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MMMI. INTRODUÇÃO
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ESPAÇO E DESENVOLVIMENTO
“Economia Social – Solidária, Qualificada e Inovadora” - APSS/UMP/UMP
- Diagnóstico de Necessidades de Formação -
1. Metodologia
Uma vez que a taxa de respostas aos inquéritos se situa muito abaixo dos 50%, há
alguma precaução na interpretação dos resultados. De facto, não sendo a amostra
significativa, as extrapolações devem ser cautelosas e suportadas quer por outros
estudos, quer pela informação recolhida nos estudos de caso realizados a algumas
Misericórdias e Mutualidades.
Por sua vez, os estudos de caso, por razões de economia de tempo em deslocações
e devido a restrições financeiras, limitaram-se a 9 entidades da Região de Lisboa e
Vale do Tejo – 2 mutualidades e 7 misericórdias- tendo sido realizadas 20
entrevistas. No entanto, houve a preocupação de abarcar instituições com
características diferentes em termos de recursos humanos (maior e menor número
de técnicos superiores), de localização (de áreas urbanas e rurais) e da sua
natureza (mutualidades e misericórdias).
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2. Dificuldades e constrangimentos
Estas dificuldades levaram a que um dos estudos de caso não pudesse ser realizado
e a que, em algumas instituições, nem todos os técnicos superiores fossem
entrevistados – o objectivo inicial era realizar os estudos de caso em 10 instituições
e em cada uma entrevistar 2 técnicos superiores e o Provedor/Presidente.
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30,0
67,8
Idosos Crianças
J ovens Mulheres
Toxicodependentes Deficientes
Comunidade Famílias
Doentes/saúde Desempregados
O tipo de valências identificado não constitui uma surpresa, até porque vai ao
encontro dos públicos-alvo das instituições. Dai que as valências vocacionadas para
idosos e crianças surjam como as mais comuns entre as instituições inquiridas,
assim como as valências para a comunidade e na área da saúde.
0 20 40 60 80 100
Infância 63,3
J uventude 18,9
Comunidade 23,3
Invalidez/reabilitação 11,1
Idosos 94,4
Toxicodependência 6,7
Saúde 22,2
Outras 10
NS/NR 3,3
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%
N.º % Respostas
Ocorrências
Acordo de cooperação com a Seg. Social 88 23,8 97,8
Financiamento de autarquias 20 5,4 22,2
Financiamento do Governo Civil 5 1,4 5,6
Santa Casa da Misericórdia 23 6,2 25,6
Financiamento de Programas
24 6,5 26,7
Comunitários
Financiamento do MTS 15 4,1 16,7
Financiamento de empresas 6 1,6 6,7
Financiamento de particulares 34 9,2 37,8
Quotização de sócios 63 17,1 70,0
Recurso a financiamentos comunitários 8 2,2 8,9
Pagamento dos serviços prestados 51 13,8 56,7
Desenvolvimento de actividades
30 8,1 33,3
lucrativas
Donativos 2 0,5 2,2
NS/NR 0 0,0 0,0
Total 369 100,0 410,0
0 missing cases; 90 valid cases; 369 counts
Fonte: Inquérito às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
Estes dados revelam, por um lado, que o Estado continua a ser um dos
financiadores privilegiados destas instituições, (apenas 2 instituições não o
assinalaram como financiador), mas, por outro, demonstram que um número
crescente de instituições recorrem a fontes de financiamento internas, quer através
da quotização dos sócios, quer da cobrança pelos serviços prestados. Estas duas
últimas modalidades de fontes de financiamento tendem a revelar-se cada vez mais
correntes e, por conseguinte, importantes fontes complementares de
financiamento.
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%
N.º % Ocorrências
Respostas
Participação em projectos empresariais 1 1,4 2,3
Pagamento de serviços prestados 20 28,2 45,5
Organização de eventos 4 5,6 9,1
Aluguer de instalações 28 39,4 63,6
Desenvolv. de pequenas actividades
9 12,7 20,5
comerciais
Rendas 2 2,8 4,5
Serviços de Saúde 3 4,2 6,8
Farmácia 2 2,8 4,5
NS/NR 2 2,8 4,5
Total 71 100,0 161,4
46 missing cases; 44 valid cases; 71 counts
Fonte: Inquérito às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
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9% 3% 11%
77%
Públicos comcapacidade
Públicos semcapacidade
Públicos come semcapacidade
NS/NR
Pode, então, concluir-se que existe uma ambivalência entre a dependência face ao
Estado e a autonomia institucional destas instituições.
