29 de fevereiro de 2012
Sumário
1 Introdução 2
1
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica dos Fluidos 2
A Informações úteis 45
A.1 Unidades SI - Sistema Internacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
A.2 Prexos SI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
A.3 Letras gregas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
B Centróide e Baricentro 46
B.1 Centróide de Figuras Conhecidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
B.2 Cálculo do centróide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
C Momento de Inércia 48
C.1 Momento de inércia de guras conhecidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
C.2 Teorema dos eixos paralelos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Prof. Evandro Bittencourt - Mecânica dos Fluidos - 2012 4
1 Introdução
Mecânica do Fluidos é a ciência que estudo o comportamento físico (mecânico) dos uidos, bem
como as leis que regem esse comportamento.
As bases lançadas pela Mecânica dos Fluidos são fundamentais para muitos ramos de aplicação
da engenharia.
Para Engenharia Ambiental e Sanitária a Mecânica dos Fluidos é base para o estudo dos siste-
mas ambientais que se baseiam-se em trocas de massa e energia, sendo o ar e a água os meios de
transporte. Também nas instalações industriais e domésticas são utilizados tubulações para a dis-
tribuição de líquidos e gases. Denomina-se Mecânica dos Fluidos Ambiental um ramo da Mecânica
dos Fluidos que estuda a base física dos processos de relacionados, como por exemplo, transporte de
euentes contaminantes ou poluentes sob as formas de massas, quantidades de movimento e energias
no ambiente natural.
Ft =constante
Ft =constante Ft =constante
F⃗n
F⃗
A
F⃗t
Ft
τ=
A
Newton descobriu que em muitos uidos (uidos newtonianos) a tensão de cisalhamento é pro-
porcional ao gradiente de velocidade (variação de velocidade).
v0 Ft
v v0
v1 v1
v2 τ τ v1 é maior
y v2 que v2
Diagrama de velocidades
v0
v+dv
y+dy
v
y y
A placa superior é acelerada pela força Ft , passando da velocidade nula para velocidade nita
(v0 ) quando as forças internas do uido equilibram a força externa (equilíbrio dinâmico). As forças
internas do uido aparecem devido ao atrito entre as diversas camadas. Portanto existe uma velo-
cidade relativa entre as diversas camadas (gradiente de velocidade). Na gura está representada a
tensão de cisalhamento (τ ) que aparece entre as camadas com velocidades v1 e v2 .
Disso, podemos traduzir a lei de Newton da viscosidade:
dv τ
τα ou dv
= constante
dy dy
Assim como a água, o ar, os óleos, a grande maioria dos uidos obedece essa equação.
dv N ·s
τ =µ =
dy m2
É uma propriedade de cada uido, dependendo de diversas condições, entre elas pressão e prin-
cipalmente temperatura.
De uma forma prática: viscosidade é a propriedade que indica a maior ou a menor diculdade
de o uido escoar.
Quando a distância (ϵ) entre a posição xa e a placa é reduzida podemos considerar um gradiente
linear de velocidade.
v0
v2
dy
ϵ v1
y
dv
1.12 Exercícios
1) Um pistão de peso G=4 N cai dentro de um cilindro com uma velocidade constante de 2
m/s. O diâmetro do cilindro é 10,1 cm e o do pistão é 10,0 cm. Determinar a viscosidade do
lubricante colocado na folga entre o pistão e o cilindro.
Solução:
De=10,1 cm
Como ⃗v =constante temos ⃗a = 0 colocando o pistão
em equilíbrio dinâmico onde a somátoria de forças é
igual a zero.
L=5 cm
ΣF⃗ = m ⃗a = 0 Di=10 cm
Dessa maneira a força devido as tensões de cisalha-
mento equilibra o peso G na velocidade dada.
lubricante
G= 4 N ϵ
dv
Fµ = G ou τ A=G ou µ π Di L = G
dy
De − Di 10, 1 − 10
Sendo a distância ϵ = = =0,05 cm relativamente muito pequena, adota-se
2 2
um diagrama linear de velocidades.
v
µ π Di L = G
ϵ
ϵG 0, 05 × 10−2 · 4
µ= = = 6, 37 × 10−2 N · s/m2
v π Di L 2 π 0, 1 0, 05
2) O peso especíco relativo de uma substância é 0,8. Qual será o seu peso especíco?
Solução:
γ
γr = ⇒ γ = γr γH2 O = 0, 8 · 1000 = 800kgf / m3 ∼
= 8.000 N/m3
γH2 O
3) Numa tubulação escoa hidrogênio (k = 1,4, R = 4,122 m2 /s2 K). Numa seção (1), p1 =
3 × 105 N/m2 (abs) e T1 = 30o C. Ao longo da tubulação, a temperatura mantém-se
constante. Qual é a massa especíca do gás numa seção (2), em que p2 = 1, 5 × 105 N/m2 ?
