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Censura
Infração de natureza leve;
Apesar da punição estabelecida o advogado poderá continuar exercendo a profissão, porém, tal reprimenda será registrada nos assentamentos do
inscrito, o qual deixará de ser considerado primário;
A pena da censura não pode ser divulgada ou assunto de publicidade;
A censura poderá ser convertida em advertência escrita, que será encaminhada ao advogado em ofício reservado, sem registro nos assentamentos,
desde que presente circunstância atenuante.
Também será aplicável a pena de censura em caso de violação a preceito do CED; ou, violação a preceito do EAOAB, quando para a infração não se
tenha estabelecido sanção mais grave.
Suspensão
Infração de natureza grave;
Importa na cessação temporária da atividade advocatícia (postular em juízo, assessoria, consultoria, etc. e em todo o território nacional);
Será aplicada a pena de suspensão em caso de reincidência: censura 2x;
A interdição do exercício profissional pode variar de 30 dias a 12 meses;
Possibilidade de suspensão preventiva, em caso de repercussão negativa à dignidade da advocacia, depois de ouvir o advogado em sessão especial
para a qual deve ser notificado e comparecer.
Multa
Trata-se de pena pecuniária acessória às penas de censura e de suspensão, se houver circunstância agravante.
No min. corresponde ao valor de uma anuidade, no máx. a dez anuidades.
Parágrafo único. As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito em julgado da decisão, não podendo ser objeto de
publicidade a de censura.
Advertência: deve ser entendida como um benefício aplicado ao advogado que cometeu uma infração de natureza leve e possui alguma circunstância
atenuante, e não como punição. Não será considerada para fins de reincidência.
Agravantes: I- reincidência em infração disciplinar; II- a gravidade da culpa. Atenuantes: I – falta cometida na defesa de prerrogativa profissional; II -
ausência de punição disciplinar anterior; III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB; IV - prestação de relevantes
serviços à advocacia ou à causa pública.
Reincidência: Deixa de ser primário o inscrito que já foi punido com uma censura ou uma suspensão. Assim, caso venha a sofrer uma nova infração
disciplinar, será considerado reincidente. Ex. o inscrito que foi anteriormente punido com uma censura e for condenado por outra infração, de natureza
leve, como abandonar uma causa sem justo motivo, será considerado reincidente e sofrerá a suspensão temporária do seu mister pelo prazo de trinta dias a
doze meses.
Reabilitação: Caso a infração se dê apenas no âmbito administrativo, é permitido ao condenado, seja qual for a sanção disciplinar, requerer a sua
reabilitação, mediante a comprovação efetiva de bom comportamento, transcorrido o prazo de um ano após o cumprimento, já que o ordenamento jurídico
não admite efeitos perpétuos de nenhuma punição. Entretanto, quando a sanção disciplinar resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação
dependerá também da correspondente reabilitação criminal.
Dosimetria: O processo disciplinar será instaurado de ofício ou mediante representação dos interessados, e será levado em consideração os antessentes do
adv. ou estagiário, o grau de culpa revelado, as circunstâncias e as consequências da infração para que seja decidido sobre a conveniência da aplicação
cumulativa da multa e de outra sanção disciplinar. Vale também para o tempo de suspensão a ser observado.
Prescrição: A prescrição da pretensão punitiva refere-se à perda do direito de punir ou de executar a pena pelo decurso do tempo, extinguindo a
punibilidade do acusado ou condenado. (Súmula 01/2011: o termo inicial será a data da constatação oficial do fato pela OAB).
Art. 43, EAOAB. A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da data da constatação oficial do fato. § 1º
Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de
ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação (prescrição intercorrente). § 2º
A prescrição interrompe-se: I - pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao representado; II - pela decisão
condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB.