Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURITIBA
2008
JULIANA GOMES LOYOLA PRESA
Orientadora:
Prof.a Dr.a Vânia Oliveira de Carvalho
Co-orientadora:
Prof.a Kerstin Taniguchi Abagge
CURITIBA
2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
SISTEMA DE BIBLIOTECAS / BIBLIOTECA CENTRAL
COORDENAÇÃO DE PROCESSOS TÉCNICOS
CDD 616.51
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12
3 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 40
3.1 TIPO DO ESTUDO.................................................................................................. 40
4 RESULTADOS .......................................................................................................... 44
4.5 DISTRIBUIÇÃO DOS PACIENTES COM SWA COM RELAÇÃO AOS DADOS
DA HISTÓRIA MÓRBIDA FAMILIAR ...................................................................... 49
5 DISCUSSÃO ............................................................................................................. 60
6 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 69
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 70
ANEXOS
1 INTRODUÇÃO
desta síndrome rara e devem ser identificadas por profissionais de saúde que prestam
atendimento primário para a faixa etária pediátrica a fim de que o diagnóstico seja
perfil clínico destes pacientes. A literatura é ainda mais escassa com relação às
de pacientes com SWA, motivou o estudo das manifestações cutâneas neste grupo
de pacientes.
15
1.1 OBJETIVOS
festações cutâneas.
a TCTH no HC-UFPR.
16
2 REVISÃO DA LITERATURA
elas. Diversos órgãos e células altamente especializadas fazem parte deste complexo
resposta imune inespecífica. Fazem parte do sistema imune inato as barreiras físicas
diferenças de pH, sistema ciliar e peristaltismo intestinal atuam como microbicidas, seja
por sua ação química ou motora. As células fagocitárias são os leucócitos polimor-
cascata e que tem como produto final a formação de substâncias quimiotáticas que
seus grânulos citoplasmáticos possuem perfurinas que quando liberadas irão determinar
Estes receptores identificam aquilo que é próprio de cada indivíduo e, desta forma,
passam por uma fase de maturação no timo. Após a fase tímica estes linfócitos se
dirigem aos órgãos linfóides secundários (linfonodos, baço e tecido linfóide associado à
mucosa) e ali permanecem até posterior ativação da resposta imune adaptativa através
chamados linfócitos T CD8, devido ao receptor de superfície, são responsáveis por lise
óssea e migram para os órgãos linfóides periféricos para completar sua maturação.
Após o contato com um antígeno específico uma parte dos linfócitos B sofre diferen-
divididas em 5 classes: IgM, IgG, IgA, IgE e IgD. Após um primeiro contato com um
que o sistema imunológico não ataca seus próprios componentes (BURNS et al.,
2004; FORTE, 2004). Nos órgãos linfóides centrais e periféricos ocorre a destruição
(GRUMACH, 2001).
em 1:2000 nascidos vivos. Notarangelo et al. (2006) constataram mais de 120 diferentes
Aldrich.
2.3.1 Histórico
primária (JIN et al., 2004; LEE et al., 2008; ORANGE et al., 2004). Foi descrita pela
primeira vez em 1937 por Wiskott ao identificar três meninos com trombocitopenia,
ocorreu em 1954 por Aldrich et al. e a partir de então a síndrome obteve sua
Este gene é responsável por codificar uma proteína reguladora presente no citoplasma
existem 20 meninas com SWA descritas na literatura, segundo Lee et al. (2008).
et al., 2004).
originalmente descrita por Wiskott em 1937, o eczema pode estar presente em até
80% dos pacientes (SULLIVAN et al., 1994). Porém, poucos são os estudos que
relatam com detalhes esta manifestação clínica que apesar de não ser um risco
até porque não são todos os centros médicos que dispõe da tecnologia necessária
cromossomo X, possui 12 exons e 1823 pares de bases. Ele codifica uma proteína
intracelular composta por 502 aminoácidos designada WASp que é expressa exclu-
funções que esta proteína desempenha nas células demonstra que são muitas as
distribuídas em seus 12 exons (IMAI; NONOYAMA; OCHS, 2003; LEE et al., 2008).