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As previsões sobre a evolução futura das entidades não difere muito da evolução
passada, o que significa que tende a haver uma reprodução do crescimento
ocorrido desde há 5 anos atrás. Assim, uma vez mais, as excepções colocam-se ao
nível do número de voluntários que tenderá a aumentar em algumas organizações,
a manter-se noutras e a diminuir numa. Relativamente à diversidade do público-
alvo, a tendência é para que se venha a expandir, enquanto que a da área de
abrangência é para que permaneça estável em praticamente 50% dos casos.
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A razão porque os dirigentes destas instituições são na quase totalidade dos casos
indivíduos que trabalham sem serem remunerados (são voluntários), prende-se com
o enquadramento jurídico destas organizações - são instituições de solidariedade
social sem fins lucrativos o que impede, à partida, que os dirigentes possam
beneficiar dos lucros obtidos ou, por outras palavras, que os lucros sejam
distribuídos por aqueles que estão à frente da instituição.
Embora nos estudos de caso efectuados a quase totalidade dos técnicos tenham
dado pareceres positivos relativamente ao tipo de gestão institucional levada a
cabo pelos seus dirigentes, não deixam contudo de fazer referência a alguns
aspectos que consideram menos positivos e às necessidades de formação daqueles.
A falta de formação específica dos dirigentes é considerada um importante factor
de estrangulamento do desenvolvimento deste tipo de instituições. Na verdade, os
técnicos são quase unânimes em considerar que, os seus dirigentes deveriam ter
uma formação mais específica, para poderem dar respostas às necessidades que
continuamente vão surgindo.
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80
70 74
60
50
40
30
20
10 15
0 1
Sim Não NS/NR
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pessoal técnico com profissões mais rotativas como, por exemplo, os educadores e
os professores. O recurso ao Centro de Emprego passa, na maioria dos casos, pela
procura de Estágios Profissionais que permitem a estas instituições beneficiarem
dos serviços de técnicos superiores sem encargos de remuneração durante um
período de 9 meses. O Centro de Emprego é, também, privilegiado para a procura
de pessoal auxiliar, por meio das medidas de apoio ao emprego, como os Apoios à
Contratação e os Programas Ocupacionais.
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Para três instituições o recrutamento não se apresenta como uma dificuldade, mas
sim a fixação dos trabalhadores o que, uma vez mais, pode estar relacionado com
questões salariais e/ou tipo de funções a desempenhar.
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NS/NR 8,9
Idade 7,8
Sexo 12,2
0 10 20 30 40 50 60
No que concerne aos modos de integração inicial dos trabalhadores com curso
superior, 30 instituições referem que é “através de aprendizagem no posto de
trabalho com apoio de trabalhadores”, o que equivale a dizer que os técnicos
recém-contratados tomam conhecimento das funções a desempenhar através do
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seu antecessor, num curto espaço de tempo (período antes daqueles saírem da
instituição) e, sempre que necessário, os Dirigentes prestam alguma ajuda.
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Com base no inquérito e nos estudos de caso, conclui-se que, na grande maioria
das instituições o sistema de avaliação não se encontra formalizado, de facto só
uma instituição faz referência a um sistema de avaliação formal. Muitas referem
que a avaliação se processa por mera observação e, em alguns casos, existe
alguma prática de avaliação não estruturada, concentrada no período experimental
de inserção dos colaboradores (período de estágio ou de contrato a termo), isto é, a
avaliação centra-se no critério da adaptabilidade do indivíduo às funções.
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No entanto, não se pode dizer que se está na presença de instituições nas quais a
dimensão da comunicação interna assuma relevância nas práticas da função
pessoal. Não nos podemos esquecer que a função pessoal não se encontra
organizada e estruturada na maioria das instituições. Neste sentido, as práticas vão
em direcção a modelos de comunicação interna característicos dos modos de
gestão de recursos humanos em que o processo de comunicação assenta na
estrutura funcional e é apenas um instrumento de divulgação das orientações e
conhecimentos relevantes.
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35,6 25,6
Divulgação object. e decisões superiores
Informar técnicos sobre ocorrências
Cimentar coesão inetrna
Preparar futuras mudanças
Apelar à participação
Avaliar e programar actividades
Deliberações a executar
Acompanhamento dos projectos e ocorrências
NS/NR
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6. Formação
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2 17
71
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O local onde essas acções foram realizadas reparte-se de igual forma pela
formação na instituição e pela formação no exterior, verificando-se, ainda, a
conjugação das duas modalidades, ou seja, formações que ocorrerem quer na
instituição, quer fora dela.
