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3.1 Introducio Diz-se que um sistema mectnico ow estrutural sotte vibracto forgada sempre que energia externa é fornecida ao sistoma durante vibraglo. A energia externa pode ser fornecida ao sistema por meio de uma forga eplicada ou por uma excitagto de deslocamento imposta. A nature7a da fora aplicada ou da excitagio de deslocamento pode ser de natureza harménica, nlo-harmdnica mas geriddica, néo-periddica ou aleat6ria. A resposta de um sistema & cexcitugio harmbnica € denominada resposta harménica. ‘A excitagio nio-periédica pode ser de curta ou longa dura- ‘0. A resposta de um sistema dindmico a exctaghes nfo pesiéicas apicadas repentinamente 6 denominada respasta transitbria, Neste capitulo, consigersremos a resposta dindmica de um sistema com um grau de liberdade sob excitago harm5- nicas da forma FQ) = Fy") ou Fl) =F cos (at + 6) 0 F(O = Fy sen (ws + $), onde Fy é a amplitude, w € a freqhén- cia ed 0 agulo de fase da excitayio harmbnica. O valor de $ depende do valor de FU) em t= 0-e normalmente & considerado zero. Sob uma exeitagio harmonica, a resposta do sistema também ser harmdnica, Se a freqhBncia de exci- tagfo coincidi com a freqhéneia natural do sistema, a re5- posta do sistem seré muito grande. Essa condigho, conhec «ds como ressonaucia, deve sr evitada para impedir fala do sistema, A vibragio produzida por uma maquina rottiva desbalanceada, as oscilagdes de wma chaminé alta provoca- das por emissio de vértices(redemoinos) sob vento cons- tante © © movimento vertical de um aulombvel sobre a superficie senoidal de uma estrada so exemplos de vibraglo cexcitada barmonivamente, 3.2 Equacdo de movimento Se ura forga FO agi sobre um sistema massa-mla vis cosamente amortcida, como mostra a Figura 3.1, equaga0 «de movimento pode ser btida pela segunds lei de Newton: mi + ct + kx = RO ay ‘Craries Augustin de Coulomb (1736-1806), de nacionalidede francesa, foi engenei ‘ven, Sen pom abl sore esos e mecsice fk sprseniato em 1799 em. seu smomésas The 07 of simple machines (A wore das méquias spl), ge decree v efit da Fesitemis edn asim dnominads Lei ds proporcinalidade de Coulomt ene nse presi nol Em 17 cle sveve a oud cues pura o prolema das pequegsostarde de ut cmp seo a sila também de eo toro. Ei € mits famoso pr suas Is de fone pra caus eeostucas © magodicas. Seu aome € Jembrado pels unidade de eaga ceca. (Conesa de Apped Mechanics Reviews) CAPITULO TRES Vibragao excitada harmonicamente Visto que essa equagio & ndo-homogénee, sus solugio eral xt) € dada pela some da solugo homogénea, x,(0 com 4 solugdo particular, x,(). A solugéo homogénea, que é soluso da equagiio homogenee mi + ci + ke 7 2) representa a vibragto livre do sistema ¢ foi discutida no Capitulo 2. Como vimos na Se¢l0 2.6.2, essa vibragéo livre esaparece com 0 tempo sob cada uma das trés possiveis condigdes de amortecimento (subamortecimento, amorteci- mento critica ¢ superamortecimento)¢ sob todas as possiveis condigbes iniciais. Assim, a conta altura, a solugio geral da Equagio (3.1) reduz-se & Soluglo particular x,(), que repre- senta a vibragio em regime permanente. O movimento em regime permanente est presente, contunto que @ fungdo forcante esieja presente. As variagdes das solugies homoge rea, particular e geral com o tempo para um caso tipico sto rmostradas na Figura 3.2. Podemos perceber que x4(0) desa- parece & 20) toma-se x,(0) apés algum tempo (+ na Figura 3.2). parte do movimento que desaparece devido ao amor- ‘ecimento (a pate da vibragio live) & denominada transitéria, A taxa 2 qual o movimento transitério se degrada depende dos valores dos parimetros do sistema f, ¢ € m. Neste capi tulo, exceto na Segdo 3.3, ignoramos © movimento transit tio € derivamos somente a soluglo particular da Equaeao (G1), qual representa a resposta em regime permanente sob - oa tt AT Fo @ (@) Diagram de corpo livre FIQURA 3.1. Lim sistema massasmola amortecet. =H) +0 FIGURA 3.2 Soluctes tomopinea,parcular © gral da Equagdo (1) pare um case nao ameneaia. 