Os genes mutantes serão responsáveis por produção de uma proteína com função
(WASp negativa). Nos casos em que a proteína estiver presente (WASp positiva),
porém com sua função prejudicada, a clínica é caracterizada por uma forma mais
são determinantes, mas não os únicos fatores que interferem na variação das
24
mutações presentes nos três primeiros exons são responsáveis por manifestações
serão mais graves (BURNS et al., 2004; HUMBLET-BARON et al., 2007). A análise da
mutação genética não deve ser considerada como fator único determinante do fenótipo,
visto que uma alteração em uma mesma localização pode ser responsável por diferentes
eczema semelhante à dermatite atópica foi mais grave e de difícil controle no grupo de
pacientes em que não havia expressão protéica (IMAI et al., 2004). Alguns autores já
haviam conseguido demonstrar esta relação, enquanto outros não (JIN et al., 2004;
SCHINDELHAUER et al., 1996). Em outro estudo nos EUA, ZHU et al. analisaram as
presentes nas porções mais centrais do gene interferem de forma mais expressiva na
SWA, porém a maioria dos autores concorda que a mutação da proteína WASp deva
ZHU et al., 1997). Apesar de tão freqüente na SWA a sua fisiopatologia não está
totalmente esclarecida.
450.000/µl e nos pacientes com SWA é de cerca de 10% do valor normal (SHCHERBINA;
(VPM) considerado normal pela maioria dos autores encontra-se entre 7 e 10fl e na
e rins. Possuem uma vida média sérica de cerca de 7 a 10 dias e posteriormente são
destruídas no baço (ABO, 1998; SALLES et al., 2008). Quando estão na corrente
sangüínea as plaquetas tem formato discóide e são anucleadas mudando para forma
esférica e com longos pseudópodos ao serem ativadas. Elas contêm em seu citoplasma
medula óssea (MO), além de todas as etapas in vitro de formação das plaquetas,
plaquetária diminuída ao estudar quatro pacientes com SWA, apesar de uma massa
sáveis pela diminuição do tamanho e número destas células devam ocorrer após sua
no número e tamanho das plaquetas circulantes dos pacientes com SWA submetidos à
O'DONNELL, 1999a).
Os eventos patológicos que ocorrem nas plaquetas dos pacientes com SWA
que não ocorreu nos pacientes do grupo controle. Isto sugere que exista uma função
precoce.
existem outros fatores responsáveis pela destruição celular encontrada nos pacientes
com SWA.
outras linhagens celulares, o que mostra que provavelmente esta proteína tenha
fetal para a MO (BURNS et al., 2004). Pacientes com SWA possuem também uma
estabelecida na SWA, já relatada por diversos autores como contribuinte das alterações
28
celulares que irão culminar com ativação, locomoção e migração da célula. É também
(SI) é uma interface criada entre duas células do sistema imune, composta por moléculas
natural killer. Nos pacientes com SWA estas sinapses possuem menor quantidade de
as células possuam uma migração adequada, pois são células que se encontram
NOTARANGELO, 2005).
o que dificulta a migração das células de Langerhans da pele para os vasos linfáticos.
nológico encontrado na SWA (BURNS et al., 2004; IMAI; NONOYAMA; OCHS, 2003;
pacientes com a síndrome (BURNS et al., 2004; PARK et al., 2004; PARK et al., 2005).
2004; SNAPPER et al., 2005). A alteração molecular na SWA, que determina ativação
a diminuição dos linfócitos naïve. Eles sugerem que uma falha importante na produção
quantidade sérica de IgA e IgE, valores geralmente normais de IgG e IgM normal ou
OCHS, 2005; ORANGE et al., 2004; OCHS; THRASHER, 2006; PARK et al., 2005).
com a intensidade da mutação genética, podendo surgir mesmo nos casos em que a
alteração molecular da proteína é branda (BURNS et al., 2004; IMAI et al., 2004).
pacientes com SWA está diminuída, contribuindo para o desenvolvimento das doenças
inflamatórias. Anemia hemolítica auto-imune foi o achado mais comum. Estes autores
concluíram que os pacientes que apresentam estas manifestações têm risco aumentado
com diagnóstico de SWA em Paris entre os anos de 1980 a 2000, encontraram uma
prognóstico. Outro fator de pior prognóstico foi a concentração sérica de IgM elevada
linfócitos têm o papel de controlar a ação dos linfócitos T, função que se encontra
alterada nos pacientes com SWA. Em decorrência, estes linfócitos T atuam de maneira
mais comuns (BURNS et al., 2004; OCHS; THRASHER, 2006). Os tumores malignos
aparecimento de 9,5 anos. Imai et al. (2004) relataram que os pacientes com a forma
Escore 1 Trombocitopenia isolada e plaquetas pequenas, se trombocitopenia for intermitente o escore é 0,5
Microtrombocitopenia, eczema persistente mas que responde aos tratamentos ou infecções recorrentes
Escore 2,5
que são graves o suficiente para necessitar do uso de antibióticos.
