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1.

As formas fundamentais de relações sociais

1.1. Relações humanas, relações sociais e relação jurídica

1.2. Tipologia das formas de relações humanas

1.2.1. Relações de comunidade

São formadas por objetivos comuns entre os integrantes (como a família o casamento);

1.2.2. Relações de reconhecimento

As pessoas, nesse tipo de relação, são centradas na liberdade individual, mas seus interesses
se tangenciam. Os interesses não são comuns, se tangenciam (união estratégica entre
empresas para derrubar uma concorrente);

1.2.3. Relações de poder

Há uma subordinação de algumas pessoas em relação à outras (como ocorre nas relações de
trabalho);

1.2.4. Relações de luta

Parte do grupo quer a destruição de parte dr outro grupo, é um conflito de interesses


opostos cuja a satisfação vem pela destruição do grupo opositor opositor (não existe dentro
do direito civil);

2. Noção de relação jurídica

2.1. A relação jurídica na dinâmica da vida civil

2.2. Função e estrutura

2.2.1. Função

Harmonizar centros de interesses que são opostos;

2.2.2. Estrutura

2.2.2.1. Bilateralidade

As relações são interpessoais, sendo composta, assim, por dois lados, dois centro de
interesses;

2.2.2.2. Atributividade

Atributividade diz respeito à distribuição de direitos;

3. Sentidos da expressão

3.1. Em sentido vulgar


É a relação da vida social, disciplinada pelo direito mediante atribuição à uma pessoa de
direito subjetivo e a imposição à outra pessoa de um dever jurídico ou de uma sujeição;

3.2. Em sentido amplo

Toda relação da vida social relevante para o direito, isto é, produtiva de efeitos jurídicos,
portanto disciplinada pelo direito;

3.3. Em sentido abstrato

É a referência a um modelo/paradigma ou esquema contido na lei;

3.4. Em sentido concreto

É a referência a uma relação jurídica existente na realidade, entre pessoas determinadas,


sobre um objeto determinado e procedendo de um fato jurídico determinado;

4. Elementos da RJ

4.1. Há relação entre pessoa e coisa? Existe relação entre coisas?

4.2. Sujeitos

Em toda relação jurídica as partes ocupam posição definida. Há duas: sujeito ativo (o qual a
lei atribui poderes), e sujeito passivo (ao qual a lei impõe deveres), ocasionando, pois, a
sujeição de um ao outro;

4.2.1. Sujeito ativo, sujeito passivo e terceiros

É aquele que possui o poder de exigir, por força da relação jurídica, uma conduta de outra
pessoa;

É aquele que está sob poder da outra pessoa, por força da relação jurídica; aquele que
possui um dever jurídico em face do outro.

Interessado que titulariza a responsabilidade (garantia patrimonial); "todo devedor


responde, mas nem todo responsável deve";

O terceiro se responsabiliza pelo descumprimento do devedor, mas este, em si, não deve, ele
apenas se liga ao polo passivo, deforma a arcar com a responsabilidade.

Obs: também é um terceiro o auxiliar (desinteressado), que é aquele que colabora com os
sujeitos sem titularizar débito ou crédito, podendo violar o dever de prestação; este não
titulariza nada, mas sua ação extingue a relação;

4.2.2. Requisitos

4.2.2.1. Capacidade

Aptidão para axercer direitos e contrair obrigações;


Sujeito capaz pressupõe capacidade de fato, não apenas de direito, e a incapacidade pode
ainda ser relativa ou absoluta, conforme os arts. 3º e 4º do C.C.

4.2.2.2. Legitimação

É o poder de agir da pessoa diante de certos bens e interesses, traduzindo-se na inexistência


de impedimento ou de restrições para o negócio jurídico pretendido;

4.2.3. Distinção entre capacidade e legitimação

Enquanto capacidade é a aptidão de se exercer direitos e se contrair obrigações na vida civil,


legitimidade é o poder de agir em relação a bens e interesses específicos, que não possuam,
em relação ao poder de atuação, nenhum impedimento ou restrições.

4.3. Vínculo

4.3.1. Noção

Não é a relação entre sujeito e norma, mas a relação entre sujeitos pelas normas
posicionados perante objetos, como efeito de sua incidência sob fatos. O vínculo é um
elemento essencial da RJ, imaterial, e dele decorre o conteúdo e a garantia da mesma;

4.3.2. Características

4.3.2.1. Imaterialidade

4.3.2.2. Juridicidade

O vínculo goza de juridicidade, ou seja, previsão no ordenamento jurídico;

Obs - A teoria realista afirmava que na agressão do patrimônio, a juridicidade estava na


responsabilidade, não no dever;

4.3.2.2.1. Conteúdo

O conteúdo está no vínculo, pois os sujeitos podem ser alterados e o conteúdo subsistir.
Trata-se do conjunto de direitos e deveres, direitos potestativos, ônus e sujeição;

4.3.2.2.2. Garantia

É a forma de exigir-se, judicialmente, a prestação da obrigação; possibilidade de agressão ao


patrimônio do devedor;

4.3.2.2.2.1. Débito e responsabilidade

Débito é o dever que o sujeito passivo possui por força da relação jurídica, enquanto
responsabilidade é a garantia patrimonial, que recai sob o mesmo ou sob terceiros no
incumprimento do dever; “todo devedor é responsável, mas nem todo responsável deve”.

