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Observando a reação das pessoas, pode ser verificado que existe uma relação de causalidade,
inversamente proporcional, entre a quantidade demandada e o preço. Quando o preço cai (causa), a
quantidade
comprada se eleva (efeito), e quando o preço sobe (causa), a quantidade comprada se reduz (efeito). A
essa relação, mantidos os demais fatores constantes (coeteris paribus), é chamada Lei geral da
demanda.
A expressão coeteris paribus tem origem latina, significa “tudo o mais constante” e
representa condição fundamental para o estudo da microeconomia, que é parcial.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
Representação matemática
Representação gráfica
Gráfico nº 1
(dQxd/dPx) < 0.
Mas por que ocorre essa relação inversa entre o preço e a quantidade demandada dos bens normais?
Porque quando o preço aumenta (positivo), a quantidade consumida diminui (negativo) e vice-versa.
Assim, um número positivo dividido por um número negativo resulta num número negativo, ou seja, <0.
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A curva de demanda tem relação inversa entre a quantidade demandada do bem X (Qxd) e o seu preço
(Px), o que determina a inclinação negativa da curva de demanda, devido ao efeito conjunto do aumento
do preço de um bem e da queda da quantidade demandada.
• O efeito substituição: se um bem possui substituto – outro bem similar que satisfaça a mesma
necessidade –, quando seu preço aumenta, coeteris paribus, o consumidor passa a adquirir o bem
substituto, reduzindo assim a demanda pela mercadoria mais cara.
• O efeito renda: quando aumenta o preço de um bem, coeteris paribus, o consumidor perde poder
aquisitivo (pois sua renda, como os demais fatores, está fixa) e a demanda por esse produto diminui.
Quando o salário monetário não muda, esse salário, deduzido o aumento de preços ocorrido, foi
reduzido em termos de poder de compra.
Cabe ressaltar as ineficiências associadas à tributação no que tange aos efeitos renda e substituição. O
propósito de um imposto é obter receita para que o governo possa adquirir bens; ele representa uma
transferência de poder de compra das famílias para o governo. Se o governo tem de obter mais receita,
as famílias têm de consumir menos. Assim, qualquer imposto traz um efeito renda.
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No entanto, além disso, os impostos com frequência distorcem a atividade econômica. A distorção
causada pelos tributos está associada ao efeito substituição. Nesse caso, de forma muito sutil, são
geradas as distorções mais sérias: se o efeito substituição é pequeno, a distorção é pequena; se é
grande, a distorção também é grande. Reduzir o consumo de produtos que são contra os interesses da
sociedade pode ser um fim legítimo da tributação. Mas o governo, na busca de receita, gera redução de
consumo de bens e serviços, mesmo não sendo produtos ou serviços ruins (passagens aéreas, alimentos
essenciais, ligações telefônicas etc.).
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No Brasil, no ano de 2002, houve grande escassez de energia e risco de “apagão”. As principais
empresas fornecedoras de eletricidade do Estado tinham de adquirir a energia no mercado aberto,
enquanto a vendiam aos consumidores a preço pré-fixado (foi criada uma bolsa de negócios para
compra e venda de energia). Com o grande aumento dos custos no atacado, as empresas viram-se
obrigadas a vender a energia muito abaixo do custo. A demanda superava a oferta. Nessas situações,
há duas soluções possíveis:
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Num sistema de mercado desregulamentado, o preço da eletricidade teria aumentado e os preços mais
elevados proporcionariam aos consumidores incentivos para poupar energia. O preço mais alto reduz a
demanda por dois caminhos. Quando os preços da eletricidade aumentam em relação aos preços de
outros bens que as famílias compram, cada família tem incentivo para economizar eletricidade. É o
efeito substituição. No entanto, há também o efeito renda. Como a eletricidade se tornou mais cara, a
renda real da família se reduz, porque tem de gastar mais para obter a mesma quantidade de bens
(incluindo a eletricidade) que consumia. Com renda real menor, a família corta despesas com todos os
tipos de bens, incluindo a eletricidade. É o efeito renda.
Devido aos custos de energia mais altos poderem ter impacto desproporcional sobre as famílias de baixa
renda, os políticos, muitas vezes, relutam em permitir aumento nos preços de energia. Contudo, a
solução não é impedir o aumento (pois preços baixos reduzem os incentivos) para que todas as famílias
poupem um recurso escasso. Exemplo.
A demanda por bens e serviços não é influenciada apenas pelo preço, também é afetada pelo preço dos
bens substitutos (ou concorrentes), pelo preço dos bens complementares, pela renda dos consumidores
e por preferências ou hábitos.
O mercado aberto é caracterizado pelos mercados em que não existe pregão, ou seja,
um lugar físico, fechado, onde compradores e vendedores se encontram para firmar
um negócio a um preço ajustado.
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R renda do consumidor.
G gosto ou preferência.
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Exemplo: Ocorreu no mercado o aumento do preço do guaraná (bem s), conseguentemente aumentou a
demanda por Coca-cola (bem x - Gráfico 04).
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Por exemplo: Seja, Qxd = 10 – 2Px + Ps. Trace a curva de demanda Qxd = , considerando Ps = 10 e
aumento no preço desse bem de 20%.
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Bem coca-cola: o preço Po da Coca-cola não aumentou, mas a sua demanda aumentou de D para D'.
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4 - BENS COMPLEMENTARES
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O aumento no preço do bem complementar desloca ou modifica a condição coeteris paribus e provoca
deslocamento da curva de demanda para a esquerda.
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Exemplo: Aumentou o preço do bem automóvel (Bem C), consequentemente, diminui a demanda por
gasolina (Bem X), pois menos pessoas irão comprar automóveis.
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Por exemplo: Seja Qxd = 10 - 2Px - Pc. Trace a curva de demanda Qxd = , considerando Pc = 5 e o
aumento no preço desse bem de 20%.
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Exemplo: Seja Qxd = 10 – 2Px + 0,004R. Trace a curva de demanda Qxd = f (R), considerando R = 5.000 e o
aumento na renda de 20%.
Se P = 0 Qxd = 30
Verifica-se no Gráfico 10 a curva de demanda D antes do aumento da
renda.
Se Qxd = 0 P = 15
Se P = 0 Qxd = 34
Verifica-se no Gráfico 10 a curva de demanda D' deslocada para a direita
em função do aumento de 20% na renda do consumidor.
Se Qxd = 0 P = 17
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Quando aumenta a renda do consumidor, ocorre a diminuição do consumo de bens mais simples, ou
mais baratos, como por exemplo, a carne de 2ª, ou roupas mais modestas, sendo estes denominados
bens inferiores.
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A situação de consumo saciado ocorre não apenas no caso de bens de consumo saciado, mas também
em qualquer outro tipo de bem ou serviço no qual a renda não tenha grande influência em seu
consumo. Ou seja, a variável renda não é importante para explicar o comportamento da demanda nesse
mercado. São exemplos: sal, arroz, açúcar.
Como no dito popular “toda regra tem sua exceção”, a Lei da Demanda tem no bem de Giffen, ou
Paradoxo de Giffen, um caso de bem inferior especial (efeito renda mais forte que o efeito substituição),
a única exceção à regra. Tal situação, improvável na prática, ocorre no aumento do poder aquisitivo, as
pessoas, em vez de gastarem mais no consumo, reduzem-no, por estarem saturadas, demandando
outros bens. Exemplo.
Portanto, há uma relação de causalidade direta entre preço e quantidade, e sua curva de demanda é
positivamente inclinada (a quantidade demandada cresce ao subir o preço da mercadoria e vice-versa).
É o caso especial de bem inferior que possui relação negativa com o preço.
Outro fato relevante é que essa classificação de bens depende da renda do consumidor em análise. Para
consumidores de baixa renda, praticamente, não existem bens inferiores. Quanto mais elevada a renda,
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maior o número de produtos classificados como bens inferiores, passa-se, então, a consumir produtos
de melhor qualidade, classificados como bens normais, em detrimento dos de pior qualidade.
Giffen é o economista que observou o fenômeno dos bens ditos inferiores, no século
XVIII, numa comunidade inglesa muito pobre e que consumia basicamente batatas.
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5 - RELAÇÃO ENTRE QXD E HÁBITOS DO CONSUMIDOR (G)
constantes
Os hábitos são “manipulados” por propagandas e campanhas promocionais para aumentar o consumo
(leite) ou para diminuí-lo o consumo de bens (cigarro).
