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10 VINHOS DE
SOBREMESA
QUE VOCÊ PRECISA
CONHECER
BAILE DA
ILHA FISCAL
E OS VINHOS QUE
DERRUBARAM
A MONARQUIA
BRASILEIRA
JOSEP
SABARICH
ENTREVISTA
EXCLUSIVA COM
O ENÓLOGO DA
TORRES
DON MELCHOR
ANO XI - NO 152 - R$ 18,00 – € 4,00
ISSN 1808-3722
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EDITORIAL |
Como nascem
DIREÇÃO
PUBLISHER
Christian Burgos - christian@innereditora.com.br
DIRETORA DE OPERAÇÕES
os grandes
Christiane Burgos - christiane@innereditora.com.br
REDAÇÃO
EDITOR
Arnaldo Grizzo - a.grizzo@revistaadega.com.br
DIRETOR DE ARTE
Ricardo Torquetto - ricardo@innereditora.com.br
H
á quem diga que os grandes já nascem grandes, são predestinados.
ASSISTENTE DE ARTE
Há quem acredite, contudo, que os grandes se tornam grandes, Aldeniei Gomes - arte@innereditora.com.br
são moldados. E há quem pense que uma mescla disso talvez EDITOR DE VINHO
possa ser a melhor alternativa. Muitas das respostas são encontradas na Eduardo Milan - eduardo.milan@revistaadega.com.br
sua primeira visita ao Brasil, ele explica como a Torres está resgatando INTERNATIONAL SALES
variedades catalãs desaparecidas, um de seus projetos mais entusiasmantes Estados Unidos
Inner Publishing - sales@innerpublishing.net
dos últimos anos.
FINANCEIRO
Aqui você também vai conferir uma série de dicas para aproveitar inanceiro@innereditora.com.br
o melhor da enogastronomia no Uruguai. Descubra os principais PRODUÇÃO
restaurantes e vinícolas para visitar nos arredores de Montevidéu e Punta Baunilha Editorial
Já imaginou um lauto jantar com alguns dos pratos mais glamorosos e ASSINATURAS
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regado com alguns dos melhores vinhos do mundo, entre eles alguns dos +55 (11) 3876-8200
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top de Bordeaux, servidos à vontade durante toda a noite? Pois conheça a
história do Baile da Ilha Fiscal e os vinhos que derrubaram a monarquia ASSESSORIA JURÍDICA
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no Brasil.
IMPRESSÃO
Como sempre, todo mês ADEGA traz um esmerado blend do que EGB Editora Gráica Bernardi LTDA
acontece de mais relevante no mundo do vinho, com artigos e rótulos
DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO PARA O BRASIL
selecionados para todos os gostos. Total Publicações
12 46
LISTA
12 ENTREVISTA
Uma conversa exclusiva com
Josep Sabarich, enólogo do
46 Descubra 10 tipos de vinhos de
sobremesa que você não pode
grupo Torres deixar de provar
ESCOLA DO VINHO
38 ESPECIAL
Revelamos todos os detalhes
da produção do ícone chileno
62 Saiba como são produzidos
os blends de vinhos de
Don Melchor safras diferentes
CONTEÚDO |
62
68 83
23 | MUNDOVINO
CURIOSIDADES
76 A seleção de vinhos que
signiicou o im da monarquia
83
99
| CAVE
| CLUBE ADEGA
no Brasil 106 | QUEM DISSE
CARTAS | ESCREVA PARA REDACAO@REVISTAADEGA.COM.BR
ERRATA
Inicialmente parabéns pela excelente revista e pelas
matérias sempre muito interessantes e ricas. Sou enóilo
e fã da revista há muito tempo e assinante do Clube
ADEGA há um ano. Só tenho elogios à qualidade do
material, do atendimento costumeiro. Infelizmente,
acho que detectei um equívoco ou falhas de digitação, Horácio Fernandes Caren Belló Muraro - Um Lugar
que gostaria de compartilhar para contribuir com a @horacio_fernandes @caren_muraro
qualidade inigualável do conteúdo da revista: Porque hoje é sábado! Iniciando o fim de semana
No segundo parágrafo da matéria “A história da Malô”, #wine #revistaadega com vinho e leitura.
creio que foi trocado o termo “ácido lático” por “ácido #revistaadega
málico”, pois na primeira parte está escrito: “O ácido
málico tende a ser bastante pungente...”. Contudo, na
contraposição, logo em seguida, cita: “Já o ácido málico
é muito mais suave...”. Nesta última frase, não deveria
ser: “Já o ácido lático é muito mais suave...”?
