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Agradecimentos:
Aos Benfeitores pela constante inspiração no processo deste e de
outros Manuais.
A Elsa de Almeida pela revisão da estética e paginação.
A Julinha Zoraide Feijó Pereira, (Vó Zo) pela Revisão da Língua
Portuguesa. (Porto Alegre-RS)
A Luis Hu, pela criação da capa.
A Marjorie Aun, pela colaboração com os desenhos.
A Merhy Seba, pela colaboração na revisão dos ítens.
Aos demais amigos que compartilhamos o ideal de servir em nome
de Jesus.
Distribuição gratuíta - Se for usar este material citar a fonte.
www.elsarossi.com - elsarossikardec@gmail.com
ÍNDICE
Apresentação……………………………………….……………………... 04
Objetivo………………………………….………………………………….. 05
Introdução………………………………….……………………….……… 05
1. Comunicação…………………………………….…………………... 07
2. Obstáculos a comunicação……………………..…………………... 09
3. Tipos de comunicação………………………………...…………….. 10
4. Técnicas Associativas na comunicação…………………………... 12
5. Exposição e oratória ……………………….……………………….. 13
6. Preparar-se para ser um orador…………………………………… 14
7. A eloquência………………………………………………………….. 14
8. Técnica de pronunciar palavras………………….………………… 16
9. Perfeita emissão do som……………………………………………. 17
10. Respiração...............……………………………………….... ……... 17
11. Tipos de recintos.......………………………………………...……... 19
12. Postura.…………………………………………………………......... 21
13. O orador……………………………………………...……………….. 22
14. Movimentação das mãos....……………………………………..….. 25
15. Como definir público e tema………….…………………………….. 27
16. Montagem da palestra………………………...…………………….. 29
17. Estudo e técnicas de pesquisa…………..…………………………. 30
18. Inserindo uma história……………………………………………….. 32
19. Dimensão do discurso…………………………...………………….. 32
20. Desevolvendo a exposição.………………………………………... 34
21. Como se expressar………………………………………………….. 35
22. Recursos audiovisuais…………………………….……..………….. 36
23. Palestra ou conferência Internacional com tradutor-Intérprete…. 38
24. Microfones – Gravação..... ……………...………………………….. 39
25. Conferência virtual pela internet……………………………............ 41
26. Recomendações finais ao orador espírita………………………… 41
27. Direitos autorais nas palestras.... ……………..…………………… 42
28. Na Tribuna – mensagem.……………………..…………………….. 42
29. Glossário…………………………………………………………..….. 43
30. Bibliografia.…………………………………….……………………... 44
4 Manual de Apoio e Orientação na Formação do Expositor Espírita Nacional e Internacional
APRESENTAÇÃO
Elsa Rossi
Manual de Apoio e Orientação na Formação do Expositor Espírita Nacional e Internacional 5
OBJETIVO
INTRODUÇÃO
Jesus, o Divino Divulgador se utilizou da palavra simples, amigável durante todo o tempo
em que a Sua presença se fez físicamente entre nós, ecoando suas palavras através dos
tempos, dando-nos hoje, a oportunidade de auxiliar nesta multiplicação dos seus
ensinamentos, através da também simples, amorosa linguagem característica do Mestre da
oratória.
Desde Allan Kardec, até nossos dias, a Doutrina Espírita tem avançado no cumprimento
de sua missão através do verbo de inúmeros seareiros .
As Sociedades, Grupos e Centros Espíritas são locais próprios onde a palavra educativa
e esclarecedora dos expositores pode contribuir no enorme campo de semeaduras, tendo-se
a certeza de que a colheita, mesmo a longo prazo, será farta.
A clareza e a simplicidade devem caminhar a par com a objetividade e o conhecimento
do assunto e com a sinceridade de quem fala.
A "arte de falar" tem profunda importância em qualquer tribuna, especialmente na
tribuna espírita, pois a assimilação dos valores doutrinários está, em especial, diretamente
relacionada com a qualidade da exposição doutrinária.
