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Glued laminated timber beams reinforced by fibers: Analysis of fibers-adhesive-timber interface. View project
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1
Nilson T. Mascia (nilson@fec.unicamp.br), 2 David Krestchmann (dkretschmann@fs.fed.us)
1,Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Faculdade de engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo/Departamento de Estruturas, Rua Albert Einstein 951,
Cidade Universitária Zeferino Vaz, Campinas -SP,Brasil.
2,Forest Products Laboratory-FPL
Forest Products Laboratory, 1 Gifford Pinchot Dr, Madison, WI 53726, Estados Unidos.
RESUMO: De um modo geral, para estruturas de madeira são usadas normas de dimensionamento,
nas quais as propriedades mecânicas estão associadas a métodos de ensaios, e têm como base
resultados advindos de corpos de prova, os quais são adotados valores médios. Estes valores
imperam nas definições e análises numéricas em procedimentos normativos associados a estas
propriedades. Com vistas a um melhor conhecimento de parâmetros de elasticidade e de resistência
da madeira em direções de ortotropia, os objetivos deste trabalho foram direcionados para uma
análise destes parâmetros da madeira via ensaio de flexão,de acordo com as opções de
carregamento nas direções radial e tangencial, (Edgewise bending) ou (Flatwise ou facewise
bending), e verificar a diferença nessas situações para a espécie Sugar Maple (Acer saccharinum).
Avaliou-se ainda a influência dos raios medulares com o objetivo de interpretar os resultados e as
diferenças em nos valores obtidos, nos testes de flexão estática em peças de madeira para os
módulos de elasticidade e de resistência, relacionados com a posição dos eixos radial e tangencial.
Os resultados obtidos nas direções radial (Edgewise bending) e tangencial, (Flatwise ou facewise
bending), para a espécie de madeira usada, evidenciam que há diferença estatisticamente
significativa entre os mesmos ,sendo os maiores valores na direção radial.
ABSTRACT: In general, for wood structures are used standards, in which the mechanical properties
are associated with test methods, and are based on results derived from testing methods, which
average values are adopted. These values prevail in the definitions and numerical analysis in code
procedures associated with these properties. Regarding a better understanding of elastic and rupture
wood parameters in orthotropic directions, the objectives of this work were addressed to an analysis of
these wood parameters via bending test, according to options loading in the radial and tangential
directions, (Edgewise bending) or (Flatwise or facewise bending), and verify the difference in these
situations for the species Sugar Maple (Acer saccharinum). It was also evaluated the influence of
medullary rays with the aim of interpreting the results and differences of the values obtained, in static
bending tests for wood pieces for the modulus of elasticity and rupture, related to the position of the
radial and tangential axes. The results obtained in radial directions (Edgewise bending) and tangential
(flatwise bending or facewise), for the species of wood used, show a statistically significant difference
between them, with higher values in the radial direction.
ASHBY e MEHL (1983) apresentam um estudo sobre a mecânica dos sólidos celulares,
que pode ser também destacado e pela simples observação da figura a seguir, na qual num
modelo celular proposto para a madeira, verificar o posicionamento dos raios em relação a
uma tensão aplicada, no caso de compressão, e pela disposição dos raios intuir em
contribuições na resistência à compressão ou à tração.
Figura 2 - Modelo celular proposto para a madeira, raios em relação a uma tensão aplicada
Fonte: ASHBY e MEHL (1983).
(c)
Outra colocação que se pode destacar está relacionado com a posição dos eixos radial e
tangencial, na disposição geral das lâminas ou da peça laminada ou de uma simples viga
maciça de madeira. Essa posição se refere a posição de aplicação da força, ou seja, na
direção radial (Edgewise bending, por exemplo módulo de elasticidade: Eedge) ou
tangencial (Flatwise ou facewise bending, módulo de elasticidade: Eflat ou Eface), e se há
diferença mecânica nessas situações.
A ABNT-NBR 7190 (1997) [ou em sua nova versão] no item B.14 Flexão preconiza que
os corpos de prova devem ter forma prismática, com seção transversal quadrada de 5,0 cm
(2”) de lado e comprimento, na direção paralela às fibras, de 115 cm (16”). Salienta que o
corpo de prova deve ser fabricado de preferência com o plano de flexão perpendicular à
direção radial da madeira. Isso caracterizaria uma flexão tipo Edgewise bending. Os
procedimentos para os testes de flexão estática da ASTM D 143, item 8,com o corpo de
prova alternativo, 1” by 1” by 16”( 2,5 cm x 2,5 cm x 41cm).
Figura 5: Disposição do corpo de prova na flexão na direção radial e na tangencial.
Dimensões :1” by 1” by 16”( 2,5 cm x 2,5 cm x 41cm)
Fonte: Desenho próprio.
KRETSCHMANN et al. (2010) realizou alguns testes nesse sentido para algumas
espécies de madeira americanas (White ash (Fraxinus americana), Sugar maple( Acer
saccharinum) e Yellow birch( Betula alleghaniensis ), mas os resultados ainda não deixaram
claro a influência ( e as causas) dessas disposições nos resultados de rigidez das peças e
resistência da madeira.
