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? iy CINCO ANOS que abalaram o BRASIL MArio Victor, como jornalista, com- eendeu a enorme necessidade de in- 5 |B femecio que é uma das caracteristicas la fase que estamos vivendo, no Brasil. Procurou reunir, neste livro, tudo o que se relacionou com os grandes aconteci- entos politicos ocorridos no lustro ul- 0. Foram acontecimentos de relévo singular, entre os quais a renuncia de um Presidente da Republica e a depo sigéo de outro, no mesmo periodo presi- dencial. Tudo aquilo que se relaciona com a campanha para preenchimento da Presidéncia em tal periodo, e 0 que se relaciona com os meses de exercicio Janio Quadros, e 0 que se re- com a sua espetacular rentn- a crise que levou ao poder o _do Goulart, e o que se relaciona com a deposicao déste e o estabeleci- mento da ditadura, em nosso Pais, en- contra ampla informacao no livro. So por isso ja seria possivel avaliar a sua importancia. Ela cresce, entretanto, quando se verifica que o autor buscou trazer também testemunhos de varias 4reas, a respeito dos grandes aconteci- mentos, colocando-os lado a lado e per- mitindo, no plano politico, uma visao panoramica. Trata-se, pois, de uma espécie de fil- me documentario, para a montagem do qual o operador se colocasse em posi¢ao destacada, a fim de poder apanhar todo © cenério, sem intervir com as suas in- tencdes e com as suas _preferéncias. Como os acontecimentos foram relevan- tes, a narracio ganha teor fascinante, quase sempre, mas ésse interésse con— centrado surge dos proprics fatos e das personagens, e nao da idéia de quem Pprocurou apenas coordenar as cenas e dispé-las na ordem natural em que sur- giram e se encadearam. De todos os de- poimentos, Mario Victor fornece a fonte que utilizou, na maioria jornais, isto é, a descricio ainda quente, atualissima, Cinco Anos que Abalaram o Brasil (de Jénio Quadros ao Marechal Castelo Branco) COLECAO DOCUMENTOS DA HISTORIA CONTEMPORANEA volume 13 (de Jénio Quadros ao Marechal Castelo Branco) (Com introducdo, indices analitico e onomdstico, bibliografia e notas do Autor) EDITORA CIVILIZACAO BRASILEIRA S.A. RIO DE JANEIRO desenho de capa: EUGENIO HIRSCH (Foto da capa gentilmente cedida por Manchete) Exemplar Ni Lo 3 50 2 Direitos desta edigio reservados & EDITORA CIVILIZACAO -BRASILEIRA S.A. Rua 7 de Setembro, 97 RIO DE JANEIRO 1965 Impresso nos Estados Unidos do Brasil Printed in the United States of Brazil ah INDICE INTRODUCAG 1 LIVRO PRIMEIRO — A GRANDE TRANSFORMAGAO cAPITULO I — A CRISE DOS PARTIDOS 31 Politica e Subdesenvolvimento. 31 Janio, o Candidato ..... 34 Um_Adversar : 37 A Vice-Presidéncia | 42 A Convencio . 47 CAPITULO Il — A RENUNCIA 54 Um _ Homem Livre ... 54 A Volta 62 Eleicgéo 65 CAPITULO IIT — NO PALACIO DO PLANALTO 68 A Posse ..... 68 © Ministério ic Janio e a Imp) 14 CAPITULO Iv —- 0 comMfco DA DISCORDIA 80 O Discurso 2.2... eee ee eee ee eee vee 80 CAPITULO vV — DECRETOS QUE DESPERTARAM 0 PAis. 90 Moralizaciio do Servieo Pttblico . Contrabando . Combate ao Jégo Moralizacio da Familia ||! caPiTULO VI — A REFORMA CAMBIAL Instrugdio 204 A Reforma e o Povo Conseqiiéncias ..... CAPITULO VII — © ESTADO E 0 PODER ECONOMICO Um Subsidio oo. cece cece eee ee A Réplica CAPITULO VITI — INTEGRAGAO NACIONAL SENAM e Subgabinetes .. Reunides de Governadores CAPITULO IX — GOVERNO CONTRA CORRUPGAO Comissées de Inquéritos . Mar de Lama —1I..... A Carta de Joao Goulart ... Mar de Lama — If A Reacdo .. Os Militares CAPITULO X — GOVERNO E LIBERDADE Um Réu sem Defesa .. © Preco de uma Noticia - CAPITULO XI — GOVERNO E CONGRESSO © Poder de veto Oposicso . A Deeadéncia do Legislative . LIVRO SEGUNDO — A LUTA PELO PODER CAPITULO XII ~~ POLITICA EXTERNA Cuba e os Paises Socialistas Guerta Fria Brasil e Unido 110 110 115 lig 129 129 135, 139 139 143 153 156 158 163 168 172 180 180 189 198 198 210 217 231 231 245 256 Um Cavalheiro de Havana . OQ Ministro e a Camara . 262 CAPITULO XIII — 0 ROMPIMENTO 269 Os Dois Amigos cee seve 269 “Che” Guevara e a Gra-Cruz . 271 O Congresso e a Cri . 274 Um Presidente Tranc 281 caPiTULO XIV — A RENUNCIA 287 Democracia_e Comunismo Sete Anos Depois O Desfecho ..... 305 O Congresso e a Renuncia, 310 Uma Confissio 315 capiTULo xv — 0 PANICO 320 OQ Povo na Praca . 320 Govyérno Provis6: . 323 Presenca de Maquiave! 326 CAPITULO XVI — GOLPE 332 A Prisio do Marechal 332 As Armas Contra a Let 336 A Lei Contra as Armas 345, O Mundo e a Crise 348 A Partida ....--.. 350 cAP{TULO XVIT — CONTRAGOLPE 351 Levante no Sul 351 O. I Exército e um “General de Ferro” . 354 O Ill Exéreito e 0 Povo 358 Rumo ao Sul .......... 363, CAPITULO XVIII -~ ESTADO SEM LFI 366 Prisdes — Censura da Imprensa — I . Prisées — Censura da Imprensa — II, © Libelo A Traicao de um Jornalista . Um Governador em Nova Torque . Um Memorando CAPITULO XIX — GOVERNO DE GABINETE Emenda Constitucional O Grande Debate Parlamentarismo CAPITULO XX — PAZ NO PLANALTO Goulart na Presidéncia O Outre Soldado .... O Conselho de Ministros Ultima Palavra . Nos Caminhos da Gloria LIVRO III—O PODER caPiTULO XX1 — DE BRASILIA A MOSCOU O Reatamento CAPITULO XXII —- PARLAMENTARISMO EM ORISE A Derrota de San Tiago . Govérno e Sindicatos CAPITULO XXIII — O PRIMEIRO-MINISTRO E A DELEGAGAO DE PODERES Ascensiio Queda . capiTULO XXIV — A VOLTA DO PRESIDENCIALISMO - Esquerdistas e Comunistas . A Revolta dos Sargentos 419 41g 430 430 434 438, 438 441 446 446 451 capiTULO XXV — ESTADO DE SiTIO 455 Greves € Politica ..........ce sce ee eee eeepc eee 455 CAPETULO XVI — CONSERVADORES F RADICAIS 482 O Ministro e as Esquerdas .. 462 A supra e os Latifundidrios . 466 CAPITULO XXVII — 0 coMfcIO 472 O Dia “Doe e eee e cece e ere ee ene tenet e renee renee 472 CAPITULO XXVIII — DESINTEGRACKO NACIONAL 478 A Uniio Contra os Estados 478 Um Pronunciamento 485 Um Documento Secreto .... veeeerenees 488 CAPITULO XXIX — A SUBLEVACKO NA MARINHA 493 A Revolta dos Marinheiros 493 Anistia ... 497 Repercussao . 501 Ultimo Discurso - 505 O Espectro da Guerra Civil 509 caPITULO XXX — A REVOLUCAO 515 Minas Rebelado .. O Grande Dilema S40 Paulo Adere a Minas 524 Goulart Deposto 529 caPiTULO XXXI —— INTERREGNO 534 Mazzilli, 0 Sucessor 534 Goulart e a Imprensa Mundial . 937 Um Presidente Intrangiiilo .. 539 CAPITULO XXXII — ATO INSTITUCIONAL 542 A “Linha Dura” 542 “37" em 64 .. 545 O Expurgo |... 548 Os Governadores .. O Ministro e a Historia . caPiTULO XXXIII — A NOVA ORDEM Politica e Militarismo . Castelo na Presidéncia CAPITULO XXXIV — DE FRONDIZI A JK Juscelino, o Proserito Exilio Voluntario APENDICE A Prorrogacho 0.60. cece eve eevee eee ceeeseeec este eeenes ANEXO “Ato Institucional” 0000... 