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A SAI: 40) As Tres Ci 41) Tratado de Bx 42) Problematica da 43) Teoria Gera 48) Tooria Geral das Tensées — 1 v 45) Filosofia ¢ Romantiomo 46) Grandeza ¢ Miséria dos Logisticos 47) Dialéctica Conereta 48) Filosofia Suprema (Mathesis Mogi es suseqilentes serio sportunamente un OUFRAS OBRAS DO MESMO AUTOR: - de Batathay — v ue «Vu ed. Globo — Bsgoada, = ine Retérieay "102 ed. = <0 Homem que Naseou Péstumos — (Ten fescheanos) — Ba ed. — Texto de Nietesche, com andlise ~ Homem> — Com o psowdénime de Dan Andersen — Regotada ~ ialéctica do Marxismoy — Esgotada = 7 Pessoal» — ([Betudos caractorolégicos) — 6. ed, a ed 0s Homenss «— 22 ed. == Vida nio é Argumentos = «A Casa das Paredes Geladas> =" eliseuttat em Silenetos ~ #4 Verdaiie eo Simbolo> «A Arte oa Vidar A PUBLICAR: = Dieionério de Simbolos ¢ — eDiseursos @ Confort «Obras TRADUGOE: — «Vontade de Poléacias, de Nietzsche = +Al&n do Bem e do Mats, de Nicizsene = «Auroras, de Nietzsche = «Disrio ~ Saudag: mos, de Amiel ‘20 Mundo», de Walt W! i .DICE ‘Um Ponto de Partida Dos Conceitos Dos Conceitos « Da Verdade Dos Conceitos Universais . Do Conceptuatismo Uma Exposigio do Res Cepticisms, Fonte de Grandes Erros 05 Erros do Idealismo A Opinigo ‘A Verdade Material, A Verdade Formal e Os Preconceitos Findamentes Para a Verdade, Oferecidos Pela Experiéneia A Btiologia dos Brros Demonstragio ¢ Argumentagio Colheita de Eres Famosos — Grandes Hrros Ontolégicos Siio ax Esséncias Cognosciveis? ‘A Bxisténela, Conceito Confuso Parn. Alguns Fildsofos Modernos Do Nao-Ser .. Ser, Néo-Ser e Privagio P \iplo de Razio Suficiente © os Brros Correspondentes © Conceito Positive, © 9 Préxico Das Propriedades do Ser Da Individualidade a Da Distingto .... . cee 159 Da Verdade sss... 364 Do Bem. : 187 Do Finito © co Infinito Da Substaneia : Novos Comentarios Sobre o a da Ch Exame de Temas Sobre ax Causas Da Causa Material e da Form a 208, Palavras Fi INTRODUCGAO FE inegavelmente de grande perplexidade a emogdo que in Jeo honrem moderne, quando perpassa o1 oblios pelas dina que nos dois iilsimos séeulos dominavam o campo da criagia e da pensamento bunranes. E espantoso, sem divida, 0 ninero imenso de sistemas, de es calas de filosojia, de doutrinas sociais, de bipdteses ¢ mais bipa- teres, gue substitien unas ds outras, numa sarabanda sem fim. Se passarmos os olhos pelas diversas épocas, verificarente desde logo que os que mais brilharant, of que veceberam 0 afago dos elogios féceis, 0s gue empolearam mais facilmente grupos imensos de admiradores naa foram os maiores de sua época, nas es menores, os que encontram am lugar inexpressiva na histériu do conbecimento buntano Nao € de espantar gue, em Atenas, a democracia grea (ue 6 ena apenas de uma minoria de senhores © de uma maioria de exeravos) condenasse Séerates a morte, porque dle ensinara aos homens sevent mais dignos, mais nobres ¢ mais bonesios? Nao je espantar que Plato permanecesse qnare anonino ante 0 se povo, enananta sn Goxias, umn Hipias brithavant como Inmmare do saber? E nao se acusem or gregos désse defeito. Ble se repete sem- pre em téda a bistdria bumana, Nao vimos em pleno século XVII Hegel pontificar na Alemarha como fildsofo absoluto, Kraw $e, no fim do século passado, enrpolgar mulsiddes de pensadores, Bergson brilbar no principio déste com uma auréola que empa lecia os grandes luminares do passado, e modernamente uni Sar- vo ser erguido as eulminéncias, para ens muito breve despencar-se, engnanto ainda ha literatos da filosofia que