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Preliminares
1.1
Teoria básica da Geometria Riemanniana
1.1.1
Métricas Riemannianas
onde df é a diferencial de f , p ∈ M e v ∈ Tp M.
� �
∂ ∂X ∂ ∂X
Seja = , = um referencial adaptado de Tp M. Temos
∂x1 ∂x ∂x2 ∂y
por definição que
� �
∂ ∂f (p)
∇M f (p), = . (1-1)
∂xi ∂xi
2
� ∂
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∇M f (p) = ai .
i=1
∂xi
Portanto,
� � � 2
� 2
∂ � ∂ ∂ �
∇M f (p), = ai , = ai gij . (1-2)
∂xj i=1
∂xi ∂xj i=1
2
� ∂f (p)
g kj gij ai = g kj .
i=1
∂xj
2
� 2
� � 2
∂f (p) ∂f (p)
δki ai = g kj =⇒ ak = g kj ,
i=1 j=1
∂xj j=1
∂x j
2
� ∂f (p) ∂
∇M f (p) = g ij . (1-4)
i,j=1
∂xj ∂xi
divM X = traço(∇X),
onde
∇X : X (M) −→ X (M)
Y �−→ ∇Y X,
∆f = div ∇f.
Da mesma forma que fizemos pra obter uma fórmula para o gradiente
de uma aplicação em coordenadas locais, podemos encontrar uma fórmula em
coordenadas locais para o divergente de um campo e para o laplaciano de uma
função, que são dadas por:
� �
� ∂ �
divM X = g ij (ak gjk ) − ak gkm Γm
ij , (1-5)
i,j,k
∂xi m
e,
� �
� ∂ 2f � ∂f
∆f = g ij − Γkij . (1-6)
i,j
∂xi ∂xj k
∂x k
1.1.2
Métrica Produto e Isometrias
X : Ω ⊂ C −→ M2 × IR
� � ,
w �−→ X(w) = h(w), f (w)
gu − igv gu + igv
gw := e gw̄ := .
2 2
onde Dp f é a diferencial de f em p.
f : M2 × IR −→ M2 × IR
(z, t) �−→ f (z, t)
um difeomorfismo. Temos que
|Dfp (V )| = |V |.
1 0 0
A = 0 cos θ − sin θ
0 sin θ cos θ
f : H2 × IR −→ H2 × IR
(z, t) �−→ f = (f1 , f2 )
um difeomorfismo. Temos que
Prova. Levando em conta o lema 1.7, temos que mostrar apenas que se f é
isometria de H2 × IR então f1 é isometria de H2 e f2 é isometria de IR.
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f : H2 −→ H2
az + b ,
z �−→ f (z) =
cz + d
onde a, b, c, d ∈ IR, e ad − bc = 1.
1.1.3
Conexão Riemanniana e Geodésicas
Seja M uma variedade Riemanniana com métrica dada por <, >. Defini-
mos a seguir a conexão Riemanniana ∇ de M.
dada por
� �
� � 1 � � � � � � � � � � � �
Z, ∇X Y = · X Y, Z +Y Z, X −Z X, Y + Z, [X, Y ] − Y, [X, Z] − X, [Y, Z] ,
2
são satisfeitas.
� �
� � 1 � � � � � � � � � � � �
Z, ∇X Y = · X Y, Z +Y Z, X −Z X, Y + Z, [X, Y ] − Y, [X, Z] − X, [Y, Z] ,
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Lema 1.1
(i) As semi retas verticais
Imersões Mı́nimas e Conformes em M2 × IR 21
(ii) Sejam p e q dois pontos de H2 sobre a mesma reta vertical. Existe uma
única geodésica passando por esses dois pontos, a saber, a semi-reta vertical
passando por esses dois pontos. Além disso, temos que
Prova. Para provar (i) é suficiente provar que para quaisquer t0 , t1 ∈]0, ∞[ o
comprimento de γ entre γ(t0 ) e γ(t1 ) é menor ou igual ao comprimento de
qualquer outra curva ligando esses pontos. Consideremos então uma curva α
qualquer C 1 por partes ligando os pontos γ(t0 ) e γ(t1 ), ou seja,
� 1 � 1
� � 1
|α� (t)| (x� (t))2 + (y � (t))2 |y � (t)|
LH (α) = dt = dt ≥ dt ≥
0 Imα(t) 0 y(t) 0 y(t)
�� �
� 1
y � (t) ��
≥ �� dt = | log y(1) − log y(0)| = | log t1 − log t0 | = LH (γ)[γ(t0 ), γ(t1 )].
