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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO RIO DE JANEIRO

UNED - NI

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

TRABALHO DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À ENGENHARIA MECÂNICA

Locomotiva a Vapor

JULIANA DE OLIVEIRA DOS SANTOS

NOVA IGUAÇU –RIO DE JANEIRO

ABRIL DE 2015
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Locomotiva a Vapor

TRABALHO DA DISCIPLINA
INTRODUÇÃO À ENGENHARIA
MECÂNICA, EXIGIDO PELO
PROFESSOR RODOLFO SOBRAL.

NOVA IGUAÇU –RIO DE JANEIRO

ABRIL DE 2015
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 4
2. PRINCÍPIOS TECNOLÓGICOS DE UMA LOCOMOTIVA A VAPOR ................... 5
2.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO............................................................................... 5
2.2. PARTES CONSTITUINTES.............................................................................................. 5
2.3. FUNCIONAMENTO DA LOCOMOTIVA A VAPOR .................................................... 6
3. CONCLUSÃO...................................................................................................................... 6
4. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................................. 7
5. ANEXOS............................................................................................................................... 8

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1. INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial foi o marco histórico que redefiniu a forma como o mundo se
organizava. O processo de transição de métodos artesanais para produção através do uso de
máquinas iniciou-se durante o século XVIII e se estendeu durante o século XIV, moldando o
caminho rumo às mudanças econômicas, sociais e culturais.
Foi durante esse período que o vapor passou a ser usado como forma de energia nas
produções. Foi a máquina de tear do clérigo Edmund Cartwright que possibilitou todo o
desenvolvimento do método de produção industrial.
Porém, com o crescimento da produção, a indústria viu a necessidade de transportar
seus produtos de maneira rápida e eficiente. A partir dessa demanda específica de serviço que
surgiu a ideia das locomotivas a vapor.
A primeira locomotiva a vapor foi inventada pelo engenheiro Richard Trevithick.
Baseando-se na ideia do virabrequim – um conjunto composto por um caminho cilíndrico
para que dentro, um pistão pudesse ir e voltar, e uma haste para este pistão – de James Watt
(Figura 1), Trevithick construiu uma máquina capaz de impulsionar um veículo sobre trilhos
para a empresa Penydarren Ironworks, que transportou 70 pessoas e 10 toneladas de ferro em
sua viagem inaugural, em 13 de fevereiro de 1804.
Apesar do sucesso da viagem da locomotiva de Trevithick, esse transporte só
convenceria os diretores ferroviários da aplicação prática da energia do motor a vapor após a
vitória de Robert Stephenson durante a competição de locomotivas Rainhil, em 1829. Robert
construiu uma locomotiva batizada Rocket, que era capaz de atingir a velocidade de 46km/h.
A partir desse sucesso, as locomotivas a vapor passaram a ser usadas e aperfeiçoadas
por todos os grandes países, dando início ao desenvolvimento tecnológico do transporte,
trilhando o caminho que hoje percorremos.

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2. PRINCÍPIOS TECNOLÓGICOS DE UMA LOCOMOTIVA A VAPOR

2.1. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

O calor liberado na combustão resultante da combinação do carbono e hidrogênio –


contidos no carvão – com o oxigênio do ar irá aquecer a água contida na caldeira da
locomotiva, gerando o vapor de água que, sob alta pressão, é o fluído de trabalho do motor.
Através da expansão do gás será gerada energia mecânica, a partir da força que o mesmo
aplica sobre o pistão.

2.2. PARTES CONSTITUINTES

1. Caldeira: localizada na máquina frontal (Figura 2). Local onde se produz o vapor
de água. É composta por:
a. Cilindros;
b. Recipiente onde a água é vaporizada;
c. Aparelhos de alimentação.
2. Mecanismo Motor: Conjunto de elementos mecânicos cujo objetivo é transformar
energia calorífica em energia mecânica. É composto por:
a. Cilindro;
b. Válvula distribuidora;
c. Órgãos de distribuição de transformação de movimentos mecânicos.
3. Tênder: carcaça metálica que armazena combustível e água. É acoplada a máquina
frontal.
4. Veículo: constituído pela carroceria, rodas, eixos, caixas de graxa e molas.