0... cese eee eeeeeeeeeece eee BIBLIOGRAFIA 2.02.00. see epee eae e eee eeeee fete eeee tenes 557 562 571 577 577 589 593 593 597 597 601 INTRODUCAO O escéndalo ndo é de dizer a verdade; é€ de nao dizé-la téda inteira, G. BERNANOS UANDO ME DECIDI a escrever um livro sébre a renun- a do Presidente Janio Quadros e a deposigio do Go- vérno Joao Goulart, tive como objetivos principais: 1) — dar ao leitor uma visdo global e realista das atividades daqueles governos nos planos econdémico, politico e social; 2) — facilitar-Ihe, assim, uma analise completa e objetiva dos acontecimentos politico-militares de “24 de Agésto” e “31 de Marco”, visto que se torna quase impossivel com- ‘preender, em suas origens, a deposigéo do Presidente Jodo Goulart sem o conhecimento do Govérno Janio Quadros. Entretanto, para proceder a analise, o leitor precisa- ria dos seguintes elementos: 1) — documentagio, a fim de racic inar diante de dados concretos; 2) — narrativa imparci:l. Entreguei-me, pois, a um longo, paciente e exaustivo trabalho de pesquisa, conseguindo para o leitor a mais ampla documentagao. Em seguida, pude descrever os Governos Janio Qua- dros e Jodo Goulart; o Congresso como intérprete da opi- nido publica; as classes conservadoras diante da proble- matica nacional; a participacgéo da direita e da esquerda na vida ptblica brasileira.* ‘ 1A designagio “direlta” ¢ “esquerda” parece vir da segunds tase da’ Revolugho Francesa (1792-1795). Na Convengio Nacional havia os giron- dinos (conservadores), que se sentayam & direlta e os jacobinos (sadiculs), 1 Para que o leitor tivesse uma documentagio impor- tante do ponto-de-vista histérico, mantive a mais rigorosa fidelidade aos textos originais, evitando, 4s vézes, inter- ferir na redacdo gramatical, a fim de conservar-lhes a for- ma e o estilo. Nos capitulos onde descrevo a atuagéo do Congresso, conservei o devido respeito aos dialogos entre os seus membros, e ainda transferi para o livro o ambiente pré- prio do Parlamento, com o calor e o pitoresco dos seus debates. Dos textos que representam alguma responsabilidade para os seus autores, perante a Histéria, tive também o cuidado de citar as fontes. Em virtude de o Govérno Joao Goulart ter desfrutado de um periodo mais longo do que o seu antecessor, pro- curei apresentar apenas os fatos mais importantes e que oferecem, portanto, subsidio para uma interpretagio so- ciologica. Quanto ao Govérno Janio Quadros, em 1962 eu ja ha- via escrito alguns capitulos sébre o assunto. Todavia, a contingéncia de ter que reescrevé-los para satisfazer ao interésse particular de algum publicista, levou-me a guar- da-los na gaveta até agora, quando tive a oportunidade de encontrar um editor corajoso, que resolveu publica-los como devem ser: auténticos. . Dizia Albert Camus” que “uma inteligéncia sem cara- ter” é “muito pior do que a infeliz imbecilidade.” Neste momento, em que todo brasileiro precisa conhecer de per- to os setis homens ptblicos, a fim de dar a sua contribuigdo para a nobre tarefa de soerguinento nacional, jamais eu desejaria representar aquela & © Globo (117-60). 