Solução:
p1 p1
= R T1 ⇒ ρ1 =
ρ1 R T1
T1 = 30 + 273 = 303 K
3 × 105
ρ1 = = 0, 24 kg/m3
4122 · 303
p1 p2 p2
Como o processo é dito isotérmico: T1 = T2 → = ou ρ2 = ρ1
ρ1 ρ2 p1
1, 5 × 105
ρ2 = 0, 24 × = 0, 12 kg/m3
3 × 105
7) Ar escoa ao longo de uma tubulação. Em uma seção (1), p1 = 200.000 N/m2 (abs) e T1 =
50o C. Em uma seção (2), p2 = 150.000 N/m2 (abs) e T2 = 20o C. Determinar a variação
porcentual da massa especíca de (1) para (2). [17,3%]
8) Um gás natural tem peso especíco relativo 0,6 em relação ao ar a 9,8 × 104 Pa (abs) e 15o
C. Qual é o peso especíco desse gás nas mesmas condições de pressão e temperatura? Qual
é a constante R desse gás? (Rar = 287 m2 /s2 K; g = 9,8 m/s2 ) [γ =7 N/m3 ; R = 478 m2 /s2 K]
9) Calcular o peso especíco do ar a 441 kPa (abs) a 38o C. [γ =49,4 N/m ]
3
10) Um volume de 10 m3 de dióxido de carbono (k = 1,28) a 27o C e 133,3 kPa (abs) é comprimido
até se obter 2 m3 . Se a compressão é isotérmica, qual será a pressão nal? Qual seria a pressão
nal se o processo fose adiabático? [666,4 kPa (abs); 1,046 MPa (abs)]
11) O pistão da gura tem uma massa de 0,5 kg. O cilindro de comprimento ilimitado é puxado
para cima com velocidade constante. O diâmetro do cilindro é 10 cm e do pistão é 9 cm e
entre os dois existe um óleo de µ = 10−4 m2 /s e γ = 8.000 N/m3 . Com que velocidade deve
subir o cilindro para que o pistão permaneça em repouso? (diagrama linear e g = 10 m/s2 ).
[v = 22,1 m/s]
D2
L=5 cm
D1
m = 0,5 kg
uido
12) São dadas duas placas planas paralelas à distância de 2 mm. A placa superior move-se com
velocidade de 4 m/s, enquanto a inferior é xa. Se o espaço entre as duas placas for preenchido
com óleo (µ = 0, 1 St; ρ = 830 kg/m3 ), qual será a tensão de cisalhamento que agirá no óleo?
[τ = 16, 6 N/m ] 2
v = 4 m/s
2 mm
13) Uma placa quadrada de 1,0 m de lado e 20 N de peso desliza sobre um plano inclinado de 30o ,
sobre uma película de óleo. A velocidade da placa é 2 m/s constante. Qual é a viscosidade
dinâmica do óleo se a espessura da película é 2 mm? [µ = 102 N.s/m2 ]
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2 mm
2 m/s
20 N
30o
14) O dispositivo da gura é constituído de dois pistões de mesmas dimensões geométricas que
se deslocam em dois cilindros de mesmas dimensões. Entre os pistões e os cilindros existe
um lubricante de viscosidade dinâmica 102 N.s/m2 . O peso especíco do pistão (1) é 20.000
N/m3 . Qual é o peso especíco do pistão (2) para que o conjunto se desloque na direção
indicada com um velocidade de 2 m/s constante? Desprezar o atrito na corda e nas roldanas.
[γ =16.800 N/m ]
2
3
(1)
(2)
10 cm
10,1 cm
Di = ?
lubricante
G=10 N ϵ
2) São dadas duas placas planas paralelas à distância de 1,5 mm. A placa superior move-se
com velocidade de constante, enquanto a inferior é xa. Se o espaço entre as duas placas for
preenchido com óleo (ν = 8 × 10−6 m2 /s) e a tensão de cisalhamento que agirá no óleo igual
a τ = 35 N/m2 . Calcular a velocidade v0 .
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v0 = ?
1,5 mm
3) Uma placa quadrada de 2,0 m de lado e 50 N de peso desliza sobre um plano inclinado de
30o , sobre uma película de óleo. A velocidade da placa é 3 m/s constante. Sabendo que a
viscosidade dinâmica do óleo é µ = 5 × 102 N.s/m2 calcular a espessura da película?
3 m/s
50 N
30o
(1)
L=10 cm
(2)
12 cm
12,1 cm
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2.1 Pressão
Na forma innitesimal podemos representar a presssão:
dFn
p=
dA
Se a pressão for uniforme ou para obter a pressão média:
Fn
p=
A
100 N 100 N
A1 =10 cm2
A2 =5 cm2
p1 p2
F1 100 N N F2 100 N N
p1 = = 2
= 10 2 p2 = = 2
= 20 2
A1 10 cm cm A2 5 cm cm
Notar que a força aplicada (100 N) é a mesma, o que difere é a área de aplicação.
se a pressão na superfície for nula, a pressão num ponto com cota h será calculada: p = γh;
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p=0 M
h
N
ZM
p = γh
ZN
PHR - Plano Horizontal de Referência
como nos gases o peso especíco é relativamente pequeno, a pressão entre duas cotas pode ser
considerada , por simplicação, igual.