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2.3. FUNCIONAMENTO DA LOCOMOTIVA A VAPOR

O combustível (carvão/ madeira) é transmitido do tênder a fornalha para ser queimado.


Os gases produzidos por esta combustão passarão pelos cilindros contidos na caldeira,
aquecendo-os, e rumando a caixa de fumaça. Eles serão expelidos através da chaminé para o
exterior da máquina (Figura 3).
O calor dos cilindros será transferido para água dentro da caldeira, e parte desta será
convertida em vapor que, acumulado no domo de vapor. A pressão gerada pelo acúmulo do
vapor será transferida, quando solicitada, para as válvulas direcionais, e, consequentemente,
para os cilindros – que contém o pistão a ser movimentado pela pressão, gerando o
movimento. O mecanismo e válvulas se unem aos eixos das rodas motrizes através de uma
haste de conexão (Figura 4).
Cada válvula distribui o vapor da água para um respectivo cilindro. Elas possuem
câmaras em seus corpos que conduzem o vapor para o lado apropriado do pistão, promovendo
simultaneamente uma abertura de exaustão para o vapor usado.
A haste da válvula é conectada, através de alavancas, à cabeça da cruzeta e a um eixo
excêntrico. A combinação dos movimentos controla a entrada e volume de vapor admitido no
cilindro durante cada volta da roda motriz.
As barras radiais controlam os movimentos para frente e para trás da locomotiva.
O pistão conecta-se à cruzeta, que por sua vez está conectada ao puxavante, que está
conectado ao pino da manivela, e o pino da manivela à roda principal de propulsão. O
movimento retilíneo do pistão é transformado em movimento rotativo nas rodas de propulsão,
movimentando assim, toda a locomotiva.

3. CONCLUSÃO

A fase inicial da Revolução Industrial – que se iniciou durante o século XVIII – foi
marcada pela aplicação da maquinaria à produção na indústria, construindo as bases da nossa
civilização mecânica moderna.
A mecanização se iniciou no setor têxtil, assim como a inovação do uso do vapor.
Através da invenção da máquina de tear de Edmund Cartwright, as portas para o uso do vapor

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como fonte segura de geração para geração de energia mecânica foram abertas, abrindo mão
da necessidade de energia humana para confecção de tecidos.
A aplicação dessa tecnologia aos meios de transportes se iniciou com a aplicação do
motor a vapor aos barcos – criando o barco a vapor – e logo foi utilizada nas locomotivas.
Inicialmente uma invenção fracassada devido ao seu alto custo, as locomotivas a vapor foram
aperfeiçoadas ao longo dos anos e provaram que eram perfeitamente capazes de substituir
com maestria as carroças puxadas por animais, graças a sua velocidade e capacidade de
transportar maior quantidade de carga, recebendo o apelido de “cavalo mecânico”.
As locomotivas a vapor chegaram ao Brasil no ano de 1852. A primeira locomotiva
(Figura 5) foi batizada pelo imperador Dom Pedro II de “Baronesa”, em homenagem a esposa
do Barão de Mauá, – Dona Maria Joaquina – que foi um dos responsáveis pela importação da
máquina. A primeira viagem da Baronesa ocorreu em 1854; a locomotiva saiu do Rio de
Janeiro e foi até a serra de Petrópolis. No Brasil, as locomotivas a vapor ficaram conhecidas
como “Maria-Fumaça”.
Graças as locomotivas a vapor o mundo se tornou menor e mais amigo. Através da
adaptação do transporte para passageiros – não somente cargas – comunidades distantes
converteram-se em vizinhas. Se o mundo como o conhecemos avança a cada dia – em termos
de tecnologia e globalização – é porque no passado ele foi movido a vapor: o grande
adiantamento do homem em sua odisseia no mundo.

4. BIBLIOGRAFIA

http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/EdmunCat.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_vapor
http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/locom0/locom0.html
http://vfco.brazilia.jor.br/locos/funcionamento.Locomotiva.Vapor.shtml
http://www.consciencia.org/

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5. ANEXOS

Figura 1: Virabrequim de James Watt

Figura 2: Corte lateral máquina frontal

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Figura 3: Corte lateral da máquina frontal. Sistema de transformação de energia

Figura 4: Corte lateral da máquina frontal. Sistema de movimentação mecânica.

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Figura 5: A Baronesa

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