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Ministério da educação

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
Campus Itumbiara
Curso: Engenharia Elétrica
Disciplina: Máquinas Elétricas 2
Aluno: Rodolfo Moises Rodrigues Bisneto
Prof.: Roberlam Gonçalves de Mendonça

ENSAIO EM MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ITUMBIARA-GO
2018
1
INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS – IFG
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Rodolfo Moises Rodrigues Bisneto

ENSAIO EM MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

Relatório sobre os resultados obtidos nos


ensaios em motor um de indução trifásico.
Apresentado ao Professor Dr. Roberlam
Gonçalves de Mendonça, como requisito de
avaliação na disciplina de Máquinas Elétricas 2
no curso de Engenharia Elétrica do Instituto
Federal de Goiás.

ITUMBIARA-GO
2018

2
SUMÁRIO

Pg.
1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................04

2 – DESENVOLVIMENTO ....................................................................................05

3 – CONCLUSÃO .................................................................................................41

4 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................42

3
INTRODUÇÃO

Nos Motores de Indução Trifásico cada um dos enrolamentos produz um campo


magnético pulsante, que pode ser decomposto em dois campos girantes. Devido
ao defasamento espacial dos campos de cada fase (dado pelo deslocamento
espacial de 120 graus entre os enrolamentos) e deslocamento temporal (dado pela
defasagem de 120 graus elétricos entre as correntes), a soma dos campos inversos
dos enrolamentos é zero em todos os instantes de tempo. Por outro lado, a soma
dos campos diretos produz um campo magnético girante resultante que percorre o
estator. Desta forma, só existirá campo girante num sentido.
No presente trabalho, foram realizados testes em um Motor de Indução Trifásico
através da variação da corrente da máquina. O intuito final dos ensaios é
caracterizar o tipo de motor trifásico testado a partir dos dados de potência, fator
de potência e corrente coletados. Calcular o desempenho da máquina a partir do
circuito equivalente completo, simplificado e Thevenin, traçar as curvas conjugado
x velocidade, corrente x escorregamento e outras curvas pertinentes.

4
DESENVOLVIMENTO

1° Atividade: Gráfico da Tensão Induzida no Rotor.


O objetivo dessa atividade e medir a tensão presente em cada ranhura do estator
do motor de indução trifásico para diferentes tensões de alimentação, e com isso
levantar o gráfico da tensão induzida no rotor. Nesse experimento foi utilizado um
motor Weg de Indução Trifásico. Os dados de placa do motor são:
Mod. 3 ~71 Cos θ 0,70
Cv 0.50 η 68,0% Hz 60 IP 55 RPM 1680
220/380 V 2,04/1,18 A
Regime S1 Isol. B Ip/In 4,3 F.S. 1,15

A figura abaixo mostra a disposição dos terminais da maquinas.

Figura 1 – Terminas do Motor de Indução Trifásico.

A primeira etapa consiste em medir a tensão nas ranhuras do estator alimentando


uma bobina por vez com a tensão variando de 10 a 70 volts, com um passo de 10
volts, e com isso traçar o gráfico da tensão induzida no rotor para cada caso.

 Alimentando os terminais 1 e 4:

Figura 2 – Tensão Induzida no Rotor.

5
 Alimentando os terminais 2 e 5:

Figura 3 – Tensão Induzida no Rotor.

 Alimentando os terminais 3 e 6:

Figura 4 – Tensão Induzida no Rotor.

6
A segunda etapa consiste em medir a tensão nas ranhuras do estator alimentando
duas bobina por vez com a tensão variando de 10 a 70 volts, com um passo de 10
volts, e com isso traçar o gráfico da tensão induzida no rotor para cada caso.

 Alimentando os terminais 1 e 2, curto circuitando os terminais 4 e 5:

Figura 5 – Tensão Induzida no Rotor.