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RESUMO
Coeteris paribus representa a expressão em latim ‘tudo o mais constante’. Sob essa suposição, uma
análise será isolada, ou seja, o objeto estudado não afeta nem é afetado pelos demais, possibilitando
estudar o efeito sobre ele, de forma independente.
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Observando a demanda, verificou-se uma relação inversa, de causa e efeito, entre o preço e a
quantidade demandada, tida como lei geral da demanda: quando o preço cai (causa), a quantidade
comprada se eleva (efeito) e, quando o preço sobe (causa), a quantidade comprada se reduz (efeito),
mantidos os demais fatores constantes (coeteris paribus).
A representação matemática é dada por coeteris paribus Qxd = sendo <0. A primeira
derivada é negativa, mostrando uma relação inversa entre as variáveis (declividade negativa da curva de
demanda) e confirmando a lei geral da demanda.
O efeito conjunto das variações no preço do bem e da quantidade demandada é chamado efeito preço
total.
O efeito preço total se subdivide em efeito renda proveniente do aumento (queda no preço) ou redução
(aumento do preço) do poder de compra do consumidor e efeito substituição, que é sempre negativo,
pois resulta da substituição, pelo consumidor, dos bens relativamente mais caros pelos relativamente
mais baratos, mesmo que estes não tenham mudado de preço.
Os substitutos são descritos matematicamente por: Qxd = (Ps), supondo coeteris paribus, sendo
’(Ps)> 0. A primeira derivada é positiva, a relação entre as variáveis é direta. Ao variar o preço de um
bem substituto do bem X, a quantidade demandada de X varia no mesmo sentido.
Os complementares são descritos matematicamente por: Qxd = (Pc), supondo tudo o mais constante e
sendo ’(Pc) <0. A primeira derivada é negativa, a relação entre as variáveis é inversa. Portanto, as
variações no preço de um bem complementar de X geram variações da quantidade demandada do
bem X em sentido contrário.
A renda também afeta a quantidade demandada pelo consumidor. Sua relação matemática é: Qxd =
(R), supondo tudo mais constante, sendo ’(R)> 0. A primeira derivada é positiva, a relação entre as
variáveis é direta; portanto, variações na renda gera variações da quantidade demandada do bem X no
mesmo sentido. Isto para bens que respeitam a lei geral da demanda, ou seja, bens normais.
Quando a primeira derivada de Qxd = (R) – supondo tudo o mais constante – for negativa, ou seja,
’(R) <0, esse bem será chamado de inferior, pois, ao variar a renda do consumidor, a quantidade
demandada do bem varia no sentido contrário. Um tipo especial de bem inferior é o bem de Giffen, que
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possui relação de preço direta e de renda inversa, tem efeito substituição menor que o efeito renda.
Os hábitos do consumidor também afetam as quantidades demandadas. No caso, podem ser relações
diretas ou inversas com a demanda, pois têm por base a cultura dos consumidores e a influência de
propagandas e campanhas promocionais sobre eles.
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Os economistas se referem aos benefícios provenientes do consumo como a utilidade que os indivíduos
obtêm da combinação de bens que consomem. Dessa forma, supõe-se que uma pessoa racional seja
capaz de informar se preferiu ou não certa combinação de bens a outra. Com base na preferência
declarada, os indivíduos escolhem um conjunto de bens que maximizará a sua utilidade, dados os limites
do seu orçamento.
É importante observar que a pesquisa sobre as preferências dos indivíduos indica o quanto eles estão
dispostos a pagar; isso é diferente do que são obrigados a pagar. O que os indivíduos têm de pagar irá
depender do preço de mercado; o que ele está disposto a pagar reflete as suas preferências. Exemplo.
O objetivo do consumidor, se racional, será o de obter o máximo de satisfação possível com as suas
escolhas. Denomina-se utilidade totalà medida da satisfação total do consumidor. A disposição que a
pessoa tem de pagar a mais por cada camiseta reflete o fato de uma
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camiseta adicional ainda lhe proporcionar utilidade adicional. A essa utilidade extra da camiseta
adicional, medida em unidades monetárias adicionais que ela está disposta a pagar, denomina-
se utilidade marginal. A tabela a seguir mostra as utilidades dessa pessoa em análise.
Suponhamos que determinada pessoa estaria disposta a pagar – com base em suas
informações, padrão de consumo, hábitos e renda – o valor de 40 unidades
monetárias por cinco camisetas. Perguntada sobre quanto pagaria por seis camisetas
disse: 45 unidades monetárias e, por sete camisetas, 50 unidades monetárias. Cabe
ressaltar que esses montantes podem estar elevados ou baixos se comparados aos
preços de mercado. Leva-se em conta, apenas, que eles refletem a medida da
utilidade que a pessoa acredita que as camisetas possuem para ela.
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À medida que o conjunto de bens de um indivíduo inclui mais de um bem, cada incremento sucessivo
aumenta menos a sua utilidade. Essa é a Lei da Utilidade Marginal Decrescente. A primeira camiseta é
muito desejável e uma adicional é atraente também. Mas outra camiseta não aumenta a utilidade, tanto
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quanto a anterior; em algum ponto, a pessoa em análise não terá nenhum prazer em acrescentar mais
uma camiseta ao seu guarda-roupa.
Supondo-se que a mesma pessoa tenha de escolher entre dois bens, por exemplo, uma camiseta, que
custa o dobro de uma pizza. Enquanto a utilidade marginal de uma camiseta continuar sendo superior
ao dobro da utilidade da pizza, vale a pena a pessoa transferir compras para as camisetas. Para adquirir
uma camiseta adicional, ela precisa abrir mão de duas pizzas. Dessa forma ela ajustará seu consumo até
o ponto em que as utilidades marginais dos dois bens, por unidade de dinheiro gasto, sejam iguais. Essa
é a regra geral independente de os preços serem iguais ou não. É definida como Lei dos Benefícios
Marginais Equiproporcionais.
Ao escolher entre dois bens, um consumidor ajustará suas escolhas até que as utilidades marginais
sejam proporcionais aos preços. Assim, a última unidade comprada de um bem que custa o dobro de
outro deve proporcionar o dobro da utilidade marginal da última unidade comprada do outro bem; a
última unidade de um bem que custa o triplo de outro deve gerar três vezes mais utilidade marginal que
a última unidade comprada do outro bem e assim por diante.
Pode-se concluir, portanto, que os consumidores alocam sua renda entre bens diferentes de tal modo
que a utilidade marginal associada à última unidade comprada, por unidade de dinheiro gasto, seja a
mesma para todos os bens.
A Lei dos Benefícios Marginais Equiproporcionais demonstra que a mais alta utilidade
é alcançada quando a última unidade monetária, gasta em cada bem, possui a mesma
utilidade marginal.
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Suponha que você entre numa mercearia e compre uma lata de refrigerante. A mercearia cobra 0,75
unidades monetárias. Se você está com muita sede, poderá estar disposto a pagar até 1,25 unidades
monetárias por uma lata de refrigerante. A diferença entre o que você paga e o que estaria disposto a
pagar é chamada excedente do consumidor. Ela é a medida de quanto se ganha com o comércio. Nesse
exemplo você só teve de pagar 0,75 u.m. por algo que se dispunha a pagar 1,25 u.m.; a diferença, 0,50
u.m., é o seu excedente do consumidor.
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Então, o excedente do consumidor, ou seja, a disposição de pagar mais por um produto depende das
preferências individuais dos consumidores.
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Nº de Quantidade
Preço
compradores demandada
Acima de R$100,00 0 0
De R$80,00 a
1 1
R$100,00
De R$70,00 a
2 2
R$80,00
De R$60,00 a
3 3
R$70,00
R$60,00 ou menos 4 4
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O excedente do produtor pode ser definido como a diferença entre o preço que o produtor estaria
disposto a vender (preço
de reserva) e o preço de venda (preço de mercado). O excedente do produtor representa o benefício
que o produtor obtém por vender seu produto a um preço superior ao que estaria disposto a vender.
Quanto maior o excedente do produtor, maior o seu bem-estar, conforme será visto mais adiante na
análise da Teoria da Produção.
