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ESCOLA DE ENGENHARIA
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
ENGENHARIA ELÉTRICA
Goiânia
2015
DIEGO SILVEIRA FONSECA
DOUGLAS PEREIRA ALVES
LUIZ GONZAGA FERREIRA NETO
SHAYENE KARLA MARQUES CORRÊA
THIAGO SILVA CÂNDIDO
Goiânia
2015
DIEGO SILVEIRA FONSECA
DOUGLAS PEREIRA ALVES
LUIZ GONZAGA FERREIRA NETO
SHAYENE KARLA MARQUES CORRÊA
THIAGO SILVA CÂNDIDO
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Prof. Me. Carlos Alberto Vasconcelos Bezerra
Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC-GO
________________________________________
Prof. Me. Charles dos Santos Costa
Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC-GO
________________________________________
Prof. Dr. Ézio Fernandes da Silva
Instituto Federal de Goiás – IFG
Goiânia
2015
Dedicado aos nossos pais.
Agradecimentos
Agradecemos aos nossos pais, que sempre apoiaram nossas escolhas, nunca deixaram de
nos incentivar e de tentar nos entender nos momentos mais difíceis.
Ao nosso orientador Prof. Me. Bezerra, cujo papel foi imprescindível para o
desenvolvimento deste trabalho, pois nos ensinou muito além da Engenharia, através de
sua paciência e esforço para realizar sempre o melhor.
Para análise, é discorrida uma breve conceituação sobre conversores CC-CC, apresentando
outros modelos e suas características. Também é apresentada a importância do Driver e
exemplificados dois métodos de controle de rastreamento do ponto de máxima potência.
O projeto do conversor, das placas auxiliares e do controlador, bem como as simulações
para comprovação da metodologia, são descritos minuciosamente. Os ensaios realizados
revelaram que o método de controle foi capaz de rastrear e alcançar a máxima potência
do modelo proposto de termogerador.
The search for alternative sources of producing energy has for long left being just some
idealists’ dream. It’s already a concrete and reliable reality, as seen in many countries.
The following work is a study on thermoelectric generators implemented by a DC-DC
converter, Boost type, with duty cycle controlled by an ARDUINO® microcontroller that
executes a tracking algorithm to the point of maximum efficiency through Perturb and
Observe (P&O) method.
For the analysis, it’s briefly broach the concept of DC-DC converters, displaying other
models and its features. It’s also presented the importance of the Driver and exemplified
two methods of maximum power tracking control. The design of the converser, the aiding
boards and the controller, as well as the simulations that justify the methodology, are
thoroughly descript. The essays performed revealed that the method for controlling was
able to track and reach the maximum power of the proposed model of thermogenerator.
CC Corrente Contínua
PO Pertube e Observe
TEG Termogerador
Lista de símbolos
α Coeficiente de Seebeck
A Área
C Capacitância
F Faraday
Fs Frequência de chaveamento
h
A Fator de geometria
h Altura
H Henry
IL Corrente no indutor
I Corrente elétrica
Is Corrente de entrada
K Kelvin
L Indutância
m2 Metros quadrados
m Metros
µ Micro
o
C Graus Celsius
ω Frequência angular
Ω Resistência [Ohm]
Pn Potência nominal
Po Potência de saída
Qj Aquecimento Joule
q Calor
ρ Resistividade do material
RL Resistência do indutor
R Resistência da carga
Θ Secção do condutor
t Tempo
Vo Tensão de saída
Vs Tensão de entrada
T Temperatura
V Variação de tensão
W Potência [Watts]
Sumário
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.2 História . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.3 Evolução da Tecnologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.4 Objetivos do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.5 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
2 TERMOGERADOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.2 O Efeito Termoelétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.3 Coeficientes de Seebeck, Peltier, Joule, Thompson e Convecção . . . . . 22
2.3.1 Convecção Térmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.3.2 Efeito Joule . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.3.3 Efeito Peltier . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.3.4 Efeito Seebeck . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.3.5 Fenômeno de Thompson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.4 Modelagem Elétrica do TEG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.5 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.6 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3 CONVERSORES CC-CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.2 Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.3 Modulação por Largura de Pulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.4 Conversor Buck . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.5 Conversor Boost . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.6 Conversor Buck-Boost . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
3.7 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4 DRIVER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.1 Cosiderações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2 Driver de Comando . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.3 Acionamento por MOSFETs e IGBTs . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.4 Modo de Acionamento e Desacionamento . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.5 Características de Comutação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.6 Implementação do Driver . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.7 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6 IMPLEMENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
6.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
6.2 Circuito Completo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
6.3 Sensores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
6.3.1 Efeito Hall . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
6.3.2 Sensor de Tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
6.4 Driver . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
6.5 Controlador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
6.6 Conversor Boost . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
6.7 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
7 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7.1 Considerações Iniciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7.2 Resultados Obtidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
7.3 Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
8 CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
99 BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
ANEXOS 64
1 INTRODUÇÃO
Este capítulo tem como objetivo apresentar um breve histórico acerca da termoge-
ração e sua evolução ao longo dos anos, apresentando os principais efeitos da termoele-
tricidade e os objetivos finais do presente trabalho, para, assim, fazer um panorama do
desenvolvimento apresentado nos capítulos posteriores.
