Você está na página 1de 34

Pág 1

Fundação Universidade
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
Federal deIMPEDÂNCIA
Mato Grosso do Sul

Princípios de Eletricidade e Eletrônica

Aula 4 – Reatância – parte 2


e Impedância

Prof. Marcio Kimpara

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul


FAENG / Engenharia Elétrica
Campo Grande – MS

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 2
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Da aula passada...
Forma retangular Forma polar

Z  a  jb Z  Z 
Adição ou Subtração
Soma ou subtrai
Divisão
z1 z1 z2*
as partes reais
 . * ou
z2 z2 z2
(a  jb)  (c  jd )
z1 z1
 1   2
Soma ou subtrai as
partes imaginárias z2 z2
Multiplicação

z1  z2  a  jb . c  jd  ou
Conjugado

z  a  jb
z *  a  jb z1  z2  z1 . z2 1   2
Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –
Pág 3
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Converta para a forma polar:

z1  1,8  j 0,5 z1  1,86 15,52 

z2  5 z2  50 

z3  j10 z3  1090

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 4
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Contexto

Na última aula, fizemos uma revisão de números


complexos, pois será uma ferramenta para os próximos
assuntos.

Nesta aula, voltaremos a falar sobre a reatância...

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 5
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Para relembrar...

Já foi definido que:

1) A Reatância Capacitiva Xc é a medida da oposição que um capacitor


oferece à variação da tensão entre seus terminais. Em outras palavras, o
capacitor oferece uma oposição à passagem da corrente elétrica alternada,
de maneira semelhante à resistência. A essa propriedade dá-se o nome de
reatância capacitiva, cujo módulo vale:

1 1
XC  
C 2 f C

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 6
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA

FUNÇÃO MATEMÁTICA FORMA DE ONDA


TENSÃO ALTERNADA

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 7
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Forma de onda tensão senoidal genérica

A forma de onda da tensão


alternada, tem a forma de
uma senóide.

Função matemática: sen( ) A função seno varia de -1 a 1, ou


seja, a amplitude máxima é 1.

Função matemática: Vp* sen( ) Portanto, para representar uma forma


de onda senoidal para valores de
pico diferentes de 1, basta fazer a
multiplicação da função seno pelo
valor de pico (Vp) desejado.

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 8
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Forma de onda tensão senoidal genérica

Função matemática: V p .sen ( )

Vp*1
Vp*0,86

Vp*0,5

Vp*(-0,5)

Vp*(-0,86)
Vp*(-1)

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 9
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Forma de onda tensão senoidal genérica
Para representar uma forma de onda
senoidal de forma genérica (uma
expressão matemática que pode ser
utilizada para representar tensões
alternadas com diferentes
frequências) é preciso inserir um
termo que meça a rapidez com que o
ângulo teta varia.

Função matemática: Vp* sen( )

Para 1 ciclo completo:


2 - T Regra

 - t de três

2 .t
  . f .t  .t
 2
T 
1
f
T
Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –
Pág 10
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Forma de onda tensão senoidal genérica
Velocidade com que o ângulo varia
no tempo.
Função matemática: Vp*sen (.t )   frequência angular (rad/s)
t  tempo (s)

.t  É a posição angular


no instante t

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 11
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Forma de onda tensão senoidal genérica
Mas...
A posição angular inicial (para t=0) pode não ser 0°
V2 V1
Para t=0 o ângulo α1 = 0°
Para t=0 o ângulo α2 ≠ 0°

Portanto, existe uma defasagem entre V1 e V2. Este ângulo de


deslocamento é chamado fase Inicial θ.
V 1  V1 p .sen(.t  1)  V1 p .sen(.t  0 )  V1 p .sen(.t )
V 2  V2 p .sen(.t   2)  V2 p .sen(.t  45 )

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 12
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Função matemática final

Portanto,

A função matemática que representa uma forma de onda senoidal de


maneira genérica (para qualquer valor de pico e qualquer frequência)
é:
Note que a função matemática
V  VP .sen(.t   ) da forma de onda senoidal
dependente do tempo, ou seja a
equação se refere ao valor
instantâneo. O valor instantâneo
Onde:
de uma grandeza senoidal é o
valor que essa grandeza assume
Vp = valor de pico em Volts
num dado instante de tempo
ω = frequência angular em rad/s
considerado (t)
θ = Ângulo (fase) inicial

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 13
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Conceito de Fasor

Um ponto se deslocando em um movimento circular uniforme (movimento


harmônico) pode ser representado através de suas projeções num plano
cartesiano formando uma senóide.

A recíproca também é verdadeira

Toda função senoidal pode ser representada por um fasor. A


representação fasorial é simples. Quando colocamos um vetor girante de
módulo igual ao valor de pico em um círculo trigonométrico, e o fazemos
girar com uma velocidade angular ω, temos a função senoidal originada.

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 14
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Conceito de Fasor

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 15
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Ângulo (fase) inicial

Para t=0s
θ=0°

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 16
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Ângulo (fase) inicial

Para t=0s
θ=45°

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 17
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Ângulo (fase) inicial

Para t=0s
θ=90°

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 18
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Fasor

Fasor é um vetor radial girante com freqüência ω, com


módulo igual ao valor de pico Vp e com ângulo de fase
inicial θ, que representa uma senóide de iguais
parâmetros.