Pacientes com SWA ou Trombocitopenia ligada ao X que desenvolvem manifestações de doença auto-
Escore 5
imune ou malignidade.
a subpopulação de linfócitos Th2 que liberam IL-4, IL-5 e IL-13, promovendo dano
o da DA, pode-se observar sinais de sangramento nas áreas com lesão e ainda ser
(IMAI et al., 2004). Resultados semelhantes foram encontrados por Jin et al. (2004)
34
tópicos. Antibióticos são utilizados quando há infecção secundária, o que ocorre com
de eczema nos pacientes com SWA são mais graves, levou à discussão da possibilidade
resultados mostraram que o gen da SWA ou outro gen de localização bem próxima
autores relatam que serão necessárias novas pesquisas para confirmar esta constatação.
Os pacientes que não são tratados apresentam um prognóstico ruim, o óbito ocorre
et al., 2006).
fatal para infecções graves. No intuito de diminuir estes riscos utiliza-se imunoglobulina
são medidas paliativas para os pacientes com a síndrome (CONLEY et al., 2003).
Imai et al. (2004) avaliaram 50 pacientes com SWA e observaram que não houve
casos estudados.
medida terapêutica é baseada no fato de uma das possíveis causas para a diminuição
1993; ORANGE et al., 2004; OCHS; THRASHER, 2006; SHCHERBINA; ROSEN; REMOLD-
plaquetário médio em todos os pacientes (LITZMAN et al., 1996). Imai et al. (2004)
Sullivan et al. (1994) encontraram um único grupo de pacientes nos quais houve
SWA e seu advento trouxe uma mudança significativa na sobrevida destes pacientes,
principalmente quando realizado antes dos cinco anos de idade (IMAI; NONOYAMA;
OCHS, 2008).
O primeiro TCTH bem sucedido em uma criança com SWA foi realizado
pelo Dr. Fritz Bach no ano de 1968. Após esta data, pacientes com SWA constituem
medula óssea doente, ou deficitária, por células normais, através da infusão intravenosa
ficiências primárias (GARCÍA et al., 2007). Além do menor risco de DECH o sangue
pelo EBV (KNUTSEN et al., 2003). Por ser uma opção terapêutica relativamente nova
fonte celular é o sangue de cordão umbilical, apesar dos relatos individuais apresentarem
grupo de crianças transplantadas por um período médio de nove anos e meio não
De uma forma geral os estudos relatam maior chance de sucesso para os pacientes
SWA submetidos a TMO alogênico entre os anos de 1979 a 1994 em um único centro
total, 61,8% de todos os centros recomendam que seja feito o TCTH. No caso de
haver doador compatível não aparentado, a indicação do TCTH é feita por 55,2% dos
de TCTH em três meninos com SWA com bons resultados na reconstituição imunológica
que há bons resultados quando o TCTH for alogênico totalmente compatível aparentado
TCTH alogênico mostrou boa evolução clínica com apenas um óbito relacionado à
outros bons resultados descritos na literatura fizeram com que os autores considerem
39
que o TCTH deva ser uma alternativa de tratamento para todos os pacientes com
advento dos antibióticos a sobrevida destes pacientes passou de oito meses para
antes de 1935 era de oito meses enquanto foi de seis anos e meio após 1964
(SULLIVAN et al., 1994). Sullivan et al. (1994) relataram uma sobrevida de 11 anos.
Mais recente, no ano de 2006, um estudo japonês apontou uma sobrevida de 80% em
cinco anos para aqueles pacientes que recebem TCTH proveniente de sangue de cordão
3 MATERIAL E MÉTODOS
A amostra da pesquisa foi a totalidade dos pacientes com faixa etária pediátrica
(<18 anos) com diagnóstico de SWA submetidos a Transplante de células-tronco
hematopoéticas (TCTH) realizado no Serviço de TMO - HC-UFPR, de 1992 a 2007.
A seleção dos pacientes foi obtida com base em relatório do Serviço de
TMO - HC-UFPR em que constam todos os pacientes submetidos a TCTH.
dezembro de 2007.
sangramento gastrointestinal.