Em todo o campo e especialmente nas instituições espíritas se encontram dois tipos de
freqüentadores:
1. COMUNICAÇÃO
Os sêres vivos se comunicam 24 horas, até durante o sono. O estudo deste Manual
parte do princípio de que, na atualidade, as pessoas tem possibilidade de estudar, e aprender
a conhecer os seus propósitos e objetivos na sua rotina da vida.
Do latim "communicatione".
· Tornar comum,
· Partilhar algo,
· Repartir alguma coisa,
· Estar em relação com,
· Compartilhar idéias, sentimentos e atitudes
1. 2 - Conceito
O conceito de comunicação é tido como sendo um processo pelo qual se passam
informações compreensíveis de uma pessoa para outra. Não basta apenas transferir
informações, mas que essas comunicações atinjam o objetivo da comprensão pelas pessoas.
Aí sim, considera-se "comunicação".
A comunicaçào é a condutora do processo social, inteirando os homens como "ser
social". Sem a comunicação, não há crescimento cultural da humanidade.
A herança cultural é o elo de ligação das gerações e a responsável pelo processo
evolutivo da humanidade nos campos filosófico, científico, religioso e tecnológico.
Para que uma comunicação se dê, vários elementos entram nesta estrutura, neste trabalho:
1.3.1 - Emissor
É o que emite a comunicação, de onde parte a comunicação. É o primeiro elemento do
processo da comunicação, seja ela qual for.
1.3.2 - Codificador
São as habilidades motoras da fonte emissora.
1.3.3 - Receptor
É o destinatário da mensagem; é o alvo a ser atingido; é ele quem capta a mensagem
codificada, emitida pelo emissor (ouvinte, leitor, etc.) .
1.3.4 - Ruídos
É tudo o que gera interferência na emissão ou recepção da mensagem.
1.3.5 - Mensagem
É o conteúdo do que está sendo enviado pelo emissor e captado pelo receptor. Deve ser
significativa para ambos. É o objeto primeiro da comunicação.
2. OBSTÁCULOS À COMUNICAÇÃO
2 .1 - Devidos à personalidade
Muitos obstáculos à Comunicação, nascem dos preconceitos, hereditariedade,
educação, meio, experiências individuais e estado emocional geral e momentâneo.
São os seguintes :
2.1.1 - Auto-suficiência
O indivíduo que julga saber tudo, nenhum esforço faz por aprender.
2. 2 - Devidos à linguagem
Nascem da confusão existente quanto ao significado das palavras e sua conseqüente má
utilização.
Exemplo: Fatos e opiniões.
Fato: é um acontecimento; não se discute. Aquilo que realmente existe, que é real.
Opinião: é o modo de pensar, de deliberar, de ver as coisas; é discutível.
3. TIPOS DE COMUNICAÇÃO
Os principais tipos de comunicação são:
comunicação escrita (visual)
comunicação verbal
comunicação táctil (Braille)
3.1.1 – Vantagens
O comunicador tem mais tempo para pensar, colocando suas pesquisas escritas,
preparando-se assim para melhor se fazer entender
Pode ser conferida para sanar mal-entendidos; (ler, voltar a reler)
Facilita
a memorização das informações, pois pode ser sempre consultada; Registra a
comunicação.
3.2.1 - Vantagens
1. É a mais fácil de ser comprovada, atenção, sorrisos, aceno leve de cabeça, etc.
2. Permite imediata verificação das reações do receptor ;
3. Em certos casos é mais persuasiva, pois é acompanhada da modulação da voz,
gestos e expressões corporais;
4. É mais rápida para comunicações individuais e permite o esclarecimento mútuo
das dúvidas ou opiniões entre as partes comunicantes;
Exemplo: o telefone encurta as distâncias, as perguntas esclarecem...
Manual de Apoio e Orientação na Formação do Expositor Espírita Nacional e Internacional 11
3.3.1 - Vantagens
Inteligível a todos os níveis intelectuais
Sedimenta mensagens escritas ou orais;
Acessível a pessoas com deficiências auditivas
Quiçá um dia, possamos ter pessoas preparadas, conhecedoras da linguagem por sinais
e que com essa qualificação, possam "traduzir" a comunicação falada, para a comunicação
através dos sinais, a esse público específico, recebendo-os nas palestras e conferências que
são oferecidas ao público em geral.
Palestra 70 % 10 %
Palestra + Visual 85 % 65 %
Palestra + Visual + Material 100 % 100 %
impresso
12 Manual de Apoio e Orientação na Formação do Expositor Espírita Nacional e Internacional
5. EXPOSIÇÃO E ORATÓRIA
7. A ELOQUÊNCIA
Eloquência é sentimento e se adquire pelo cultivo dos seguintes passos :
7.3 – Ter Fé
O orador ou expositor com fé, falará com firmeza porque sabe, está convicto de que
levará a boa mensagem.
O orador que desejar segurar firme na tarefa de ensinar por meio de conferências, ou
estudos, ou palestras, deverá estar sempre lendo, pesquisando, se informando e se
preparando para tal.
O orador deve estar sempre pronto a ouvir, e, de tudo tirar ensinamentos para transmití-
los a seus ouvintes. Eloquência é sentimento.
Quem não sentiu a vida ainda não tem o conhecimento indispensável para apontar a
seus irmãos o caminho, a verdade e a própria vida.
Adquire muita responsabilidade perante as Leis de Deus, o orador que prega, ensina
uma coisa e não as vivencia dentro e fora do lar.
Ser corajoso é de extrema importância para se expor ao púlico de forma firme e segura,
impulsionado pela verdade que carrega, pelas conquistas que fez em pesquisas, pela
segurança de que estará levando a todos, informações iluminativas, mesmo que em situações
mais adversas e frente a dificuldades que possam aparecer no momento.
10. RESPIRAÇÃO
P o d e s e r a re n a
m a is b a ix a q u e o
p ú b lic o ,
n o rm a lm e n te e m
U n iv e rs id a d e s . O
o ra d o r fic a c á e m
b a ix o e o p ú b lic o
e m c a d e ira s
a s c e n d e n te s
Pode ser em um
salão onde o
orador e público
estão no mesmo
nível
12. POSTURA
De muita importância é a postura daquele que se dispõe a falar em público. A
apresentação pessoal, gesticulação, conhecimento do que se vai apresentar, modulação da
voz, etc...é um conjunto de fatores que pode ajudar na absorção do conteúdo da conferência,
como pode ser um problema, quando não bem planejado
12 - Apresentação pessoal
O orador é o foco da atenção em todos os detalhes, também na apresentação pessoal.
O orador espírita deverá adequar-se de modo a não chamar excessiva atenção para sua
aparência, quer pelo abuso no emprego de roupas esportivas ou pelo pelo rigor do traje muito
social, ou chamativo,,, com brilhos, etc... a aparência não é tudo, porém auxilia. Iniciemos
pois, com a higiene pessoal perfeita: barba, cabelo, roupas, sapatos limpos. Em muitos casos
um bom comunicador é afetado por uma crítica simples. Um terno dá maior seriedade ao
passo que uma roupa extravagante pode prejudicar a aparência.
Dependendo da tarefa e do público alvo, fica até melhor o uso de calça jeans e
camisetas. Que se tenha bom senso de verificar que os mesmos estejam em boa
apresentação, sem rasgos, cortes ou desfiadas. Muitas vezes em nome da "humildade", os
espíritas deixam de ter o bom senso.
Por mais que nos esforcemos em parecer naturais diante de uma platéia, mesmo
conhecida, sempre somos acometidos por um "pouco" de nervosismo; salvo se já tivermos
uma experiência de muitos anos de trabalho com o público no que tange a desenvolver
conferências e estivermos ligados, firmemente na espiritualidade.
13. O ORADOR
13.1 - Posicionando frente ao público:
Devemos respeito aos que nos irão ouvir e ver, portanto, o orador deve evitar tanto
quanto possível:
17. Andar de um lado para outro a todo momento. Em certos momentos, funciona
como um acordar para alguns que têm o hábito de cochilar na platéia, mas em demasia,
provoca o cansaço visual das pessoas,
18. Falar alto com a pessoa que estiver ajudando na colocação de transparências no
retroprojetor.
19. Buscar transparências que "desapareceram ou foram esquecidas" com isso
perdendo tempo e ainda colocando a atenção do público nos gestos que a situação acarreta.