MARKWARDT e WILSON (1935) num vasto estudo sobre propriedades mecânicas de
espécies de madeira dos Estados Unidos, apresentam resultados para flexão em peças
prismáticas de 2”x2”x30” (5,08cmx5,08x76,2cm) cm, para três espécies de coníferas, Sitka
spruce (Picea sitchensis), Douglas fir (Pseodotsuga menziesii) e Lobboly pine (P. taeda),
tanto para madeira saturada quanto para madeira seca. Para a madeira saturada os valores
de módulos de ruptura e de elasticidade na flexão foram maiores na direção de aplicação de
força radial (Edgewise bending) para as espécies Sitka spruce e Douglas fir, mas
praticamente de mesma ordem de grandeza para a terceira espécie estudada. Para a
condição de madeira seca para a espécie Douglas fir essa tendência se manteve para o
módulo de elasticidade mas para o módulo de ruptura teve ligeira inversão de valores. Para
a espécie Sitka spuce a tendência se manteve. Não houve testes para a espécie Loblolly
pine na condição de madeira seca. Numericamente, as diferenças geraram em torno de 1,4
a 2,6%, resultados esses que os autores não evidenciaram estatisticamente qualquer
diferença significativa nas duas situações de aplicação de forças na flexão. Não houve
nessa pesquisa uma busca mais aprofundada das razões ou causas que resultaram nas
diferenças obtidas, inclusive considerando-se a data da realização da pesquisa.
DOYLE e MARKWARDT (1967), com objeto de classificar mecanicamente via módulo de
elasticidade na flexão peças para madeira para uso estrutural (seções transversais
tipicamente denominadas de 2x4, 2x6, 2x8, polegadas, de diversos comprimentos) de,
avaliaram na flexão nas direção radial( Edge bending) e tangencial (Flat bending),
considerando peças prismática da espécie Southern pine de diferentes regiões do sudeste
dos Estados Unidos, obtendo um intervalo de variação para o Eflat de 1.432 a 1.910 ksi
(10002 a 13440 MPa) e para o Eedge de 1.400 a 1937 ksi (9800 a 13560 Mpa) ,mas
denotando em média valores do Eflat maiores no geral que do Eedge . As umidades das
peças estavam em torno de 15%.
KLIGER et al. (1995) em pesquisa para avaliar a qualidade mecânica da madeira da
espécie Norway spruce(Picea abies) de crescimento rápido avaliaram a resistência na flexão
e os módulos de elasticidade na flexão nas direção radial (Edge bending) e tangencial (Flat
bending), em corpos de prova de 45 mm x 70 mm x 2900 mm, com umidade em torno de 12
%. Os corpos de prova foram retirados de posições tanto longitudinal como radial de troncos
abatidos. Obtiveram uma relação linear entre os módulos de elasticidade sendo que Eedge=
-0,19 + 1,04 Eflat (em GPa), com coeficiente de determinação R2 de 0,896. Analisando os
resultados obtidos pelos autores pode-se inferir que no geral Eedge, mas não
significativamente, é ligeiramente maior que Eflat.
STEFFEN et al. (1997) descreve que na Noruega os equipamentos de classificação da
resistência da madeira em peças serradas, posicionadas de tal forma que a altura da peça
tenha seu menor valor na vertical, correspondente essa posição ao módulo de elasticidade
Eflat é então medido e tanto o módulo Eedge quanto a resistência da flexão na direção
radial (edge) da parte menos resistente das peças podem ser estimados a partir de funções
de regressões com o módulo Eflat. Assim as peças classificadas e separadas de acordo
com a sua resistência e classificadas. Observa-se que esse procedimento é usual par a
classificação da madeira serrada, ou produtos da madeira como o LVL, laminated veneer
lumber, de acordo com THELANDERSSON e LARSEN (2003) e WOOD HANDBOOK
(2010),
Esse estudo visou relacionar efetivamente esses módulos de elasticidade, e analisar os
parâmetros que podem influenciar nessas relações utilizando-se peças com seções
transversais de 45 mm x 170 mm e 67 mm x 195 mm, e comprimentos variando de 4,2 m a
5,45 m da espécie Norway spruce (Picea abies), com o teor de umidade variou entre 11,7 e
13,8%. Influências da densidade da madeira, dos anéis de crescimento, da madeira juvenil,
de peças de madeira isentas de nós e com nós e seu posicionamento nas peças, e ainda a
posição de retirada das peças nas toras, foram parâmetros escolhidos para análise de
resultados. O ensaio de flexão para avaliação do Eflat foi o três pontos e o Eedge a quatro
pontos. Como resultado geral os valores de Eedge foram superiores ao do Eflat para as
duas seções transversais consideradas em 20 e 41% para madeira isentas de defeitos, e
de 23 a 49 % para aquelas com nós. Os autores relataram que a influência do cisalhamento
na avaliação de Eflat pode ser considerado significativo nos resultados obtidos tendo em
vista que o ensaio a três pontos há presença do esforço cortante enquanto no de quatro
pontos não.
