Pesquisadores e clínicos tem tentado compreender os movimentos e suas
funções por anos ( Comeford & Mottram 2001, Hodges 1999, Janda 1994, O`Sullivan et al 1997, Richardson et al. 1999, Sahrmann 2001). Identificar e corrigir as disfunções da estabilidade é uma importante medida para os problemas de dores musculoesqueléticas como muito bem documentado nos últimos anos na literatura (Comeford & Mottran 2001, O’Sullivan et al. 1997, O´Sullivan 2000, Richardson et al. 1999, Jull 2000).
Estabilidade é melhor descrito como sendo a modulação eficiente do sistema
nervoso central em baixos limiares de recrutamento e integração do sistema muscular local e global. Esta integração da atividade é uma atividade de controlar as articulações inter segmentar em torno de uma zona neutra, através de baixos limiares de co-contração para o controle postural e alinhamento e providenciar formas de coordenar e fornecer padrões de recrutamento para produzir concentricamente amplitude de movimento e a desaceleração excêntrica do movimento excessivo e controle da amplitude de movimento. Logo, instabilidade pode ser definido como sendo a ineficiência de recrutamento em baixos limiares ou coordenar a integração do sistema muscular local e global. A maior parte da literatura foca esta disfunção na coluna vertebral, e pouco enfoque têm sido dado as articulações periféricas.
Músculos locais e globais são necessários para uma função de estabilização
eficiente (Bergmark 1989). Os músculos locais são profundos e são responsáveis por controlar a movimentação inter-segmentar e a translação. Esta atividade é independente da direção e freqüentemente é antecipatória ao movimento providenciando uma proteção durante a movimentação. Estes músculos não mudam de significativamente de comprimento durante os movimentos funcionais normais. Os músculos globais, em outra mão, são os responsáveis pelo alinhamento e pela amplitude de movimento, uma contração isométrica para manter a posição e o alinhamento e uma contração excêntrica promovendo uma desaceleração do movimento protegendo o corpo de movimentação excessiva. Todos os músculos globais são dependentes de direção e são influenciados pelo grupo muscular antagônico. O sistema muscular local ou o global não podem isoladamente controlar a estabilidade funcional.
Disfunções musculares podem ser identificadas em ambos os sistemas global e
local (Comeford & Mottram 2001). Recentes pesquisas têm demonstrado que a disfunção do sistema muscular local é especifica para certos músculos. Estes músculos incluem fibras segmentares do psoas (Dangaria & Naesh 1998), flexores cervicais profundos (Jull 2000), multifídios (Hides et al. 1994), transverso do abdômen (Hodges & Richardson 1996, Richardson et al. 1999), trapézio superior (Wadsworth & Bullock Saxton 1997)e vasto medial (Stokes & Young 1984, Cowan et al.2001). A disfunção no sistema muscular local se apresenta de 4 formas: I) não controlar translações segmentares; II) mudanças segmentares na área de seção transversa; III) alterações nas formas de recrutamento motor; IV) alterações no tempo de recrutamento motor.
As disfunções no sistema muscular global estão relacionadas com alterações
comprimento-força (ativa ou passiva) e nas relações entre os demais músculos globais. Estas disfunções se apresentam de três formas: I) alterações nas caracteristicas comprimeto-tensão que refletem o uso habitual ou a utilização indevida(Richardson and Simms 1991, Wiemann et al 1998); II) alterações nas formas de recrutamento (desequilíbrio) entre os músculos sinergistas e antagonistas (Janda 1994, Sahrmann 2001); III) relação rigidez- flexibilidade (Sahrmann 2001, Woolsey et al. 1988, Hamilton and Richardson 1998, Singer et al. 1993).
Alvaro Alaor Alvaro Alaor Pilates – Lago Sul , Brasília Fone 9385-3838 script type=”text/javascript”>