Um indicador que vem reiterar os argumentos dados no inicio deste ponto, os quais
remetem para a necessidade de haver mais formação direccionada para os
dirigentes e técnicos superiores, é o facto de 78 dos indivíduos que responderam ao
inquérito afirmarem que consideram ter necessidade de actualizar conhecimentos
através de acções de formação (desses 25 são dirigentes).
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12
78
Sim Não
%
N.º % Respostas
Ocorrências
Gestão de Recursos Humanos vocacionada para
70 32,1 89,7
as instituições de solidariedade social
Legislação vocacionada para as instituições de
52 23,9 66,6
solidariedade social
Fiscalidade e contabilidade vocacionada para as
13 6,0 16,6
instituições de solidariedade social
Línguas estrangeiras 2 0,9 2,6
Informática 10 4,6 12,8
Concepção, acompanhamento e avaliação de
47 21,6 60,3
projectos
Acompanhamento da execução financeira de
18 8,3 23,1
projectos
Problemática do idoso 2 0,9 2,6
Gestão de instituições de solidariedade social 2 0,9 2,6
Gestão e avaliação da qualidade em
1 0,4 1,3
equipamentos sociais
Outras 1 0,4 1,3
Total 218 100,0 279,5
0 missing cases; 78 valid cases; 218 Counts
Fonte: Inquérito às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
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50
45
45,6
40
35
30
25
20 21,5 22,8
15
10 12,7
5
0
Laboral Pós-laboral Fim-de- Indiferente
semana
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Os anos de frequência das acções referidas variam entre 1968 e o presente ano.
No entanto, como é aliás natural, muitos dos inquiridos referiram as acções
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frequentadas mais recentemente, não sendo, portanto de estranhar que 1999, 2000
e 2001 registem o maior número de ocorrências.
33
35
30
24 25
25
20
15
10 9
10 7
4 4
5 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 2 1 2 2 1
Vários
1968
1975
1980
1984
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
Fonte: Inquérito às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
No que se refere aos locais onde as acções foram frequentadas há uma quase
cobertura do território nacional, ainda que Lisboa, Porto e Coimbra sejam as
localidades onde foram frequentadas mais acções ou realizados mais seminários.
A avaliação que é feita das acções de formação tende a ser positiva, uma vez que
a maioria dos inquiridos consideram que elas foram adequadas às necessidades,
que permitiram a aquisição de conhecimento específicos e que possibilitaram um
melhor desempenho das tarefas profissionais e uma valorização curricular. Mas, a
maioria (78) discorda que elas tenham possibilitado inteiramente uma progressão
na carreira profissional.
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Era intenção que o preenchimento do inquérito fosse feito pelos Dirigentes das
instituições (Provedores/Presidentes) - o que só aconteceu em parte –, para que se
percebesse qual o tipo de gestão praticado e qual a opinião relativamente à
formação profissional de dirigentes e técnicos superiores. Esse objectivo não foi
conseguido no geral, dado que dos inquéritos recebidos só um terço é que foram
preenchidos pelos seus dirigentes.
Deste modo, quando se apura que 78 dos inquiridos referem que é importante que
os técnicos superiores actualizem conhecimentos através de acções de
formação, há que ter em conta que essa pode não ser a posição da maioria dos
dirigentes, já que só 25 deles (em 34) é que responderam “sim”.
Sim 78
Não 4
NS/NR 8
0 20 40 60 80
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%Resposta %
N.º
s Ocorrências
Relacionamento interpessoal/atendimento
31 17,8 39,7
aos utentes
Informática 7 4,0 9,0
Gestão de recursos humanos para
54 31,0 69,2
instituições de solidariedade social
Legislação vocacionada para instituições de
20 11,5 25,6
solidariedade social
Contabilidade vocacionada para instituições
6 3,4 7,7
de solidariedade social
Concepção, acompanhamento e avaliação de
29 16,7 37,2
projectos
Acompanhamento da execução financeira
5 2,9 6,4
dos projectos
Desenvolvimento pessoal 7 4,0 9,0
Aperfeiçoamento de conhecimentos já
10 5,7 12,8
adquiridos
Especialização numa área específica 2 1,1 2,6
Aquisição de conhecimentos noutras áreas
1 0,6 1,3
transversais às suas
NS/NR 2 1,1 2,6
Total 174 100,0 223,1
12 missing cases; 78 valid cases; 174 counts
Fonte: Inquérito às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
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que há uma preferência pela formação no exterior, porque: (i) permite a troca de
experiências entre os diferentes técnicos, dificilmente conseguida na formação em
posto de trabalho; e (ii) facilita a realização das acções, uma vez que estando no
local de trabalho, os técnicos têm dificuldade em concentrar-se na formação
sabendo que têm utentes à sua espera. A formação à distância parece causar ainda
alguma estranheza e desconhecimento, nesse sentido, é rara vezes referenciada
como sendo um alternativa viável. Além disso, nem todas as instituições dispõem
dos equipamentos necessários – televisores e computadores com ligação à Internet
– o que, por si só, constitui um obstáculo a estas modalidades de formação.