42
ETZIONI, 1999).
et al., 2004).
- Eczema: optou-se pelo termo eczema cutâneo por ser esta a denominação
de pele ou eritema.
centrolabial superior.
laboratorial da SWA.
do HC-UFPR por meio de máquina fotográfica Sony DSC-F828 de 8.0 mega pixels.
A análise dos dados foi realizada de forma descritiva não sendo aplicados
instrumentos de busca:
- Livros-texto.
- Informes Técnicos.
44
4 RESULTADOS
sepsis e infecção pulmonar, dois com infecção do SNC e pulmonar e seis pacientes
(24,00 meses).
(gráfico 7).
4.5 DISTRIBUIÇÃO DOS PACIENTES COM SWA COM RELAÇÃO AOS DADOS
positiva para a SWA foi observado que em sete pacientes com história familiar de
SWA a primeira suspeita diagnóstica foi da própria síndrome. Porém entre os demais
seis casos com familiares com a síndrome, cinco tiveram como diagnóstico inicial
(gráfico 10).
53
cabeludo (figura 12) foi relatada em sete pacientes. A distribuição das alterações
tratamento dos pacientes com SWA segundo a distribuição anual referida no gráfico 13.
±1636,32 dias, com mínima de 303,00 dias (10,10 meses) e máxima de 6017,00
caso com rash e vasculite (figura 13), um caso com DECH e farmacodermia e o
prontuário adotando-se conduta expectante, visto que na grande maioria dos casos com
(1) Em três pacientes houve mais de uma alteração cutânea após o TCTH.
tológico realizado durante o período pré- TCTH, 15 (88%) dos pacientes obtiveram
5 DISCUSSÃO
1992 a 2007. O diagnóstico foi realizado com base nas manifestações clínicas e
pela maioria dos autores, visto que a determinação da alteração molecular da proteína
não é realizada em todos os centros médicos. Alguns pacientes aqui avaliados obtiveram
al. (1994), houve uma grande variação na idade mínima e máxima de diagnóstico da
SWA, entre um mês de vida a nove anos. Esta grande variação ocorre provavelmente
pelo fato de que a tríade clínica pode não estar presente em todos os pacientes, pela
parte dos profissionais frente a uma síndrome bastante rara. Todos estes fatores são
dos pacientes (n = 10) avaliados neste estudo. Observa-se que em quase 50% dos
casos com relato familiar positivo para SWA a primeira suspeita clínica foi de outra
pacientes o diagnóstico de SWA foi realizado pelo fato de haver um outro membro da
presente estudo demonstra que mesmo com história familiar positiva nem sempre se
pensa inicialmente na síndrome. Este fato pode ser decorrente da dificuldade dos pais
mês de vida e na maioria dos casos com sinais relacionados à plaquetopenia, como
uma demora no diagnóstico mesmo frente a sintomas clássicos o que pode decorrer
em 10 de 11 pacientes com SWA avaliados por Lee et al. (2008) e presente em 81%
dos pacientes estudados por Sullivan et al. (1994). Porém o eczema pode estar ausente
principalmente nos casos em que a mutação genética é leve, como relatado em 59%
do eczema foi precoce (quatro meses), o mesmo foi observado por Sullivan et al.
(1994). Deste modo o eczema foi também um sinal precoce e de suma importância
grupo de doenças. Dentre os 130 pacientes, cinco foram diagnosticados como SWA
62
MALDONADO, 2000).
feito com a DA. Esta é considerada uma doença da infância responsável por até 20%
dos atendimentos por problemas dermatológicos nesta faixa etária e que surge em
50% dos casos ao redor do primeiro ano de vida (ELLIS et al., 2003). Portanto, o
tratamento habitual, somado ao aspecto por vezes hemorrágico das lesões devem ser
escore clínico de gravidade, que orienta o médico para a escolha da melhor forma
terapêutica.