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3 - CURVAS DE INDIFERENÇA
Observa-se, com base na Lei de Benefícios Marginais Equiproporcionais, que o consumidor racional só
trocaria bens e serviços que oferecessem a mesma utilidade marginal, dados os preços de mercado dos
bens em análise (constantes), ou seja, existe uma relação estável entre as utilidades e preços para que o
consumidor possa realizar sua escolha. Para facilitar a análise mais rigorosa das escolhas e das
consequências da mudança de preços, os economistas desenvolveram um instrumento muito útil
chamado curvas de indiferença.
Curvas de indiferença informam a combinação de bens em relação às quais o indivíduo é indiferente (daí
o nome) ou que lhe proporcionam o mesmo nível de utilidade; às vezes, são chamadas Curvas de
Utilidade. Podem ser usadas para gerar a curva de demanda, bem como para separar as mudanças no
consumo devidas ao efeito-renda decorrente do efeito substituição.
As quantidades e as combinações dos bens X e Y estão dispostas pelo consumidor, de tal forma que ele
não manifesta preferência por nenhuma delas; todas são igualmente desejáveis e qualquer das
combinações é satisfatória. Apesar de indiferentes ao consumidor, a participação de X e Y em cada
combinação é diferente; seu nível de satisfação não muda, apesar de seu patrimônio se modificar em
termos de quantidades possuídas de cada um dos bens.
Quando colocadas em um gráfico, surgem as curvas de indiferença. Elas são como curvas de nível ou
altitude em um mapa. Quanto mais altas as linhas, maiores os níveis de satisfação obtidos pelo
consumidor. Ao mover-se descendentemente ao longo da curva de indiferença Ia, o consumidor está
disposto a aceitar mais de X em troca de menos de Y. Contudo, se o consumidor conseguir obter a
mesma quantidade de X e mais de Y, ou mesmo mais de ambos os bens, ele obviamente obteria mais
satisfação; mas isso só ocorreria numa curva de indiferença mais afastada da origem ou mais alta (Ib ou
Ic).
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Por definição, podem traçar-se curvas de indiferença para qualquer espaço de um diagrama pertinente.
Para cada nível de utilidade, há uma curva de indiferença separada e distinta, porque o plano de
consumo do consumidor é representado por diversas curvas de indiferença. Ou seja, identifica as várias
escalas de preferência do consumidor, e tal conjunto de curvas de indiferença chama-se mapa de
indiferença. Também, por definição, as curvas de indiferença não se cruzam nem se tocam. Por
representarem níveis de satisfação de um consumidor racional, é inadmissível atingir satisfações mais
altas e mais baixas ao mesmo tempo. As curvas de indiferença têm declividade negativa.
Então, só é possível manter o nível de bem-estar constante quando houver perfeita compensação entre
a quantidade do bem que se reduz e a do bem que é aumentado na nova combinação. A necessidade de
compensação de perdas e ganhos subjetivos de satisfação, quando as combinações entre os bens se
modificam, remete a outro conceito importante, o de Taxa marginal de substituição.
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A Taxa Marginal de Substituição (TMS) irá sempre relacionar duas variações: a primeira, representando
a redução da participação de um dos bens, e a segunda, representando o aumento da participação do
outro bem. Sendo opostos os sentidos das variações, os sinais serão diferentes entre o numerador e o
denominador da expressão – um positivo e outro negativo – de forma que toda a relação passa a ter
sinal negativo e ser decrescente (indicativo de serem convexas em relação à origem).
Isso significa que a TMS é decrescente e a inclinação da curva de indiferença vai, à medida que se move,
tornando-se achatada ao longo da curva, da esquerda para a direita.
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A restrição orçamentária mostra as combinações de bens que o consumidor pode comprar com a sua
renda atual – o gasto é tido como constante nesse tempo. Supondo-se o preço do bem Q1 igual a 10,00
unidades monetárias, de um bem Q2 de 20,00 unidades monetárias e a renda disponível de 1.000,00
unidades monetárias, é possível dispô-las como na tabela nº 5.
É representada por uma linha reta. É dada pela relação entre os preços constantes dos bens (ao menos
durante o período da análise) e tem declividade negativa também constante (conforme demonstração
abaixo). Isso, pelo fato de serem substitutos entre si: para adquirir mais de um bem, o consumidor
obrigatoriamente deverá abrir mão do outro bem.
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Equilíbrio do consumidor
A curva de indiferença mostra o que o consumidor deseja: quanto mais elevada, melhor para ele. As
restrições orçamentárias mostram o que o consumidor pode obter, dadas as limitações de renda
disponível para o consumo. Graficamente, se o mapa de indiferença do consumidor representar a sua
restrição orçamentária, pode-se afirmar que o ponto de equilíbrio do consumidor – ou do ponto em que
o consumidor maximiza o seu bem-estar dentro das limitações de sua renda – é o ponto em que a reta
de restrição orçamentária tangencia a curva de indiferença mais elevada do mapa (no caso, o ponto E no
gráfico nº 4). É evidente que o consumidor desejaria se usufruir de um nível de bem-estar mais elevado
– representado por uma curva de indiferença mais distante da origem –, mas essa possibilidade não é
possível devido ao seu orçamento insuficiente para permitir o nível de bem-estar desejado.
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RESUMO
A restrição dos recursos, frente a desejos ilimitados, faz o consumidor enfrentar dificuldades na decisão
de consumir (orçamento disponível insuficiente, poucas informações sobre os bens de consumo e
influências diversas podem alterar seu padrão de preferência etc.)
A teoria microeconômica estuda o comportamento do consumidor racional (busca maximizar seu bem-
estar) e explica, de forma sistemática, como a unidade consumidora define seu plano de consumo pela
teoria ordinal do comportamento do consumidor.
Supõe-se que um indivíduo racional seja capaz de informar, em uma pesquisa, se os benefícios
provenientes de certa combinação de produtos são preferíveis em detrimento de outros. As restrições
orçamentárias informam quanto os consumidores estariam dispostos a dispender, no máximo, ao
consumir cada cesta de bens (utilidade total). Torna-se possível, assim, ordenar as preferências do
consumidor e mensurar o quanto aumentaria sua utilidade total, ao acrescentar mais um item à sua
cesta de bens (utilidade marginal).
Com base nesse experimento, observa-se que cada incremento sucessivo reduz a sua utilidade;
portanto, a utilidade marginal declina (Lei dos rendimentos decrescentes).
Caso o consumidor prefira trocar um bem por outro, mesmo que de preços diferentes, ajustará suas
escolhas até que as utilidades marginais sejam proporcionais aos preços. As utilidades marginais por
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A diferença entre o que efetivamente se paga e o que se estaria disposto a pagar é chamada excedente
do consumidor e fornece medida dos benefícios de troca no mercado daquele bem para o consumidor.
Colocadas em gráfico, as curvas de indiferença se assemelham a curvas de nível: quanto mais elevadas
as linhas, maior a satisfação obtida pelo consumidor. O conjunto de curvas de indiferença chama-se
mapa de indiferença.
Por definição, as curvas de indiferença não se cruzam; são negativamente inclinadas e convexas em
relação à origem.
O orçamento do consumidor e os preços dos bens relacionados são denominados Linha de Preços, Linha
de Orçamento ou ainda Restrição Orçamentária. Representa objetivamente a decisão do consumo e
mostra, dados os preços das mercadorias, o orçamento que o consumidor dispõe para os gastos. É
indicada por uma linha reta (relação de preços dos bens constante no período analisado) e tem
declividade negativa.
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A quantidade de determinado bem que o produtor irá ofertar no mercado depende de vários fatores,
dentre os quais: preço do próprio bem x (Px); preço do bem substituto (Ps); preço do bem
complementar (Pc); preço dos fatores de produção (Pf) e tecnologia (T).
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Qx0 = ƒ(Px) = a quantidade ofertada do bem X é função do preço do bem X, supõe constantes Ps, Pc, Pf,
T e todas as demais variáveis que possam influenciar a oferta.
A oferta do bem X é uma curva ascendente da esquerda para a direita, mostrando que quanto maior o
preço, maior será a quantidade que os produtores desejarão oferecer no mercado. É, portanto, uma
função direta e crescente do preço.
03
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Este é o caso da soja e do milho, os quais concorrem entre si quanto à utilização dos recursos
produtivos. Um aumento no preço da soja poderá tornar essa cultura mais lucrativa e, portanto, mais
atraente que o cultivo do milho.