Espero ter contribuído com a qualidade de revisão dos
textos e espero que só eu tenha notada a falha. Grande
abraço e mais uma vez parabéns pela revista e os vinhos.
Temóstenes N. Tavares
Azul
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da Bucherer, a construtora suíça de
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A
fala rápida de Josep Sabarich, enólogo res-
ponsável por toda a parte espanhola do gru-
po Torres (que tem braços ainda nos Estados
Unidos e no Chile), parece contrastar um
pouco com o que se espera de um enólo-
go de uma empresa familiar cuja principal virtude, ele
mesmo aponta, é a paciência. Mas as palavras que voam
de sua boca não denotam ansiedade. A rapidez de pensa-
mento e concatenação de ideias – qualidade que, segun-
do ele, só anos de experiência podem dar –, na verdade,
revelam uma pessoa bastante segura do que diz.
Há quase 20 anos trabalhando para a família Tor-
res, Sabarich fala com a autoridade de quem já passou
por todas as áreas da empresa e conhece minuciosa-
mente cada detalhe. Em maio, ele veio ao Brasil pela
primeira vez para apresentar novidades no portfólio,
entre eles, vinhos feitos com variedades catalãs que es-
tavam perdidas e estão sendo resgatas após um longo e
minucioso projeto.
Em entrevista exclusiva, Sabarich deu detalhes de
sua trajetória na Torres e dos projetos que estão por vir.
Como você foi parar na enologia?
Enólogo é uma proissão em que
você tem que ser apaixonado. Te-
nho 27 anos na proissão, dos quais
18 em Torres. Cheguei à enologia
por casualidade. Não venho de uma
família de viticultores, não nasci em
uma região vitícola. Estudei engenharia
industrial química na universidade e deci-
di fazer um projeto de depuração e utilização
de águas. Queria viver em outro país, então
fui a um centro de pesquisa na França. Quan-
do cheguei, por um problema burocrático,
minha vaga havia desaparecido e iquei lá na
O vinho porta com as malas. Falei com o diretor e ele
é um lugar de disse: “Conheço o diretor do Instituto Nacio-
encontro, mas nal de Pesquisas Agronômicas, que trabalha
concretamente com a vinha e o vinho. Te in-
isso está se teressa?” Conheci em um almoço, e ele disse:
perdendo. É “Se quiser, começamos um projeto novo que
é de base vitivinícola, mas necessita de conhe-
uma obrigação cimentos de engenharia”. O projeto basica-
das pessoas que mente se tratava de fermentação, pois quando
amam o vinho os vinhos fermentam, o gás carbônico é um
vetor que arrasta um monte de aromas, que
encantar as se perdem, e a ideia era poder recuperar esses
novas gerações, aromas, não para usar no vinho, mas para os
transmitir essa “free alcohol wines”. Fui contratado para esse
projeto, aí entrei em contato com o mundo
cultura do vinho.
O que é a enologia para você? O grupo Torres é bastante tradicional, conservador até
A enologia muitas vezes é considerada uma ciên- em seus valores, mas muito abertos na tecnologia e
cia, e, evidentemente, é uma ciência, pois tem novidades. Como funciona essa dicotomia?
uma base cientíica muito clara. Mas, para um Torres tem valores conservadores, mas também
físico nuclear ou um químico, seria uma pseu- é inovadora, e não creio que isso seja contra-
dociência, pois há muitas coisas na enologia que ditório, pois as tradições algum dia foram uma
desconhecemos, que não sabemos porque acon- inovação. Elas nada mais são do que inovações
tecem. Sabemos que acontecem, mas não te- bem-sucedidas, que funcionaram e as pessoas as
rigoroso de ampelograia, DNA, para compro- Como é trabalhar em uma empresa familiar, mas com
var que não eram variedades conhecidas no tantos colaboradores?
