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1-O que é a cinesioterapia respiratória ?

ou Reeducação Funcional R
È uma terapêutica baseada no movimento e, como tal, vai actuar principalmente
sobre os fenómenos mecânicos da respiração, ou seja, sobre a ventilação interna
e, através desta, tentar melhorar a ventilação alvéolar.

2-Quais os benefícios da reabilitação pulmonar?


 •redução da ansiedade e depressão
 melhoria na qualidade de vida
 melhoria na tolerância ao exercício
 redução da falta de ar e outros sintomas associados
 habilidade melhorada para a realização de actividades

3- Ciclo vicioso da DPOC e RP


Falta de ar---- Inactividade----- perda de confiança----- isolamento social-----depressão-----------
----
RP---- Redução da ansiedade--- Melhora da tolerância ao exercício---- dispneia reduzida---
aumento das funções domésticas----
4-Qual a estruturação estruturação da reabilitação pulmonar?

Planeamento cuidadoso
Recursos adequados humanos e materiais
A percepção e a motivação do indivíduo para aderência ao programa

5- Quais os aspectos a ter em conta na admissão de um doente no programa RP


ASPECTO PSICOLÓGICO
 motivado a envolver-se na auto-ajuda
 motivado a fazer mudanças no estilo de vida
 pode ouvir ou comunicar-se adequadamente em situação de grupo
 personalidade adequada ao trabalho em grupo
 capaz de comparecer ao período requerido
CLÍNICO
 Prejuízo da respiração e redução da actividade funcional por esse motivo
 Estável e com medicação adequada
 Em O2/ventilação não - invasivas se indicado
ESCLUSÕES
 Pacientes com condições em que o exercício esteja contra –indicado, como Pacientes
com doenças progressivas, ex. cancro ou doença neuromuscular em algumas alterações
cardíacas.
6- Qual a avaliação preliminar à reabilitação pulmonar?
 Histórico do utente
 Hábitos tabágicos
 Medicação
 Espirometria
 Análise gasométrica/Saturação de o2/frequência cardíaca
 Percepção da falta de ar
 Qualidade de vida/Nº de internamentos hospitalares
 Altura/peso Para calcular o IMC (INDICE MASSA CORPORAL)
 Tolerância ao exeecício
Tole A avaliação da tolerância ao exercício no inicio do programa de reabilitação, feita baseado
em laboratório e pela situação clínica do utente. (trocas gasosas anormais, mecanismos
respiratórios anormais). Os testes mais comummente obtidos são baseados na avaliação da
resposta cardio respiratória precisa ao exercício.
 Avaliação da dispneia
A experiência da falta de ar é quase, sem excepção , uma sensação já experimentada muitas
vezes pelo utente . Um dos objectivos da reabilitação está em ajudar o indivíduo a controlar sua
falta de ar e reduzir a sensação da mesma .
 Avaliação músculo esquelética
•Muitos pacientes apresentam problemas de pouca flexibilidade ou anormalidades da coluna
vertebral torácica, caixa torácica e articulações eternais. Explicado parcialmente por má postura,
diminuição dos níveis de actividade e diminuição dos músculos respiratórios .
• Deverão ser considerados os problemas músculos esqueléticos do paciente ou dor de qualquer
modo, pois a pouca flexibilidade torácica levará a uma redução na capacidade funcional.
• Poderá haver necessidade de ser tratada com exercícios suaves , incluindo exercícios de flexão
e rotação lateral.

Factores que diminuem a efectividade da tosse


1- Imobilidade do paciente para fazer uma inspiração profunda
A dor – doença pulmonar aguda
fractura de costelas
traumatismo torácico
cirurgia
Fraqueza muscular - específica que afecta o diafragma ou musculatura acessória da inspiração-
Lesão medular , Guillan barré(afecta o corno anterior da medula).
2- Imobilidade do paciente para expelir o ar
forçosamente .
Lesão medular acima de T 10
Miopatia (distrofias musculares)
Traqueostomia
Estados de debilidade estrema
3- Diminuição da acção ciliar normal na árvor brônquica secundária .
Anestesia geral
D.P.C.O
FUMO
4 - Aumento na quantidade da espessura das secreções
Fibrose Quística
Bronquite crónica
Infecções pulmonares ( pneumonia)
Desidratação