SWA, deveria ser razão de estudo sobre uma provável ligação entre estas duas
doenças, porém há muito pouco estudo a este respeito na literatura. Bradley et al.
este estar relacionado com a gravidade das manifestações clínicas de atopia. Esta
subseqüentemente a coçadura, que por sua vez cria porta de entrada para o
também na pele de pacientes com SWA, podendo ser este um objeto de estudo
63
das infecções de pele bacterianas e virais nas áreas onde há lesões de eczema.
seja melhor compreendida para que ocorra um avanço na terapêutica, até mesmo
destes pacientes.
outros sistemas, são descritos com muita freqüência pelo fato de estarem relacionados
com a plaquetopenia, alteração laboratorial encontrada mesmo nos casos mais brandos
diagnóstica entre a SWA e PTI principalmente pelo fato das manifestações relacionadas
que tiveram uma infecção viral ou bacteriana nas últimas semanas, é mais freqüente
abaixo de 20.000/mm3 somente a SWA cursa com volume plaquetário reduzido. Para
entanto Sullivan et al. (1994) citam que o volume plaquetário é um dado relativamente
específico para seu diagnóstico. Neste estudo, o fato de nem todos os pacientes
por serem pacientes submetidos a diversas transfusões sangüíneas que podem ser
et al., 2004), porém Lee et al. (2008) e Litzman et al. (1996) propõem um valor
normal de VPM acima de 8,5 fl e 7,8 fl, respectivamente, o que colocaria todos os
pacientes deste estudo, exceção aos dois casos sem determinação deste valor,
imunodeficiência definida por critérios clínicos. Não foi possível avaliar a idade de
Sullivan et al. (1994) encontraram a tríade clássica da SWA em 30% dos pacientes
ocorre próximo dos dois anos de idade. O tipo e a localização da mutação genética
fator que quando presente auxilia na determinação do diagnóstico precoce, mas não
antes dos cinco anos de idade proporciona uma maior sobrevida aos pacientes
2007, com aumento importante do número anual de transplantes após 2004. Esta
É possível que tenham agrupado sinais inflamatórios agudos, como o eritema cutâneo
eczema na totalidade dos pacientes estudados. Também não há informação sobre quem
tenham sido realizadas por profissional médico não dermatologista e/ou com pouco
das inúmeras lesões de molusco contagioso nos pacientes com SWA. Infecções
bastante difícil, o paciente deve ser assistido por uma equipe de profissionais altamente
paciente. O presente estudo não teve como objetivo descrever todas as complicações
cutâneas descritas nos primeiros 30 dias após o TCTH, presentes em 67% dos pacientes.
Um rash cutâneo por vezes designado como maculopapular ocorreu em
11 casos, constituindo a intercorrência de pele mais comum após o transplante. Na
maioria das vezes foi atribuído a manifestação da Síndrome da recuperação
linfocitária, momento de início da reconstituição imune, principalmente por ser uma
manifestação efêmera e coincidir com a melhora laboratorial imunológica. O rash
pode ser também uma manifestação da DECH, farmacodermia e ainda de um exantema
viral. Exames laboratoriais e algumas vezes estudo histológico da pele podem
esclarecer o diagnóstico clínico, mas muitas vezes, este tipo de manifestação cutânea
regride espontaneamente sem que o diagnóstico seja confirmado.
DECH e farmacodermia são complicações esperadas do TCTH, ocorreram
pode ocorrer até três meses após o TCTH (GOKER; HAZNEDAROGLU; CHAO, 2001;
FILIPOVICH et al., 2001).
6 CONCLUSÕES
com diagnóstico de SWA realizado em média aos 29 meses de idade que foram
imunodeficiência.
REFERÊNCIAS
ABO, A. Understanding the molecular basis of Wiskott-Aldrich Syndrome. Cell Mol Life Sci,
v.54, p.1145-1153, 1998.
BONILLA, F. A.; BERNSTEIN, I. L.; KHAN, D. A.; BALLAS, Z. K.; CHINEN, J.; FRANK, M. M.;
KOBRYNSKI, L. J.; LEVINSON, A. I.; MAZER, B.; NELSON JR, R. P.; ORANGE, J. S.;
ROUTES, J. M.; SHEARER, W. T.; SORENSEN, R. U.; American Academy of Allergy, Asthma
and Immunology; American College of Allergy, Asthma and Immunology; Joint Council of
Allergy, Asthma and Immunology. Practice parameter for the diagnosis and management of
primary immunodeficiency. Ann Allergy Asthma Immunol, v.94, (5 Suppl 1):S1-63, May 2005.
BRADLEY, M.; SÖDERHÄLL, C.; WAHLGREN, C. F.; LUTHMAN, H.; NORDENSKJÖLD, M.;
KOCKUM, I. The Wiskott-Aldrich Syndrome Gene as a Candidate Gene for Atopic Dermatitis.