 Alimentando os terminais 2 e 3, curto circuitando os terminais 5 e 6:

7
Figura 6 – Tensão Induzida no Rotor.

 Alimentando os terminais 1 e 3, curto circuitando os terminais 4 e 6:

Figura 7 – Tensão Induzida no Rotor.

8
A última etapa consiste em medir a tensão nas ranhuras do estator alimentando
todas as bobina de uma única vez com a tensão variando de 10 a 70 volts, com um
passo de 10 volts, e com isso traçar o gráfico da tensão induzida no rotor.

 Alimentando os terminais 1, 2 e 3, curto circuitando os terminais 4, 5 e 6:

Figura 8 – Tensão Induzida no Rotor.

2° Atividade: Desempenho do Motor de Indução Trifásico.


O objetivo dessa atividade e desenvolver uma rotina no Matlab que permita calcular
o desempenho do motor de indução trifásico utilizando o circuito equivalente
completo, simplificado e Thevenin. Para o estudo foi simulado um motor de indução
trifásico com os seguintes dados:

Mod. 90S Cos θ 0,78


Cv 2 η 77,8% Hz 60 IP 54 RPM 1720
220/380 V 6,9/4 A
Regime S1 Isol. B Ip/In 6,8 F.S. 1,15
Enrolamento do estator trifásico, 4 polos, 3 ranhuras por polo por fase, e com os
seguintes parâmetros:
𝑅𝑠 = 3,80 ± 0,03 (Ω) 𝑋𝑠 = 3,10 ± 0,03 (Ω) 𝑋𝑀 = 72,15 ± 0,70 (Ω)
𝑅𝑟 ′ = 3,01 ± 0,03 (Ω) 𝑋𝑟 ′ = = 3,10 ± 0,03 (Ω)

Foi estabelecido a condição nominal de carga para este motor como:


 Corrente de fase: 4 A

9
 Rotação: 1734 rpm
 Potencia: 1,73 cv
 Tensão: 220 V-Δ / 380 V-Υ
 Conjugado Total: 7,52 N.m

Nas simulações de cada circuito equivalente variou-se o escorregamento de 1 até


aproximadamente 0,0001, com o intuito de obter o gráfico da corrente x
escorregamento, do torque x escorregamento e do torque x velocidade.
Variou-se também o valor da resistência do rotor de 10%-150% de 𝑅𝑟 , com um
passo de 10%, com o intuito de observar o comportamento da máquina no circuito
equivalente completo, simplificado e de Thevenin, e obter o gráfico do conjugado
x velocidade.
 CIRCUITO EQUIVALENTE COMPLETO:
O circuito equivalente completo da máquina por fase é representado pela figura
abaixo:

Figura 9 – Circuito Equivalente Completo.

Os valores abaixo foram obtidos através da simulação computacional.


 Impedância Eq Completo = 38,1978+37,0303i Ω
 Corrente de Entrada = 4,1239 A
 Corrente de Magnetização = 2,7616 A
 Corrente no Rotor = 2,939 A
 Potência Absorvida da Rede = 1948,8172 W
 Perdas no Cobre do Estator = 193,8728 W
 Potência Fornecida ao Rotor = 1754,9444 W
 Perdas no Cobre do Rotor = 77,9975 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [W] = 1676,9469 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [CV] = 2,2785 CV
 Torque Desenvolvido pelo Rotor = 9,3103 N.m

10
Figura 10 – Gráfico Corrente (A) x Escorregamento.

Figura 11 – Gráfico Torque (N.m) x Escorregamento.

11
Figura 12 – Gráfico Torque (N.m) x Velocidade (RPM).

Figura 13 – Gráfico Conjugado (N.m) x Velocidade (RPM) com resistência do Rotor variada.

12
Através dos gráficos obtidos no ensaio utilizando o circuito equivalente completo,
observa-se que o torque máximo foi de 33,19 N.m e a corrente máxima foi de 17,66
A.