66 Pronunciando-se sébre a oportunidade da candidatura de Milton Campos, Carlos Lacerda dizia que éle féra es- colhido, em virtude do “seu valor moral e intelectual com- provado, da sua modéstia e desambicdo, da fidelidade a causa democratica e da luta contra a corrupcio.” E lembrava: — Quando se pretendia suprimir a liberdade, cassan- do-me o mandato parlamentar, 14 estava ao nosso lado Milton Campos e nao os oportunistas nem os carreiristas. Por outro lado, Carlos Lacerda como que advertia sdbre 0 perigo da volta do “getulismo” ao Poder: ~~ A diviséo de votos pode levar 4 vitéria a candida- tura de Joao Goulart, enquanto que a votacgdo dos ude- nistas, por si sd, assegura base suficiente para inspirar aos votantes de outros partidos e de nenhum partido, con- fianga na vitoria do Sr. Milton Campos. Nos principios de setembro, préceres do Partido De- mocrata Cristéo, de Sio Paulo, solicitavam ao Diretério Nacional do ppc que realizasse entendimentos junto a upN para a retirada da candidatura de Milton Campos. Em resposta aos pedecistas, dizia enérgicamente o Deputado udenista Abreu Sodré: — O Sr. Milton Campos sera candidato até o fim! * Percorrendo todo o Pais, Janio Quadros, Carlos La- cerda, Milton Campos, Afonso Arinos, Emilio Carlos, Lino de Matos e outros agitaram o Brasil com uma das suas mais famosas campanhas politicas. Janio da Silva Quadros ele- geu-se Presidente da Reptitblica com 5 636 623 votos con- tra 3 846 825 dados 20 Marechal Henrique Teixeira Lott. Entretanto, confirmava-se a previsdo de Carlos La- cerda: Jodo Goulart elegeu-se Vice-Presidente da Rept- blica com 4 547 010 votos contra 4 237 719 dados a Milton Campos. 67 CAPiTULO III A Posse NO PALACIO DO PLANALTO # espantoso o contraste entre a vida publica do Brasil e a alma do povo bra- sileiro. A vida politica continua sendo © império dos interésses que disputam entre si o poder, e a grande massa dos brasileiros nem ainda suspeita o que seja participacéo na vida coletiva do Brasil. No sentido de um conjunto cons- ciente de sua contribuicdo para os des- tinos do mundo, a historia do Brasil ainda nado comecou. Ela pode e deve inaugurar-se com a entrada em cena do povo inteiro, decidido a tornar conta- gioso seu cardter livremente interna- cional. Frei Tomas CaRDONNEL B rasitia. Exatamente 8 horas da manha de 31 de ja- neiro de 1961. Um carro para defronte do edificio do Tri- bunal Superior Eleitoral. O veiculo chega sem batedores, sem nenhum aspecto festivo, Déle saltam Janio Quadros, D. Eloa Quadros, sua espésa, os Chefes das Casas Civil e Militar, respectivamente, Quintanilha Ribeiro e o General Pedro Geraldo. A entrada do edificio vem recehé-los 0 Ministro Ari Franco, Presidente do tse, No recinto, jé se encontra, desde as 7h 55m da manha, Joao Goulart, eleito Vice-Presidente da Reptiblica e adversario politico de Ja- nio Quadros. 68 As 8h 20m tem inicio a sessdo solene. Ao discursar, 0 Desembargador Ari Franco ressalta que através do pleito o Brasil “mostrou ser um comicio imenso de almas livres”. Diplomado, Janio Quadros, que se encontra entre o Pro- curador Geral da Republica, Candido de Oliveira Neto e o Ministro Ari Franco, entrega o diploma a D. Eloa Qua- dros, cujas m&os beija solenemente. Em seguida, é diplo- mado Jo&o Goulart. O ex-Governador de Sao Paulo, agora Presidente da Republica, pronuncia 2s seguintes palavras: “Senhor Presidente, Senhores Ministros. Muitos s4o os caminhos para a conquista do Poder. Vicio- sos, porém, se me afiguram todos aquéles que se apartam do voto do povo, deitado nas urnas soberanas. Percorri a estrada legitima. B, por isso, a Justiga, Eleitoral do meu Pais, mais uma vez, proclama esta verdade simples: a Demoeracia sO se define, sé se afirma e consolida através do sufragio.” Defronte do edificio, 6 grande a multidao, Brasilia, nesse