1.2 História
econômica e ambiental. Uma nova geração de módulos termoelétricos tem vindo a surgir à
medida que a engenharia dos materiais progride. Novas formas de produzir energia devido
às diferenças de temperatura têm vindo a emergir e a serem alvos de grande atenção por
parte da comunidade internacional (PACHECO, 2014).
2 TERMOGERADOR
A energia térmica está associada à translação, rotação, vibração e aos estados ele-
trônicos dos átomos e moléculas que constituem a matéria. Existem 3 tipos de transferência
de calor: condução, convecção e radiação.
• Radiação - Energia que é emitida pela matéria devido a mudanças das configu-
rações eletrônicas dos seus átomos ou moléculas e que é transportada por ondas
eletromagnéticas (ou por fótons) (FERNANDES, 2012).
1 h
Θ= (2.1)
KA
T = Θq (2.2)
Onde:
Θ (K/W ) – Resistência térmica do par;
h/A – Fator de geometria;
h – Altura da célula (m);
A – Área de secção transversal (m2);
T – Temperatura (K);
q – Calor (W).
h
R=ρ (2.3)
A
Qj = I 2 R (2.4)
Onde:
ρ – Resistividade do material (Ωm);
Qj – Aquecimento Joule (W);
24
O fenômeno da absorção (ou dissipação) de calor por uma junção entre dois
materiais quando o fluxo de corrente elétrica passa através junção. O calor qp absorvido
ou dissipado pela junção é:
qp = πI (2.5)
Onde:
π (V ) – É um coeficiente dependente da temperatura de Peltier correspondendo a
um par específico de materiais.
π = αT (2.6)
Onde:
α (V /K ) – É um coeficiente de Seebeck.
A diferença de potencial de ambas as junções será:
Onde:
π (a/e) – É um potencial de absorção/emissão das junções;
T (a/e) – É uma temperatura de absorção/emissão das junções.
dα
τ= (2.8)
dT (V /K 2 )
• ∆T - É a diferença de temperatura (K) que pode ser obtida entre os lados frio e
quente, sendo ∆T = Ta − Te ;
Vm2
Rm = (2.9)
Wm
2Vm
αm = (2.10)
∆T
Onde:
Rm - É a resistência interna do TEG;
αm - É o coeficiente de temperatura;
Θm - É a variação de temperatura pela potência;
Wm - É a potência com carga (sendo combinada com a resistência interna);
Vm - É a tensão de saída combinada com a carga;
Voc - É a tensão de circuito aberto;
η opt - É a máxima eficiência.
2.5 Aplicações
Efeito
Nicho Aplicação
Termoelétrico
3 CONVERSORES CC-CC
3.2 Conceitos
A Modulação por Largura de Pulso (em inglês, Pulse Width Modulation – PWM)
consiste em operar-se com frequência constante, variando-se o tempo em que o interruptor
permanece conduzindo. O sinal de comando é obtido, geralmente, pela comparação de um
sinal de controle (modulante) com uma onda periódica (portadora) como, por exemplo,
uma “dente-de-serra”. A Figura 5 ilustra estas formas de onda. Para que a relação entre o
sinal de controle e a tensão média de saída seja linear, como desejado, a portadora deve
29
apresentar uma variação linear. Além disso, a sua frequência deve ser, pelo menos, 10 vezes
maior do que a modulante, de modo que seja relativamente fácil filtrar o valor médio do
sinal modulado, recuperando, sobre a carga, uma tensão contínua proporcional à tensão
de controle (vc ) (POMILIO, 2014).