Ex.: Se diminui o preço do guaraná (bem S), aumenta-se a quantidade produzida de coca-cola (bem x).
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Por exemplo, seja: Qx0 = 10 + 2Px– 2Ps. Traça-se a curva de oferta Qx0 = ƒ (Ps), considerando Ps=10 e o
aumento no preço do bem substituto (Ps) de 20%.
Verifica-se no Gráfico 4 a curva de oferta 0', deslocada para a esquerda, em função do aumento de 20%
no preço do bem substituto (s). Então, será diminuída a quantidade ofertada do bem x, pois o produtor
vai aumentar a produção do bem s.
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• Bens complementares
Este é o caso em que o aumento da oferta de um bem vem acompanhado de um aumento na produção
de outro bem. Esses bens possuem a característica de serem produtos consumidos em conjunto: café
com leite, pão com manteiga, carro e gasolina etc.
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Por exemplo, seja: Qx0 = 10 + 2Px + 2Pc. Traça-se a curva de oferta Qx0 = f (Pc), considerando-se Pc=10 e o
aumento no preço do bem complementar Pc de 20%.
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Os custos de produção dependem dos preços dos fatores de produção e da intensidade em que tais
fatores são utilizados. Assim, aumentos nos preços dos fatores produtivos utilizados na fabricação de
um produto qualquer acarretarão aumentos de custos, fazendo que o produtor ofereça quantidade
menor a cada preço. Tem-se, neste caso, diminuição da oferta.
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As inovações tecnológicas determinam, quase sempre, elevação nos índices de produção. Se a inovação
possibilitar a obtenção de maior volume de produção a custos menores, os produtores do produto
beneficiado pela inovação poderão produzir quantidade maior a cada preço.
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Na função oferta, a variável “objetivos da Empresa” também não é expressa por meio de números e o
uso é basicamente na análise teórica da função. Nos estudos empíricos, observa-se que a oferta
depende mais do preço no período anterior do que no próprio período da análise. As decisões para
alterar a produção não são tomadas de imediato, considerando-se a necessidade de as empresas
precisarem adequar suas plantas de produção aos novos preços. Em função do exposto, os economistas
demonstram que as curvas de demanda movem-se mais rapidamente a estímulos de preços do que as
curvas de oferta.
ou ainda
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Distinguir entre os movimentos ao longo da curva e os deslocamentos da curva é tão importante tanto
no caso da oferta como no caso da demanda.
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Na Microeconomia, são relevantes os preços relativos ou a relação entre os preços dos vários bens mais
do que os preços absolutos (específicos do bem ou serviço) das mercadorias. Exemplo.
Se o preço da margarina cair 10%, mas o preço da manteiga também cair 10%, nada
deve acontecer com a demanda dos dois bens, apesar de serem substitutos. Supõe-se
também uma queda na renda de 10%, para que os compradores não tenham a
sensação de ambos os bens estarem mais baratos e as demandas de ambos
aumentarem. Nesse caso, apesar de ambos os preços, em termos absolutos, terem
variado, em termos relativos (um em relação ao outro), não houve mudança.
Agora, se apenas o preço da margarina cai, o preço da manteiga permanecendo o
mesmo, provavelmente ocorrerá aumento da quantidade demandada de margarina e
cairá a demanda de manteiga. Isso, sem que se altere o preço absoluto da manteiga.
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RESUMO
A Oferta representa a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender
em determinado período de tempo (semana, ano, mês). Por isso, representa um fluxo. No estudo,
pressupõe-se um plano ou intenção dos produtores e vendedores. Utiliza-se também o conceito teórico
do coeteris paribus, ou tudo o mais é mantido constante.
Observando-se a oferta, verifica-se uma relação direta de causa e efeito entre o preço e a quantidade
demandada. Isso possibilita definir um comportamento “geral” do conjunto de ofertantes racionais na
busca de pontos que maximizem os lucros e minimizem os custos nos seus negócios, tidos como Lei
geral da oferta. Quando o preço cai (causa), a quantidade vendida se reduz (efeito); quando o preço
sobe (causa), a quantidade vendida se eleva (efeito), mantidos os demais fatores constantes (coeteris
paribus).
A representação matemática é dada por coeteris paribus Qx0 = ƒ(Px), sendo ƒ’(Px) > 0, ou seja, a primeira
derivada é positiva, mostrando relação direta entre as variáveis (declividade positiva da curva de oferta)
e confirmando a Lei Geral da Oferta.
45
154 – Microeconomia | Unidade 03
A quantidade ofertada de um produto também é afetada pelo preço de outros bens – os concorrentes
ou substitutos –, pelo preço dos bens complementares e pelos fatores de produção e a intensidade em
que tais fatores são utilizados.
Os substitutos são descritos matematicamente por: Qx0 = ƒ(Ps) supondo coeteris paribus, sendo ƒ’(Ps)<0.
Ou seja, a primeira derivada é negativa, a relação entre as variáveis é inversa; portanto, ao variar o
preço de um bem substituto do bem X, a quantidade ofertada de Xvaria no sentido oposto; concorrem,
em termos de recursos de produção. A estimular X, automaticamente, seu substituto torna-se menos
atraente.
Os complementares são descritos matematicamente por: Qx0 = ƒ(Pc), supondo-se tudo o mais constante
e sendo ƒ’(Pc)> 0; ou seja, a primeira derivada é positiva, a relação entre as variáveis é direta; portanto,
variações no preço de um bem complementar de X geram variações da quantidade ofertada do
bem X no mesmo sentido, pois são produtos ‘conjuntos’ em seus recursos de produção.
Os fatores de produção também afetam a quantidade ofertada pelo produtor. Sua relação matemática
é: Qx0 = ƒ(Pf), supondo tudo o mais constante. Sendo ƒ’(Pf)< 0, a primeira derivada é negativa, a relação
entre as variáveis é inversa; portanto, aumentos nos preços dos fatores produtivos, utilizados na
fabricação de um produto qualquer, acarretarão aumentos de custos, fazendo com que o produtor
ofereça quantidade menor a cada preço. Tem-se, nesse caso, diminuição da oferta.
As inovações tecnológicas também afetam a quantidade ofertada pelo produtor. Sua relação
matemática é: Qx0 = ƒ(PT), supondo-se tudo o mais constante, sendo ƒ’(PT)> 0, ou seja, a primeira
derivada é positiva, a relação entre as variáveis é direta. Se a inovação possibilitar a obtenção de maior
volume de produção, a custos menores, os produtores do bem beneficiado pela inovação poderão
produzir quantidade maior a cada preço.
As variações das quantidades demandadas ou ofertadas referem-se a movimentos ao longo das próprias
curvas. Isso, em virtude da variação do preço do próprio bem ou serviço que está sendo analisado,
mantendo as demais variáveis constantes. As variações das curvas dizem respeito a deslocamentos para
a direita ou para a esquerda, provenientes de mudanças nas condições coeteris paribus.
Na Microeconomia, são relevantes os preços relativos ou relação entre os preços dos vários bens, mais
do que os preços absolutos(específicos do bem ou serviço) das mercadorias. Caso os preços dos bens
analisados variem na mesma proporção, diz-se que, em termos absolutos, variaram; mas, em termos
relativos, não houve mudança. Portanto, não gerou efeitos sobre as curvas.
46
154 – Microeconomia | Unidade 03
O primeiro conceito a ser definindo é o de produção, que é o processo de transformação dos fatores
adquiridos pela empresa em produtos para a venda no mercado. A organização na qual há empregador
ou empresário, e um ou mais empregados, é apenas intermediária. É importante ressaltar que o
conceito de produção não se refere apenas aos bens físicos e materiais, mas também a serviços, como
transportes, atividades financeiras, comércio e outras atividades.
Se, a partir da combinação de fatores, for possível produzir um único produto ou output, tem-se o
processo de produção simples; se for possível produzir mais de um produto, tem-se o processo de
produção múltiplo ou produção múltipla.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
02
Considere a situação na qual um novo processo foi descoberto. Suponha que os mesmos tipos de
insumos foram utilizados para produzir o mesmo tipo de produto do processo anterior. Entretanto, o
novo processo usa menos ou mais dos mesmos insumos e não um insumo a mais para produzir a mesma
quantidade do produto. Alternativamente, pode-se produzir mais do produto com as mesmas
quantidades de cada insumo. Numa situação como essa, o velho processo tornou-se,
agora, tecnicamente ineficiente. É evidente que nenhum produtor para a maximização dos lucros usaria
mais insumos do que o necessário para determinado nível de produto. Portanto, é razoável a suposição
de que uma vez que o processo se torne tecnicamente ineficiente, não mais será utilizado.