Nem sempre o orador tem condições de falar e manusear as transparências. (Esquece de
falar ao microfone, cai transparência no chão, etc...) Será importante neste caso, solicitação
prévia de um auxiliar e que o mesmo entenda o gesto da mão do orador, para a troca
sequencial das lâminas ou transparências.
Estudar os gestos, diante do espelho, verificar tempo da palestra, o tom e a velocidade
da voz, isso com antecedência. Com certeza, o orador se sentirá mais à vontade conhecendo-
se.
Sem dúvida existem outros fatores de menor importância que o orador deverá procurar
conhecer a disponibilidade dos mesmos, antes de iniciar a palestra:
quadro-negro, apagadores, cartazes , etc
quadro branco com canetas porosas especiais funcionando e não sêcas,
quadro mural (flip chart) com canetas coloridas que funcionem,
telas de projeção,
aparelhos audiovisuais.
· O "estátua", aquele que não se mexe, não sai do lugar e é muito cansativo.
· O "voador", aquele que não para um momento, deixa o auditório cansado de
tanto acompanhar com os olhos a sua movimentação.
Nenhum dos dois tipos acima é recomendável.
Procure no balancearse
sobre los pies, ni hacer
ruidos con los zapatos.
No de la espalda al público
Manual de Apoio e Orientação na Formação do Expositor Espírita Nacional e Internacional 25
Em uma palestra os gestos do orador devem ser usados de uma forma natural, pois se
forem forçados tornar-se-ão ridículos.
Um dos defeitos mais graves no expositor é ficar andado em frente do público (isto
demonstra nervosismo) e o pior de tudo, os ouvintes acompanham só os primeiros
movimentos e depois se desligam. Em gerando desinteresse no público, este começa a gerar
ruídos, abrir chocolates, balas.
Porém, quando sentimos uma monotonia no auditório, poderemos usar esta técnica para
acordar o público.
Ex: Um ou dois passos mais fortes, o qual
Procure recordar que o público está alí o Não caminhar todo o tempo frente ao público
para ouvílo, não os faça dormir. público
não
espera
26 Manual de Apoio e Orientação na Formação do Expositor Espírita Nacional e Internacional
1 2 3
Mãos sobre o ventre: curve ligeiramente os braços sobre as laterais do ventre, de forma
que a ponta dos dedos da mão direita toquem levemente as pontas dos dedos da mão
esquerda.
Pulsos apoiado sobre a cadeira: curve os cotovelos, de forma que os pulsos descansem
sobre as cadeiras;
Em utilizando o ponteiro a laser ou telescópico: segure o ponteiro com firmeza, apoiando
a outra extremidade, de leve, sobre a outra mão.
Mãos segurando a gola do blaser ou paletó, sem forçar, sobre o peito: curve os
cotovelos num ângulo fechado, de maneira que as mãos se encontrem nas duas lapelas.
Apoie-se de leve sobre a tribuna: ao utilizar a tribuna, deixar as mãos repousarem
levemente sobre suas bordas.
Em alguns momentos, quando a situação pedir, abrir os braços ou mesmo levantá-lo,
para acentuar uma passagem da palestra, pode ser utilizado.
Alguns oradores salivam mais do que outros, ao falar continuamente. Não percebem,
mas incomodam ao público mais próximo. As vezes um copo de água evita esse desconforto.
Dicas:
· Use pequenos cartões para registrar as idéias principais e outros dados.
· Datas, títulos de obras, autores, nomes de lugares, etc.
· Treine até se sentir seguro.
· Faça exercícios mentais projetando-se no local do evento, realizando a palestra.
· Fique ligado à tarefa nos dias anteriores ao evento e procure perceber eventuais
intuições e/ou inspirações.
16.1 – Descritiva
Corresponde à descrição completa da palestra, com todos os pormenores que o orador
deseje colocar ao público. Em se preparando conferências para congresso, este recurso é
muito bom para os anais.
As palestras descritivas exigem um trabalho maior do expositor, que, após escrever todo
o tema, deverá assimilá-lo através de consecutivas leituras.
