Você está na página 1de 12

Refrencias esteticas:

Uma das primeiras referencias q eu tinha era o deus Pan, essa versão ta bem mais "clea", n gosto
disso, mas acaba sendo mais palpavel.

Pã, na mitologia grega, é o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Vive em
grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. É temido por
todos aqueles que necessitam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os
predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que são atribuídos a Pã;
daí o termo "pânico".

Carrancas:
Mas para o rosto tenho pensado em uma cara de carranca, o meu deus precisa ser algo feio,
assustador, ele não é muito poderoso, mas sabe da importancia do seu trabalho, ele vive na pior
parte do ciclo da vida e por isso precisa afastar todo o mal com sua "cara de mal".

Elas tinham um significado importante para as embarcações: Elas espantavam maus espíritos,
ajudavam para que a embarcação não afundasse, livravam das tempestades e atraiam muitos peixes.
Homem animal: O home animal é meu quadrinho favorito, conta a historia de um ser que vive no
"vermelho" ou seja entre o sangue, a carne e odio, ele é um deus animal que luta pela libertação dos
seus iguais e da "animalidada" do homem, ele costuma fazer varios discursos que vao ser base para
o discurso do meu deus.

A morte do animal (sacrificio)

Nascimento:
emergi combeado de uma profunda atemporalidade, percebi de imediato que tudo tinha mudado.
Estou completo de novo. O coração que conta os segundos da minha vida é meu coração. É o que
bombeia meu sangue por meu corpo nascituro. Mas... Onde estou? Tenho olhos de novo, mas tudo
que veem é uma vermelhidão venosa. Tenho pulmões, que lutam avidos de ar. E tenho membros,
porem emaranhados e confinados. E empolgação descamba bruscamente em medo. Estou preso,
enterrado vivo, sufocando. Um liquido espesso borbulha na garganta. Eu a limpo e enguloum pouco
de ar ralo e estagnado.
Isso me da forças, e os musculos espasmam por istinto. O sangue ronca na cabeça. Chutando,
rasgando e mordendo, me debato numa uta frenetica pra me soltar. Rompo então a escuridão e passo
para a luz! E para o som, cheiro e imagem.

Auto percepção:
O vermelho agora me tem. O vermelho é tudo que existe. Parei de resistir. Meu sistema
imunologico se rendeu a um virus de fogo escuro que queima , consumindo a carniça da minha
humanidade morta. Infiltrado no vermelho eu toco as criaturas amedrontadas que vivem
despercebidamente entre as maquinações insesiveis da laboriosa humanidade e levo aos fracos e
oprimidos, aos maltratados e desprovidos, um toque de ira que lhes dissipa o medo. Abutres
grasnam atraves de mim. Insetos se agitam sobre minha pele. Ratos Sobem e descem pelas costas.

Guerra:
Estamos fartos da sua arrogancia e da sua ignorancia assassina. Fartos de voces, fartos de nos
escondermos na sua sombra nojenta, de nos alimentarmos de seus detritos e escrementos. Fartos de
voar no ar que voces empestam. Fartos de nadar a agua que voces envenenaram. Fartos de portar
tumores, de sofrer mutações por seus produtos quimicos ate virarmos eunucos estereis. Fartos de
sofrer e morrer aos bilhoes para servir de alimento. E fartos de viver com medo... Incapacitados
pelo terror assassino da loucura de voces. O mundo era nosso antes de voces o infectarem e voltara
a ser nosso quando voces partirem. Não ficaremos mais olahndo parados enquanto vocês estupram,
estrangulam e mutilam nossa sagrada mãe. Vamos avisar: Vamos encerrar as atividades dos
malditos homanos de uma vez por todas.

A piscologia do vencido é um poema que me acompnha desde muito tempo, transporta


muitos sentimentos que sinto e serve como base pra toda construção do meu deus.

Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,


Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Produndissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —


Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,


E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
Kelvin carter, fotografo, responsavel por registrar essa foto, a mais famosa do mundo, gerando
grande dilemas eticos, na foto temos um abutre, um dos principais animais detrivoros, pretendo
representar uma variação dessa imagem em cena.

O afrofuturismo de joão astroboy, representações lindas, que mexem muito comigo, porem n sei
como podem funcionar no contexto.

Homens e caranguejos: uma das peças mais importantes para mim, ela é recheada de discursos
fortes sobvre renovação, porem nesse deus pretendo fortificar o discurso, porem me afastar da ideia
dos caranguejos.

Seres de capim guine (Baiana System): Uma das principais influencias esteticas para a construção
Camara de ecos: Conheci recentemente atravez de um clipe de criolo, e sinto que traz a forma ideal
para relação entre meu deus e a humanidade

Terchos da letra Geração sombria (Diomedes Chinaski), é importante perceber q a


putrefação pega tudo que está morto e apodrecido o decompõe e transforma, o lixo
não é so nosso dejetos e excrementos, é tambem nossa palavras e ações, esse discusso
de Diomedes explicita bem essas mazelas.