 CIRCUITO EQUIVALENTE SIMPLIFICADO:


O circuito equivalente simplificado da máquina por fase é representado pela figura
abaixo:

Figura 14 – Circuito Equivalente Simplificado.

Os valores abaixo foram obtidos através da simulação computacional.

 Impedância Eq Simplificado = 33,0828+35,9104i Ω


 Corrente de Entrada = 4,4933 A
 Corrente de Magnetização = 3,0408 A
 Corrente no Rotor = 3,0559 A
 Potência Absorvida da Rede = 2003,818 W
 Perdas no Cobre do Estator = 230,1651 W
 Potência Fornecida ao Rotor = 1773,6529 W
 Perdas no Cobre do Rotor = 84,327 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [W] = 1689,3259 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [CV] = 2,2953 CV
 Torque Desenvolvido pelo Rotor = 9,379 N.m

13
Figura 15 – Gráfico Corrente (A) x Escorregamento.

Figura 16 – Gráfico Torque (N.m) x Escorregamento.

14
Figura 17 – Torque (N.m) x Velocidade (RPM).

Figura 18 – Gráfico Conjugado (N.m) x Velocidade (RPM) com resistência do Rotor variada.

15
Através dos gráficos obtidos no ensaio utilizando o circuito equivalente simplificado,
observa-se que o torque máximo foi de 34,59 N.m e a corrente máxima foi de 17,58
A.
 CIRCUITO EQUIVALENTE THEVENIN:
O circuito equivalente thevenin da máquina por fase é representado pela figura
abaixo:

Figura 19 – Circuito Equivalente Thevenin.

Os valores abaixo foram obtidos através da simulação computacional.


 Impedância Eq Thevenin = 71,2095+6,24825i Ohms
 Tensão de Thevenin = 210,0873 V
 Corrente de Entrada = 2,939 A
 Potência Absorvida da Rede = 1845,2369 W
 Potência de Entreferro = 1754,9444 W
 Perdas no Cobre do Rotor = 77,9975 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [W] = 1676,9469 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [CV] = 2,2785 CV
 Torque Desenvolvido pelo Rotor = 9,3103 N.m

16
Figura 20 – Gráfico Corrente (A) x Escorregamento.

Figura 21 – Gráfico Torque (N.m) x Escorregamento.

17
Figura 22 – Gráfico Torque (N.m) x Velocidade (RPM).

Figura 23 – Conjugado (N.m) x Velocidade (RPM) com resistência do Rotor variada.

18
Através dos gráficos obtidos no ensaio utilizando o circuito equivalente thevenin,
observa-se que o torque máximo foi de 33,01 N.m e a corrente máxima foi de 16,72
A.

3° Atividade: Ensaio do Motor de Indução Trifásico - Ligação Estrela.


Para levantar os parâmetros do circuito equivalente do motor de indução trifásico é
necessário realizar os seguintes ensaios: rotor à vazio, rotor bloqueado, e medição
da resistência do enrolamento do estator à temperatura nominal de funcionamento.

O motor de indução trifásico simétrico ensaiado tem como dados de placa:

Mod. 3 ~71 Cos θ 0,70


Cv 0.50 η 68,0% Hz 60 IP 55 RPM 1680
220/380 V 2,04/1,18 A
Regime S1 Isol. B Ip/In 4,3 F.S. 1,15

Enrolamento do estator trifásico, 4 polos, 2 ranhuras por polo por fase,

 ENSAIO COM ROTOR VAZIO:


Tomando-se o motor convencional com conexão estrela no estator, alimentando-o
com tensão e frequência nominais e rotor à vazio, verifica-se os valores de tensão,
corrente é potência elétrica de entrada conforme indicado no esquema de ligação
da figura abaixo:

Figura 24 – Esquema de medição - Ensaio com Rotor Vazio.