A tensão da saída deste conversor pode ser obtida através da Equação (3.1):
Vo = Vs D (3.1)
Onde,
Vo - É a tensão de saída;
Vs - É a tensão de entrada;
D - É o Duty Cycle;
Uma análise pode ser feita pelo exame da corrente e tensão no indutor para a chave
fechada e para a chave aberta. Esta análise supõe o seguinte:
Com isto, tem-se que a tensão de saída deste conversor é dada pela Equação (3.2):
Vs
Vo = (3.2)
1−D
Onde,
Vo - É a tensão de saída;
Vs - É a tensão de entrada;
D - É o Duty Cycle;
A Equação (3.2) mostra que se a chave ficar sempre aberta e D for zero, a tensão
na saída será a mesma da entrada. Como o Duty Cycle aumenta, o denominador torna-se
menor, resultando numa tensão maior na saída. O conversor Boost produz uma tensão na
saída que é maior ou igual à tensão na entrada. Contudo, a tensão na saída não pode ser
33
menor que a tensão na entrada, como era no caso do conversor Buck. Como o Duty Cycle
aproxima-se de 1, a tensão na saída vai para infinito, tendo em vista que a Equação (3.2) é
baseada em componentes ideais. Componentes reais com perdas previnem tais ocorrências
(HART, 2012).
A tensão da saída deste conversor pode ser obtida através da Equação (3.3):
D
Vo = −Vs ( ) (3.3)
1−D
Onde,
Vo - É a tensão de saída;
Vs - É a tensão de entrada;
D - É o Duty Cycle;
4 DRIVER
Ao contrário dos transistores bipolares, que são acionados por corrente, os MOSFETs
de potência, com seu gate isolado, são conduzidos por tensão. O princípio básico da
condução do gate permitirá acelerar ou desacelerar a velocidade de comutação de acordo
com a necessidade de aplicação (MAURICE & WUIDART, 2015).
MOSFETs ou IGBTs são simplesmente chaves acionadas por tensão, no qual seu
gate isolado se comporta como um capacitor. Por outro lado, as chaves eletrônicas, como
tiristores e transistores bipolares são controlados por corrente, da mesma forma como
acontece em um diodo PN (MAURICE & WUIDART, 2015).
35
Diversas maneiras podem ser usadas para acionar um MOSFET ou IGBT de forma
que atenue o acionamento dessas chaves eletrônicas. Desta forma é implementado na
construção do conversor CC-CC, tema deste trabalho, um Driver responsável pelo controle
do circuito de comando com o de força, desenvolvido conforme proposto na Figura 15
(CANÔNICO & TREVISO, 2010).
dP
= 0, no PMP (5.1)
dV
dP
> 0, à esquerda do PMP (5.2)
dV
dP
< 0, à direita do PMP (5.3)
dV
Sabendo que:
dP d(IV ) dI ∆I
= =1+V ≈1+V (5.4)
dV dV dV ∆V
Tem-se:
∆I I
=− , no PMP (5.5)
∆V V
∆I I
>− , à esquerda do PMP (5.6)
∆V V
∆I I
<− , à direita do PMP (5.7)
∆V V
Assim, a condutância instantânea I/V é comparada à condutância incremen-
tal ∆I/∆V (MOÇAMBIQUE, 2012). O funcionamento básico deste algoritmo é represen-
tado no fluxograma da Figura 17.
42
6 IMPLEMENTAÇÃO
Para analisar o TEG, montou-se o circuito referente a Figura 18. Sua topologia
apresenta dois TEGs em série, a fim de trabalhar com a tensão aproximada de 10V em
circuito aberto e com uma potência máxima próxima de 38W (∆T a 200°). O mesmo
liga-se a um conversor Boost que foi projetado para elevar a tensão de saída para 24V,
tendo um ARDUINO® como controlador, o qual executa o algoritmo de rastreamento do
ponto de máxima potência (P&O), e para maior eficiência foi desenvolvido um Driver.
Após o desenvolvimento do modelo para o simulador PROTEUS®, o mesmo foi colocado
em blocos para facilitar o uso. Esta seção destina-se a descrever o projeto do conversor,
das placas auxiliares e do controlador. Todas as simulações e esquemas eletrônicos foram
feitas no software PROTEUS®.
Figura 18 – Representação do circuito completo, utilizando o simulador Proteus®.
Onde,
Tmin - É a temperatura do lado frio;
Tmáx - É a temperatura do lado quente;
P OS+ - É a tensão de saída positiva do TEG;
N EG− - É a tensão de saída negativa do TEG;
R3 - É a carga.