ascendem win Russe um Moritz aos pindculos do conbecimento? Nao vimot a trenonda propaganda que em nossos diat rec beram vultos de mediocre valor, a ponta de serem consideratos 20 MARIO FERREIRA DOS SANTOS to, para justificar, por sua vez, a validez da posigio posi tiva, da posigéo concreta, que tomamos na Filosofia. Se h4 um desvio do caminho real é mister apontar, pelo menos, a encruzilhada que abre 0 novo caminho, que permite ¢ facilita o érro, pois ¢ impossivel fazer-se w and lise cuidadosa dos grandes erros filosoficos se niio for e tabelecida desde inicio a sua etiologia, 0 ponto de partida; em suma, 0 caminho vicioso, que desviou o investigadcr da rota verdadeira e real. BE apés longas meditagées e andlises, chegamos a con- clusio que 0 ponto de partida dos malozes erros filos6- ficos esté na maneira falsa de considerar a realidade dos corseltos universals, ou seja, partir da negacao da sua rea: Adade. Negando-se 0 fundamento mais sdlido do filoso- far positivo, tude 0 mais era possivel atingir, Por essa razio, é mister retornar a ésse problema e reexumind-lo com seguranga. E mister, assim, volver & propria filoso- fia grega, ao momento crucial que ela conheceu quando do surgimento dos solistas, aquéle instante em que o ff Idsofo comecou a interrogar sObre a validez dos nossos conceitos, e se nao eram éles apenas meros esquemas que a mente humana criou, para poder dar uma ordem men: tal ao caos dos acontecimentos heterogéneos, ou se nes: ses esquemas havia um contetido real, que Ihes daria a necessdria base positiva, que permitiria ao homem inves: tiger com seguranga, En suma, em torno do realismo dos conceitos gira a gestacao de grandes erros, como também se baseia 0 fundamento da filosofia positiva. £ 0 exame désse problema que empreenceremos, ao mesmo tempo que apontaremos a origem dos velhos er- ros, bem como sua fantastica ressonfincia nos dias de heje. DOS CONCEITOS A fim de evitar os costumeiros erros praticados por filésofos menores, € que se perpetuam através dos tem- pos, basta salientir um conjunto de idéias em torno do conceito, colocadas com clareza e adequagio, para que desde logo ressaltem de onde provém inuimeras confusbes, que tiveram um éxito tio maléfico no pensamento huma- no. Néfio é exigivel fazer um estudo psicoldgico da géne- se do conceito. Basta apenas clarear um conjunto de as- pectos para ressaltar logo o que deve ser predominante na ‘bea especulacdo. Na Filosofia moderna, o térmo conecito, por influ- éncia de-Descartes ¢ de Port Royal, foi substituido pelo térmo idéia, gerando uma seqtiéncia de confusées que mais serviram para perturbar 0 pensamento humano que para iuminé-le. Partamos primeivamente da cognigko. Genéricamen- te, a cognicda ¢ um acto imanente. Acto, porque se dit através de uma actuagao, de uma modificagiio na poténcia subjectiva, psiquica; ace imanente, por que se realiza no proprio sujeito, e efectua-se na propria poténcia sub- jectiva do mesme. Além de um acto imanente é um acto consciente, por- que é testemunhado pela consciéncia, notado pela cons- cigneia. Mas, nesse acto, a mente tende para 0 objecto que conhece, intende. % por isso também intencional. Quando a mente conhece alguma, ou quando quer re- ferirse 2 alguma coisa, ou ela tem uma noticia da coisa por meio de uma similitude com aguela, ou por ume ima- gem que possui do prdprio objecto. Quando pretende- mos, mentalmente referirnos a um objecto, ha em nossa mente uma intencionalidade, Assim, quando queremos

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