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DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CURSO DE FÍSICA EXPERIMENTAL I
05/05/2017
JOÃO PESSOA
2
1 OBJETIVOS
Este relatório pretende investigar as relações existentes entre períodos de oscilação de
um pêndulo simples e um amortecido e o respectivo comprimento do pêndulo. Além disso, a
partir dessas investigações, pretende-se relacionar essas grandezas à gravidade local.
2 INTRODUÇÃO
Este estudo em laboratório visa relacionar os períodos de um pêndulo simples e um
amortecido com seus respectivos comprimentos de fio e amplitudes. Com isso em mãos, torna-
se possível realizar cálculos para se obter a gravidade local.
Todos os conceitos envolvidos em tais problemas serão apresentados mais a frente. Da
mesma maneira, o procedimento experimental será devidamente descrito, assim como os dados
e resultados serão apresentados em tabelas e gráficos. Logo após, será levantada uma
comparação entre os variados resultados encontrados.
3 INTRODUÇÃO TEÓRICA
Pendulo simples consiste em uma haste ou corda de massa desprezível que pode
girar em torno de uma extremidade e em cuja outra extremidade encontra-se uma massa.
𝑑²𝜃 𝑔
A equação do movimento para um pêndulo é = − 𝐿 𝑠𝑒𝑛𝜃, onde 𝜃 é o ângulo de
𝑑𝑡 2
oscilação, g é a gravidade e L é comprimento do fio. É importante colocar que o caso
será analisado para pequenas oscilações, ou seja, para 𝜃 ≈ sen𝜃 (MHS). Assim, a
equação do movimento resulta em 𝜃 = 𝜃𝑜𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑜𝑡 + 𝜑), onde 𝜃𝑜 é amplitude, 𝜔𝑜 é a
fase inicial e 𝜑 é a fase inicial. Além disso, tem-se que o período de oscilação é dado
𝐿
por 𝑇 = 2𝜋√𝑔.
𝑆
Já o desvio padrão médio será 𝐸 = e, por fim, o erro final será dado por ∆𝑥 = 𝐸² + 𝜎²,
√𝑛
sendo 𝜎 o erro associado ao instrumento.
Para a linearização das curvas será usado o método dos mínimos quadrados descrito
abaixo.
Y = ax + b
n xy x y
a
n x² ( x)²
b y ax
(amax amin )
a
2
(bmax bmin )
b
2
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.3 PARTE I
Nessa etapa do estudo foram tomadas cinco medidas de comprimento do pêndulo para
as quais foi cronometrado o tempo de dez oscilações. Depois, dividiu-se esse tempo por dez.
Repetiu-se esse procedimento cinco vezes para cada comprimento de pêndulo e, a partir desses
tempos, calculou-se um tempo médio para cada comprimento. Dessa maneira, o erro foi
diminuído.
4
No posterior tratamento dos dados, foi calculada uma média para os comprimentos e
uma media para os períodos encontrados em laboratório, assim como os erros respectivos. Os
erros achados para os períodos foram todos menores do que os desvios dos instrumentos,
prevalecendo, portanto, esses últimos. Para os comprimentos, o erro adotado foi o erro do
instrumento. Os resultados aparecem a seguir.
𝑔 = 10,36 m/s².
O erro respectivo também foi calculado a partir da aplicação das fórmulas já descritas
acima em relação à gravidade que resulta na equação:
∆𝐿 ∆𝑇
∆𝑔 = 𝑔√( 𝐿 )² + 4( 𝑇 )²
∆𝑔 = 0,12 m/s²
Dessa forma, tem-se 𝑔 = (10,36 ± 0,12) m/s².
4.3.2 GRÁFICO 1
Os gráficos de descrição da situação estudada estão anexados ao relatório. O primeiro
trata-se de um gráfico L×T. Nele, é possível observar o comportamento dos comprimentos em
função dos períodos.
5
4.3.3 GRÁFICO 2
O segundo gráfico descreve a linearização da curva anterior. Para isso, foi usado o
4𝜋2 𝐿
método 𝑌 = 𝑎𝐿, em que Y = T². A partir da equação 𝑔 = , é possível observar que 𝑎 =
𝑇²
4𝜋²
. 4.3.4 GRAVIDADE PELO GRÁFICO 2
𝑔
Para o cálculo da gravidade através do gráfico, será necessário o uso do método dos
mínimos quadrados (já descrito na introdução teórica). As etapas desse cálculo se encontram no
quadro abaixo.