100 N
1 1
2 A2 =5 cm2 2
3 3
(a) (b)
Figura 7
Na Figura 7a, o uido apresenta uma superfície livre, supondo que a pressão nos pontos seja:
p1 = 1 N/cm2 ; p2 = 2 N/cm2 ; p3 = 3 N/cm2
Ao aplicar a força de 100 N, por meio de um êmbolo (Figura 7b), teremos um acréscimo na pressão
100 N
de = 20 2 . Assim, teremos nos pontos indicados os valores:
5 cm
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p=0
hA
A
hB
γ p γ p
(a) (b)
Figura 8
pressão
p1
pressão efetiva
(p1ef )
pressão atmosférica
pressão efetiva
pressão absoluta
(p2ef < 0)
negativa (depressão) (p1abs )
p2
pressão absoluta
(p2abs > 0)
zero absoluto (vácuo absoluto)
A pressão atmosférica também é chamada de pressão barométrica e varia com a altitude, num
determinada altitude ela varia também dependendo das condições meteorológicas.
vácuo
γ
patm
h
O sistema envolve o mesmo efeito do brinquedo "língua de sogra", ou seja a pressão medida
deforma um tubo em arco (Bourdon tipo "C"). A reticação da extremidade é medida numa escala
convertida. Dessa maneira temos:
O centro do tubo
h = p/γ
é a origem da
medida h
para líquidos de baixo peso especíco a altura h será muito alta inviabilizando o aparato;
não é possível medir pressões negativas, pois haverá entrada de ar no reservatório sem a
formação da coluna h.
h2
h1
Fluído manométrico
Figura 9: Manômetro com tubo em U
A B
pA (γA )
pB (γB )
h1
h4
h3
γM
h2
pf e = pA + γA (h1 − h2 ) + γM h2
pf d = pB + γB (h4 − h3 ) + γM h3
pf e = pf d
pA + γA (h1 − h2 ) + γM h2 = pB + γB (h4 − h3 ) + γM h3
conhecendo-se pA podemos calcular pB
a regra é, começando do lado esquerdo, soma-se à pressão pA a pressão das colunas descendentes e
subtrai-se aquela das colunas ascendentes:
A superfície livre
hCP
h
CG
CP
h
B C
h'CP
h'
A'
p = γh
CG
CP
B' C'
A força resultante será calculada considerando a somatória dos produtos das áreas elementares
pela pressão correspondente, ou a área da carga distribuida.
O ponto de aplicação da força resultante (CP - Centro de Pressão ou baricentro) se localiza
abaixo do centro de gravidade da área (CG), próximo das maiores pressões.
O superfície livre O x
θ
h = y sen θ
A
dy hCP h̄
y dA
CG F dh
ȳ CP CG
B CP
yC
P
dF = p dA = γ h da = γ y sen θ da
Integrando: ∫
F = γ sen θ y da
Substituindo:
F = γ sen θ ȳ A
Ou
F = γ h̄ A = p̄ A
Dessa maneira, a força resultante é calculada pelo produto da pressão, na profundidade do centro
de gravidade da superfície, por sua própria área.
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Considerando uma superfície AB qualquer projetada sobre um plano vertical, originando a superfície
plana AB. As únicas forças horizontais que agem no volume formado entre AB e AB são Fx e
F conforme a gura.
B A
Fy
A A
A
V
Fx B
F
B B G
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Dessa forma, a componente horizontal que age em qualquer superfície é igual à força horizontal
que age numa superfície plana, projeção daquela sobre um plano vertical.
Da mesma forma, a componente vertical pode ser obtida considerando o volume contido entre a
superfície qualquer AB e sua projeção no plano da superfície livre de líquido.
Caso a pressão na superfície for atmosférica, as únicas forças verticais serão o peso G do volume
e Fy devido a pressão na superfície AB:
Fy = G
Fy será vertical é sua linha de ação passa pelo CG do volume.
2.16 Empuxo
A componente vertical que age numa superfície submersa qualquer é igual ao peso do volume do
uido (real ou ctício) contido acima dessa superfície.
U Fy V
B
Fy
O corpo pode ser imaginado como duas superfícies, uma ABC, que tem as forças de pressão
com componente vertical para cima, e outra ADC, que tem as forças de pressão com componente
vertical para baixo. A resultante das componentes verticais na superfície ABC será:
Fy = γ VU ABCV
Fy = γ VU ADCV
O saldo resultante (Fy − Fy ) será uma força vertical para cima, chamada de Empuxo (E):
E = γ VABCD = γ V
onde V é igual ao volume do uido deslocado pelo corpo.
Para um corpo totalmente submerso, ele utuará se seu peso G for menor que o empuxo (E) :
E≥G
volume de carena é o volume de uido deslocado pela parte imersa do utuador (o peso do
volume de carena é o empuxo);
centro de carena é o ponto de aplicação do empuxo (para uido homogêneo, o centro de carena
coincide com o centro de gravidade do volume de carena).
