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No
entanto, para essa produção, são necessários outros compostos que a
planta não produz, como a água. Como chega a água até às células?
Como chegam os sais minerais? E como chega a matéria orgânica
produzida a todas as partes das plantas?
Tecidos de Transporte
As plantas são constituídas por vários tecidos: dérmicos, fundamentais
e condutores. Os dérmicos, a epiderme e o súber (incomum), são os
tecidos rígidos da “casca” da planta. Os fundamentais, como que a
“polpa” da planta, são o parênquima, o colênquima e o esclerênquima,
cuja função é a manutenção da estrutura da planta. Os condutores, ou
de transporte, são os tecidos centrais.
As plantas vasculares têm então um sistema de transporte muito
eficaz, constituído por tecidos de transporte. Esses tecidos são dois:
xilema e floema. Cada um tem uma constituição específica devido às
substâncias que transportam, pois cada um transporta um tipo de seiva.
A esse movimento de substâncias chama-se translocação.
Xilema
Neste tecido é transportada a seiva bruta. A seiva bruta, ou xilémica, é
constituída pela água e sais minerais, captados na raiz, cujo objetivo é
chegar até às folhas, para ser produzida a matéria orgânica. Este tecido
é constituído por:
- Vasos lenhosos ou Elementos condutores: os traqueídos (longas
e estreitas; o contacto entre si é assegurado por poros; têm
parede transversal) e os elementos dos vasos (curtas e largas;
não têm parede transversal) são células mortas que asseguram a
condução da seiva, estando dispostas topo a topo
Teoria da Tensão-Coesão-Adesão
Para plantas de médio a grande porte, a teoria utilizada para explicar o
movimento de água é outra, em que o motor é a folha.
Segundo esta teoria, o movimento da água é desencadeado pela
transpiração nas folhas. Os estomas, poros localizados na página
inferior das folhas, têm uma abertura (ostíolo) que abre e fecha
consoante alguns fatores (luz, temperatura) e que permite regular a taxa
de transpiração. Quando a folha começa a perder água por
transpiração, as células-guarda ficam hipertónicas em relação às
restantes (pois têm pouca água), o que gera uma força de sucção
(tensão) pelo aumento da pressão osmótica. Isto leva a que a água
comece a ser movimentada até aos estomas, começando pelas células
vizinhas e chegando ao xilema. A água comporta-se como um dipolo
elétrico (pois é extremamente apolar), o que a torna também muito
reativa. Desta forma, as moléculas de água estabelecem entre si pontes
de hidrogénio, revelando uma força de coesão entre as elas. Essas
mesmas moléculas ligam-se ainda a outras moléculas constituintes do
xilema, sendo essa força de união designada por adesão. A tensão
propaga-se assim pela coluna de água até à raiz, onde ocorre a
absorção de água, para estabelecer o equilíbrio hídrico.
Transporte no Floema
O floema transporta água e matéria orgânica, produzida nas folhas
através da fotossíntese. O floema é o tecido mais exterior na zona
medular em todas as zonas da planta.
Segundo uma experiência realizada por Zimmermann, circularão nos
vasos floémicos sacarose (glicose+frutose), nucleótidos, hormonas e
aminoácidos. Essa experiência permitiu também concluir que o
transporte da seiva elaborada se deverá realizar sob pressão (também
se pode comprová-lo quando se faz uma incisão numa planta, pois ela
liberta seiva com elevada concentração de açúcares, ou seja, floémica).
Foi Münch que formulou uma teoria para a circulação da seiva floémica
através de um fluxo de massa. Através de uma experiência em que
representou os diversos órgãos de uma planta (pelas diferentes
concentrações de sacarose), verificou que, por difusão, as diferentes
soluções ficaram isotónicas.