V  VP .sen(.t   ) V  VP 
Notação fasorial

Um fasor é um número complexo na forma polar.

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 19
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Vantagem do Fasor
Fasores podem ser operados através da álgebra dos números complexos.
A álgebra fasorial para sinais senoidais é aplicável somente para sinais de
mesma frequência.

V  Vp   V  Vp  
I  I p   I  I p  

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 20
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Corrente no capacitor

VP .sen(.t ) ic

dV
ic  C
dt
ic  C.Vp . cos.t .
Nos terminais de um capacitor
num circuito CA, a corrente
sempre estará adiantada de
Como cos( )  sen(  90) 90°em relação à tensão.


ic  C..Vp .sen .t  90 
Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –
Pág 21
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Lei de Ohm para o capacitor em CA
VR
Lei de Ohm: R
iR
VC
Analogia com
a lei de ohm:
XC 
iC

Desenvolvendo:

Vp .sen.t  Vp 0
XC   Fasores
C..Vp sen.t  90 C..Vp 90
1
XC    90
.C 1 1
XC   j 
.C j.C
Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –
Pág 22
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Anote
Portanto:

A Reatância Capacitiva de um capacitor ideal é um número imaginário,


pois tem fase (argumento) sempre igual a -90° (forma polar) ou somente
parte imaginária negativa (forma retangular).

Assim, a Reatância Capacitiva e seu efeito no circuito é representada por:

1 1 1
XC  ou XC   j ou XC    90
j..C .C .C

Note que as representações para Xc acima são equivalentes, mas para


facilitar (padronizar) vamos utilizar a expressão destacada (e sua forma
polar) em nossos exercícios.

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 23
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA

EXEMPLO

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 24
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Corrente no indutor
diL
VL  L
dt
VP .sen(.t ) iL
diL
 VL   L dt

 Vp .sen.t   L. dt
diL

1
iL  .V p .
 cos(.t ) Nos terminais de um indutor
num circuito CA, a corrente
L  sempre estará atrasada de
90°em relação à tensão.
Como  cos( )  sen(  90)

iL 
1
L.

V p .sen .t  90 
Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –
Pág 25
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Lei de Ohm para o indutor em CA
VR
Lei de Ohm: R
iR
VL
Analogia com
a lei de ohm:
XL 
iL

Desenvolvendo:

V p .sen.t  V p 0
XL   Fasores
V p sen.t  90 
1 1
V p   90
L. L.
X L  L.90
X L  j.C

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 26
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Anote
Portanto:

a Reatância Indutiva de um indutor ideal é um número imaginário positivo


pois tem fase sempre igual a +90° (forma polar) ou tem somente parte
imaginária positiva (forma retangular).

Assim, a Reatância Indutiva e seu efeito no circuito é representada por:

X L  j..L ou X L  .L90

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 27
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA

EXEMPLO

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 28
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Corrente no Resistor

VR  R.iR
VP .sen(.t )
VR iR
iR 
R
V p .sen.t 
iR 
R
Nos terminais de um resistor
num circuito CA, a corrente
iR  V p .sen .t 
1 sempre estará em fase com a
R tensão.

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 29
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Impedância

Em um circuito real a resistência elétrica, que é propriedade física dos


materiais que o constituem, está sempre presente. Ela pode ser
minimizada, mas não eliminada. Portanto, circuitos indutivos e
capacitivos são, na verdade, redes do tipo RL e RC.

A combinação dos efeitos resistivos e reativos dá origem ao que


chamamos de Impedância dos circuitos.

Representação Impedância: Z
Unidade de medida: Ohm (Ω)

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 30
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Impedância
A impedância Z, dada pela razão entre o fasor de tensão e o fasor de corrente
num circuito misto, representa a medida da oposição que este circuito oferece à
passagem de uma corrente alternada.

V
Z
I
Z = impedância em ohms
V = Fasor da tensão entre os
terminais A e B
I = Fasor da corrente entre os
terminais A e B

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 31
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Impedância dos circuitos
Para um circuito resistivo puro
Num circuito resistivo puro, a impedância Z é igual à resistência R.

Z R número real positivo

Para um circuito indutivo puro


Num circuito indutivo puro, a impedância Z é igual à reatância indutiva XL.

Z  X L  j..L número imaginário positivo

Para um circuito capacitivo puro


Num circuito capacitivo puro, a impedância Z é igual à reatância capacitiva XC
1
Z  XC   j número imaginário negativo
.C
Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –
Pág 32
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Impedância dos circuitos
Para um circuito misto

Z  R  jX

Resistência Reatância

A impedância de um elemento de
carga misto é um número complexo

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 33
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA
Tabela Resumo

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –


Pág 34
AULA 4 – REATÂNCIA – parte 2
IMPEDÂNCIA

OBRIGADO

Dúvidas?

Prof. Marcio Kimpara Princípios de Eletricidade e Eletrônica – 2014 –

Você também pode gostar