Um dado muitas vezes referidos pelos entrevistados nos estudos de caso tem que
ver com a duração da formação. Enquanto que para uns, elas devem ser
concentradas em 1 a 2 dias inteiros, para que o trabalho não seja muito
prejudicado; outros preferem a formação pós-laboral, mas a começar e a terminar
cedo, sem que se prolongue durante muitos dias, caso contrário corre o risco de se
tornar demasiado cansativa e desmotivadora, podendo levar à desistência ou
recusa da mesma.
Quadro 18. Tipo de formação mais adequada para os técnicos superiores
que trabalham na Instituição
(resposta múltipla)
%
N.º % Respostas
Ocorrências
Formação teórica e prática 53 52,0 58,9
Formação prática 6 5,9 6,7
Formação teórica 5 4,9 5,6
Formação em posto de
13 12,7 14,4
trabalho
Formação no exterior 11 10,8 12,2
Formação pela Internet ou TV 2 2,0 2,2
NS/NR 12 11,8 13,3
Total 102 100,0 113,3
0 missing cases; 90 valid cases; 102 Counts
Fonte: Inquérito às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
Ainda sobre o tipo de acções que devem ser promovidas para melhorar e facilitar o
desempenho dos técnicos superiores e dirigentes, os inquiridos responderam
(pergunta aberta) de forma muito diversificada e dispersa, mas, mais uma vez, a
gestão de recursos humanos foi a mais referida, seguida do aperfeiçoamento
profissional e da formação nos domínios de actuação das instituições.
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Aquele que parece ser outro bom indicador da abertura destas instituições à
formação profissional é o facto de uma esmagadora maioria (81,1%) afirmar que
incentiva/apoia os seus técnicos superiores a frequentarem acções de formação,
incentivos esses que passam, maioritariamente, pela dispensa dos técnicos (para
frequentarem formação) durante o horário laboral sem prejuízo para os mesmos.
Numa perspectiva um pouco contrária há 7 instituições que afirmam incentivar a
frequência de acções de formação dispensando os técnicos, mas exigindo que
esses compensem as horas passadas na formação, o que no fundo não constitui
uma valorização das acções de formação, já que estas deveriam ser encaradas
como uma mais-valia para a instituição e desse ponto de vista não faz sentido que
as horas passadas na formação sejam, posteriormente, compensadas.
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As Uniões são uma das principais fontes de informação das instituições, porém,
cabe, sobretudo, aos técnicos superiores, a iniciativa de procurarem estar a par das
novidades, quer formativas, quer relacionadas com novos programas e medidas da
área social.
%
N.º % Respostas
Ocorrências
Através da promoção de acções de formação
4 4,1 5,5
internas
Dispensando os técnicos durante o horário
41 42,3 56,2
laboral
Deixando que os técnicos compensem as
7 7,2 9,6
horas que passaram na formação
Pagando acções de formação aos técnicos da
17 17,5 23,3
Instituição
Informando os técnicos sobre acções de
26 26,8 35,6
formação existentes
NS/NR 2 2,1 2,7
Total 97 100,0 132,9
17 missing cases; 73 valid cases; 97 counts
Fonte: Inquérito às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
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10,0
22,2
67,8
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%
N.º % Respostas
Ocorrências
Chefia 9 37,5 45,0
Responsável pelos recursos
3 12,5 15,0
humanos
Direcção 10 41,7 50,0
Técnicos 2 8,3 10,0
Total 24 100,0 110,0
0 missing cases; 20 valid cases; 24 counts
Fonte: Inquérito às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
%
N.º % Respostas
Ocorrências
Não são identificadas 2 3,0 3,3
Contactos informais com chefias 24 36,4 39,3
Contactos informais com os técnicos 36 54,5 59,0
Contactos informais com os
1 1,5 1,6
funcionários
NS/NR 3 4,5 4,9
Total 66 100,0 108,2
0 missing cases; 61 valid cases; 66 Counts
Fonte: Inquéritas às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
Desta primeira análise dos resultados do inquérito e dos estudos de caso, conclui-se
que a relação ténue que, tradicionalmente, as instituições de solidariedade social
assumiam com a formação alterou-se nas últimas décadas. No entanto, apesar de
haver uma maior sensibilidade para a formação, nomeadamente de técnicos
superiores, a relação que estas organizações mantém com a formação é ainda de
grande dependência, já que têm dificuldade em mobilizar recursos financeiros para
este domínio e possuem pouca experiência em matéria de definição e construção
de acções de formação mais complexas vocacionadas para dirigentes e técnicos
superiores.