16.2 - Esquemática:
Corresponde à montagem dentro de um um esquema, onde serão destacados os pontos
-chave do tema a ser apresentado. O orador deverá estar bem familiarizado com o seu
esquema. Um cuidado que se deve ter, é de não "emprestar" o esquema montado por outro
palestrante para utilizar em sua palestra. Isto pode criar alguns embaraços.
Em geral, o modelo esquemático tem a vantagem de desenvolver as qualidades
literárias do expositor. A leitura em voz alta permite verificar a estética da mesma.
Jamais o bom orador deverá decorar a sua palestra, pois perderá a naturalidade na
apresentação. As palestras decoradas, podem parecer que não foram preparadas pelo próprio
orador, foram "emprestadas". Tambem pode parecer mais um gravador do que um orador.
Outra coisa que não deve acontecer, é o orador ler o tempo todo, folhas e mais folhas,
como se fosse um discurso preparado. Isso torna a exposição totalmente desinteressante. O
orador "amarrado" ao texto, perde a naturalidade
Cada orador encontra a sua maneira e a melhor forma de apresentar o seu trabalho.
Seja descritiva, esquemática ou outra, o importante é que o orador se sinta bem da forma que
irá apresentar, sinta-se confiante que estudou, aprendeu, pesquisou e saberá passar toda a
sua informação ao público.
Philomeno de Miranda, Marco Prisco, Caibar Schutel, Dr. Bezerra de Menezes, Humberto de
Campos (o Irmão X) através de médiuns como nosso querido medium já desencarnado,
Francisco Cândido Xavier, nosso estimado orador Divaldo Pereira Franco, Dra. Marlene Rossi
Severino Nobre, Nestor João Masotti, José Raul Teixeira, José Jorge, entre tantos seareiros
que abraçaram a causa da oratória, levando a milhares de pessoas, a informação
esclarecedora da Doutrina Espírita.
Entre as dezenas de livros espíritas de estudos e consulta, destacamos a coleção "No
Mundo Espiritual" do espírito André Luís (FEB Editora), os 4 livros: Caminho, Verdade e Vida,
Fonte Viva, Pão Nosso e Vinha de Luz, de Emmanuel (FEB Editora), entre outros.
Os oradores devem sempre procurar levar histórias ao público: Livros: "A Vida Escreve";
"Alvorada Cristã", "Jesus no Lar", "Bem-aventurados os Simples", etc.
Estes livros se prestam com excelência, para ilustrar temas de abordagens em questões
morais e evangélicas. Nada é melhor para fixar um ensinamento na mente dos ouvintes do
que transmití-lo em forma de história, parábola.
Jesus ensinava pelo método de histórias e elas chegam até os nossos dias. Este é mais
do que um sinal de que este método funciona muito bem.
Aquele que abraça a causa espírita e se torna um orador, deve estar o tempo todo ou
sempre que possível, coletando informações e armazenando por assunto, arquivando em
pastas. Assim, quando precisa utilizar-se de suas pesquisas, já terá material que muito o
ajudará.
Nas revistas laicas, jornais, etc...muito material tambem pode ser consultado com
critérios.
Nunca se viu tantas revistas e jornais laicos trazendo notícias, entrevistas, pesquisas
sobre Medicina e Espiritualidade, como se vê nos dias atuais, não só no Brasil, mas em
revistas do mundo todo. Todo esse manancial de informações pode enriquecer temas de
conferências dentro da casa espírita.
17.3 - Material da Internet, fitas vídeo, fitas K-7, CD rom ou DVD, MP3,
O orador não inventa nada, tudo é coletado de obras e dados anteriores e muita
inspiração espiritual.
Estuda-se o material de pesquisa retirados da internet, ou de livros, fitas de vídeos ou
K7s, cds-rom, dvd, MP3. O orador compila, monta o seu próprio discurso, sua própria
palestra, enriquecendo-a de histórias e fatos que se possível, deverão ser citadas as fontes
ao longo da conferência.
Feita a saudação inicial, o orador deverá entrar diretamente no tema, definindo-o, para
que o público tenha uma ideia do desenvolvimento e acompanhe muito de perto, o raciocínio
do orador.