Acta Derm Venereol, v.81, p.340-342, 2001.
DUPUIS-GIROD, S.; MEDIONI, J.; HADDAD, E.; QUARTIER, P.; CAVAZZANA-CALVO, M.;
Le DEIST, F.; SAINT BASILE, G. de; DELAUNAY, J.; SCHWARZ, K.; CASANOVA, J. L.;
BLANCHE, S.; FISCHER, A. Autoimmunity in Wiskott-Aldrich Syndrome: Risk Factors,
Clinical Features, and Outcome in a Single-Center Cohort of 55 Patients. Pediatrics, v.111,
n.5, p.e622-e627, May 2003.
71
ELLIS, C.; LUGER, T.; ABECK, D.; ALLEN, R.; GRAHAM-BROWN, R. A. C.; DE PROST, Y.;
EICHENFIELD, L. F.; FERRANDIZ, C.; GIANNETTI, A.; HANIFIN, J.; KOO, J. Y.; LEUNG,
D.; LYNDE, C.; RING, J.; RUIZ-MALDONADO, R.; SAURAT, J. H. International Consensus
Conference on Atopic Dermatitis II (ICCAD II): clinical update and current treatment
strategies. Br J Dermatol, v.148, Suppl 63:3-10, May 2003.
FILIPOVICH, A. H.; STONE, J. V.; TOMANY, S. C.; IRELAND, M.; KOLLMAN, C.; PELZ, C. J.;
CASPER, J. T.; COWAN, M. J.; EDWARDS, J. R.; FASTH, A.; GALE, R. P.; JUNKER, A.;
KAMANI, N. R.; LOECHELT, B. J.; PIETRYGA, D. W.; RINGDÉN, O.; VOWELS, M.;
HEGLAND, J.; WILLIAMS, A. V.; KLEIN, J. P.; SOBOCINSKI, K. A.; ROWLINGS, P. A.;
HOROWITZ, M. M. Impact of donor type on outcome of bone marrow transplantation for Wiskott-
Aldrich syndrome: collaborative study of the International Bone Marrow Transplant Registry
and the National Marrow Donor Program. Blood, v.97, n.6, p.1598-1603, 15 March 2001.
GARCÍA, J. M.; ESPAÑOL, T.; GURBINDO, M. D.; CASAS, C. C. Update on the treatment of
primary immunodeficiencies. Allergol Immunopathol, v.35, n.5, p.184-192, Sep. 2007.
HADDAD, E.; CRAMER, E.; RIVIÈRE, C.; RAMEAU, P.; LOUACHE, F.; GUICHARD, J.;
NELSON, D. L.; FISCHER, A.; VAINCHENKER, W.; DEBILI, N. The Thrombocytopenia of
Wiskott Aldrich Syndrome Is Not Related to a Defect in Proplatelet Formation. Blood, v.94,
n.2, p.509-518, 15 July, 1999.
HUMBLET-BARON, S.; SATHER, B.; ANOVER, S.; BECKER-HERMAN, S.; KASPROWICZ, D. J.;
KHIM, S.; NGUYEN, T.; HUDKINS-LOYA, K.; ALPERS, C. E.; ZIEGLER, S. F.; OCHS, H.;
TORGERSON, T.; CAMPBELL, D. J.; RAWLINGS, D. J. Wiskott-Aldrich syndrome protein is
required for regulatory T cell homeostasis. J Clin Invest, v.117, n.2, p.407-418, Feb. 2007.
IMAI, K.; MORIO, T.; ZHU, Y.; JIN, Y.; ITOH, S.; KAJIWARA, M.; YATA, J.; MIZUTANI, S.;
OCHS, H. D.; NONOYAMA, S. Clinical course of patients with WASP gene mutations.
Blood, v.103, n.2, p.456-464, 15 Jan. 2004.
IMAI, K.; NONOYAMA, S.; OCHS, H. D. WASP (Wiskott-Aldrich syndrome protein) gene
mutations and phenotype. Curr Opin Allergy Clin Immunol, v.3, n.6, p.427-436, Dec. 2003.
IRVINE, A. D.; McLEAN, W. H. I. Breaking the (Un)Sound Barrier: Filaggrin Is a Major Gene
for Atopic Dermatitis. J Invest Dermatol, v.126, p.1200-1202, 2006.