Sabe por que cultivamos ódio nos ósseos?


porque suaa geração mata pessoas sem remorso?
Sabe por que se usa pouco preservativo?
Sabe por que o crack é dinheiro vivo?
Sabe por que é uma reação em cadeia?
Sabe por que geração 666?
Sabe por que sua vida vale uma cerveja?
Sabe por que o pastor construiu uma igreja?
Sabe por que sem droga é insuportável?
Sabe por que a tragédia é o mais viável?
Por que papai bate em mamãe de coronhada?
Por que tem crack em todas as quadras?
Por que nas ruas e calçadas
so se ensina violencia e mais e mais nada?
sabe por que que tá tudo errado?
Por quê? É porque nasce pobre é embaçado
A ironia de Phamyntus

O discurso de Marielle
Orapronobis – Nome do Deus

É erva integrante do banho forte. Usada nos banhos de descarrego e limpeza. É destruidora de eguns
e larvas negativas, além de entrar nos assentamentos dos mensageiros Exus. No uso caseiro, suas
folhas atuam como emolientes.

Visual:
Roteiro

O Orapronobis encontra-se em cima da árvore principal quando o


Oraculo se aproxima com lanternas as apaga, pede para as outras
pessoas tabem apagarem e chama o Orapronobis:

Orapronobis, estamos aqui, trouxe algumas das pessoas para lhe


ouvir, você está por ai?

As luzes da arvore são acendidas, o Orapronobis surge entre os


galhos uma criatura estranha e ela diz:

Boa noite, obrigado oraculo por fazer essas criaturas


aceitarem vim ao meu encontro, ainda em meio a tanta
escuridão, vejo que alguns de vocês carregam iluminadores,
podem usar a vontade se por acaso tiverem dificuldade de me
ver, só peço que não usem muito proximo, luzes fortes ofuscam
minha visão. Pedi para que viessem para espalharem a historia
do meu reino, a minha historia e a historia do pantano das
lamentações...

Tudo começou com um grito nas arvores. Fialho Rodrigues bebeu


demais e fez o que não devia com uma pobre menina. O bafo dele
fedia a uisque barato. Encontraram-no pelado e chorando num
brejo, tentando esconder uma coisa gelada na lama. Ele começou
a correr, mas não teve jeito. O seguraram, arrancaram-lhe as
calças, e então o pai da morta puxou a faca. Ninguem sabe o
que aconteceu depois, pelo menos não se dizia. Esse foi o
primeiro segredo do pantano. Os outros não iriam tardar.
Em 1906, Luiz Santana atirou no melhor cavalo dos irmão Costa.
Então amarram-no numa arvore e qubraram sua cabeça como se
fosse um ovo.
Em 1934, Thomaz Henrique, um medico local trouxe um carona até
o pantano e o espancou até a morte sem motivo algum.
Em novembro do ano seguinte Fernanda entrou nua no charco
gelado, sabendo que nem um homem a desejava. Ela soltou um
picarro e abriu os pulsos com uma navalha com cabo prateado.
Em 1972, Rafael Deschamps fechou os olhos e chorou enquanto
sua sobrinha de quinze anos soltava o probleminha deles na
agua, atado a uma pedra.
A cada novo segredo depositado no pantano surgem novos
detrivoros que se alimentam de toda a culpa e a vergonha não
dclarada. O numero de seres dobra acada ano. Porem esse
sentimento não podem ser soterrado, apenas se agrava, so
cresce, cada vez maior, até que um dia não a mais como
contelo.
E em 2018 Mestre Moa do Katendê foi assasinado com 12 facadas
na barriga apois uma discussão politica.
A partir de toda essa energia acumulada seja por força de um
apetite cósmico, de uma mutação imprevista da escala evolutiva
ou de uma corrente tropical sobrenatural eu me transformei
nesse ser que vocês veem, mostrarei minha genese para que
possam entender melhor.
Orapronobis se baiaxa entre um ninho de galhos na sua frente, uma
luz vermelha surge entre o galhos e ele começa uma narração
enquanto simula o momento de seus nascimento, seu auto-
conhecimento.

Emergi combeado de uma profunda atemporalidade, percebi de


imediato que tudo tinha mudado. Estava completo de novo. O
coração que contava os segundos da minha vida é meu coração.
Mas... Onde estava? Tinha olhos de novo, mas tudo que veem é
uma vermelhidão venosa. Tinha pulmões, que lutavam avidos de
ar. E tinha membros, porem emaranhados e confinados. Mas a
empolgação descambou bruscamente em medo. Onde estou?
Enterrado vivo? Sufocando! Um liquido espesso borbulha na
garganta. Eu a limpo e engulo um pouco de ar ralo e estagnado.
Isso me da forças, e os musculos espasmam por instinto. O
sangue ronca na cabeça. Chutando, rasgando e mordendo, me
debato numa luta frenetica pra me soltar. Rompo então a
escuridão e passo para a luz! E para o som, cheiro e imagem!