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seção de utuação
plano de
utuação linha de utuação
CC
centro de carena
E
volume de carena
2.18 Estabilidade
A estabilidade depende das forças e dos momentos relativos. Num corpo total ou parcialmente
submerso agem o peso (G) aplicado no centro de gravidade do corpo, e o empuxo (E) aplicado no
centro de carena.
Para o equilíbrio do utuador é necessário que as forças estejam na mesma linha de ação, tenham
a mesmo módulo e direção oposta. Além disso, é necessário analisar a estabilidade desse equilíbrio.
Além das duas forças (G e E) o utuador pode estar sujeito a forças isoladas que são aplicadas
por um período relativamente curto inuenciando no equilíbrio temporário e na retomada ou não
do equilíbrio inicial. Podem acontecer três situações:
b) o corpo, mesmo retirando a força, cada vez mais, afasta-se da posição inicial, congurando
um equilíbrio instável;
Nesse caso, o volume deslocado é sempre o mesmo, qualquer que seja o deslocamento o equilíbrio
inicial não será alterado (equilíbrio indiferente).
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Nesse caso, o deslocamento para baixo, o volume de carena e o empuxo aumentam, passando para
situação onde E > G. Ao retirar a força, o volume desloca-se para cima para novamente E = G.
Se o corpo for deslocado para cima, o volume e o empuxo diminuem, cando E < G. Ao retirar a
força adicional o corpo desce até que E = G na posição inicial.
Dessa maneira, nos deslocamentos verticais, os utuadores têm um equilíbrio estável.
E E
CC
CC
CG
CG
pequena rotação conjugado restaurador
G G
No giro de um pequeno ângulo, o empuxo (E) e o peso (G) criam um conjugado que tende a
girar o corpo no sentido contrário ao da rotação congurando um equilíbrio estável.
Por outro lado, se o CG estiver acima do CC, o conjugado tenderá a girar mais o corpo con-
gurando um equilíbrio instável.
G G
conjugado
CG
CG
CC
CC
pequena rotação
E E
a) equilíbrio b) Desequilíbrio
Desse modo, num corpo totalmente submerso, a estabilidade à rotação é obtida com o centro de
gravidade (CG) abaixo do centro de carena (CC).
Para corpo parcialmente submerso o estudo é diferente dos corpos totalmente submersos, sendo
mais complexo. Não sendo condição necessária para o equilíbrio estável o centro de carena (CC)
estar acima do centro de gravidade (CG).
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Por outro lado, a rotação do corpo causa uma variação no formato do volume de carena (o que
não acontece no corpo totalmente submerso), o que cria um deslocamento no centro de carena, tal
que o equilíbrio pode ser estável mesmo que este (CC) esteja abaixo do centro de gravidade.
M
D
A O D L O I
G
A
CG CG
CC CC' CC
C
B C E
B
Figura 12
No corpo parcialmente submerso, com a rotação em torno do eixo O, o volume de carena passa
de ABCD para LICB deslocando o centro de carena para a esquerda (CC).
Dessa maneira, o utuador tem condições de retornar à posição inicial, congurando equilíbrio
estável, desde que o empuxo esteja à esquerda do peso, conforme a gura 12
O sentido do conjugado pode ser analisado pela posição do metacentro (ponto M), que é a
interseção do eixo de simetria do utuador com a direção do empuxo.
Dessa maneira:
se o ponto M estiver acima do CG, o conjugado será contrário à rotação o que congura
equilíbrio estável;
se o ponto M estiver abaixo do CB, o conjugado será a favor da rotação congurando equilíbrio
instável;
se o ponto M estiver exatamente no CG, o equilíbrio será indiferente.
Assim, quanto mais acima estiver o metacentro (M) relativamente ao CG, maior será o conju-
gado restaurador, portanto, mais estável o equilíbrio. Essa observação mostra a importância de se
conhecer a distância do metacentro ao centro de gravidade (indicada por r).
dA
1 M
r
G x
1 O 3 4 θ O 5
l x tg θ
CG CG 3
df
CC δ
CC CC'
E E'
2
2
Figura 13
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∫
onde x2 dA = Iy é o momento de inércia da área da seção de utuação em relação ao eixo y. Assim:
E δ = γ tg θ Iy
δ
Note-se que: E = γ V e tg θ = . Logo:
(r + l)cosθ
δ Iy
γ V δ=γ Iy ou r+l =
(r + l) cos θ V cos θ
Considerando o ângulo θ pequeno (como se admitiu) então cos θ ∼
= 1:
Iy
r= −l
V
G
Como no caso temos equilíbrio: G = E = γ V então V = . Logo:
γ
γ Iy
r= −l
G
seção de utuação
y
dA
b
b
linha de utuação
Figura 14
Deve-se ter r>0 e, quanto maior, maior será a estabilidade do utuador. Dessa maneira, te-
γ Iy
mos que diminuir l, abaixando o centro de gravidade, ou, aumentando a relação , ou seja,
G
aumentando o momento de inércia da seção de utuação.