O modelo termoelétrico foi criado com base nas análises matemáticas e elétricas
do comportamento do TEG, utilizando do modulo HZ–20 que é fabricado pela Hi–Z
TECHNOLOGY. Com base no Datasheet e na fundamentação teórica apresentada no
Capítulo 2, obteve-se os seguintes resultados matemáticos:
45
Th = 230 °C;
Tc = 30 °C;
Wm = 19 W;
ηopt = 4,5 %;
αm = 0,0238 KV;
Θm = 0,589 WK;
Rm = 0,298 Ω.
A partir destes valores, foi realizada a simulação do modelo desenvolvido para o
PROTEUS®, conforme ilustrado na Figura 20. O fluxo destacado em azul representa a
corrente real do TEG.
Figura 20 – Circuito do TEG.
6.3 Sensores
Figura 21 – Experimento feito por Hall que mostra o aparecimento de uma tensão
transversal (VH) quando submetido a um campo magnético (H).
Para medir a tensão de saída do TEG foi desenvolvido um sensor de tensão do tipo
divisor de tensão, entretanto a variação de tensão da saída do TEG é de 0 a 10V, sendo
que o controlador utilizado na simulação só e capaz de ler entre 0 e 5 V. Desta forma, foi
criado um circuito em paralelo para regular a tensão, conforme o esquemático na Figura
24.
Figura 24 – Esquema do Sensor.
6.4 Driver
6.5 Controlador
Apenas quatro elementos são necessários para construção do Boost: indutor, diodo,
capacitor e chave, como é demonstrado na Figura 27. Os cálculos dos componentes
foram feitos de acordo com a necessidade de manter o conversor em modo de condução
contínua. O mesmo foi projetado para fornecer uma tensão máxima de saída de 24V. As
especificações para o projeto encontram-se resumidas a seguir:
Obs.: A tensão de saída é delimitada pela faixa de valores de tensão que o módulo
pode fornecer.
50
Para obter a razão cíclica mínima e máxima são necessários os valores de (Vic ),
(Vis ) e (Vo ), utilizando as equações (6.1) e (6.2):
Vis
Dmin = 1 − = 0, 58% (6.1)
Vo
Vic
Dmáx = 1 − = 0, 80% (6.2)
Vo
Para o cálculo da corrente no indutor:
Vo Io
Ii = = 8A (6.3)
Vic
Para o cálculo do valor mínimo da indutância:
Vic Dmáx
Lmin = = 120µH (6.4)
∆Io Fs
Para o cálculo do valor mínimo da capacitância:
Is Dmáx
Cmin = = 66, 11µF (6.5)
∆Vo Fs
Obs.: Na simulação, foi utilizado um capacitor de 100µF, devido à acessibilidade.
Para o cálculo da corrente média de saída (Io ):
Io = Vo
(6.6)
R − 1, 58A
7 RESULTADOS
Para obter os resultados foram mantidas temperaturas fixas nas duas extremidades,
tanto lado quente quanto o lado frio, resultando um ∆T fixo, possibilitando a análise do
comportamento do modelo termogerador.
Observa-se nas figuras de simulação que quanto maior o ∆T maior será a potência
do TEG (respeitando o valor máximo de ∆T suportado pelo mesmo). A potência máxima
é dada no ápice da parábola que representa a forma de onda da potência. Dessa forma,
pode ser utilizado um controlador para conseguir obter a potência máxima independente
da variação de ∆T.
A primeira parte da simulação se deu na fixação do ∆T em 100°C, em que a
temperatura no lado quente é mantida em 403K (130°C) e no lado frio em 303K (30°C).
Assim, pode ser observado que o ponto de máxima potência é dado no instante que a
corrente atinge aproximadamente 4A e a potência atinge aproximadamente 9,5W.
Como pode ser observado na Figura 30, a tensão é elevada para aproximadamente
11V conforme se aplica o MPPT, apresentando eficiência no tempo de resposta da tensão.
com variação de 0 a 4,5W. Assim, pode ser observado que o ponto de máxima potência
é dado no instante em que a corrente atinge aproximadamente 6A e a potência atinge
aproximadamente 21,7W.
Como pode ser observado na Figura 35, a tensão é elevada para aproximadamente
17,5V conforme se aplica o MPPT, apresentando eficiência no tempo de resposta da tensão.
Como pode ser observado na Figura 40, a tensão é elevada para aproximadamente
22,7V conforme se aplica o MPPT, apresentando eficiência no tempo de resposta da tensão.