0 y(t) �
Teorema 1.13 Por dois pontos de H2 passa uma e somente uma geodésica.
Além disso, as únicas geodésica de H2 são as semi-retas verticais e os semi-
cı́rculos ortogonais ao bordo assintótico.
Prova. Seja L a reta que passa por p que tem vetor direção ortogonal ao vetor v.
Note que L vai interceptar o bordo assimptótico de H2 em um ponto x0 . Trace
agora o único semi-cı́rculo que tem como raio a distância euclideana entre x0
e p, ou seja, d(x0 , p). Como os semi-cı́rculos ortogonais ao bordo assimptótico
são geodésicas, concluı́mos o resultado. Uma observação importante é que se v
é vertical, então a geodésica será a semi-reta ortogonal ao bordo assimptótico.
�
4) M é geodesicamente completa.
�
5) Existe um sucessão de compactos Kn ⊂ M, Kn ⊂ Kn+1 e n Kn = M,
tais que se qn �∈ Kn então d(p, qn ) → ∞. Além disso, cada uma das afirmações
acima implica que
6) Para todo q ∈ M existe uma geodésica γ ligando p a q com L(γ) =
d(p, q).
7) Todo caminho divergente, ou seja, que sai de todo compacto K ⊂ M,
tem comprimento infinito.
Geodésicas de H2 × IR
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4
g= (dy)2 + (dt)2 .
(1 − y 2 )2
pela aplicação (ρ, t) �→ (tanh ρ2 , t). Como esta aplicação é uma isometria, temos
que as imagens destas retas são geodésicas de H2 × IR. Veja figura abaixo.
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1.1.4
Curvaturas
onde f, g ∈ D(M ) e X1 , X2 , Y1 , Y2 ∈ X (M ).
onde f, g ∈ D(M ) e Z, W ∈ X (M ).
def
R(f X1 +gX2 , Y1 )Z = ∇Y1 ∇f X1 +gX2 Z−∇f X1 +gX2 ∇Y1 Z+∇[f X1 +gX2 ,Y1 ] Z, onde Z ∈ X (M ),
� �
R(f X1 + gX2 , Y1 )Z = ∇Y1 f ∇X1 Z + g∇X2 Z − f ∇X1 ∇Y1 Z − g∇X2 ∇Y1 Z +
+ ∇f [X , Y ] + g[X , Y ] − (Y f )X − (Y g)X Z
1 1 2 1 1 1 1 2
R(f X1 + gX2 , Y1 )Z = (Y1 f )∇X1 Z + f ∇Y1 ∇X1 Z + (Y1 g)∇X2 Z + g∇Y1 ∇X2 Z −
� �
R(f X1 + gX2 , Y1 )Z = f ∇Y1 ∇X1 Z − ∇X1 ∇Y1 Z + f ∇[X , Y ] Z +
1 1
� �
+ g ∇Y1 ∇X2 Z − g∇X2 ∇Y1 Z + ∇[X , Y ] Z
2 1
� �
R(f X1 + gX2 , Y1 )Z = f R(X1 , Y1 ) + gR(X2 , Y1 ) Z ,
é definido por
def � �
R(X, Y, Z, W ) = R(X, Y )Z, W , X, Y, Z, W ∈ X (S),
Proposição 1.23
� � � � � �
(i) R(X, Y )Z, W + R(Y, Z)X, W + R(Z, X)Y, W = 0 (Identidade
de Bianchi)
� � � �
(ii) R(X, Y )Z, W = − R(Y, X)Z, W
� � � �
(iii) R(X, Y )Z, W = − R(X, Y )W, Z
� � � �
(iv) R(X, Y )Z, W = R(Z, W )X, Y
Prova. Para provar o item (i) usa-se apenas a simetria da conexão Riemanni-
ana. De fato, observe que
+∇X [Z, Y ]−∇[X,Z] Y −∇[Y,X] Z−∇[Z,Y ] X = [Y, [X, Z]]+[Z, [Y, X]]+[X, [Z, Y ]] = 0,
� � � � � �
R(X, Y )Z, W = − R(X, Y )W, Z ⇒ R(X, Y )(Z + W ), (Z + W ) = 0,
� �
logo, é equivalente a provarmos que R(X, Y )Z, Z = 0. De fato, note que
� � � �
R(X, Y )Z, Z = ∇Y ∇X Z − ∇X ∇Y Z + ∇[X,Y ] Z, Z .