48
154 – Microeconomia | Unidade 03
03
A alteração tecnológica, em que é descoberto um novo processo, utilizando os mesmos insumos para
gerar o mesmo processo anterior, pode empregar menos de alguns insumos e mais de outros para
produzir certa quantidade de produto. Não se pode dizer que o velho processo é tecnicamente
ineficiente. De fato, o antigo processo pode continuar a ser usado em algumas situações e o novo, em
outras. A escolha do processo a ser utilizado em cada caso dependerá do preço dos insumos.
Atualmente, tem-se um processo "novo" para a construção de estradas, utilizam-se trabalhadores e
maquinaria sofisticada. No processo antigo, utilizavam-se trabalhadores, picaretas e pás, ou seja, o
processo antigo usava mais mão de obra e menos máquinas sofisticadas. Em uma sociedade na qual
haja muita mão de obra, o processo antigo continuará a ser utilizado, apesar do fato de as empresas
nela atuantes conhecerem a existência de novos métodos. A escolha do processo passa a ser opção
econômica, em vez de puramente técnica. O engenheiro deve ficar à parte; o economista entra em
cena.
A eficiência econômica requer que o valor em unidades monetárias do produto, na relação com
unidades monetárias do recurso insumo, seja maximizado. O uso do recurso é economicamente
eficiente quando o produto resultante maximiza a satisfação total, e agrega os desejos de todos os
indivíduos da sociedade.
O método é tecnicamente eficiente (eficiência técnica ou tecnológica) quando, comparado com outros
métodos, utiliza menor quantidade de insumos, para produzir quantidade equivalente do produto.
A eficiência econômica está associada ao método de produção mais barato (os custos de produção
menores) relativamente a outros métodos. Ele permite produzir a mesma quantidade de um produto
com menor custo de produção.
04
2 - FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
O empresário, ao decidir o que, como e quanto produzir, com base nas respostas do mercado
consumidor, procura variar a quantidade utilizada dos fatores para, com isso, variar a quantidade
produzida do produto.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
A função produção, assim definida, admite sempre que o empresário esteja utilizando a maneira mais
eficiente de combinar os fatores e, consequentemente, obter a maior quantidade do bem produzido,
supondo-se que a questão da melhor tecnologia de produção já esteja resolvida pela área de
Engenharia.
Onde:
Para efeitos didáticos, tornando a função genérica operacional, é adotada uma simplificação que a reduz
a uma função de apenas duas variáveis:
Onde:
Supõe-se que todas as variáveis (Q, L, K) são expressas num fluxo no tempo; isto é, consideradas ao
longo de um dado período de tempo (produção mensal, produção anual etc.). Supõe-se também que
o nível tecnológico é dado ou determinado, tendo em vista ser questão pertinente à área de engenharia,
que interessa à eficiência econômica.
50
154 – Microeconomia | Unidade 03
Cabe ressaltar que essas formulações da função de produção buscam medir a contribuição dos fatores
de produção provenientes do estágio que estiver sendo analisado. Calcula-se o valor “acrescentado” ou
“agregado” de produção criada nesse processo (Q). Portanto, não são contabilizadas as produções
provenientes de estágios produtivos anteriores.
05
curto prazo
longo prazo
Os fatores de produção também recebem classificação, em razão da sua relação com a produção e sua
variabilidade. Isso, posteriormente, facilitará a análise da teoria dos custos da produção. Dividem-se em
dois tipos:
Numa distinção arbitrária entre o curto e o longo prazo aplicados a fatores de produção fixos e
variáveis, diz-se que o fator fixo de produção é aquele cuja quantidade não pode ser expandida em
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154 – Microeconomia | Unidade 03
período curto de tempo, sem aumento substancial do custo, por unidade, do fator fixo. Mas a
quantidade pode ser alterada no longo prazo, sem que haja aumento no custo por unidade.
Longo prazo é o período de tempo em que todos os fatores podem ser alterados sem que isso gere
aumento no custo por unidade. O longo prazo é um esquema de decisões de investimento.
Curto prazo é o período de tempo no qual as firmas aumentam alguns insumos, não
todos, para elevar a produção. Ou diminuem alguns, não todos, para produzir menos.
Geralmente, a empresa atende a aumento temporário na demanda de produção,
pagando horas extras a seus trabalhadores. Mas, com maior frequência, deixa o
tamanho da fábrica e os equipamentos inalterados.
Geralmente, um fator fixo de produção não pode ser alterado em curto prazo,
somente em longo prazo. Mas, o que significa dizer "não pode ser alterado"? Para
exemplificar, um gerador de energia, já colocado, precisa ser classificado como fator
fixo de produção no curto prazo, porque, nesse, é difícil expandir a quantidade de
geradores de energia. Entretanto, essa é uma observação incompleta da realidade. A
custo suficientemente alto, uma empresa fornecedora de eletricidade pode instalar
um gerador de energia em período relativamente curto de tempo. Ou, a preço alto,
pode-se comprar um gerador de energia adicional e tê-lo entregue rapidamente.
06
A função só pode ser definida para níveis positivos dos fatores de produção e do produto; ou seja, Q>
0, x1> 0 ou N> 0, x2> 0 ou K> 0. Outra consideração importante é que a função de produção se modifica
com o nível de tecnologia. Portanto, para realizar a análise, estuda-se o fator variável mantendo-se não
apenas todos os demais fatores constantes, mas também todas a condições (coeteris paribus).
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154 – Microeconomia | Unidade 03
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Produtividade marginal do fator (Pmg) representa a relação entre as variações do produto total e as
variações da quantidade utilizada do fator. Ou seja, é a variação do produto total quando ocorre uma
variação no fator de produção.
• Produtividade marginal da mão de obra:
Quando a função de produção é contínua e diferencial, ou seja, podem ocorrer variações infinitesimais
e não apenas variações
discretas (de uma em uma unidade de fator), utilizam-se as derivadas do produto em relação aos
insumos (onde se encontram os símbolos de variações discretas: substitui-se por d).
Considere-se 10 alqueires de terra (fator fixo) utilizados para produzir arroz. Variando a mão de obra
utilizada na lavoura (fator variável) – de maneira que os aumentos de produção dependerão do
aumento de mão de obra, já que quantidade de alqueires que disponho para plantio se mantém
constante –, como se comportará a produção, alterando-se as proporções dos fatores fixos e variáveis?
Veja na tabela nº 01.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
Tabela nº 01
Nesse caso, a produção de arroz aumentará até certo ponto e depois decrescerá. A maior quantidade de
homens para trabalhar, associada à área constante de terra, permitirá que a produção cresça até um
máximo e, depois, passe a decrescer. Isso ocorre devido à Lei das proporções variáveis, ou ainda, como
é mais conhecida Lei dos rendimentos decrescentes.
09
Verifica-se que, de início, podem ocorrer rendimentos crescentes, isto é, os acréscimos de utilização do
fator variável provocam incrementos na produção. A partir da quarta unidade de mão de obra incluída
no processo produtivo, começam a surgir os rendimentos decrescentes. A oitava unidade, associada a
10 unidades do fator fixo terra, maximiza o produto (44 unidades). A produtividade marginal dessa
oitava unidade é nula. Daí por diante, cada unidade do fator variável mão de obra, associada às 10
unidades do fator fixo terra, passará a ser ineficiente; ou seja, sua produtividade marginal torna-se
negativa.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
10
A Lei dos rendimentos decrescentes é fenômeno de curto prazo com, pelo menos, um insumo fixo. Se,
no exemplo anterior, a quantidade de terra também fosse variável (por exemplo, passasse de 10 para 15
alqueires), o produto total teria comportamento completamente diferente. Se isso ocorrer, sairemos de
uma análise de curto prazo e entraremos na análise de longo prazo, pois também o fator capital variará.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
Como pode ser observada, a curva do produto (físico) total inicialmente sobe a taxas crescentes, depois
a taxas decrescentes, até atingir seu máximo; em seguida, decresce. As curvas de produtividade média e
marginal são construídas a partir da curva do produto total.