É mundo, depois, um trabalho de sanitização, Temos uma equipe mista, onde membros da
preciso muita multiplicação, viveiro e aplicação no campo. família estão em posições de direção e outros
paciência. Do encontro das variedades até a plantação,
no mínimo, passaram-se sete anos. Da mesma
diretores são meramente proissionais. Evi-
dentemente, os membros da família têm uma
No mundo do forma, isso levanta um tema de legislação, parte de sentimento e emoção maiores, mas
vinho, os tempos pois você não pode elaborar vinho com uma as pessoas que trabalham também adquirem
variedade que, para o governo, não existe, que isso, pois são equipes bastante estáveis, gente
de retorno de não estão aprovadas. Então trabalhamos com que conhece a empresa há muito tempo. Tem
investimento são o Ministério da Agricultura, apresentando o coisas negativas e positivas, mas mais positivas,
muito lentos. As projeto. Explicamos, eles pediram madeiras
das castas que gostaríamos de “legalizar” e
pois, pensando no vinho, é preciso muita pa-
ciência. No mundo do vinho, os tempos de
coisas precisam implantaram em seus campos de experimen- retorno de investimento são muito lentos. As
ser feitas tação. Foram quatro ou cinco anos de experi- coisas precisam ser feitas devagar. Uma multi-
devagar mentação por eles até autorizarem e cataloga-
rem. O passo seguinte é com a denominação
nacional nem sempre tem essa paciência.
de origem. Você tem que convencê-los de que Como fazer um vinho que possa agradar o paladar de
isso é interessante. Há 15 dias, a DO Penedès diferentes culturas do mundo?
autorizou o uso de duas, Moneu e Forcada. Há vinícolas que trabalham blends diferentes
E outra coisa importante, essas variedades não em função do mercado. Isso é aceitável e, até
são da Torres, pertencem ao patrimônio viti- certo ponto, pode ser interessante para a gama
vinícola catalão. Elas foram encontradas na de entrada para facilitar o acesso de certos
natureza, não é um cruzamento que izemos consumidores. Do ponto de vista enológico,
em viveiro, não é nosso. Oferecemos as varie- entendemos três grandes paladares no mundo:
dades para outras vinícolas para que elas deem o de açúcar e gordura, que basicamente é a
um outro ponto de vista e tentem gerar outra América do norte e norte da Europa; o paladar
categoria. ácido e amargo, que é mediterrâneo e da Amé-
rica Latina; e um paladar muito diferente, que
De onde vieram os nomes? é o asiático, que é mais difícil de conhecer e
Foi impossível encontrar os nomes, pois as pes- deinir. Mas, para os grandes vinhos, essa não
soas que nos mostravam as uvas nos bosques é a ideia.
AD 92 pontos AD 93 pontos
PURGATORI 2014 MILMANDA 2014
Torres, Costers del Segre, Torres, Catalunha, Espanha
Espanha (Devinum R$ (Devinum R$ 232).