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2.21 Exercícios
1) A gura mostra, esquematicamente, uma prensa hidráulica. Os dois êmbolos têm, respectiva-
mente, as áreas A1 = 10 cm2 e A2 = 100 cm2 . Se for aplicada uma força de 200 N no êmbolo
(1), qual será a força transmitida em (2)?
F2 F1
(2) (1)
p2 p1
Solução:
F1
A pressão transmitida pelo êmbolo (1) será p1 = . Mas pela Lei de Pascal, essa pressão
A1
será trasmitida ao êmbolo (2), portanto p2 = p1 . Logo
p2 A2 = p1 A2 = F2
200 N
Como: p1 = = 20 . Então
10 cm2
F2 = 20 · 100 = 2000 N
A força não só foi transmitida, mas também, ampliada. É nesse princípio que se baseiam-se:
prensas hidráulicas, servomecanismos, dispositivos de controle, freios, etc.
340 mmHg x
340 mmHg y
14, 7 · 340
y= = 6, 6 psi
760
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340 mmHg z
101.033 · 340
x= = 45.287 P a = 45, 3 kP a
760
logo, pabs = 45, 3 + 101, 2 = 146, 5 kP a (abs)
(d) Absoluta em atm
760 mmHg 1atm
340 mmHg u
1 · 340
x= = 0, 447 atm
760
logo, pabs = 0, 477 + 1 = 1, 477 atm (abs)
pm área do topo = 10 m2
ar
10 cm
60 cm
30o
Solução:
(a) Determinação de pm
Usando a equação manométrica, lembrando que os γ dos gases é pequeno e que pode-se
desprezar o efeito da coluna de ar em face de outros efeitos, dessa maneira em escala
efetiva (patm = 0) temos:
Onde L sen 30o é o desnível da coluna de água a direita, pois pelo teorema de Stevin, a
pressão independe da distância, depende somente das diferenças de cotas.
pM = γH2 O (L sen 30o − hH2 O ) − γo ho
pM = 10.000(0, 6 · 0, 5 − 0, 2) − 8.000 · 0, 1
pM = 200 N/m2
(b) Pela denição de pressão
Ftopo = pm A = 200 · 10 = 2.000 N
4) Na placa retangular da gura, de largura 2 m, determinar a força devida á água numa de suas
faces e seu ponto de aplicação (γ =10.000 N/m3 ).
O
30o
1m
h̄
CG F
l= CP
5m
dA
CG
ȳ
CP
yC
2m
P
b=
F = p̄ A = 22.500 · 5 · 2 = 225.000 N
2 ; b l = 2 · 5 = 12, 8 m4
1 l 3 3
com ȳ = + = 2 + 2, 5 = 4, 5 m ; A = b · l = 2 · 5 = 10 m
sen 30o 2 12 12
20, 8
yCP − ȳ = = 0, 46 m ou yCP = 0, 46 + 4, 5 = 4, 96 m
4, 5 · 10
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5) Determinar a força R que deverá ser aplicada no ponto A da comporta da gura para que
permaneça em equilíbrio, sabendo-se que a mesma pode girar em torno do ponto O. Dados:
p1 = 100 kP a γ1 = 10.000 N/m3
p2 = 50 kP a γ1 = 8.000 N/m3
Comporta retangular com h = 5 m e b = 2 m.
p1 p2
1m
O
(1) (2)
γ1 5m γ2
A R
Solução:
Para que, no nível dos dois líquidos, a pressão efetiva seja nula substituimos p1 e p2 por cargas
de pressão equivalentes:
Note-se que h1 e h2 são as alturas ctícias dos líquidos que causariam, em seus níveis reais,
as pressões p1 e p2 .
Agora podemos calcular as forças atuantes em cada lado da comporta.
Lado 1:
Pressão: p̄1 = γ1 h̄1 = 10.000(10 + 1 + 2, 5) = 135.000 N/m2
Força: F1 = p̄1 A1 = 135.000 · 5 · 2 = 1.350.000 N = 1.350 kN
b h3
ICG h2
Centro de pressão: yCP 1 − ȳ1 = = 12 =
ȳ1 A h̄1 · bh 12 h̄1
5 2
hCP 1 − h̄1 = = 0, 15 m
12 · 13, 5
Distância do CP1 ao ponto O: b1 = 2, 5 + 0, 15 = 2, 65 m
Lado 2:
Pressão: p̄2 = γ2 h̄2 = 8.000(6, 25 + 1 + 2, 5) = 78.000 N/m2
Força: F2 = p̄2 A2 = 78.000 · 5 · 2 = 780.000 N = 780 kN
b h3
ICG h2
Centro de pressão: yCP 2 − ȳ2 = = 12 =
ȳ2 A h̄2 · bh 12 h̄2
5 2
hCP 2 − h̄2 = = 0, 21 m
12 · 9, 75
Distância do CP1 ao ponto O: b1 = 2, 5 + 0, 21 = 2, 71 m
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R · h + F2 · b2 − F1 · b1 = 0
F1 b1 − F2 b2 1.350.000 · 2, 65 − 780.000 · 2, 71
R= = = 293.000 N
h 5
6) Um navio desloca 9,45 × 106 N e tem uma seção de utuação como a indicada na gura. O
centro de carena está a 1,8 m abaixo da superfície de utuação e o centro de gravidade, a 0,3
m. Determinar a altura metacêntrica em relação a um inclinação em torno do eixo y.