Orapronobis se solta do ninho da sua criação e começa a perceber


seu novo corpo, sua nova movimentação, baubucia palavras como "Eu"
e "Meu" e quando toma conta do seu corpo começa a recitar:

Eu, filho do carbono e do amoníaco,


Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Produndissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —


Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,


E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

Eles agora me tem. A decomposição é tudo que existe. Parei de


resistir. Meu sistema imunologico se rendeu a um virus de
fogo escuro que queima, consumindo a carniça da minha
humanidade morta. Infiltrado na podridão eu toco as criaturas
amedrontadas, levo aos fracos e oprimidos, aos maltratados e
desprovidos, um toque de ira que lhes dissipa o medo.
Decomponho todo o refugo despejado em mim, sejam ele dejetos,
descartes, palavras, ações e, principalmente, os indigentes
que são o principal descarte da sua sociedade apodrecida. Pego
tudo e como em um laboratorio alquimico a ceu aberto,
transformo tudo em força de ataque e alimento!
Enquanto fala um ser moribundo se aproxima por trás, ele carrega
um colar com uma bola vermelha no pescoço e parece estar nos seus
ultimos segundos de vida.

Abutres grasnam atraves de mim. Insetos se agitam sobre minha


pele. Ratos Sobem e descem pelas costas. Estão ouvindo esse
som? Mais um moribundo se aproxima para saciar meu desejo eser
purificado.

Orapronobis se posiciona ao lado do moribundo caido e o observa


enquando, enquando recita trechos de "geração sombria", ao fim do
ultimo verso o moribundo para de se debater e morre.

Sabe por que cultivam ódio nos óssos?


Sabe por que sua geração se mata sem remorso?
Sabe por que se usa pouco preservativo?
Sabe por que o crack é dinheiro vivo?
Sabe por que é uma reação em cadeia?
Sabe por que geração 666?
Sabe por que sem droga é insuportável?
Sabe por que a tragédia é o mais viável?
Por que papai bate em mamãe de coronhada?
Por que tem crack em todas as quadras?
sabe por que que tá tudo errado?
Por quê? É porque nasce pobre é embaçado

Quando o moribundo morre Orapronobis se aproxima do corpo, checa


se ainda está vivo o levanta e pindura em duas estacas colocadas
ao lado, se posiciona atras do individuo e com uma mao na esfera
em deu peito e outra em sua cabeça recita "Camara de ecos":

Cresci sob um teto sossegado,


meu sonho era um pequenino sonho meu.
Na ciência dos cuidados fui treinado.

Repitam comigo os proximos versos:

Agora, entre meu ser e o ser alheio,


a linha de fronteira se rompeu.

Agora, entre meu ser e o ser alheio,


a linha de fronteira se rompeu.

Agora, entre meu ser e o ser alheio,


a linha de fronteira se rompeu.

Agora, entre meu ser e o ser alheio,


a linha de fronteira se rompeu.

Ao final da terceira repetição a luz do circulo no peito dele se


acende, Orapronobis retira a luz, oferece ela ao publico, caso
aceitem ou não, ele abre a esfera e dentro dela tem coisas que se
parecem com terra e minhoca ele oferece novamente e come se
deliciando.

Maravilhas da terra, ploriferadas com odio, medo, rancor,


desconfiança, salve a infinita estupidez dos homens! Mas deixo
deixar um pouco para terra, serve como a dubo para os frutos
mais suculentos. Mas nãoantes de ler a sorte.

Ele mexe e tira um papel semelhante aos dentro de biscoitos da


sorte e o le em voz alta:

Cara criatura, mas não seja interrompida, não ature


interrupições, principalmente por aqueles que não sabem ouvir
suas posições.

Apois isso ele da um sorriso largo enquanto deixa o circulo eo


papel no chão

Voces não ja estão fartos? Fartos da sua arrogancia e da sua


ignorancia assassina? Fartos de respirar ar empestado? Fartos
de beber agua envenenada? Fartos de portar tumores, de sofrer
mutações por produtos quimicos ate virarem eunucos estereis?
E fartos de viver com medo... Incapacitados pelo terror
assassino da loucura de voces. Estão sendo a propria imagem da
propria besta! Vocês estão cegos pelo sangue vermelho que
escorre da testa e tapa seus olhos, não percebem que não é
assim que tem que ser, mas eu digo a voces é melhor vermelho
do que morto! Como ratos, invadam suas cidades amargas, Como
insetos desordenem todo o redor. Como vermes, multipliquem-se
e ocupem todos os espaços. Como urubus, se alimente da mizeria
em que se enfiaram, tirem forças disso e cuspam tudo de volta.
E como caranguejos, fortaleçam suas carapaças, se armem e
contra ataquem. Não peçam licença pra pensar.

Orapronobis acaba o seu discurso e sai cantarolando "os mais doces


barbaros" enquando sobe a arvore, a luz dela se apaga e ele
desaparece na escuridão.

Você também pode gostar