19
Figura 25 – Circuito Equivalente - Motor com Rotor Vazio.

Os resultados obtidos foram:


Potência ativa [W] Potência aparente [VA]
Monofásica Trifásica Monofásica Trifásica
35 49,5 44 129,1 242,3 250,1 259,7 749,2

Potência reativa [VAR]


Monofásica Trifásica Tensão [V]
241 243,7 256,4 737 382,3 385,8 383,2

Corrente [A] Fator de potência 0,171


1,11 1,13 1,16 Velocidade [RPM] 1796

 ENSAIO COM ROTOR BLOQUEADO:


Como o próprio nome já diz, este é um ensaio com o rotor da máquina travado.
Através de um equipamento que fornece tensão variável, aplica-se um valor de
tensão nos terminais da máquina a fim de se obter a sua corrente nominal,
conforme indicado no esquema de ligação da figura abaixo:

20
Figura 26 – Esquema de medição - Ensaio com Rotor Bloqueado.

Figura 27 – Circuito Equivalente - Motor com Rotor Bloqueado.

Por fim, repete-se todo o segundo experimento usando os paramentos encontrados


e desconsiderando as perdas no núcleo, por atrito e ventilação. Com isso o motor
apresenta os seguintes desempenhos:

Os resultados obtidos foram:


Potência ativa [W]
Monofásica Trifásica Potência reativa [VAR]
70,5 75,7 76,2 221,6 Monofásica Trifásica
77,5 74,2 79,8 228,7

Potência aparente [VA]


Monofásica Trifásica Tensão [V]
105 106 110,5 319,6 76 75,9 80

21
Corrente [A] Fator de potência 0,695
1,4 1,42 1,4

 MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA DO ESTATOR:


A medição da resistência por fase do enrolamento do estator é feita diretamente
dos bornes do motor quando desligado. Depois de efetuado o ensaio de rotor
bloqueado, quando o enrolamento ainda se encontra aquecido, através de um
multímetro mede-se o valor da resistência do enrolamento de estator. Para o motor
em questão tem-se:

R1 = 22,4 Ω

 CÁLCULO DOS PARÂMETROS DO CIRCUITO EQUIVALENTE:


Utilizando os valores por fase do ensaio rotor bloqueado podemos calcular:
𝑃𝑟𝑡
Rrt = → Rrt = 36,632 Ω
𝐼𝑟𝑡 2

𝑉𝑟𝑡
Zrt = → Zrt = 54,436 Ω
𝐼𝑟𝑡

Xrt = √𝑍𝑟𝑡 2 − 𝑅𝑟𝑡 2 → Xrt = 40,266 Ω

Para encontrar X1 e X2 procede-se da seguinte maneira. Sabemos que X1 + X2 =


Xrt e, de acordo com a tabela abaixo, podemos separá-los.

MOTORES X1/Xrt X2/Xrt


Classe A, torque de partida e correntes nominais 0,5 0,5
Classe B, torque de partida nominal e baixa corrente de partida 0,4 0,6
Classe C, alto torque de partida, baixa corrente de partida 0,3 0,7
Classe D, alto torque de partida, alto escorregamento 0,5 0,5
Motor de rotor bobinado 0,5 0,5

Tomando-se o motor como classe A, a valor das impedâncias do estator e rotor


serão o seguintes:

X1 = 20,133 Ω e X2 = 20,133 Ω

O valor de Rrt é a soma das resistências R1 e R2 a 60Hz. Neste ensaio o valor de


R2 será obtido da seguinte forma:

R2 = Rrt – R1 → R2 = 14,232 Ω

Utilizando os valores por fase do ensaio rotor vazio e desconsiderando as perdas


rotacionais podemos calcular:

22
𝑃𝑓𝑒𝑟𝑟𝑜 = 𝑃0 – (𝐼0 ² * R1) → 𝑃𝑓𝑒𝑟𝑟𝑜 = 14,39 Ω

A tensão complexa em cima do ramo magnetizante, 𝐸0 pode ser calculada por

𝐸0 = 𝑉0∠0 – (R1 + jX1) * 𝐼0 ∠σ

Com
𝑃
σ = arcos 𝑉 ∗𝐼
0
0 0
Portanto 𝐸0 = 359,80 V

Usando o valor acima podemos obter Xm da seguinte forma:


𝐸0
Xm = → Xm = 318,40 Ω
𝐼0

A tabela a seguir mostra os resultados dos parâmetros calculados do circuito


equivalente da máquina:

R1 (Ω) X1(Ω) R2(Ω) X2(Ω) Xm(Ω)


22,4 20,133 14,232 20,133 318,40

Por fim, calcula-se o desempenho do motor de indução trifásico ensaiado utilizando


o circuito equivalente completo, simplificado e Thevenin (conforme segundo
experimento), utilizando os paramentos encontrados e desconsiderando as perdas
no núcleo, por atrito e ventilação. Foi estabelecido a condição nominal de carga
para este motor como:

 Corrente de fase: 1,45 A


 Rotação: 1675 rpm
 Potencia: 0,30 cv
 Tensão: 220 V-Δ / 380 V-Υ

Nas simulações de cada circuito equivalente variou-se o escorregamento de 1 até


aproximadamente 0,0001, com o intuito de obter o gráfico da corrente x
escorregamento, do torque x escorregamento e do torque x velocidade.
Variou-se também o valor da resistência do rotor de 10%-150% de 𝑅1 , com um
passo de 10%, com o intuito de observar o comportamento da máquina no circuito
equivalente completo, simplificado e de Thevenin, e obter o gráfico do conjugado
x velocidade.
 CIRCUITO EQUIVALENTE COMPLETO:
O circuito equivalente completo da máquina por fase é representado pela figura 9.
Os valores abaixo foram obtidos através da simulação computacional.

 Impedância Eq Completo = 157,5138+124,2718i Ω

23
 Corrente de Entrada = 1,0935 A
 Corrente de Magnetização = 0,58586 A
 Corrente no Rotor = 0,86994 A
 Potência Absorvida da Rede = 565,0356 W
 Perdas no Cobre do Estator = 80,3536 W
 Potência Fornecida ao Rotor = 484,682 W
 Perdas no Cobre do Rotor = 32,3121 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [W] = 452,3699 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [CV] = 0,61463 CV
 Torque Desenvolvido pelo Rotor = 2,5713 N.m

Figura 28 – Gráfico Corrente (A) x Escorregamento.

24
Figura 29 – Gráfico Torque (N.m) x Escorregamento.

Figura 30 – Gráfico Torque (N.m) x Velocidade (RPM).

25
Figura 31 – Gráfico Conjugado (N.m) x Velocidade (RPM) com resistência do Rotor variada.

Através dos gráficos obtidos no ensaio utilizando o circuito equivalente completo,


observa-se que o torque máximo foi de 5,207 N.m e a corrente máxima foi de 2,75
A.

 CIRCUITO EQUIVALENTE SIMPLIFICADO:


O circuito equivalente simplificado da máquina por fase é representado pela figura
14.
Os valores abaixo foram obtidos através da simulação computacional.
 Impedância Eq Simplificado = 129,765+121,0866i Ω
 Corrente de Entrada = 1,2361 A
 Corrente de Magnetização = 0,68905 A
 Corrente no Rotor = 0,91684 A
 Potência Absorvida da Rede = 594,8418 W
 Perdas no Cobre do Estator = 102,6815 W
 Potência Fornecida ao Rotor = 492,1603 W
 Perdas no Cobre do Rotor = 35,8902 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [W] = 456,2701 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [CV] = 0,61993 CV
 Torque Desenvolvido pelo Rotor = 2.5935 N.m

26
Figura 32 – Gráfico Corrente (A) x Escorregamento.

Figura 33 – Gráfico Torque (N.m) x Escorregamento.