3.3. Resposta de um sistema no amortecido & forga harmOnica ‘Antes de estudazinos a resposta de um sistema amorteci- do, consideramos un sistema no amortecide syjeto a uma forca harménica, por simplicidade, Se uma forca F(t) = Fy 8a agi sobre & massa m de um sistoma nfo tmortecido, ‘4 equagio de movimento, Equago (3.1), reduz-se a mi + kee = Fy cos ot 63) A solugio homogénea dessa equacio € dada por AAO) = Cy 00s oye + Cy sen oye 64 onde w, = (vm)! € a freqincia natural do sistema. Como 8 forya excitadore Fé harmOnica, a soluyio particular (7) também € harmdnica tem a mesma fregléncia a. Assim, admitimos uma solugie na forma p(t) = X cos we 65) onde X é uma constante que denota a méxima amplitude de x,(). Substituindo a Equagao (3.5) na Equagio (3.3) resol- vendo para X, obtemos & bu k- ma i (ey On, G6) onde 6 1c = Fy/k denota a deflexio da massa sob uma forga Fae, tS vezes, € denominada deflexdo estatica, porque Fy é uma forga (estitiea) constante. Assim, a solugao total da Equagdo (3.3) toma-se x A(t) = C, cos wt + Cy sen ert + peer en Usando as condigGes iniciais x(¢= 0) =) @.4 = 0) = J, constatamos que Ty G8) , por conseqincia, i & = <2) ee Ba) ‘A méxima amplitude X na Bquac%o (3.6) pode ser expres- sacoma 7 1 ba oy at (s) 6.10) A quantidade X/5, representa a razio entre a amplitude dindmica e a amplitude esttica do movimento ¢ 6 denomi- nada fezor de ampliagdo,fator de amplifcacao ou coefcien- te de amplitude. & variagio do coeficiente de amplitude, 1Xib,, com a razio de frequéncias r= wlan, (Equagao 3.10) & resirada na Figuit 33, Por ess figura, podemos constatar que hé 8s tipos de resposta do sistema. Caso 1. Quaido 0 < wfe,< 1, 0 denominador da Exqagdo (3.10) € postive, ea resposta € dada pela Equagao (3.5) sem alteraglo. Diz-se que aresposta harmnica do sistema x,(0) esti em fase com a forgl externa como mostra a Figura 3.4 ‘Caso 2. Quando ala, > 1, 0 denominador da Equagio 3.10) 6 negatvo, e a bolugto em regime permanente pode ser expres- xp) = -K cos wr Gay nde amplitude de movimento X é redefinid para ser uma aguantidade posiva como ee (sys o [As vaiagbes de F() € x0) com a tempo sha mostadas na Figura 3.5 Visto que x,(e F() tém sinsis opostos,diz-se Gue a resposiaestd defisada de 180° em rola a forga enema Além disso, quando ofa, ©, X—> 0. Assim, a resposta do cisterna a uma forgahamiOuica de feqiéncia tuto aha ¢proxima de ero. Caso 3. Quando o/c, = 1, a amplitude X dada pela quaglo (3.10) ou Eqlaglo (3.12) tomas infinita, Essa condi, para a qual a freqhdnca forgantew 6 igual &fe- atacia natural do sistema w,. € denominada ressondnca. Para determinar a resposta para esta condigio,reesceve- tncs a Equaedo (3.9) como x= G12) do 2) = x9 008 wt + *2 sen ugt (0) ont + sey 08 wi — COS wnt (6) +b (3.13) Capitulo 3 Vibrato excita harmonicamente 103, X14 Visto que 0 ultimo termo dessa equagao tome uma forma \definida para « = a1, aplicamos a regra de L'Hospital 3.1] + (ota) Gua) ‘Assim, aresposta do sistema em ressondncia torna-se i te uxt iH HE) = X9 C08 Wat + [send + “T Sen tight es : Gas) E Posemos verpela Equago (3.15) que,om ressoninia, () FIGURA 3.3 . Fator de ampliicagto de um sistema no amortecida. aumenta indefinidamente. O iltime termo da Equag3o (3.15) nc 6 mostrado na Figura 3.6, pela qual podemos ver que a ampli- q tude darespostasumenta linermente como tmp. % 3.3.1 Resposta total ol a A resposta total do sista, Faso G7) on Bqag0 (3.9), = também pode ser expressa como ba 8) = A 08 (yt ~ @) + " 1. FIQURA 38 Rowpost quence wis, «1

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