arquitetura Nortista: a presença italiana no início do século XX, 1998, p.35
6 Governador do Estado do Amazonas entre 1892 e 1896, época de maior prosperidade econômica
do Estado. Foi responsável pelo início da reestruturação urbana de Manaus seguindo os princípios
aplicados pelo Engenheiro Hausmann em Paris. Fonte: Mesquita, 1999
7 Derenji, op.cit. p.109
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O Ecletismo e o Desenvolvimento Urbano
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Alfândega, junho de 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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O Ecletismo e o Desenvolvimento Urbano
O jardim público era o local de encontro das elites ou dos segmentos derivados, passarela da
demonstração, das vaidades expostas, das vestimentas equilibrando ou escamoteando classes
distintas – um espaço das trocas sociais legitimado pelos valores aceitos pelas sociedades
que constituíram tais recantos. A percepção, a apropriação e o usufruto de jardins públicos
tornam-se produtos de uma construção social.8
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Praça da Saudade.
Postal Antigo.
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O Ecletismo e o Desenvolvimento Urbano
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A Formação Urbana
de Manaus
As Capitais do Norte
O Rio Negro
SistemaEstrutural
Ornamentação
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Prédio do Banco Itaú, junho de 2008. Capela do Cemitério São João Batista, junho de 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan. Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
As Capitais do Norte
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Apresentação da ópera Turandot na lateral externa do Teatro Amazonas, Manaus, junho 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
O Rio Negro
98
Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
Encontro das águas do Rio Negro com o Rio Solimões, junho de99
2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
1
00
Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
1
02
Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
1
04
Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
Tipologia Arquitetônica
e Morfologia Urbana
R elação E difício /R ua
1
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
1
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
28 Castro, José Liberal in: Fabris, org. Ecletismo na Arquitetura Brasileira, 1987.
29 op. Cit.
Alfândega, junho de 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Sistema Estrutural
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
Cemitério São João Batista, junho de 2008. Fábrica de Cerveja, junho de 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan. Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
Reservatório do Mocó, junho de 2008. Alpendre de residência a Rua Ramos Ferreira, junho de 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan. Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
1
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
Ornamentação
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Detalhe de Conjunto escultórico da Praça São Sebastião, junho de 2008. Poste de luz no pátio da Alfândega,
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan. junho 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
1
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
Palácio Rio Negro, dezembro de 2008. Palácio Rio Negro, dezembro de 2008. Palácio Rio Negro, dezembro de 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan. Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan. Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
Igreja Matriz, junho de 2008. Igreja Matriz, junho de 2008. Palácio da Justiça, junho de 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan. Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan. Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
Praça Heliodoro Balbi, junho de 2008. Igreja São Sebastião, junho de 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan. Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
1
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Questões Acerca da
Ampliação da Área de
Preservação de Manaus
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
1
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Vista parcial do Teatro Amazonas, junho de 2008.
Fonte: Fátima Macedo/Acervo Iphan.
Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
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Questões Acerca da Ampliação da Área de Preservação de Manaus
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O mesmo Decreto, no artigo 2, estabelece que “o setor
de Unidades de Preservação fica constituído pelas edificações que possam
concorrer significativamente para preservar as tradições e a memória da
Cidade”. Basicamente, essa área hoje de interesse do município, do estado
e do IPHAN é a mesma que pode ser vista no mapa de 1893.
1
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Proposta de Tombamento
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Proposta de Tombamento
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Proposta de Tombamento
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Proposta de Tombamento
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Proposta de Tombamento
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Conclusão
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Manaus Século 21
1 Baudelaire.
1
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Conclusão
cidade que, unidos pelo fio da pesquisa histórica e da recuperação arquitetônica, promovam o
sentido e a relevância dos bens culturais, no caso selecionados para representar um universo
maior que foi a história de Manaus, resultado de um dos mais importantes ciclos econômicos
brasileiros do século 19, a borracha, expressa pelo Ecletismo e pelo urbanismo racionalista
de Hausmann.
A localização desses exemplares, em sua maior parte no núcleo colonial
e nos limites entre a Avenida Eduardo Ribeiro e a Rua Leonardo Malcher, permite ao
observador uma leitura da Manaus de outros tempos.
Desse modo, o que afinal se revelou com a pesquisa elaborada foi uma
cidade que, ainda que fragmentada, possui um vocabulário arquitetônico vasto e diversificado,
no qual todas as correntes ecléticas se encontram representadas. Um aspecto controverso
revelado na presente pesquisa é o fato de que a verticalização, apesar de já estar presente
na área de estudo, ainda não compromete completamente a percepção do espaço criado
na Belle époque.
Outro processo em curso, que corrobora no sentido da preservação do sítio
histórico de Manaus, é o investimento na realização de várias obras por iniciativa dos poderes
municipal, estadual e federal voltadas para a revitalização de edifícios e de áreas públicas.
A situação acima descrita é indicativa de que este é o momento para se
pensar a cidade de Manaus como um espaço urbano formado por monumentos, arquitetura
corrente, áreas livres públicas, enfim, um conjunto que celebra e representa o ecletismo no
norte do país e, portanto, requer que seja protegido.
Do ponto de vista dos ciclos econômicos que chegaram a alterar a
configuração das cidades, provocando afluxo de migrantes de todos os rincões da terra
que chegaram trazendo seus usos e costumes, Manaus, juntamente com Belém, são as mais
representativas cidades do ciclo da borracha no Norte do país.