instante, tem o céu nublado. Chove. Mas o povo permanece na praga. “De advogado que postulava interésses individuais a admi- nistrador dos interésses coletivos, se nao foi longa a minha jornada, foi _ela suficientemente aspera para ensinar-me que a Justiga nfo 6 apenas um dos Podéres da Republica, mas, constitui, isto sim, esséncia désse mesmo regime. © sentido dessa vitéria é a condenacio final e derradeira & politica que conduzia ao Poder os candidatos escolhidos pelas cipulas permanentes instaladas na administragio do Pais. O povo brasileiro pés fim a um esquema inadmissfyel, que a for- tuna e os privilégios de alguns desejavam se perpetuasse, Tal era a conviccéo de que vingariam, para o futuro, as praticas que minavam os alicerces da Nag&o, que se propagou, como verdade, a legenda de que no Brasil as oposigées apenas triun- fariam até as vésperas das eleicdes.” E concluia o Presidente da Reptblica: “Honra-me ser o primeiro Chefe de Estado a receber, nesta nova Capital, o seu diploma, e, na pessea do inclito Ministro Presidente, rendo as minhas homenagens a todos os dignos juizes que lustram a Justica Eleitoral brasileira. A éles, e sé a éles, deve a instituigao o elevado e merecido conceito que desfruta. Meus Senhores! O prego da liberdade, que o voto dos meus patricios me outorgou, é a servidiio & causa publica. Dentro da lel e em 69 estrita obediéncia a lei, serei livre para impor e exigir de todos o exato cumprimento do dever. Dessa liberdade, faco a minha escravidao.” x As 10h 45m o Congresso Nacional, sob a presidéncia do Senador Filinto Miller, encontra-se reunido. A direita de Filinto Miiller estado o Ministro Barros Barreto, Presi- dente do Supremo Tribunal Federal, Senadores Cunha Melo e Gilberto Marinho; 4 esquerda, Ranieri Mazzilli, Presidente da Camara dos Deputados, Senadores Freitas Cavalcanti e Novais Filho. O Presidente do Congresso de- signa uma comissdo especial para receber o Presidente da Republica e 0 Vice-Presidente, Desta Comissio fazem. parte: Senadores Moura Andrade, Benedito Valadares, Joao Vilas Boas, Lourival Fontes, Mendonca Clark, Mou- réo Vieira, Lino de Matos, Novais Filho, Vivaldo Lima, Afonso Arinos; Deputados Abelardo Jurema, Joao Agri- pino, Rondon Pacheco, Raul Pilla, Oswaldo Lima Filho, Arnaldo Cerdeira, Manoel Novais, Franco Montoro, Pli- nio Salgado, Emilio Carlos, Ortiz Monteiro, Aurélio Via- na, Hugo Borghi e Breno da Silveira. Acompanhados da Comissio de Parlamentares, as 11h 05m Janio Quadros e Jofo Goulart entram no recinto do Congresso. & grande o numero de pessoas para assistir ao ato de posse, Entre os Governadores presentes, encon- tram-se Carlos Lacerda (Guanabara), Carvalho Pinto (Sao Paulo), Luis Garcia (Sergipe), Nei Braga (Parana), Cid Sampaio- (Pernambuco), Juracy Magalhaes (Bahia), Bri- gadeiro Eduardo Gomes, Ministros de Estado, chefes de representagées diplomaticas e altas personalidades. Sob calorosas palmas, 0. ex-Governador de Sao Paulo e o Vice- Presidente da Repiblica tomam lugar, respectivamente, a direita do Senador Filinto Miler e 4 esquerda do Pre- sidente da Camara dos Deputados. O Presidente do Con- gresso convida Janio Quadros a prestar o compromisso de posse, que é proferido nos seguintes térmos: “Prometo manter, defender e cumprir a Constituigao da Republica, observar as suas leis, promover o bem geral 70

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