11
Ao relacionar-se a produção total (produto físico total) com o comportamento das respectivas
produtividades média (produto físico médio) e marginal (produto físico marginal), podem ser
identificados três estágios distintos da produção (representados no gráfico):
A fronteira entre os estágios II e III determina o limite das decisões racionais dos empresários e é
denominada região econômica de produção. Se produzir no estágio I, sua produção é lucrativa, mas
poderá produzir mais; isso porque maiores quantidades do fator variável aumentam o produto mais que
proporcionalmente; dessa forma, a empresa sempre tem um incentivo para ultrapassar esse estágio.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
Certamente, não irá operar no estágio III, pois, ao nível de uma firma individual, não é fácil imaginar que
um empresário racional permita que a situação chegue a ponto de o produto marginal ser negativo, ou
seja, optar pelo prejuízo. Antes que isso ocorra, ele, por certo, procurará investir em novas instalações,
ou comprar mais máquinas. No nível agregado, existe exemplo clássico na literatura econômica,
denominado desemprego disfarçado.
12
Desemprego disfarçado
Pode ser verificado em agriculturas de subsistência, não voltadas ao mercado (por exemplo, a de roça)
em famílias muito numerosas, onde os filhos dos agricultores permanecem na região, ajudando no
plantio, sem que isso represente aumento no produto agrícola. De forma que a retirada de parte dessa
população do campo não provocaria queda do produto agrícola (ou seja, a produtividade marginal na
mão de obra é nula). A transferência desse tipo de mão de obra para as regiões urbanas, embora em
atividades de pouca qualificação, pode ser um dos primeiros requisitos para que um país inicie um
processo de industrialização e de crescimento econômico.
13
RESUMO
A teoria da produção preocupa-se com a relação técnica ou tecnológica entre a quantidade física de
produtos (outputs) e de fatores de produção (inputs), tratando apenas das relações físicas.
Produção é o processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa, uma intermediária em
produtos ou serviços para a venda no mercado.
Métodos de produção representam as formas como esses insumos são combinados em função da
tecnologia conhecida disponível. Podem ser intensivos, por utilizar mais de um determinado insumo em
relação a outros insumos.
A eficiência técnica inerente a um processo diz respeito à sua capacidade de produzir utilizando certa
quantidade de insumos. Uma tecnologia é mais eficiente quando produz a uma quantia de bens ou
serviços utilizando menos insumos. Sob a ótica econômica, será eficiente aquela que permite produzir a
mesma quantidade de um produto com o menor custo de produção.
A função produção é a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade
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154 – Microeconomia | Unidade 03
física utilizada dos fatores de produção em determinado período de tempo; é conceito mais “físico” ou
“tecnológico”, diferentemente da função oferta, que também relaciona preços com quantidades físicas.
Por simplificação, a função é representada ou ainda, onde, L é
a quantidade utilizada de mão de obra e K é a quantidade utilizada de capital físico.
No estudo econômico, o “tempo” é fundamental para interpretação das relações entre as variáveis.
O curto prazo representa o período de tempo em que a empresa aumenta alguns insumos, mas não
todos. Existe pelo menos um fator fixo, pois, se expandida num período curto de tempo, aumenta
A lei dos rendimentos decrescentes demonstra que, ao acrescentar um fator mantendo os demais
constantes, a produção crescerá inicialmente as taxas crescentes; depois as taxas decrescentes e, por
fim, novas unidades do fator reduzem a produção total. Isso pode ser observado por meio da
produtividade marginal do fator variável.
O produtor racional deverá optar por alguns dos pontos do trecho da curva em que o produto cresce a
taxas decrescentes antes do ponto de produtividade marginal zero, pois representaria prejuízo.
A hipótese de que todos os fatores são variáveis (mão de obra, capital, instalações, matérias-primas
etc.) caracteriza a análise de longo prazo, enquanto no curto prazo existe pelo menos um fator fixo.
Supondo-se a função de produção simplificada, considerando a participação de apenas dois fatores de
produção, a mão de obra (x1 ou L) e o capital (x2 ou K) é representada da seguinte forma:
Ambos os fatores variando, para certas combinações de capital e mão de obra, há geração de certos
níveis de produto. Pode-se utilizar o esquema geométrico da Teoria de produção, semelhante ao
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154 – Microeconomia | Unidade 03
02
2 - ISOQUANTAS
Os modos alternativos de produzir determinada quantidade de bens podem ser representados por
esquema geométrico tecnicamente chamado de Curva de indiferença de produção, Curva de igual
produção e, ainda, Isoproduto; ou, como é mais comumente conhecida nos livros de
economia, Isoquanta da produção.
Apresenta-se uma isoquanta hipotética conforme o Gráfico nº 01. O eixo horizontal mede a mão de
obra expressa em fluxo de serviços por período de tempo; o capital expresso em fluxo de unidades do
fator capital por período de tempo é representado no eixo vertical.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
geométrico das coordenadas dos pontos) que mostra todas as combinações possíveis
de dois insumos (capital e mão de obra em nosso exemplo) fisicamente capazes de
gerar uma mesma quantidade de produto.
A primeira parte da palavra isoquanta vem do grego “iso” que significa “o mesmo”,
enquanto a segunda parte é apenas abreviação para quantidade.
03
Pode-se, ainda, representá-la por família de isoquantas, mapa de isoquantas ou mapa de produção,
representando o conjunto de isoquantas, como no Gráfico nº 02, correspondente aos diferentes níveis
de produção, possíveis de se alcançar com a tecnologia. Os níveis mais baixos de produto são
representados pelas isoquantas mais próximas da origem (Q1) e, quanto mais afastado da origem,
maiores os níveis de produção (Q2, Q3 etc.).
Nesse mapa, o formato das isoquantas identifica o grau de substitutibilidade, que é tecnicamente
possível entre os fatores. Nas curvas mostradas até o momento, trata-se implícita ou explicitamente
de funções de produção de proporção variável; ou seja, qualquer combinação de capital e mão de obra
pode ser utilizada na produção. No caso de uma linha convexa em relação à origem, os fatores
serãosubstitutos, porém não perfeitos. Entretanto, é possível que dois insumos – tais como carros e
volantes, ou um par de sapatos – possam ser utilizados em proporções fixas. É possível demonstrar
como deve ser a aparência das isoquantas numa função de produção de proporções fixas. A proporção
do capital com a mão de obra é fixada física e imutavelmente.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
A proporção é dada pela inclinação do raio ON. As isoquantas são necessariamente ângulos retos. Para
a produção Q1 é necessário usar o capital e o trabalho na proporção L1K1. Dada a quantidade de mão de
obra L1, não importa se é utilizado mais capital do que K1. De fato, superior a K1, seria tecnicamente
ineficiente. O único produto disponível é Q1.
Inversamente, dada a quantidade de capital K1, não importa s e é usada mais mão de obra do que L1.
Mais do que L1, seria tecnicamente ineficiente e o próximo nível de produção é Q2. Aí, a quantidade
necessária de mão de obra é L2 e a quantidade de capital, K2. A proporção L2: K2 é igual à proporção L1:
K1. Esta é a natureza das funções de produção de proporção fixa. Nesse caso, os fatores não serão
substitutos.
O mundo real não exibe grande número de funções de produção de proporção fixa. Quando as
isoquantas são perpendiculares, como noGráfico nº 03, dizemos que os insumos são perfeitamente
complementares; isto é, devem ser utilizados em proporções fixas. Nesses casos, é útil falar da
demanda de pacotes de dois insumos em sua proporção fixa.
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Quando a isoquanta tiver formatos de linha reta, os fatores serão substitutos perfeitos entre si, como
no gráfico que segue.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
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154 – Microeconomia | Unidade 03
obra , de forma que o produto permaneça constante para qualquer combinação dos fatores.
Dessa forma, a TMST revela a perda de produção devido ao pequeno decréscimo de participação de um
fator (capital), exatamente igual ao ganho de produção, devido ao pequeno acréscimo de participação
do outro fator (mão de obra).
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Rendimentos de escala
Aumentando-se a utilização dos fatores em 10%, o produto cresce 20%. Equivale a dizer
que a produtividade dos fatores aumentou.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
Numa siderúrgica, não existe "meio forno"; quando se adquire mais um forno, deve
ocorrer um grande aumento na produção.