JIN, Y.; MAZZA, C.; CHRISTIE, J. R.; GILIANI, S.; FIORINI, M.; MELLA, P.; GANDELLINI, F.;
STEWART, D. M.; ZHU, Q.; NELSON, D. L.; NOTARANGELO, L. D.; OCHS, H. D. Mutations
of the Wiskott-Aldrich Syndrome Protein (WASP): hotspots, effect on transcription, and
translation and phenotype/genotype correlation Blood, v.104, n.13, p.4010-4019, 15 Dec. 2004.
72
KNUTSEN, A. P.; STEFFEN, M.; WASSMER; K.; WALL, D. A. Umbilical cord blood
transplantation in Wiskott Aldrich syndrome. J Pediatr, v.142, p.519-23, 2003.
KOBAYASHI, R.; ARIGA, T.; NONOYAMA, S.; KANEGANE, H.; TSUCHIYA, S.; MORIO, T.;
YABE, H.; NAGATOSHI, Y.; KAWA, K.; TABUCHI, K.; TSUCHIDA, M.; MIYAWAKI, T.; KATO, S.
Outcome in patients with Wiskott–Aldrich syndrome following stem cell transplantation: an
analysis of 57 patients in Japan. Br J Haematol, v.135, n.3, p.362-366, Nov. 2006.
LEE, W. I.; YANG, C. Y.; JAING, T. H.; HUANG, J. L.; CHIEN, Y. H.; CHANG, K. W. Clinical
Aspects and Molecular Analysis of Chinese Patients with Wiskott-Aldrich Syndrome in
Taiwan. Int Arch Allergy Immunol, v.145, p.15-23, 2008.
LEUNG, D. Y.; BOGUNIEWICZ, M.; HOWELL, M. D.; NOMURA, I.; HAMID, Q. A. New
insights into atopic dermatitis. J Clin Invest, v.113, n.5, p.651-7, Mar. 2004.
LITZMAN, J.; JONES, A.; HANN, I.; CHAPEL, H.; STROBEL, S.; MORGAN, G. Intravenous
immunoglobulin, splenectomy, and antibiotic prophylaxis in Wiskott-Aldrich Syndrome. Arch
Dis Chil, v.75, p.436-439, 1996.
NOTARANGELO, L.; CASANOVA, J. L.; CONLEY, M. E.; CHAPEL, H.; FISCHER, A.; PUCK, J.;
ROIFMAN, C.; SEGER, R.; GEHA, R. S.; International Union of Immunological Societies Primary
Immunodeficiency Diseases Classification Committee. Primary immunodeficiency diseases:
An update from the International Union of Immunological Societies Primary Immunodeficiency
Diseases Classification Committee Meeting in Budapest, 2005. J Allergy Clin Immunol,
v.117, n.4, p.883-96, Apr. 2006.
73
OCHS. H.; SLICHTER, S.; HERKER, L.; Von BEHRENS, W.; CLARK, R.; WEDGWOOD, R.
The Wiskott-Aldrich syndrome: Studies of lymphocytes, granulocytes and platelets. Blood,
v.55, n.2, p.243-252, Feb. 1980.
OZSAHIN, H.; CAVAZZANA-CALVO, M.; NOTARANGELO, L. D.; SCHULZ, A.; THRASHER, A. J.;
MAZZOLARI, E.; SLATTER, M. A.; Le DEIST, F.; BLANCHE, S.; VEYS, P.; FASTH, A.;
BREDIUS, R.; SEDLACEK, P.; WULFFRAAT, N.; ORTEGA, J.; HEILMANN, C.; O'MEARA, A.;
WACHOWIAK, J.; KALWAK, K.; MATTHES-MARTIN, S.; GUNGOR, T.; IKINCIOGULLARI, A.;
LANDAIS, P.; CANT, A. J.; FRIEDRICH, W.; FISCHER, A. Long-term outcome following
hematopoietic stem-cell transplantation in Wiskott-Aldrich syndrome: collaborative study of
the European Society for Immunodeficiencies and European Group for Blood and Marrow
Transplantation. Blood, v.111, n.1, p.439-445, 1 Jan. 2008.
OZSAHIN, H.; Le DEIST, F.; BENKERROU, M.; CAVAZZANA-CALVO, M.; GOMEZ, L.;
GRISCELLI, C.; BLANCHE; S.; FISCHER, A. Bone marrow transplantation in 26 patients with
Wiskott-Aldrich syndrome from a single center. J Pediatr, v.129, n.2, p.238-244, Aug. 1996.