195). Tinto composto de Tradicional branco elaborado
Cariñena, Garnacha e exclusivamente a partir de
Syrah, com estágio entre Chardonnay, com fermentação
15 e 18 meses em barricas e estágio de 12 meses em
de carvalho francês 30% barricas 60% novas de carvalho
novas. Exuberante nos francês de Nevers. Ano após
aromas e nos sabores ano esse vinho tem caminhado
de frutas vermelhas em direção a maior frescor e
acompanhadas de notas ao uso mais parcimonioso da
florais e de especiarias madeira. Mostra perfil cítrico
doces. Suculento, está jovem e mineral encantador, depois
ainda, mas já diz a que aparecem frutos secos e toques
veio. Tem taninos de ótima amanteigados e de especiarias
textura, vibrante acidez e doces. Harmônico, é tenso e
final carnudo e persistente, vibrante, mas também cheio e
com toques minerais. Álcool cremoso. Tem final longo, com
14,5%. EM notas florais e salinas. Álcool
14%. EM
AD 92 pontos
MAS BORRÀS
PINOT NOIR 2013 AD 92 pontos
Torres, Penedès, Espanha CUVÉE ESPLENDOR DE
(Devinum R$ 175). Tinto VARDON KENNETT 2013
elaborado exclusivamente Torres, Catalunha,
a partir de uvas Pinot Noir Espanha (Devinum R$
advindas de vinhedos 270). Espumante branco
plantados na década extra brut (4 g/l de açúcar
de 1970, com parte das residual) composto de
uvas fermentadas em 55% Pinot Noir, 40%
cachos inteiros e posterior AD 94 pontos Chardonnay e 5% Xarel-lo,
estágio de nove meses MAS LA PLANA 2013 sendo 12% do vinho base
em barricas de carvalho Torres, Penedès, Espanha (Devinum R$ 395). fermentado em barricas
francês 30% novas. Tinto elaborado exclusivamente a partir de uvas de carvalho francês e a
Mostra frutas vermelhas Cabernet Sauvignon, cultivadas no vinhedo Mas segunda fermentação
maduras acompanhadas La Plana, plantado na década de 1960, com em garrafa com estágio
de especiarias doces estágio de 18 meses em barricas de carvalho mínimo de 30 meses em
e de notas florais, francês 85% novas. O trabalho minucioso contato com as leveduras.
que se confirmam na tanto no campo quanto na cantina é percebido Impressiona pela harmonia
boca. Sedoso e de boa no equilíbrio e finesse do conjunto. Mostra entre fruta, força, acidez e
tipicidade, tem gostosa sedutores aromas de amoras, de cerejas e de cremosidade, com um lado
acidez e taninos de ótima cassis acompanhados de notas florais, de cedro, amável e floral, que seduz
textura, que trazem de especiarias e de ervas. Impressiona pela a cada gole. Tem final
sustentação ao conjunto. textura de taninos e pela vibrante acidez, tudo persistente e elegante, com
Seu final é persistente, num contexto de muita precisão. Compacto toques minerais, cítricos e
com toques minerais e de e profundo, tem final agradável, com toques de fermento. Álcool 12%.
café. Álcool 13,5%. EM salinos e de grafite. Álcool 14,5%. EM EM
Brasil e Alentejo
Brasil assume a liderança e é o principal
mercado dos vinhos do Alentejo
Segundo dados da Comissão Vitivinícola
Regional Alentejana (CVRA), houve um
aumento de 11,9% nas exportações de 2017,
superando o valor de 65 milhões de euros –
com crescimento de 26% para o vinho DOC
Alentejo. E, dentro desse aumento, destaque
para o Brasil, que superou Angola e se tornou
o principal destino dos vinhos alentejanos no
mundo.
O Brasil importou mais de 3,5 milhões de litros
em 2017. Com faturamento superior a 11 milhões
de euros, o mercado brasileiro representa 17,9%
do mercado global da CVRA. Maria Amélia Vaz
da Silva, responsável de marketing dos Vinhos do cada garrafa de vinho exportada pelas vinícolas alentejanas. A
Alentejo no Brasil, estima ainda um crescimento quantidade exportada globalmente cresceu 2,3%, em função
de 3% até o im de 2018. do aumento de 11% nas vendas. Com ajuste global de 9,4%, no
O ranking de países importadores de vinhos valor de seus produtos, os importadores internacionais pagaram,
do Alentejo inclui ainda Estados Unidos, Suíça em média, 2,43 euros por garrafa de vinho do Alentejo, um
e China, que, juntamente com Brasil e Angola, preço superior à média portuguesa de 2,11 euros por garrafa nas
representaram 59% do valor exportado. Os categorias DOC/Regional.
mercados fora da Europa comunitária foram os Em Portugal, os vinhos alentejanos também têm conquistado
principais compradores (74% em valor e 70% relevância. Em 2017, a região representou 21% na exportação dos
em volume) e aqueles que melhor pagaram vinhos DOC e Regional.