Solução: seção de utuação
9m
6m 24 m 6m
γ Iy
Altura metacêntrica: r = −l
G
Onde l = 1, 8 − 0, 3 = 1, 5 m
Para o cálculo do momento de inércia vamos dividir a seção de utuação em guras conhecidas,
retângulo (parte central) e triângulo (extremidades) (ver seção C)
b = 24 m
h=9m
b h3 24 · 93
Iy1 = = = 1.458 m4
(1) y 12 12
b h3 12 · 93
b = 12 m Iy2 = = = 182 m4
48 48
h=9m
10.000 · 1640
Logo: r = − 1, 5 = 0, 24 m > 0 (estabilidade)
9, 45 × 106
7) Uma balsa tem o formato de um paralelepípedo com 9 m de largura, 24 m de comprimento
e 2,4 m de altura. A balsa pesa 4,72 × 106 N quando carregada e o seu centro de gravidade
está a 3 m acima do fundo. Determinar a altura metacêntrica.
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CG
3m
2,4 m
z
24 m
Solução:
É preciso determinar a distância l entre o centro de gravidade e o centro de carena. Para isso,
z
vamos determinar a altura z , pois l = 3 − .
2
Sabe-se que: E = γ V = G
G 4, 72 × 106
V == = 472 m3
γ 104
472
z= = 2, 18 m
24 · 9
Logo: l = 3 − 1, 09 = 1, 9 m
γ Iy Iy
Tem-se que: r = −l = −l
G V
b h3 24 · 93
Como Iy = = = 1.458 m4
12 12
1.458
Portanto: r = − 1, 9 = 1, 2 m
472
8) Qual é a altura da coluna de mercúrio (γHg = 136.000 N/m3 ) que irá produzir na base a mesma
pressão de uma coluna de água de 5 m de algura? (γH2 O = 10.000 N/m3 ) [h Hg = 368 mm ]
9) Determinar a pressão de 3,5 atm nas outras unidades de pressão na escala efetiva e, sendo a
pressão atmosférica local 740 mmHg, determinar a pressão absoluta. [p
abs = 4, 47 atm =
0, 47 M P a ]
10) No manômetro da gura, o uído A é água e o B, mercúrio. Qual é a pressão p1 ? Dados
γHg = 136.000 N/m3 ; γH2 O = 10.000 N/m3 . [p 1 = 13, 5 kP a ]
15 cm
p1
7,5 cm
A
5 cm
pressão pa − pb ? Dados: γóleo = 8.000 N/m3 ; γHg = 136.000 N/m3 ; γH2 O = 10.000 N/m3 .
[p A − pB = −132, 1 kP a ]
A
B
h1
h2
h3
h4
12) Calcular a leitura do manômetro A da gura. γHg = 136.000 N/m3 . [p A = 79, 6 kP a ]
A
100 kPa
15 cm
ar ar
Hg
(a) do ar;
(b) no ponto M, da conguração a seguir.
Dados: leitura barométrica 740 mm Hg; γóleo = 8.500 N/m3 ; γHg = 136.000 N/m3 .
[a) p ar = 34 kP a par; abs = 134 kP a ; b) p M ;
= 36, 5 kP a pM abs = 136, 5 kP a ]
ar
30 cm
água
80 cm
M
70 cm
óleo
água
70 cm
30 cm
Hg
14) Aplica-se uma força de 200 N na alavanca AB, como é mostrado na gura. Qual é a força F
que deve ser exercida sobre a haste do cilindro para que o sistema permaneça em equilíbrio.
[F = 100 kN]
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200 N
20 cm
25 cm
10 cm
5 cm
15) Na instalação da gura, a comporta quadrada AB, que pode girar em torno de A, está em equi-
líbrio evido à ação da força horizontal F. Sabendo que γm = 80.000 N/m3 e γ = 30.000 N/m3 ,
determinar o valor da força F. [F = 8.640 kN]
F B
0,6 cm
γ
0,4 cm
γm
16) Um tanque retangular, como o da gura, tem 4,5 m de comprimento, 1,2 m de largura e 1,5
m de altura. Contém 0,6 m de água e 0,6 m de óleo. Calcular a força devido aos líquidos
nas paredes laterais e no fundo. Dados: γóleo = 8.000 N/m3 e γágua = 10.000 N/m3 .