Nessa amálgama de culturas, o nativo dispôs aos forasteiros seus
conhecimentos do rio e da floresta, compartilhou seus alimentos, aceitou sua influência,
mas, principalmente, compartilhou com esses suas ilusões sobre o Eldorado.
Numa passagem do Livro Órfãos do Eldorado, Hatoum2 se refere à questão
do mito:
Anos depois, ao ler os relatos de conquistadores e viajantes europeus sobre a Amazônia, percebi que o
mito do Eldorado era uma das versões ou variações possíveis da Cidade Encantada, que, na Amazônia,
é referida também como uma lenda. Mitos que fazem parte da cultura indo-européia, mas também da
ameríndia e de muitas outras. Porque os mitos, assim como as culturas, viajam e estão entrelaçados.
Pertencem à História e à memória coletiva.
Bibliografia
ARGAN, Giulio Carlo. Projeto e Destino. São Paulo: Ed. Ática, 2000.
DEAN, Warren. A luta pela borracha no Brasil. São Paulo: Nobel, 1989.
FABRIS, Anna Teresa, org. Ecletismo na Arquitetura Brasileira. São Paulo: Nobel,
Edusp, 1987.
FENELON, Déa Ribeiro (org.). Cidades. São Paulo: Editora Olho D’água.
Programa de Pesquisa Pós-graduados em História, série Pesquisa em His-
tória, 1999.
1
44
Bibliografia
SEGAWA, Hugo. Ao amor do Público Jardins no Brasil, São Paulo: Nobel, 1996.
SILVA, Geraldo Gomes da. Arquitetura do Ferro no Brasil. São Paulo: Editora
Nobel 1987.
1
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Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Bibliografia Eletrônica
1
46
Bibliografia
1
47
Tombamento Federal do Centro Histórico de Manaus
Ânfora. Vaso usado para guardar e, às vezes, servir vinho ou óleo. Forma
ovóide com pequeno pescoço tendo duas alças laterais. Pode ou não possuir
pés e quando não os possui é enterrada em areia ou fica sobre um tripé.
1
48
Glossário de Termos Empregados
B a l da q u i n o.
Espécie de cobertura sustentada por colunas, situada
sobre o altar-mor das igrejas.
Balaustrada. Conjunto de pequenas colunas de perfil sinuosos, obtidas por
torneado, colocadas enfileiradas e regularmente dispostas. Ela serve como
elemento decorativo ou funcional, no coroamento de edifícios ou como grades,
e guarda-corpo de balcões e escadas, constituindo a sustentação de corrimão.
Barroco. Termo inventado pelos historiadores do século XIX para o estilo
predominante no século XVII (de 1580 ao início do século XVIII), na Europa
ocidental, sendo essa expressão artística essencialmente extravagante e ornada
demais. De fato, o Barroco combina muitas coisas, como a revolta contra o
Maneirismo com seu intelectualismo, elitismo e frieza emocional, além do
desejo de servir ao impulso religioso da Contra Reforma. Caracteriza-se pela
criação de modelos religiosos que são acessíveis às massas e, também, pelo
interesse no movimento dinâmico e nos efeitos teatrais. As mais significativas
obras de arte produzidas no Barroco combinam a Arquitetura, a Escultura e a
Pintura para criar uma síntese que tem maior impacto que qualquer uma delas
tomada isoladamente. São os seguintes os aspectos fundamentais do estilo:
grandiosidade, dinâmica acentuada, luxo teatralidade e exagero decorativo. Essas
características aparecem em graus variados, de acordo com a região analisada.
Por exemplo, o Barroco italiano é muito mais exuberante que o Barroco sueco.
Belas-artes. Denominação associada às criações, principalmente como uma
expressão estética, para serem contempladas ou fruídas pelo seu próprio valor.
Elas também são conhecidas como Artes Maiores, aquelas criadas por artistas,
em contraste com as chamadas Artes Menores, elaboradas por artesãos apenas
habilidosos. Ao contrário das Artes Aplicadas, elas não são usadas como um
instrumento para qualquer função prática. Elas são constituídas pela Pintura,
o Desenho, a Escultura, a Gravura e a Arquitetura, embora a á ultima tenha
um aspecto funcional.
Belle époque. (bela época em francês) foi um período na história da Europa
que começou no final do século XIX (1871) e durou até a eclosão da Primeira
Guerra Mundial em 1914. A expressão também designa o clima intelectual
e artístico do período em questão. Foi uma época marcada por profundas
transformações culturais que se traduziram em novos modos de pensar e
viver o cotidiano. A Belle Époque foi considerada uma era de ouro da beleza,
inovação e paz entre os países europeus. Novas invenções tornavam a vida
mais fácil em todos os níveis sociais, e a cena cultural estava em efervescência:
cabarés, o cancan, e o cinema haviam nascido, e a arte tomava novas formas
com o Impressionismo e a Art Nouveau. A arte e a arquitetura inspiradas no
estilo dessa era, em outras nações, são chamadas algumas vezes de estilo “Belle
Époque”. (disponível em http://pt.wikipedia.org, acessado em 01/07/09).
Bossagem. Saliência, com feitio de almofada de superfície irregular, em relação
ao plano de uma parede. Pedra rústica e saliente em relação à argamassa de união.
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Fontes Consultadas
Fontes Consultadas
http://pt.wikipedia.org.
http://www.dicionariodoaurelio.com.
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Anexos
Anexo 1
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Anexos
Evolução da Legislação
de Proteção em Manaus
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