Do coração
Leilão de vinho arrecada US$ 1,5 milhão
para a American Heart Association
Hábitos
saudáveis
Uma taça de vinho por dia,
juntamente com uma dieta
saudável, exercício e não
fumar, pode ajudar a adicionar
mais de uma década à sua
expectativa de vida
Um estudo, publicado em 30
de abril na revista Circulation
e liderado pela Chan Escola
de Saúde Pública de Harvard,
encontrou evidências de que
manter cinco hábitos de vida –
fazer uma dieta saudável, fazer
exercícios regularmente, manter
um peso saudável, não fumar
e beber álcool com moderação
– pode adicionar mais de uma
década à sua expectativa de vida.
De acordo com o estudo, esta
é a primeira análise abrangente
de como a adoção desses fatores
de estilo de vida de baixo risco
pode afetar a expectativa de mesma situação, tinham 25,5 anos. No quesito álcool, aqueles que
vida nos Estados Unidos. Foram Mas para aqueles que adotaram bebiam moderadamente – 5 a 15
examinados 34 anos de dados todos os cinco fatores de baixo risco, gramas por dia para mulheres e 5
de 78.865 mulheres e 27 anos a expectativa de vida aos 50 anos a 30 gramas por dia para homens
de dados de 44.354 homens. O era de 43,1 anos para as mulheres e – tinham expectativas de vida
objetivo era veriicar o quanto 37,6 anos para os homens. mais longas do que aqueles que
esses cinco fatores de estilo de vida Isso signiica que as mulheres de bebiam demasiadamente e aqueles
saudável poderiam aumentar a hábitos saudáveis viveram em média que se abstinham. “Ninguém
longevidade dos norte-americanos. 14 anos a mais do que as não tinham deve começar a beber só porque
Os pesquisadores descobriram tais hábitos, a diferença nos homens protege o coração e diminui o risco
que as mulheres, aos 50 anos foi de aproximadamente 12 anos. de diabetes. No entanto, se você
de idade, que não praticavam Mulheres e homens que mantiveram beber, deve ser moderado”, airma
nenhum dos cinco hábitos os cinco hábitos saudáveis tiveram Yanping Li, um dos pesquisadores.
saudáveis, tinham uma 82% menos probabilidade de morrer Infelizmente, menos de 2% das
expectativa de vida média de 29 de doenças cardiovasculares e 65% pessoas nos estudos seguiram todos
anos, enquanto os homens, na menos de morrer de câncer. os cinco hábitos.
DIFERENTES OPINIÕES,
DIVERSOS VINHOS,
UMA CONCLUSÃO
MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO
Ícone do Jura
em novas mãos
Domaines Devillard, da Borgonha,
comprou o Domaine Rolet
Carlos Magno
e Romanée-Conti
Domaine de la Romanée-Conti arrendou uma parcela de
vinhedo em Corton-Charlemagne
Corton-Charlemagne é um dos Charlemagne”, airmou.
vinhos brancos mais famosos do Para Romanée-Conti, esse
mundo. Muito disso deve-se à contrato expande sua produção
sua ligação com Carlos Magno na colina de Corton. Em 2008, o
e a lenda de que sua esposa domaine tinha arrendado terras
teria mandado cultivar uvas do Domaine Prince Florent de
brancas nas colinas de Corton, Mérode, permitindo-lhe produzir
pois o vinho tinto manchava as um Corton a partir dos climas de
Prosecco Rosé?