[F A ; ;
= 8.640 N FB = 7.700 N Ff undo = 60.000 N ]
cm
4,5
0,6 m
1,5 cm
0,6 m
1,2
cm óleo
água
17) A comporta AB da gura tem 1,5 m de largura e pode girar em torno de A. O tanque à
esquerda contém água (γ = 10.000 N/m3 ) e o da direita, óleo (γ = 7.500 N/m3 ). Qual é a
força necessária em B para manter a comporta vertical. [F = 50.000 kN]
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5m
2m
água óleo
18) Determinar a força, devido à pressão da água, na comporta retangular da gura, sendo o peso
especíco do uido 10.000 N/m3 . [F = 99,4 kN]
60o
2m
m
1,5
2,5 m
20) Um cilindro, que pesa 500 N e cujo diâmetro é 1 m, utua na água (γ = 10.000 N/m3 ), com
seu eixo na vertical, como mostra a gura. A âncora consiste de 0,23 m3 de concreto de peso
especíco 25.000 N/m3 . Qual é a elevação da maré necessária para elevar a âncora do fundo?
(Desprezar o peso da barra) [h = 0,3 m]
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h
H
0,2 m
21) O Corpo maciço de seção triangular e largura 1 m deve utuar na posição indicada pela gura.
Calcular a força a ser aplicada no plano da superfície AB e a sua distância ao ponto A. Dados:
peso especíco do corpo γc = 2.000 N/m3 ; AB = 1,8 m; BC = 0,6 m; γH2 O = 10.000 N/m3 .
[x = 0,3 m; F = 270 N]
F
xF F
A B
0,3 m
0,3 m
22) Determinar a altura de óleo (γo = 6.000 N/m3 ) para que o corpo (γc = 6.000 N/m3 ) passe
da posição (1) para a posição (2). [h = 0,8 m]
o
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1,5 m
2m 2m
ho
(1) γl (2) γl
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NC = Nível Constante
(1)
(2)
Figura 15: Regime permanente, quantidade que entra (1) igual que sai (2)
Ao contrário, no regime variado, as propriedades num determinado ponto variam com o tempo.
O fornecimento de uidos é regime permanente quando a fonte (reservatório) for de grandes
dimensões, ao contrário, teremos o regime variado para reservatórios de pequenas dimensões, em
que o uxo de uido interfere nas cotas do volume armazenado.
t1
Reservatório de pequenas
NC t2
dimensões
(regime variado)
Reservatório de grandes t3
dimensões (regime per-
manente)
t3
t2
t1
Figura 16: Comparação entre regime permanente e regime variado
t2
t1 t3 tn
Figura 17: Trajetória
Somando-se a isso temos a linha de corrente que é a tangente vetorial nos pontos da trajetória
num determinado instante t.
⃗v2
⃗v3
⃗v1
⃗v4
linha de corrente
v1
v2
(2)
(1)
x1 x2 x
y1
v1
(2)
(1) v = f(x, y)
x1 x2 x
E, ainda, podemos ter o escoamento tridimensional, onde a descrição das propriedades do uido
são necessariamente feitas com três dimensões (uma dimensão ao longo do comprimento do tubo de
corrente e outras duas lateralmente) (v = f( x, y, z)).
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Torna-se evidente que as equações que regem as propriedades se complicam com o aumento do
número de dimensões.
t=0
t
s
Considerando que o volume que atravessa a seção de área A pode ser representado pelo produto
de um determinado comprimento do tubo de corrente s, temos:
V sA s
Q= = como v =
t t t
Q=v A
Quando a velocidade não é uniforme na seção (escoamento bidimensional ou escoamento tridi-
mensional) se dene uma velocidade média na seção. Isso acontece na maioria dos casos práticos.
Já, o cálculo da vazão para escoamentos não unidimensionais é feito considerando o cálculo
innitezimal:
dQ = v dA
∫
Q= v dA
A
Denindo-se então, a velocidade média, como aquela que reproduzirá a mesma vazão:
∫
Q= v dA = vm A
A
vm
vreal
Qm2
A2
Qm1
A1
Figura 23: Vazão em massa na entrada igual na saída
Considerando que o regime permanente não contempla variações ao longo do tempo temos a
equação de continuidade para o regime permanente:
Qm1 = Qm2 ou ρ1 Q1 = ρ2 Q2 ou ρ1 v1 A1 = ρ2 v2 A2
Se o uido for incompressivel, a massa especíca será a mesma (ρ1 = ρ2 = ρ), na entrada e na saída:
ρ Q1 = ρ Q2 ou Q1 = Q2 ou v1 A1 = v2 A2
A equação v1 A1 = v2 A2 mostra que velocidade média e área são inversamente proporcionais, con-
siderando por exemplo, aumento relativo de área entre entrada e saída teremos diminuição relativa
de velocidade entre entrada e saída.