27
Figura 34 – Torque (N.m) x Velocidade (RPM).

Figura 35 – Gráfico Conjugado (N.m) x Velocidade (RPM) com resistência do Rotor variada.

28
Através dos gráficos obtidos no ensaio utilizando o circuito equivalente simplificado,
observa-se que o torque máximo foi de 5,594 N.m e a corrente máxima foi de 2,723
A.
 CIRCUITO EQUIVALENTE THEVENIN:
O circuito equivalente thevenin da máquina por fase é representado pela figura
19:
Os valores abaixo foram obtidos através da simulação computacional.

 Impedância Eq Thevenin = 233,2085+40,37406i Ω


 Tensão de Thevenin = 205,8953 V
 Corrente de Entrada = 0,86994 A
 Potência Absorvida da Rede = 529,4734 W
 Potência de Entreferro = 484,682 W
 Perdas no Cobre do Rotor = 32,3121 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [W] = 452,3699 W
 Potência Desenvolvida pelo Rotor [CV] = 0,61463 CV
 Torque Desenvolvido pelo Rotor = 2,5713 N.m

Figura 36 – Gráfico Corrente (A) x Escorregamento.

29
Figura 37 – Gráfico Torque (N.m) x Escorregamento.

Figura 38 – Gráfico Torque (N.m) x Velocidade (RPM).

30
Figura 39 – Conjugado (N.m) x Velocidade (RPM) com resistência do Rotor variada.

Através dos gráficos obtidos no ensaio utilizando o circuito equivalente thevenin,


observa-se que o torque máximo foi de 5,217 N.m e a corrente máxima foi de 2,527
A.

4° Atividade: Simulação do Motor de Indução Trifásico - Ligação Estrela.

A figura abaixo ilustra de forma esquemática o arranjo do estator do motor de


indução trifásico ensaiado na segunda atividade.

Figura 40 – Desenho do Estator

Através da figura 40 fica fácil a análise do estator, ele apresenta enrolamentos


concêntricos, distribuídos com passo fracionário.

31
Aprofundando os estudos em cima do estator e rotor da máquina, consegue-se
levantar os seguintes dados:

 Número de Ranhuras por Polo Estator:


na=2;
nb=2;
nc=2;

 Número de Ranhuras por Polo Rotor


7
nr= ;
6

 Ângulo Entre Ranhuras Estator


Aa=pi/6;
Ab=pi/6;
Ac=pi/6;

 Ângulo Entre Ranhuras Rotor


Ar=pi/7;

 Passo Enrolamento Estator


Ba=0.85;
Bb=0.85;
Bc=0.85;

 Passo Enrolamento Rotor


Br=0.82;

Dados para simulação:


 Resistencia do Estator Ra = 22.4
 Resistencia do Rotor RA = 14.232
 Reatância de Magnetização Xm = 318.40
 Reatância do Estator Xs = 20.133
 Reatância do Rotor Xr = 20.133
 Velocidade Nominal do Motor (em RPM) = 1675
 Conjugado Nominal (em N.M) = 2.91
 Número de Polos = 4
 Entre com o Momento de Inercia do Motor = 0.007
 Tensão Vac = 380
 Tensão Vcb = 380
 Tempo de Simulação = 28
 Harmônicos Espaciais de Enrolamento =33

32
Jogando-se os dados acima na rotina fornecida pelo professor, consegue-se
simular uma variação de tensão e observar o comportamento do conjugado, da
rotação e das correntes de cada fase perante aos harmônicos conforme mostra as
figuras abaixo:

Figura 41 – Gráfico do Conjugado de Carga x Tempo

Figura 42 – Gráfico do Conjugado de Carga x Tempo com zoom

33
Figura 43 – Gráfico Rotação x Tempo

Figura 44 – Gráfico Rotação x Tempo com zoom

34
Figura 45 – Gráfico da Corrente na Fase A

Figura 46 – Gráfico da Corrente na Fase A com zoom

35
Figura 47 – Gráfico da Corrente na Fase B

Figura 48 – Gráfico da Corrente na Fase B com zoom

36
Figura 49 – Gráfico da Corrente na Fase C

Figura 50 – Gráfico da Corrente na Fase C com zoom

37
Figura 51 – Gráfico Torque x Tempo

Figura 52 – Gráfico Torque x Tempo com zoom

38
Ensaiamos o motor no laboratório com a mesma variação de tensão usada na
simulação com o intuito de observar o comportamento das correntes de cada fase
perante aos harmônicos para caso real. As figuras abaixo mostra os resultados
alcançados:

Figura 53 – Análise da corrente no ensaio com zoom

Figura 54 - Análise da variação de tensão no ensaio com zoom

Altos níveis de distorção harmônica numa instalação elétrica podem causar


problemas para as redes de distribuição das concessionárias e para a própria
instalação, assim como para os equipamentos ali instalados.
O aumento de tensão na rede causado pela distorção harmônica acelera a fadiga
dos motores e as isolações de fios e cabos, o que pode ocasionar queimas, falhas
e desligamentos. Adicionalmente, as harmônicas aumentam a corrente RMS
(devido a ressonância série), causando elevação nas temperaturas de operação de
diversos equipamentos e diminuição de sua vida útil.
Essas ondas de freqüência superior à fundamental, causam vários danos ao
sistema, entre os quais podemos destacar:

39
 Aumento das perdas nos estatores e rotores de máquinas rotativas, causando
superaquecimento danoso às máquinas;
 O fluxo de harmônicas nos elementos de ligação de uma rede leva a perdas
adicionais causadas pelo aumento do valor RMS da corrente, além do
surgimento de quedas de tensão harmônicas nas várias impedâncias do
circuito. No caso dos cabos há um aumento de fadiga dos dielétricos, diminuindo
sua vida útil e aumentando os custos de manutenção. O aumento das perdas e
o desgaste precoce das isolações também podem afetar os transformadores do
sistema elétrico;
 Distorção das características de atuação de relés de proteção;
 Aumento do erro em instrumentos de medição de energia, que estão calibrados
para medir ondas senoidais puras;
 Interferência em equipamentos de comunicação, aquecimento em reatores de
lâmpadas fluorescentes, interferência na operação de computadores e em
equipamentos para variação de velocidade de motores, etc.;
 Aparecimento de ressonâncias entre capacitores para correção de fator de
potência e o restante do sistema, causando sobretensões e sobrecorrentes que
podem causar sérios danos ao sistema.

40
CONCLUSÃO

O circuito equivalente de qualquer máquina elétrica é de suma importância, pois


pode ser utilizado para estudar e antecipar o comportamento da máquina em
diversas situações operativas em regime permanente, com apreciável proximidade
com a realidade, e é amplamente utilizado por projetistas para avaliar o
desempenho da máquina. O circuito equivalente permite cálculos aproximados de
queda de tensão, correntes, perdas, conjugado.
Como de costume uma análise de um circuito trifásico pode ser feita apenas por
uma fase, ou seja, usando o modelo como monofásico, supondo que as demais
fases tenha o mesmo comportamento. Deste modo foram utilizadas três
modelagens diferentes para o circuito do motor de indução trifásico a fim de se
analisar e comparar o desempenho da máquina. Sendo as três modelagens,
circuito equivalente completo, circuito equivalente simplificado e o circuito
equivalente de Thevenin.

41
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

[1] – Todos Materiais fornecido pelo professor Roberlam Gonçalves de Mendonça

[2] – NISE, N.S. Engenharia de Sistemas de Controle. 6ed. -Rio de Janeiro: LTC,
2012

[3] http://coral.ufsm.br/gepoc/renes/Templates/arquivos/elc1031/ELC1031.L2.5.pdf

42

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