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� � � � � �
∇Y ∇X Z, Z = Y ∇X Z, Z − ∇X Z, ∇Y Z (1-11)
� � � � �
− ∇X ∇Y Z, Z = −X ∇Y Z, Z > + ∇Y Z, ∇X Z (1-12)
� � 1 � �
∇[X, Y ] Z, Z = [X, Y ] Z, Z , (1-13)
2
Somando as equações acima, obtemos que
� � � � � 1 � �
R(X, Y )Z, Z = Y ∇X Z, Z − X ∇Y Z, Z > + [X, Y ] Z, Z
2
1 � � �� 1 � � �� 1 � �
= Y X Z, Z − X Y Z, Z + [X, Y ] Z, Z
2 2 2
1 � � 1 � �
= − [X, Y ] Z, Z + [X, Y ] Z, Z
2 2
= 0.
� � � � � �
R(X, Y )Z, W + R(Y, Z)X, W + R(Z, X)Y, W = 0
Imersões Mı́nimas e Conformes em M2 × IR 29
� � � � � �
R(Y, Z)W, X + R(Z, W )Y, X + R(W, Y )Z, X = 0
� � � � � �
R(Z, W )X, Y + R(W, X)Z, Y + R(Z, Z)W, Y = 0
� � � � � �
R(W, X)Y, Z + R(X, Y )W, Z + R(Y, W )X, Z = 0
� � � �
2 R(Z, X)Y, W + 2 R(W, Y )Z, X = 0
⇓
� � � �
R(Z, X)Y, W = R(Y, W )Z, X
⇓
� � � �
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⇓
� � � �
R(X, Y )Z, W = R(W, Z)Y, X
⇓
� � � �
R(X, Y )Z, W = − R(W, Z)X, Y
⇓
� � � �
R(X, Y )Z, W = R(Z, W )X, Y .
� �
R(x, y)x, y
K(x, y) = ,
|x ∧ y|2
Prova. Observe que podemos passar da base {x, y} de Π para qualquer outra
base {x� , y � } através de transformações elementares, ou seja, a nova base tem
Imersões Mı́nimas e Conformes em M2 × IR 30
que ser de uma das seguintes formas, {y, x}, {λx, y} ou {x + λy, y}. Com isso
fica fácil de ver que K(x� , y � ) = K(x, y). �
� �
� < X, Z > < X, T > �
� �
R(X, Y, Z, T ) = K0 � �
� < Y, Z > < Y, T > �
T
∇=∇ ,
� � � � � �� � � �� �
R(X, Y )Z, T = R(X, Y )Z, T − ∇Y T, N ∇X Z, N + ∇X T, N ∇Y Z, N ,
R(X, Y )Z = ∇Y ∇X Z − ∇X ∇Y Z + ∇[X,Y ] Z
� � � �
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� � � �
= ∇Y ∇X Z + ∇X Z, N N − ∇X ∇Y Z + ∇Y Z, N N + ∇[X,Y ] Z+
� �
+ ∇[X,Y ] Z, N N
� � � �
� � � �
= ∇Y ∇X Z − Z, AX N − ∇X ∇Y Z − Z, AY N + ∇[X,Y ] Z−
� �
− Z, A[X, Y ] N
� � � �
= ∇Y ∇X Z − ∇Y Z, AX N − ∇X ∇Y Z + ∇X Z, AY N + ∇[X,Y ] Z−
� �
− Z, A[X, Y ] N
� � � � � �
= ∇Y ∇X Z + ∇Y ∇X Z, N N − Y Z, AX N − Z, AX ∇Y N − ∇X ∇Y Z−
� � � � � �
− ∇X ∇Y Z, N N + X Z, AY N + Z, AY ∇X N + ∇[X,Y ] Z
� � � � � �
= R(X, Y )Z + ∇X Z, AY N − Y Z, AX N + Z, AX AY −
� � � � � �
− ∇Y Z, AX N + X Z, AY N − Z, AY AX