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Na representação gráfica dos rendimentos de escala, pode se considerar a condição de que a distância
entre as isoquantas representa a escala de produção e identifica o comportamento dos rendimentos
marginais de escala (para que possamos compará-las), como representado no Gráfico n0 05.
O produto aumenta na mesma proporção (100) para acréscimos cada vez menores dos fatores
envolvidos no processo produtivo (as distâncias entre as isoquantas são cada vez menores), ou seja, os
rendimentos dos fatores estão crescendo.
09
• Rendimentos constantes de escala. Ocorrem quando a variação do produto total é
proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção: aumentando-se a
utilização dos fatores em 10%, o produto também aumenta em 10%.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
O produto aumenta na mesma proporção (100) para acréscimos também proporcionalmente iguais dos
fatores envolvidos no processo produtivo (as distâncias entre as isoquantas são as mesmas), ou seja, os
rendimentos dos fatores são constantes.
10
• Rendimentos decrescentes de escala (ou deseconomias de escala) ocorrem quando a
variação do produto é menos do que proporcional à variação na utilização dos
fatores. Exemplo.
Como principais causas geradoras dos rendimentos decrescentes de escala, podemos apontar:
Aumenta-se a utilização dos fatores em 10% e o produto cresce em 5%. Houve, nesse
caso, uma queda na produtividade dos fatores.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
O produto aumenta na mesma proporção (100) para acréscimos cada vez maiores dos fatores
envolvidos no processo produtivo (as distâncias entre as isoquantas são cada vez maiores), ou seja, os
rendimentos dos fatores são decrescentes.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
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RESUMO
A hipótese de que todos os fatores são variáveis (mão de obra, capital, instalações, matérias-primas
etc.) caracteriza-se na análise de longo prazo, que é representada pela função de produção: q = ƒ (x1, x2),
ou, ainda, q = ƒ (L, K) em que (x1 ou L) é a mão de obra e(x2 ou K) o capital.
Sendo ‘q’ um produto e supondo-se que podemos obter várias combinações de ‘L’ e ‘K’ – que geram
nível de produção constante ‘q’, fazendo analogia ao esquema geométrico das curvas de indiferença –,
temos a chamada Curva de indiferença de produção. É a Curva de igual
produção, isoproduto ou isoquanta da produção. É curva no espaço dos insumos com todas as
combinações possíveis de dois insumos (capital e mão de obra) fisicamente capazes de gerar mesma
quantidade de produto.
Num gráfico, os níveis mais baixos de produto são representados pelas isoquantas mais próximas da
origem, enquanto os mais elevados, pelas mais afastadas da origem. As isoquantas são negativamente
inclinadas. São convexas em relação à origem, quando os insumos podem ser substitutos entre si, de
forma imperfeita ou fixa (curvas perpendiculares) ou em linha reta, quando forem substitutos perfeitos.
Elas nunca se cruzam.
Taxa marginal de substituição técnica (TMST) indica a declividade da isoquanta em cada ponto; mede a
relação entre os acréscimos de um insumo em detrimento dos decréscimos de outro a fim de manter o
mesmo produto. Este é também chamado produto físico marginal das unidades adicionais do fator e
pode ser positivo (se cresce) ou negativo (se decresce), de forma que a TMST é sempre
decrescente (negativa).
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154 – Microeconomia | Unidade 03
O empresário escolhe a melhor combinação dos fatores de produção, na geração do produto, com base
nas despesas de produção, tendo em vista que insumos não são bens livres; ao contrário, são bens
econômicos e, portanto, para poder utilizá-los é necessário pagar um preço.
Sob a hipótese de racionalidade dos agentes envolvidos nas decisões econômicas, incluindo-se nesse
grupo o produtor, a empresa deverá possuir uma conduta de otimização. Ou seja, para cada nível de
produção, a empresa realiza sempre um nível ótimo de custos, que poderá ser obtido quando for
possível alcançar um dos dois objetivos seguintes:
Em qualquer uma das situações, a firma estará maximizando ou otimizando seus resultados. Estará,
pois, em situação em que na teoria econômica denomina-se equilíbrio da firma.
02
Dessa diferença do enfoque contábil para o econômico, resulta clara distinção da avaliação privada, que
é financeira e específica da empresa, e avaliação social, que analisa custos e benefícios para toda a
sociedade derivada da atividade produtiva; principalmente no que tange a projetos de investimento.
São as chamadas externalidades ou economias externas. Por exemplo.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
nem toda informação é valiosa. Outro efeito é o fato de que essas tecnologias são poupadoras de mão
de obra, o que tem gerado, por exemplo, muitas demissões no setor bancário, caso em que foram
geradas externalidades negativas com o uso das modernas tecnologias da informação.
Custos explícitos são aqueles pagos por insumos, como salários dos funcionários,
custos de materiais, depreciação e manutenção de instalações e equipamentos.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
03
Os custos associados ao tamanho da firma (K) não mudam, nem quando a firma muda seu nível de
produção, nem com produção zero, ou mesmo produzindo em sua capacidade máxima. A firma incorre
nos mesmos custos, ocorrendo os então chamados custos fixos totais(CFT), representados pela
quantidade utilizada do fator fixo, multiplicado pelo seu preço:
CFT = PK x QK
No caso dos custos da mão de obra (L) e das matérias-primas (MP), os custos mudam quando a
produção varia dentro de certos limites, dependendo da quantidade produzida. São chamados de custos
variáveis totais (CVT).
Havendo insumos fixos e variáveis e respectivos custos, ao se associarem essas relações, pode-se
formular a equação do custo total de curto prazo (CTCP).
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154 – Microeconomia | Unidade 03
04
Pode-se definir que o custo total de curto prazo é o que depende do nível de produção da empresa
associado ao volume de gastos com a utilização dos fatores fixos de produção. Também se pode concluir
que, pelo fato de o CFT permanecer constante no curto prazo, as modificações decorrentes
do CVT provocarão variações no CTCP. Os gráficos a seguir mostram as curvas de CFT, CVT e CTCP. No
primeiro, apresenta-se o caso de rendimentos constantes (linear) e, em seguida, o dos rendimentos
variáveis.
Gráfico nº 01
Gráfico nº 02
Nota-se ainda que, pelo formato das curvas, tanto o CTCP quanto o CVT crescem a taxas decrescentes e,
depois, aumentam a taxas crescentes; ou seja, o início da produção ocorre a custos decrescentes,
devido a não “saturação” do fator fixo (instalações) pelos fatores variáveis (mão de obra e matérias-
primas). Contudo, no decorrer do processo produtivo, ao acrescentarem mais fatores variáveis ao fator
fixo, os custos crescem a taxas crescentes. Esse fenômeno sempre ocorrerá no curto prazo devido à
existência de um fator fixo, chamado de lei dos custos crescentes.
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154 – Microeconomia | Unidade 03
05
A partir do custo total de curto prazo, é possível definirem-se outros custos de curto prazo
fundamentais para a análise do comportamento da produção. São eles:
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154 – Microeconomia | Unidade 03
06
O custo marginal é um tipo especial de custo. Relaciona-se com o custo total de produção apenas em
decorrência do comportamento do custo variável total. Todos os demais custos podem ser derivados
dele. Observem o exemplo da Tabela nº 01.
Com base nos conceitos e na Tabela nº 01, conclui-se que o custo variável total representa a soma dos
custos marginais – sendo o custo marginal acrescentado ao custo variável total por unidade adicionada.
Quando o custo variável médio e o custo total de curto prazo forem divididos pela quantidade e o custo
variável total for a soma dos custos marginais, o CVMe será, também, a média dos custos marginais.
CVT = Q x CVMe
Intuitivamente, se o custo marginal (o adicional de custo por unidade produzida) supera o custo médio,
é evidente , analogamente, que o médio crescerá. Se o custo marginal for inferior ao custo médio, o
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154 – Microeconomia | Unidade 03
médio cairá. A regra vale para a relação de todos os custos médios com o custo marginal, ou seja, pode-
se usar como regra que o custo médio tende sempre para o marginal.
07
Tem-se, ainda, que o mínimo do CVMe ocorre quando o CMg é igual ao CVMe.
A demonstração gráfica a seguir mostra, mais claramente, as afirmações realizadas, tendo em vista que
indicam os custos em todos os níveis de produção e não apenas naqueles escolhidos para o exemplo da
tabela, como pode ser verificado.