A idéia central do tema deverá ter ligação direta com todos os passos da conferência.
Muitas vezes, o próprio orador pede para "abrir um parênteses" para contar algo.
Fazendo isso, ele pode até sair um pouco do tema central, mas retornará a ele, após contar "o
caso, ou história, ou ainda uma passagem pessoal". O público adora passagens pessoais.
Sente-se como se o orador tivesse ali, contando um caso em particular.
Jamais o orador deve "perder o fio da meada".
Feito isso, o orador ja estará dominando a platéia e desenvolve seu tema com confiança.
Quem estará ali, estará vibrando na mesma faixa iluminativa.
É comum ouvirmos alguns oradores dizerem que, "estamos todos no mesmo nível de
aprendizados...uns aprendem mais rápidos e outros mais devagar. Os que ali estamos,
estamos sim no mesmo nível de aprendizes... apenas ele, o orador, dedicou um tempo mais
para pesquisar e passar a informação aos irmãos presentes". Com isso o público já se sente
conquistado e desculpado para si próprio "que não teve tempo de estudar, e que bom que
irmãos outros têm esse tempo e levam a informação pronta a todos".
· Evitar falar mal de outros oradores ou fazer colocações que deixem margem a
desconfiança gerando desacertos futuros. Etc...
Para o orador que gosta muito de inserir histórias da vida, se tiver de relatar fatos
referentes a sua pessoa ou familiares, que o faça no sujeito indeterminado, ou coloque outros
personagens que não ele próprio ou familiares e nem pessoas conhecidas do público. A
modéstia é uma virtude.
Merhy Seba adiciona dicas importantes em seu Seminário sobre Comunicação (FEB),
que aqui colocamos:
1. “Durante a fala, dialogue! “
2. “Ao encerrar a fala, compartilhe sentimentos.”
36 Manual de Apoio e Orientação na Formação do Expositor Espírita Nacional e Internacional
Caso venha a ser convidado para proferir a prece final, faça uma prece e não um
complemento da palestra.
Em sua vida pessoal vivencie o que prega.
Nos dias de hoje, praticamente todos os grupos espíritas seja no país ou no exterior tem
conseguido recursos próprios para adquirir um simples retroprojetor.
Na penúltima etapa, "o preparo do fim" , pode o orador fazer uma breve recapitulação
das partes principais ou partes que não tenham ficado bem claras ao público. Pode tambem
relatar algo que englobe as idéias da palestra, preparando o fechamento. Será como que uma
breve revisão fundamentando bem o conteúdo oferecido.
O orador deve deixar para o final, uma história surpresa, um caso especial, uma poesia,
ou algo relevante e de acordo com o tema e organização. O momento deixa marcas na
mamória.
Muitos oradores, ao finalizarem suas conferências, se utilizam do seguinte recurso:
"Meus irmãos! Muito ainda eu teria a lhes oferecer, mas o tempo não nos permite
avançar. Ficaremos a disposição de todos, para uma próxima oportunidade onde aqui
estaremos, se Deus nos permitir, trazendo nossa singela contribuição. Foi uma alegria
usufruir destes momentos tão especiais com todos voces. Para os que desejarem, logo após,
poderei ceder meu e-mail, meu endereço, (se o orador quiser). Aos que desejarem me
escrever, responderei com muito prazer.
Até a próxima e que Deus nos abençõe! "Muito obrigada a todos!"
em conta que alguns dos tradutores espíritas são amadores e fazem o trabalho de tradução
pela necessidade que se apresenta no momento e no seu país.
Se o expositor e tradutor estão falando sentados, o expositor pode escrever
determinadas informações, datas, nomes, discretamente, para o tradutor poder ler e traduzir
em seguida, sem que o público perceba.
O tradutor deverá observar o rítmo da respiração e tempo das palavras pronunciadas
pelo palestrante e este deverá esperar que o tradutor finalize a frase para iniciar outra, com
um mínimo de espaço de tempo entre uma fala e outra.
O tradutor-intérprete deverá expressar-se em voz alta, clara e sem pressa.
A voz do tradutor-intérprete será tão importante quanto a do orador.