Há de se observar nesse momento, um interessante trabalho e importante contribuição
de LAHR (1983), no qual foi estudada a determinação através de ensaio de flexão estática,
dos módulos de elasticidades nas direções de aplicação de força, radial (Flatwise bending)
e tangencial (Edgewise bending), para as espécies folhosas de madeira, PerobaRosa
(Aspidospermas polyneuron), Jatobá (Hymemenae spp) e Eucalipto tereticornis( Eucaliptus
tereticornis). Segundo o autor da pesquisa, em termos estatísticos, houve, de um modo
geral, uma equivalência entre os módulos de elasticidade obtido nas duas direções de
aplicação da força.
Devido a importância de um estudo sobre essa questão dos módulos de elasticidade e
da resistência segundo a flexão com forças ou na direção radial ou tangencial foram
considerados para dessa parte experimental da pesquisa no FPL , essas duas situações.das
direções, por exemplo a 2, implicaria em se determinar as resistências normais
4. MATERIAIS E MÉTODOS
A especié de madeira utilizada foi a Sugar Maple (Acer saccharum) e as amostras para
confeção dos corpos de prova vierem de dois lugares distintos nos Estados Unidos:
Leatherstockings em New York e Louisville Slugger em Louisville Kentucky.
Foi para um inventário com todas as peças das amostras, com o objtivo se fazer um
levantamento sobre os valores da densidade e sobre a inclinação do ângulo das fibras (
slope of grain). Cada peça foi idenficada com uma idenficação, por exemplo L015 ( peça
oriunda de Leatherstockings- tipo L) ou S325 ( peça de Louisville Slugger-tipo S). As peças
tinham forma cilíndrica, com diametro de 2.75” ( 6,98 cm) e comprimentos de 31” (78,74 cm)
para o tipo L e 37” (93,98 cm) para o S.
Foi preparada uma classificação das peças de acordo com uma categoria de densidade
(subdivida em quatro intervalos) e conjuntamento com uma categoria de inclinação das
fibras (subdivida em quatro intervalos).
Nas tabela a seguir (Tabela 1) apresenta-se a as classificações utilizada para as
densidades.s. Observa-se que foi utilizado como padrão o sistema americano de unidades
nos procedimentos no FPL e para elaboração desse relatório colca-se também o sistema
internacional. Observa-se também que há algumas partes do texto escrito em inglês, pois foi
preparado um documento para descrição dessas atividades, amostragem,confeção de
corpos e metodologia dos ensaios.
Nota-se que no código para identificação dos corpos de prova o sentido da força está
indicado por uma seta. Assim, no corpo de prova L112R a força a ser aplicada está no
sentido radial, no caso Flatwise bending.
Figura 6: Procedimento para preparação dos corpos de prova a flexão e código para
identificação dos corpos de prova. Dimensões: 1” by 1” by 16”( 2,5 cm x 2,5 cm x 41cm).
Fonte: Desenho próprio.
5. RESULTADOS OBTIDOS
com:
( x1 x 2 ) t s12 / n1 s22 / n2 2 1 ( x1 x2 ) t s12 / n1 s22 / n2 (2)
df
s / n s
2
1 1
2
2
/ n2
s / n s
2 2 2
/n
2
(3)
1 1
2 2
n1 1 n2 1
Em vista dos resultados dos testes de hipótese via TWOSAMPLE é possível concluir que
as amostras não são estatisticamente equivalentes.
Interval Plot of MORR (MPa); MORT(MPa)
95% CI for the Mean
170
160
150
140
137,566
Data 133,665
130
120
110
100
MORR (MPa) MORT(MPa)
Individual standard deviations were used to calculate the intervals.
Em vista dos resultados dos testes de hipótese via TWOSAMPLE é possível concluir que
as amostras não são estatisticamente equivalentes.
18
17
16
15,3995
Data
15
14,788
14
13
12
11
MOER(MPa) MOET(MPa)
Individual standard deviations were used to calculate the intervals.
Nesse contexto, pode-se listar as principais conclusões obtidas tendo como subsídio a
análise estatística de resultados, utilizando-se do software MINITAB,
- há evidência de um aumento nos valores de MOR e MOE, um pouco mais acentuados
no primeiro caso que no segundo, nas duas direções radial e tangencial, com a densidade;
-os resultados de módulos de ruptura como de elasticidade obtidos nos ensaios de flexão
nas direções radial e tangencial, para a espécie de madeira usada, evidenciam que há
diferença estatisticamente significativa entre esses resultados ao nível de significância
compatível com o usual na análise estatística para esse tipo investigação experimental;
6. CONCLUSÕES
7. AGRADECIMENTOS
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ASHBY, M. F., MEHL R. F. The mechanical properties of cellular solids. Metallurgical
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