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3 - CUSTOS NO LONGO PRAZO
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O empresário passa a ser elemento fundamental, pois o comportamento do custo total e do custo
médio de longo prazo está intimamente relacionado ao tamanho ou à dimensão da planta produtiva, o
qual varia em cada ponto dessas curvas. É resultado exclusivo da tomada de decisão ou da escolha do
administrador para operar em longo prazo.
Sendo assim, o custo total de longo prazo (CTLP) representa o total de despesas decorrentes da
utilização dos fatores de produção; ou seja, decorre da multiplicação de seus preços pelas quantidades
utilizadas de cada um deles, sendo todos eles variáveis:
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A partir do custo total de longo prazo, como no curto prazo, definem-se os outros custos. São eles:
Custo médio ou total médio de longo prazo (CMeLP ou CTMeLP), conseguido por meio
do quociente entre o custo total de longo prazo e a quantidade produzida:
Cabe ressaltar que cada dimensão de planta representa a situação de curto prazo até que o empresário
opte por outro tamanho de empresa. Isso caracterizaria o longo prazo; logo, para cada ponto ou nível
ótimo de produção, serão iguais os custos totais e os custos médios de curto e de longo prazo.
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dos conceitos de tabelas de indiferença de produção ou de isoquantas e, ainda, do isocusto para definir
o equilíbrio do produtor.
Partindo-se da suposição de os preços dos fatores manterem-se constantes no período da análise, visto
que pequenas variações dos preços gerariam mudanças “radicais” na demanda por esses fatores
(perfeitamente elástica), apresentamos a tabela seguinte e sua respectiva curva de isocusto
representada por uma reta.
Tabela nº 02
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Assim como na reta de restrição orçamentária do consumidor em que a inclinação da curva foi
demonstrada como a relação de preços dos produtos da cesta do consumidor, a inclinação da curva de
isocusto será dada pela razão dos preços dos fatores (no exemplo, capital/trabalho) e o intercepto nos
eixos, sendo a razão do custo do fator pelo seu preço; em outras palavras, no eixo do capital, 60/3=20
no ponto em que o trabalho é zero e, no eixo do trabalho, 60/2=30 no ponto em que o capital é zero.
Graficamente, tem-se:
Gráfico nº 06
Finalmente, podem-se combinar as curvas de isocustos com o mapa de isoquantas para encontrar a
combinação de insumos que maximizará o produto obtido a certo custo "orçado". Portanto, para um
determinado custo total, há uma e apenas uma combinação de trabalho e capital que maximizará o
produto total. Observe-se que o produto máximo para tal custo não equivale a obter lucros máximos;
representa apenas que a produção está sendo maximizada para um dado custo total; ou melhor, a
empresa otimiza seus resultados produtivos. O ponto E, em que a isocusto tangencia a isoquanta mais
elevada possível (Q2), é o ponto em que a empresa atinge o maior nível de produto, compatível com a
restrição de custos imposta pela isocusto.
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Gráfico nº 07
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Outra possibilidade de equilíbrio seria descobrir o que a empresa pretende produzir com o menor custo
possível. Esse nível de produto encontra-se num ponto da isocusto mais próxima da origem que
tangencia uma isoquanta do mapa de produção. Neste caso, o ponto E’, em que a isocusto tangencia a
isoquanta mais próxima da origem possível (Q1), é o ponto em que a empresa pretende produzir para
que atinja o menor nível de custo.
Gráfico nº 08
A possibilidade de escolha de diferentes escalas de produção por parte do empresário – ou seja, de uma
entre as várias dimensões ou tamanhos de planta possíveis, dados os infinitos pontos em que isocustos
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tangenciam isoquantas do mapa de produção – remete ao conceito de via de expansão. Vem a ser o
lugar geométrico das tangentes das diferentes linhas de isocustos e das diferentes isoquantas (obtêm-se
ao unirem-se todos os pontos de tangência do mapa de produção), como no gráfico a seguir:
Gráfico nº 09
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5 - EXCEDENTE DO PRODUTOR
Mede-se o excedente do consumidor como a diferença entre o máximo que uma pessoa pagaria por um
produto e o preço de mercado de tal produto. Um conceito análogo aplica-se às empresas. Se o custo
marginal, ou seja, a variação do custo ao produzir mais uma unidade estiver aumentando, o preço do
produto é superior ao custo marginal para cada unidade produzida, exceto para a última unidade
produzida, pois o produtor receberia menos por essa unidade (o preço pago por ela) do que o custo
para produzi-la. O excedente do produtor de uma empresa é a soma, para todas as unidades de
produção, da diferença entre o preço de mercado de uma mercadoria e o custo marginal de sua
produção.
Portanto, a dimensão do benefício das empresas com o excedente do produtor dependerá dos seus
custos de produção. Empresas de alto custo têm menor excedente do produtor; empresas de baixo
custo têm maior excedente. Somando-se os excedentes do produtor de todas as empresas, pode-se
determinar o excedente do produtor para o mercado, como no gráfico a seguir. Desta forma, o
excedente do produtor mede a área situada acima da curva de oferta de um produtor e abaixo do preço
de mercado.
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Gráfico nº 10
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RESUMO
Como os insumos são bens econômicos e, portanto, é necessário pagar preços para poder utilizá-los,
torna-se imperiosa a escolha da melhor combinação dos fatores de produção na geração do produto
com base nas despesas de produção.
Sob a hipótese de racionalidade, o produtor deverá possuir uma conduta de otimização dos custos,
buscando o equilíbrio da firma, mediante a maximização da produção para um dado custo total ou da
minimização do custo total para um dado nível de produção.
Na análise microeconômica, tratam-se tanto dos custos explícitos (contábeis) como dos custos
implícitos (custos de oportunidade), gerando, assim, externalidades que podem ser positivas, caso
gerem mais benefícios sociais do que privados, ou negativas, no caso oposto.
Na Teoria da Produção, quando existe pelo menos um fator fixo identificado – por exemplo, o tamanho
ou dimensão da planta da firma –, dizemos que estamos no curto prazo.
A quantidade de fatores fixos (aqueles que não mudam nem com produção zero e nem com
máxima) multiplicada pelo seu preço resulta nos chamados custos fixos totais (CFT).
Nos fatores que variam com os níveis de produção (mão de obra, matérias-primas etc.),
ao multiplicar suas quantidades por seus respectivos preços, temos os custos variáveis totais (CVT).
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Da soma dos custos dos insumos fixos e variáveis, temos o custo total de curto prazo (CTCP) e a partir
deste são definidos os: custo total médio (CMe ou CTMe) = CTCP/Q; custo variável médio (CVMe) =
CVT/Q; custo fixo médio (CFMe) = CFT/Q; custo marginal (CMg) = CTCP/ Q ou CVT/ Q.
Ao usar como regra que o custo médio tende sempre para o marginal,
temos: CVMemínimo quando CMg = CVMe e CTMemínimo quando CMg = CTMe.
A existência de um fator fixo (instalações) gera custos decrescentes no início da produção, mas, no
decorrer da produção, devido à “saturação” do fator fixo pelos fatores variáveis (mão de obra e
matérias-primas) ao acrescentarmos mais insumos, os custos crescem a taxas crescentes. Esta é a Lei
dos Custos Crescentes. O curto prazo é caracterizado pela existência de pelo menos um fator fixo.
No longo prazo, todos os fatores de produção são variáveis, incluindo o tamanho ou a dimensão da
empresa, e das quantidades utilizadas multiplicadas pelos respectivos preços, temos o custo total de
longo prazo (CTLP) e dele derivam o custo médio ou total médio de longo prazo (CMeLP ou CTMeLP) =
CTLP/Q; custo marginal de longo prazo (CMgLP) = CTLP/ Q.
Isocusto é a linha em que todos os pontos são de combinações de fatores que resultam sempre na
mesma despesa total para a empresa. A inclinação da curva é dada pela razão de preços dos fatores.
Via de expansão é o lugar geométrico formado pela união dos pontos de tangência do mapa de
produção com as diferentes linhas de isocustos (dada a escala de produção).
Excedente do produtor é a soma, para todas as unidades de produção, da diferença entre o preço de
mercado de uma mercadoria e o custo marginal de sua produção, portanto, quanto menores os
custos de uma empresa, maiores os excedentes do produtor.
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