8 CONCLUSÕES
9
9
9 BIBLIOGRAFIA
BASCOPÉ, Grover Vitor. Nova Família de Conversores CC-CC PWM não Isolados
Utilizando Células de Comutação de Três Estados. 2001. Dissertação (Doutorado –
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica)- Universidade Federal de Santa
Catarina, 2012.
HART, Daniel W.. Eletrônica de Potência: Análise e Projetos de Circuitos. 2. ed. Porto
Alegre: Amgh Editora Ltda, 2012. Tradução de: Romeu Abdo.
MAURICE, B.; WUIDART, L. Drive Circuits for Power MOSFETs and IGBTs.
Application Note, ST Microeletronics, 2015.
ZANATTA, Cleber; SANTIN, Fernando T.; HEY, Hélio L. Circuito de Driver Isolado para
MOSFET e IGBT. Universidade Federal de Santa Maria - UFSM. Santa Maria-RS, 2011.
Anexos
65
#include <PWM.h>
int32_t frequencia = 40000;
float SensorTensao = 0.0;
float TensaoTEGanterior = 0.0;
float TensaoTEG = 0.0;
float CorrenteTEG = 0.0;
float SensorCorrente = 0.0;
float CorrenteTEGanterior = 0.0;
float PotenciaTEG = 0.0;
float PotenciaTEGanterior = 0.0;
int CicloTrabalho = 200;
void perturb(float voltage, float power)
{
if(abs(1 - (PotenciaTEG/PotenciaTEGanterior)) <= 0.001){}
else
{
if (CicloTrabalho > 102 && CicloTrabalho < 231)
{
if (power>PotenciaTEGanterior)
{
if (voltage<(TensaoTEGanterior+10))
{
CicloTrabalho = CicloTrabalho - 10;
}
else
{
CicloTrabalho = CicloTrabalho + 10;
}
}
else
{
if (voltage<(TensaoTEGanterior+10))
{
CicloTrabalho = CicloTrabalho + 10;
}
else
66
{
CicloTrabalho = CicloTrabalho - 10;
}
}
}
else
{
CicloTrabalho = CicloTrabalho;
}
PotenciaTEGanterior = power;
TensaoTEGanterior = voltage;
return;
}
}
void setup()
{
InitTimersSafe();
bool success = SetPinFrequencySafe(3, frequencia);
if(success) {
pinMode(13, OUTPUT);
digitalWrite(13, HIGH);
Serial.begin(9600);
}
}
void loop()
{
SensorTensao = analogRead(A1);
TensaoTEG = map(SensorTensao, 0, 1023, 0, 13.1);
TensaoTEG = (TensaoTEG + TensaoTEGanterior) / 2.0;
SensorCorrente = analogRead(A0);Iin
CorrenteTEG = map(SensorCorrente, 0, 1023, -30.0, 30.0);
CorrenteTEG = (CorrenteTEG + CorrenteTEGanterior) / 2.0;
if (CorrenteTEG < 0.0) CorrenteTEG = 0.0;
PotenciaTEG = TensaoTEG * CorrenteTEG;
perturb(TensaoTEG,PotenciaTEG);
pwmWrite(3, CicloTrabalho);
delay(5);
}
67
Po
Ic (t) = Vo cos(2ωt) = 0,97 A
Resistência máxima permitida ao capacitor:
∆Vo,RES
rc = RES << ∆Ic = 0,49 Ω
O indutor foi dimensionado a partir do manual do entreferro e dos seguintes cálculos:
Área da janela do núcleo:
Ae = 1,81 cm2
LIL,pico IL,ef icaz
Ae Aw = Kw Bmáx Jmáx = 1,097 * 104 cm4
Aw = 1,28 cm2
Cálculo do número de espiras:
LIpico 104
N= Bmáx Ae = 19 espiras
Cálculo da secção do condutor:
Ief icaz
θ= Jmáx = 0,023 cm2
Pelo efeito Skin, tem-se:
14,62
diâmetro ideal = √
Fs
= 0,0731 cm
Diâmetro do fio:
d21AW G = 0,072 cm2
Secção:
S21AW G = 0,004105 cm2
Número de condutores paralelos (NCP):
θ
N CP = S21AW G = 6 condutores
A resistência do indutor infuencia substancialmente na eficiência e nas perdas do
conversor, portanto, foi dimensionado um indutor com a menor resistência cabível dentro
das características do projeto.