Para a situação onde deparamos com diversas entrada e saídas num sistema de tubo de corrente
único teremos:
Σe Qm = Σs Qm
E no caso de uído incompressível camos com:
Σe Q = Σ s Q
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3.8 Exercícios
1) Um gás escoa em regime permanente no trecho de tubulação da gura. Na seção (1), tem-se
A1 = 20 cm2 , ρ1 = 4 kg/m3 e v1 = 30 m/s. Na seção (2), A1 = 10 cm2 , ρ1 = 12 kg/m3 . Qual
é a velocidade na seção (2). [v2 = 20 m/s]
gás
(2)
(1)
Solução:
Qm1 = Qm2
ρ1 A1
logo: ρ1 v1 A1 = ρ2 v2 A2 ou v2 = v1 . Portanto:
ρ2 A2
4 20
v2 = 30 = 20 m/s
12 10
AG
Ae
ve Ae = vG AG
Ae 20
vG = ve = 2 = 8 m/s
AG 5
√
| ⃗a |= (102)2 + (404)2 = 416 cm/s2
4) Um gás ( γ = 5 N/m3 ) escoa em regime permanente com uma vazão de 5 kg/s pela seção
A de um conduto retangular de seção constante de 0,5 m por 1 m. Numa seção B, o peso
especíco do gás é 10 N/m3 . Qual será a velocidade média do escoamento nas seções A e B?
(g = 10 m/s2 ) [vA = 20 m/s; vB = 10 m/s]
5) Uma torneira enche de água um tanque, cuja capacidade é 6.000 L em 1h40 min. Determinar
a vazão em volume, em massa e em peso em unidade do SI se ρH2 O = 1.000 kg/m3 e g = 10
m/s2 . [Q = 10−3 m3 /s; Qm = 10 N/s]
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1) Um gás ( γ = 5 N/m3 ) escoa em regime permanente com uma vazão de 5 kg/s pela seção
A de um conduto retangular de seção constante de 0,5 m por 1 m. Numa seção B, o peso
especíco do gás é 10 N/m3 . Qual será a velocidade média do escoamento nas seções A e B?
(g = 10 m/s2 ) [vA = 20 m/s; vB = 10 m/s]
2) Uma torneira enche de água um tanque, cuja capacidade é 6.000 L em 1h40 min. Determinar
a vazão em volume, em massa e em peso em unidade do SI se ρH2 O = 1.000 kg/m3 e g = 10
m/s2 . [Q = 10−3 m3 /s; Qm = 10 N/s]
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A Informações úteis
A.1 Unidades SI - Sistema Internacional
Unidade Quantidade Unidade Símbolo Fórmula
Unidades básicas Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Temperatura kelvin K
Unidade complementar Ângulo plano radiano rad
Unidades derivadas Energia joule J N·m
Força newton N kg · m/s2
Potência watt W J/s
Pressão pascal Pa N/m2
Trabalho joule J N·m
A.2 Prexos SI
Fator de Multiplicação Prexo Símbolo
1 000 000 000 000 = 1012 tera T
1 000 000 000 = 109 giga G
1 000 000 = 106 mega M
1 000 = 103 quilo k
0, 001 = 10−3 mili m
0, 000 001 = 10−6 micro µ
0, 000 000 001 = 10−9 nano n
0, 000 000 000 001 = 10−12 pico p
B Centróide e Baricentro
O cálculo de centro de áreas (centróide) e centro de forças (baricentro) de uma gura qualquer é
realizado usando o conceito de momento.
c
h
h
c
h/2
h
3
b
b/2 3
c
2·d
c c 3·π
d
2·d
3·π
d/2
2·d
B.2 Cálculo do centróide 3·π
O centróide de uma gura qualquer pode ser determinado pela divisão desta em guras conhecidas.
Após a xação de eixos de referência, estes são usados para o cálculo do momento das áreas das
diversas guras divididas que por sua vez deve ser igual ao momento da gura total em relação
ao mesmo eixo. Assim o cálculo da posição do centróide em relação aos eixos de referência são
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calculados:
∑
n ∑
n
xi · Ai yi · Ai
i=1 i=1
x= y=
∑n ∑n
Ai Ai
i=1 i=1
Exemplo:
30 30
c1
60
c2
1 2
x 15 40
y 30 20
A 1800 900
Calculando x:
15 · 1800 + 40 · 900
x= = 23, 33
1800 + 900
Calculando y :
30 · 1800 + 20 · 900
y= = 26, 67
1800 + 900
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C Momento de Inércia
O cálculo do momento de inércia é feito considerando um eixo. Assim:
∫ ∫
2
Iy = x da ; Ix = y 2 da
c x
h
c x
b h3 h b3 b h3 h b3
Ix = ; Iy = Ix = ; Iy =
12 12 36 36
c c
d
x x x'
π d4 π d4 π d4 π d4 π d4
Ix = ; Iy = Ix = ; Iy = Ix ′ = = Iy ′
36 36 36 36 36
C.2 Teorema dos eixos paralelos
O transporte do momento de inércia em relação ao eixo que passa no centróide de uma gura para
outro eixo paralelo pode ser feito pelo teorema dos eixos paralelos.
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c x
x'
I x ′ = I x + d2 · A