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Por outro lado, a análise permite concluir que a formação está demasiado centrada
na formação inicial e é pouco diversificada em áreas de formação para técnicos
superiores. O que acontece é que no que respeita a domínios de formação
direccionados para o pessoal auxiliar têm sido realizados esforços de formação,
mas já no que concerne a domínios de formação de maior complexidade, como
sejam os direccionados para dirigentes e técnicos, as instituições de solidariedade
social não têm tradição na concepção e organização de acções de formação.
Esta é uma situação que resulta, por um lado, de uma certa inércia destas
instituições em matéria de formação e, por outro, de persistir a ideia pré-concebida
de que os técnicos superiores, pelo facto de possuírem um curso superior, estão já
devidamente preparados e, por conseguinte não necessitam de frequentar acções
de formação complementares.
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- Diagnóstico de Necessidades de Formação -
de ser apoiadas, por forma a poderem dar o salto qualitativo que se exige. Este
apoio pode não passar necessariamente pelo reforço do financiamento, mas sim por
dimensões como o apoio técnico e a formação de topo.
Foi partindo desta consciência que se procurou perceber como é que estas
instituições encaram a possibilidade de poderem recorrer a determinados apoios
através da existência de uma estrutura especificamente vocacionada para prestar
serviços diversos a este tipo de organizações.
Perante os resultados do inquérito, pode-se afirmar que a existir essa estrutura ela
terá grande aderência por parte das instituições, já que 77 dos inquiridos admitem
poder vir a recorrer a alguns serviços, entre os quais se destacam: a preparação de
candidaturas a projectos e programas (60% de ocorrências), a preparação da
componente financeira dos projectos (41,1%) e o recurso a acções de formação
(37,8% de ocorrências), que aparece só na terceira posição.
%
N.º % Respostas
Ocorrências
Preparação geral de candidaturas a
54 19,6 60,6
projectos e/ou programas
Preparação da componente financeira de
37 13,5 41,1
projectos
Preenchimento de formulários 18 6,5 20,0
Preparação de acções de formação 20 7,3 22,2
Acções de formação 34 12,4 37,8
Realização de estudos de diagnóstico 16 5,8 17,8
Realização de estudos de avaliação de
13 4,7 14,4
necessidades
Acompanhamento da gestão financeira da
11 4,0 12,2
instituição
Acompanhamento da gestão técnica da
9 3,3 10,0
instituição
Apoio contabilístico 9 3,3 10,0
Apoio legal 17 6,2 18,9
Apoio à utilização de novas tecnologias 13 4,7 14,4
Gestão deste tipo de equipamentos 8 2,9 8,9
Não recorreria a nenhum serviço 4 1,5 4,4
Elaboração de inventário 1 0,4 1,1
Colaboração com técnicos da instituição no
1 0,4 1,1
preenchimento de candidaturas a projectos
Outros 1 0,4 1,1
NS/NR 9 3,3 10,0
Total 275 100,0 305,6
0 missing cases; 90 valid cases; 275 Counts
Fonte: Inquéritas às Misericórdias e Mutualidades, APSS/UMP/UMP, 2002.
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Contudo, esta aparente adesão deve ser interpretada de forma cautelosa, uma vez
que na prática as coisas nem sempre ocorrem da mesma forma. Não se devem por
isso, menosprezar as 9 instituições que não responderam, provavelmente, porque
não sabem se o quererão/poderão fazer e as 4 instituições que afirmam que não
recorreriam a nenhum dos serviços, não só porque têm pessoas na instituição
responsáveis por esses serviços, mas, também, porque não têm capacidade
financeira para pagar pelos serviços. Este é um aspecto fundamental que acaba por
ser extensível a muitas destas organizações não lucrativas.
Para finalizar, convém, ainda referir, que a formação destes dirigentes e grupos
deverá passar, também, pela realização de seminários e congressos, que tantos
aderentes tem entre estes profissionais.
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