Como proceder no ensino da tosse


1.Avaliar a tosse voluntária ou reflexa do paciente
2.Colocar o paciente numa posição relaxada e confortável para respirar profundamente e tossir.
3.O pescoço do paciente deve estar ligeiramente flectido para que a tosse seja mais eficaz.
Orientar o utente a respirar profundamente duas ou três vezes ,prendendo brevemente a
respiração e tossindo vigorosamente.
Um método alternativo é a tosse dupla, mais usualmente indicada para os utentes com DPOC.
Para minimizar os efeitos da dor torácica ou abdominal , o utente poderá apoiar a zona afectada
com almofada ou usando as suas próprias mãos.
4.Ensino ao paciente a fazer respiração abomino-diafragmática controlada e profunda.
5.Demonstrar uma tosse rápida ,profunda e dupla.
6.Demonstrar a acção muscular apropriada da tosse (contracção dos músculo abdominais).
7.Faça o paciente ,colocar as maõs sobre o abdómen fazer três sopros com a expiração para
sentir a contracção dos abdominais.
8.Fazer com que o paciente pratique um som Q para experimentar tencionar as cordas vocais e
fechar a glote.
9. Quando o paciente realizar essas acções juntas faça-o fazer uma inspiração profunda ,porém
relaxada seguida por uma tosse dupla aguda.A segunda tosse durante uma única expiração é
mais produtiva.
10 - Use a respiração glossofaringea em pacientes seleccionados para aumentar a inspiração ,se
necessário .

Orientação para os exercícios respiratórios profundos Exercícios de Expansão Apical


 São essencialmente prescritos quando se verifica restrição de movimentos do tórax
superior devido a dor ,lobectomia,mastectomia ,derrame peural total.
 Posiciona r os dedos sobre a clavícula e aplique uma pressão moderada .Orientar o
utente para para inspirar enquanto eleva o seu tórax para cima e para a
frente,expandindo-o contra os dedos pressionados .
 Estimule-o a reter a expansão pulmonar por alguns momentos e exalar o ar
vagarosamente e passivamente
EXERCICIOS DE EXPANSÃO BASAL
Os exercícios do tórax inferior
 São essencialmente prescritos quando se verifica restrição de movimentos do tórax inferior
bilateralmente devido a dor no lado afectado ,cirurgias do tórax e abdómen.
 Posicionar as mãos na linha média axilar na região da oitava costela ,e aplique uma pressão
moderada,ao mesmo tempo que o utente inspira.oriente para que observe o movimento
das mãos para fora quando ele expande as costelas inferiores .
 Deverá reter o ar inspirado por um ou dois segundos e expirar de modo passivo e relaxado
TOSSE ASSISTIDA/TOSSE CINÉTICA
 A Retenção de secreções ou colapso pulmonar, a cleareance da secreção é de suprema
importância e é necessário com frequência um tratamento rigoroso e intensivo.
 Este tipo de tosse está relacionado com o auxílio do Enfº de Reabilitação pode dar ao
paciente durante o ato de tossir, caso ele seja portador de disfunções na mecânica
torácica, tenha fraqueza dos músculos auxiliares respiratórios, ou alto limiar de
irritabilidade das vias aéreas.
Técnica de expiração forçada
 È uma técnica que emprega os esforços expiratórios HUFFS realizados com a glote aberta
partindo de um volume médio e chegando a baixos volumes pulmonares, seguidos de um
período de relaxamento com respiração preferencialmente diagramática e vagarosa.
 Numa respiração normal os neurónios expiratórios permanecem inactivos, serão activados
somente quando houver hiper ventilação cujo estímulo provoca contracção dos músculos
abdominais e intercostais internos que levam á expiração forçada.
 Esta técnica pode resultar em bronco espasmo quando utilizada em utentes asmáticos
sem período de repouso.
 A TEF é eficaz na remoção de secreções e no aumento da limpeza muco ciliar das vias
aéreas quando comparada á tosse.
TOSSE AUTÓGENA
É uma modificação da tosse dirigida e baseia –se na utilização de respirações orientadas, que
visam alterara frequência e a profundidade da respiração, alcançando vários níveis de fluxo
aéreo . O uso da respiração diafragmática é fundamental para mobilizar secreções, promover a
variação do fluxo e do volume de ar expirado. A aplicação dessa manobra depende do nível
cognitivo e da colaboração do paciente, que deverá compreender o que se está propondo
durante a técnica .
TOSSE DIRIGIDA
 Se o paciente tem fraqueza abdominal ( por ex: como resultado de uma lesão medular
médio torácica ou cervical) a pressão manual sobre a área abdominal irá favorecer uma
tosse mais efectiva.
 A pressão manual pode ser aplicada, tanto pelo Enfermeiro , como pelo próprio paciente.
 A drenagem postural ,o tratamento tem em consideração o efeito do posicionamento no
pulmão ventilado e sua ventilação.
 Consistindo em vibrações, chacoamento, (shaking) e tapotagem torácica seguidos de
tosse assistida.
Tipo de expectoração
 Fibrinosa – observa-se nas infecções por pneumococos, é muito viscosa e aderente.
 Purulenta – Amarelada – infecção bacteriana .
 Pseudomenbranosa – difterias, neoplasias necrosantes.
 Ferruginosa – bacteriana se o utente fez antibiótico
 Hemoptoica – corada de vermelho, pneumonias lobares ou neoplasias.
 Fina e mucóide – infecção viral tipo ( clara de ovo ).
 Abundante – bronquite crónica ou bronquietasia
 Mucóide rosada e espumosa – característica do edema pulmonar agudo.
 Fétida e mau hálito – Abcesso pulmonar ou infecção por bactérias anaeróbias

