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REVISÃO CRIMINAL

Ação autônoma de impugnação (não é recurso). O momento de manifestação da


revisão criminal é após a sentença transitada em julgada, nas hipóteses
taxativamente previstas em lei. Não há revisão criminal em malefício da parte (art.
626, parágrafo único, CPP).
A revisão pode ser requerida em qualquer tempo e é peça privativa de advogado.

Hipóteses de cabimento (art. 621, CPP):


1) quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à
evidência dos autos.
- a contrariedade deve ser manifesta.
2) quando a sentença condenatória se fundar em documentos comprovadamente
falsos
- é possível revisão criminal do tribunal do júri. Desde que a tese seja de anulação
do julgamento e submissão a novo júri.
3) quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da
pena.

Competência
No tribunal onde transitou a sentença.

Estrutura
1) Endereçamento: presidente do órgão recursal competente para apreciação da
revisão criminal
2) Apresentação
- nome e qualificação
- conforme procuração anexa
- nomen juris da peça: REVISÃO CRIMINAL
- fundamento: art. 621, indicar inciso, CPP
- não se conformando com a sentença condenatória já transitada em julgado
conforme certidão em anexo, pelas razões de fato e direito a seguir expostas.
3) Fatos
4) Do direito
* revisão criminal não tem preliminares.
- Demonstrar a situação líquida e certa para modificar a situação do condenado.
* Verificar possibilidade de detração da pena, a depender da hipótese.
5) Pedido
Pede-se o deferimento do pedido revisional e a reforma da decisão (indicando qual
é o tipo de reforma que se quer, nos termos do art. 626, CPP: absolvição,
desclassificação; diminuição de pena; anulação da sentença).
* A revisão criminal não tem rol de testemunha. A prova eventualmente utilizada
em revisão criminal é produzida em procedimento de justificação.

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