4.4. Objeto
É aquilo sobre o que incidem os poderes do titular da relação jurídica. Tudo o que representa
titularidade para a pessoa pode ser objeto de direito, não apenas as coisas, mas também as
ações humanas. O prestação (conduta + objeto da prestação) é sempre objeto da relação
jurídica;

4.3.2.2.2.2. Responsabilidade pessoal e real

4.4.1. Bem jurídico, propriedade e patrimônio

4.4.2. A coisa, como objeto da RJ, e suas utilidades para a pessoa

4.4.2.1. Na relação de direito real

4.4.2.2. Na relação de direito pessoal

4.4.3. Objeto mediato e imediato

É a coisa sob a qual recai a conduta ou comportamento do sujeito passivo;

É a prestação devida pelo sujeito passivo: é a conduta ou comportamento (omissivo ou


comissivo) imposto ao sujeito passivo, os quais ele deve observar para que se respeite o
direito do sujeito ativo. A prestação pode ser um: dar, um fazer ou um não fazer;

4.4.4. Requisitos

4.4.4.1. Possibilidade

A validade da relação jurídica pressupõe que o objeto seja possível. A impossibilidade pode
ser: física, jurídica, econômica, absoluta relativa, inicial e superveniente;

OBS: a impossibilidade pode ser objetiva (referente ao objeto) e subjetiva (referente ao


sujeito);

4.4.4.1.1. relativa e absoluta

A impossibilidade é restrita a quem tem a obrigação. Ex. traduzir-se um livro de inglês se ter
conhecimento da língua;

Quando ninguém pode entregar a coisa pretendida ou satisfazer a prestação assumida, por
que é absurdo em face das leis naturais. Ex. cantar em dois lugares ao mesmo tempo. A
ilicitude sempre é caso de impossibilidade absoluta;

4.4.4.1.2. física, jurídica e econômica

Obstáculo intransponível imposto pela própria natureza. Ex. vender um pedaço da lua;

Quando o objeto é vedado por lei, não permitindo que os particulares transacionem;

Quando seu cumprimento se torna excessivamente oneroso ao seu devedor;

4.4.4.1.3. inicial e superveniente


É a existente ao tempo em que se constitui a relação, ou seja, desde o início a relação era
impossível;

Quando surge depois de formado o vínculo, ou seja, no início era possível, mas com a
superveniência do negócio se torna impossível;

4.4.4.2. Licitude

Diz respeito a condição ética do objeto, que deve, ao mesmo tempo, estar de acordo com o
ordenamento e não afrontar a moral social;

4.4.4.3. Determinabilidade

O objeto deve ser determinado (espécie), ou pelo menos determinável (espécie/gênero). É


indispensável, pelo menos, a definição do gênero ou quantidade;

4.4.4.4. Idoneidade

É o objeto que presta a determinado fim, que tem aptidão para recepcionar determinado
negocio jurídico;

Inidoneidade é uma impossibilidade relativa;

4.4.5. Distinções necessárias

4.4.5.1. entre conteúdo e objeto da relação jurídica

O conteúdo expressa o conjunto de direitos e deveres da relação, enquanto o objeto é


apenas uma faceta, um fragmento do conteúdo referente ao direito subjetivo. Em tese, o
objeto seria o conteúdo do direito subjetivo.

4.4.5.2. entre impossibilidade jurídica e ilicitude

4.4.5.3. entre inidoneidade e impossibilidade

4.5. Garantia

Para Mota Pinto, garantia é o conjunto de providências coercitivas a disposição do titular


ativo de uma RJ, em ordem de obter satisfação de seu direito.

4.5.1. Noção

O direito se caracteriza-se pela coercibilidade, que acompanha seus preceitos. A infração dos
deveres de uma relação gera sanções patrimoniais, que devem ser pleiteadas pelo titular de
direito subjetivo. Assim, toda relação pressupõe uma garantia, uma vez que essa é forma de
assegurar judicialmente a prestação da obrigação, e toma, sobretudo, a forma de uma
reparação da garantia de obter coativamente a realização de um interesse reconhecido por
lei, ou indenização equivalente;

A relação possui 2 vínculos: débito e responsabilidade;

4.5.2. Débito e responsabilidade


Ligado ao dever de prestação. É o dever de prestação in natura;

É a garantia patrimonial dada em caso de dano ou de descumprimento do dever de


prestação;

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