n xy x y
Pela equação a , a = 0,04. Dessa forma, podemos calcular a
n x² ( x)²
gravidade:
4𝜋²
𝑎=
𝑔
4𝜋²
𝑔=
𝑎
𝑔 = 9,87 m/s²
O erro respectivo relaciona-se com o erro △𝑎 de 𝑎. Essa relação será dada pela
propagação de erro abaixo:
𝜕𝑎
∆𝑎 = | | |∆𝑔|
𝜕𝑔
4𝜋²
∆𝑎 = ∆𝑔
𝑔²
(amax amin )
Pelo método dos mínimos sabe-se que a . Esse cálculo será
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realizado a partir de observações do gráfico. Lembrando que os coeficientes angulares máximos
e mínimos são calculados a partir da reta média e seus limites de erro para mais ou para menos
encontrados na linearização anterior. Assim:
∆𝑎 = 0,04
6
𝑔²
∆𝑔 = ∆𝑎
4𝜋²
∆𝑔 = 0,10 m/s²
Portanto, a gravidade pelo gráfico será 𝑔 = (9,87 ± 0,10) m/s²
4.4 PARTE II
Na segunda parte do estudo, segurou-se o pêndulo alinhando-o com a marcação de 13
cm de uma régua fixada ao chão. Após a soltura do pêndulo, sua oscilação passou a ser
cronometrada e em cada momento que o pêndulo alcançava uma medida exata em centímetros
(12,11,10,9,8,7,6,5,4) era feita a observação do tempo. Assim, os dados foram coletados. É
importante atentar para uma falha cometida no momento do experimento: notou-se que o
oscilador passou a desenvolver um movimento elíptico, não sendo, portanto, um movimento
pendular perfeito; isso ocorreu devido ao vento do ar condicionado que alterou a trajetória do
pêndulo.
É importante colocar que como as amplitudes foram muito pequenas considerou-se que
𝜃 ≈ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) como visto no quadro 4. Além disso, para calculá-las, dividiu-se as amplitudes
pelo comprimento do pêndulo. Portanto, pode-se concluir que:
𝐴
𝜃 ≈ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) =
𝐿
4.4.1 GRÁFICO 3
A partir desses dados foi plotado o gráfico θ×t, ou seja, amplitude em radianos em
função do tempo.
4.4.2 CÁLCULO DE γ PELO GRÁFICO
Para o cálculo de através do gráfico, será necessário o uso do método dos
mínimos quadrados (já descrito na introdução teórica). As etapas desse cálculo se encontram no
quadro abaixo.
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n xy x y
Pela equação a , 𝑎 = −0,001. Dessa forma, podemos calcular
n x² ( x)²
γ:
γ
𝑎 = − ( )𝑙𝑜𝑔𝑒
2
2𝑎
γ=−
𝑙𝑜𝑔𝑒
γ = 0,05
O erro respectivo relaciona-se com o erro △𝑎 de 𝑎. Essa relação será dada pela
propagação de erro abaixo:
𝜕𝑎
∆𝑎 = | | |∆γ|
𝜕γ
1
∆𝑎 = ∆γ
2
(amax amin )
Pelo método dos mínimos sabe-se que a . Esse cálculo será
2
realizado a partir de observações do gráfico. Lembrando que os coeficientes angulares máximos
e mínimos são calculados a partir da reta média e seus limites de erro para mais ou para menos
encontrados na linearização anterior. Assim:
∆𝑎 = 1,10𝑥10−4
1
∆𝑎 = ∆γ
2
∆γ = 2∆𝑎
∆γ = 2,20x10−4 rad/s
Portanto, tem-se γ = (0,10 ± 2,20x10−4 ) rad/s.
4.4.1 CÁLCULO DA GRAVIDADE
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𝛾
𝜔′ = √𝜔𝑜² − (2)²
𝜔 ′ = 2,55 rad/s
Agora, calcula-se o erro associado pela devida propagação de erro.
𝜕 𝜔′ 𝜕 𝜔′
∆𝜔 ′ = | | |∆T| + | | |∆𝛾|
𝜕𝑇 𝜕𝛾
𝜕 𝜔′ 𝜕 𝜔′
∆𝜔 ′ =| | |∆T| +| | |∆𝛾|
𝜕𝑇 𝜕𝛾
4𝜋² 𝛾
∆𝜔 ′ = ∆𝑇 + ∆𝛾
𝛾 𝛾
𝑇³√𝜔𝑜² − ( )² 4√𝜔𝑜² − ( )²
2 2
∆𝑔 = 1,96𝑥10−3
6 CONCLUSÃO
Esse presente estudo propôs determinar gravidade local a partir de levantamentos de
dados em laboratório. Também, por constituir um cálculo possibilitado por dados
experimentais, o estudo se preocupou em demonstrar as imprecisões existentes em cada etapa de
determinação.
Primeiramente, obteve-se uma gravidade de uma situação mais teórica (pêndulo
simples), ou seja, com poucas oscilações a fim de se minimizar a resistência do ar. Depois, foi
estudada uma situação mais real (pêndulo amortecido) a fim de se perceber a ação da resistência
do ar.
Em relação às duas gravidades obtidas, esperava-se uma maior aproximação da
gravidade média encontrada ao valor real da gravidade no cálculo do pêndulo amortecido. Isso
não ocorreu devido a erros de realização do experimento como já elencado acima. Entretanto,
observou-se uma menor dispersão quando comparado com o pêndulo simples.
Por fim, é importante destacar a importância do laboratório no que se refere a analise de
grandezas físicas. A união da prática e da teoria é fundamental.
7 BIBLIOGRAFIA