Drenagem postural brônquica selectiva


 Usa a gravidade para auxiliar a movimentação da secreção pelo trato respiratório dos
segmentos e dos lobos pulmonares distais até as grandes vias aéreas onde podem ser
eliminadas pela tosse , ou ainda pela aspiração mecânica.
 Para obter um bom resultado com essa técnica , é necessário posicionar o utente de
forma adequada, levando em consideração o brônquio de drenagem da região
comprometida, bem como ter conhecimento do nível de hidratação sistémica desse
paciente.
 Emprega-se essa técnica mantendo o utente na posição de drenagem por três a quinze
minutos ou mais até sessenta minutos dependendo da tolerância do utente, da gravidade
da situação e do volume de secreção expectorada.
 Ter o cuidado de realizar no intervalo das refeições ou pelo menos duas horas após,
pacientes de algum risco deverão ser monitorizados oximetria de pulso, pressão arterial,
frequência respiratória e cardíaca, a auscultação pulmonar deverá ser realizada antes e
durante o tratamento para avaliação dos seus resultados.

Vibrações ou vibroterapia
 É uma técnica de higiene brônquica que visa a movimentação de secreções já soltas na
árvore traqueo brônquica em direcção aos brônquios de maior calibre , facilitando a
expectoração. Para a sua realização o Enf. de Reabilitação deverá colocar as suas mãos
espalmadas com leve pressão sobre o tórax do utente, fazendo contracção isométrica dos
membros superiores, o que gerará uma vibração que será transmitida ao tórax do utente
com movimentos rítmicos e rápidos durante a fase expiratória , acompanhando o
movimento das costelas.
 A vibração deverá ser realizada com intensidade suficiente para que chegue ao nível
bronquial, provocando uma onda vibratória no interior do tórax. A vibração quando bem
aplicada assemelha-se ao movimento ciliar humano com frequência de 12 a 20 Hz .

 Alguns autores citam a acção da vibração como forma de redução da dispneia em


quadros de exacerbação, pois essa técnica estimula os comandos motores eferentes e as
informações aferentes oriundas do sistema respiratório .
 Em utentes idosos e com osteoporose acentuada poderá ser contra indicada , sendo
necessário deverá se considerar a pressão aplicada a fim de evitar fracturas .

Manobras de percussão torácica


 A tapotagem é a mais conhecidas forma de percussão, que é realizada sobre o tórax de
uma forma rítmica e veloz, utilizando ambas as mãos em forma de concha para aprisionar
um coxim de ar entre as mãos e a parede torácica, alternado sequencialmente.
 Os braços e os cotovelos do Enf. de Reabilitação devem estar parcialmente flectidos e os
punhos soltos
 Essa técnica deverá ser realizada pelo Enf. de Reabilitação após auscultação pulmonar
minuciosa para localizar a região mais comprometida do pulmões. Recomenda-se um
período de três a cinco minutos de aplicação em cada região, sendo que alguns estudos
recomendam até dez minutos.
 Durante a realização é preciso ter cuidado com as regiões hiper sensíveis, locais de trauma
ou cirurgias, proeminências ósseas além do tecido mamário nas senhoras.

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