PARK, J. Y.; KOB, M.; PRODEUS, A. P.; ROSEN, F. S.; SHCHERBINA, A.; REMOLD-
O'DONNELL, E. Early deficit of lymphocytes in Wiskott–Aldrich syndrome: possible role of
WASP in human lymphocyte maturation. Clin Exp Immunol, v.136, n.1, p.104-110, Apr. 2004.
PRISLOVSKY, A.; MARATHE, B.; HOSNI, A.; BOLEN, A. L.; NIMMERJAHN, F.; JACKSON,
C. W.; WEIMAN, D.; Ted S. Strom. Rapid platelet turnover in WASP(−) mice correlates with
increased ex vivo phagocytosis of opsonized WASP(−) platelets. Exp Hematol, v.36, n.5,
p.609-623, May 2008.
SALLES, I. I.; FEYS, H. B.; ISERBYT, B. F.; De MEYER, S. F.; VANHOORELBEKE, K.;
DECKMYN, H. Inherited traits affecting platelet function. Blood Reviews, v.22, n.3, p.155-
172, May 2008.
SCHINDELHAUER, D.; WEISS, M.; HELLEBRAND, H.; GOLLA, A.; HERGERSBERG, M.;
SEGER, R.; BELOHRADSKY, B. H.; MEINDL, A. Wiskott-Aldrich syndrome: no strict
genotype-phenotype correlations but clustering of missense mutations in the amino-terminal
part of the WASP gene product. Hum Genet, v.98 n,1, p.68-76, July 1996.
74
SCHMID, I.; STACHEL, D.; PAGEL, P.; ALBERT, M. H. Incidence, Predisposing Factors,
and Outcome of Engraftment Syndrome in Pediatric Allogeneic Stem Cell Transplant
Recipients. Biol Blood Marrow Transplant, v.14, p.438-444, 2008.
SNAPPER, S. B.; MEELU, P.; NGUYEN, D.; STOCKTON, B. M.; BOZZA, P.; ALT, F. W.;
ROSEN, F. S.; von ANDRIAN, U. H.; KLEIN, C. WASP deficiency leads to global defects of
directed leukocyte migration in vitro and in vivo. J Leukoc Biol, v.77, p.993-998, 2005.
TMO BRASIL. Histórico do transplante de medula óssea. Updated 23 junho 2008. Disponível
em: <www. tmobr.com.br/tmo.html>. Acesso em: 23 jun. 2008.
WIETSTRUCK, M. A.; ZÚÑIGA, P.; TALESNIK, E.; MÉNDEZ, C.; BARRIGA, F. Trasplante
alogénico de precursores hematopoyéticos en pacientes con síndrome de Wiskott-Aldrich.
Rev Méd Chile, v.135, n.7, p.917-923, 2007.
ZHU, Q.; WATANABE, C.; LIU, T.; HOLLENBAUGH, D.; BLAESE, R. M.; KANNER, S. B.;
ARUFFO, A.; OCHS, H. D. Wiskott-Aldrich Syndrome/X-Linked Thrombocytopenia: WASP Gene
Mutations, Protein Expression, and Phenotype. Blood, v.90, n.7, p.2680-2689, 1 Oct. 1997.
75
APÊNDICE
Iniciais: ___________________________________________________________________
Registro HC n.o: | | | | | | | | | Registro TMO: _______________
Gênero: F ( ) M( ) Cor: BRANCA ( ) NEGRA ( )
Data Nascimento: ___/___/___
Data 1.a Consulta TMO: ___/___/___
Diagnostico inicial: __________________________________________________________
1.o sintoma Síndrome de Wiskott-Aldrich (SWA):___________________________________
Idade início dos 1.o sintomas: __________
Idade de diagnóstico SWA (m): _________
Confirmação laboratorial da SWA: ______________________________________________
HISTÓRIA PÓS-TCTH
HEREDOGRAMA:
Grau de parentesco:
Faz acompanhamento no Serviço TMO-HC / UFPR? Não ( ) Sim ( )
Já foi submetido à TCTH? Não ( ) Sim ( )
Data: ___/___/___
Eritema/eczema:
( ) Flexuras
( ) Face
( ) Tronco
( ) Membros
_____________________________________________
Carimbo e assinatura
79
ANEXOS
80
ANEXO 1
ANEXO 2
APRESENTAÇÃO EM CONGRESSO
83