Muitas vezes ocorre o contrário. O conferencista se expressa em voz sobressaindo à do
tradutor-intérprete. Com isso, as gravações das palestras perdem a finalidade de obter
material para os nativos do país visitado.
Exercite alguns minutos um trecho, frase por frase para que o intérprete possa tomar
contato com seu rítmo de voz, respiração e idéias.
O palestrante, quando necessitar de intérpretes, deve procurar usar palavras que
facilitem a tradução, com um vocabulário rico, mas nem por isso, criando dificuldades para o
intérprete/tradutor.
O intérprete deve procurar falar em voz alta, clara e compassada. Este é um exercício
que deverá fazer, quando se propõe a ser intérprete/tradutor em público.
Considerar que muitas conferências são gravadas para posterior estudo. Portanto, um
lembrete à coordenação das conferências que dê a devida atenção a esses assuntos:
microfones de lapela, microfones de haste, microfones de mesa, volume do som e som
ambiente, se houver.
Considerar a permissão ou não, para o público filmar, gravar as conferências.
Se permitido, considerar que muitas pessoas irão gravar a conferência com aparelhos
amadores, para posteriores estudos e que merecem ter um som ambiente adequado para
suas gravações.
Informar aos que desejarem fazer a gravação, que posicionem seus aparelhos em
determinado local do salão de conferências, evitando problemas com tripés, fios pelo chão,
movimentação de pessoas frente à camera de filmagem, câmera fotográficas, e a troca de
fitas nos aparelhos de gravação.
Orador e intérprete devem saber com antecedência, qual tipo de microfone vão utilizar:
microfones de pedestal individuais ,
microfone de lapela,
mesmo microfone para tradutor e palestrante
microfones de mesa (1, 2?)
microfone sem fio (verificar se existe bateria sobressalente, para evitar que acabe
no meio da palestra ou seminário e crie problemas).
Fala-se atualmente, na realidade virtual, que não é ficção. Uma realidade onde se pode
participar de conferências através da internet, sendo assistidas virtualmente em diversos
pontos ou países, podendo interagir orador e público virtual.
Foi transmitido pela Sala Virtual "Espiritismo" do CEI, no programa que antecedeu o
skyppe, era o Tivejo a Reunião da Coordenadoria América do Sul, realizada em junho de
42 Manual de Apoio e Orientação na Formação do Expositor Espírita Nacional e Internacional
2003, em Buenos Aires e em tempo real, espíritas da Suécia, França, Inglaterra puderam
participar, assim como no Encontro do ESDE na FEB e tambem palestras diretamente da
Centro Espírita Redenção - Salvador, onde participaram pessoas do Brasil, Canadá, França,
Suécia, Inglaterra, Espanha, ao mesmo tempo.(horário de Londres).
8. NA TRIBUNA
"Não saia da boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa
para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem"
(Paulo – Efésios, 4 : 29)
Anfiteatro: espaço menor que o teatro, podendo ser coberto ou não, com desnível
de piso, o que facilita possíveis realizações de aulas, seminários e eventos de curta
duração( na área de medicina, p.ex.: dissecação de cadáver, etc). o prefixo anfi (grego)
significa em torno de.
Califasia: Califasia arte ou técnica de pronunciar as palavras de modo expressivo
ou elegante, forma correta e agradável.
Califonia: Por califonia, entendem os professores de música, a correta produção de
som com a finalidade do canto, seja isolado, seja em conjunto.
Conferência: Preleção, palestra, denominado tambem de público, platéia,
espectadores.
Eloquência: (do latim eloquentia) é a capacidade de falar e exprimir com facilidade;
é a arte e o talendo de comover, persuadir, convencer, deleitar ou comover por meio da
palavra.
44 Manual de Apoio e Orientação na Formação do Expositor Espírita Nacional e Internacional
30. BIBLIOGRAFIA
8. RIGONATTI, Eliseu, Orador Espírita, 4a. edição, Livraria Allan Kardec Editora,
1992 , S. Paulo.
2004
ANO DO BICENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE ALLAN KARDEC
0 CODIFICADOR DA DOUTRINA ESPÍRITA