Produtores estão próximos de permitir
espumantes rosés na denominação
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Balneário Camboriú/SC: (47) 3360-0206 Belém/PA: (91) 3241-3216 Belo Horizonte/MG: (31) 3287-3618
Blumenau/SC: (47) 3326-0111 Brasília/DF: (61) 3349-1943 Brusque/SC (47) 3351 7972
Campo Grande/MS: (67) 3383-3207 Curitiba Batel/PR: (41) 3039-2333 Florianópolis/SC: (48) 3223-5565
Jaraguá do Sul/SC: (47) 3054-0098 Joinville/SC: (47) 3434-4466 Londrina/PR: (43) 3024-0010 Marília/SP: (14) 3453-5679
Piracicaba/SP: (19) 3402-8462 Porto Alegre/RS: (51) 3508.7968 Rio Preto/SP: (17) 3234-3358 Santos/SP: (13) 2104-7555
São Bento do Sul/SC: (47)3633-6290 São Paulo/SP: (11) 3702-2020
A verdade do vinho.
ZZZGHFDQWHUFRPEU
MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO
A flor
que salva
Florada rara vem
evitando que as uvas
de Margaret River sejam comidas
por aves
Haut-Médoc
Château de Coudot
Château Moutte Blanc
Château Pey Mallet
Château de Lauga
Château d'Osmond
Château du Hâ
Château Grand Brun
A região de Bordeaux relançou acrescentadas. Château Grand Lafont
uma classiicação que reconhece A superfície média das Château Lamongeau
Château Le Bouscat
produtores de pequena escala. propriedades se manteve Château Micalet
O “Cru Artisans du Médoc”, inalterada em 10 hectares, mas Château Tour Bel Air
um grupo de pequenas a classiicação agora deve ser Château Tour du Goua
Château Viallet Nouhant
propriedades familiares de todas as renovada a cada cinco anos em Château Vieux Gabarey
denominações do Médoc, decidiu vez dos 10 anteriores. Par ser
lançar uma nova lista depois de admitida como Cru Artisan, a Listrac
Château Dacher de
mais de 10 anos. propriedade precisa ser visitada Delmonte
Desta vez, o número de por um júri, que também faz uma
propriedades diminuiu de 44 para prova às cegas dos seus vinhos. Margaux
36, um relexo da quantidade de “Estas são vinícolas de pequena Château Clos de Bigos
Château des Graviers
propriedades que foram vendidas escala em que o proprietário está Château Les Barraillots
nos últimos anos desde que o presente em todas as etapas da Château Moutte Blanc
ranking anterior foi compilado, produção, desde o vinhedo até a
Moulis
em 2006. Entre as baixas estão adega. Não há tamanho mínimo Château Lagorce Bernadas
o Château Beheré, em Pauillac, ou máximo para ser membro,
que foi incorporado ao Château é uma escolha ilosóica. Esses St-Estèphe
Château Marceline
Pedesclaux, e o Château La Pèyre, proprietários querem estar perto Château Linot
em St-Estèphe, que foi comprado de seus vinhedos em cada etapa do Château Graves de Pez
por Bernard Magrez e se tornou processo”, airmou Maxime Saint-
Clos Sanctus Perfectus. Oito Martin, presidente da Crus Artisans St-Julien
Château Fleur Lauga
novas propriedades, porém, foram du Médoc.
T I R A G E M L I M I TA DA E N U M E R A DA ,
E M C O M E M O R A Ç Ã O AO S 1 0 A N O S D E S TO R I A .
Reciclagem 100%
Concha y Toro anunciou que atingiu sua meta de reciclagem e
reutilização de 100% de seus resíduos industriais orgânicos
,
entender como Don Melchor é produzido
H
á mais de uma dé- nhamos crescer e se tornar um adulto. Nem por isso
cada, quando lan- escrevemos apenas sobre vinhos. Eu, especiicamen-
çamos ADEGA, te, encanto-me pelas pessoas, suas histórias, paixões,
muitos amigos per- desaios, coniança, brilhantismo e entrega pessoal
guntavam: “Mas ao prazer dos outros – e o vinho é o resultado de
tem assunto para fazer uma revista so- tudo isso engarrafado.
bre vinho todo mês?” Hoje tenho certe- Um desess personagens que sigo com grande
za de que aqueles mesmos amigos ririam interesse e admiração é Enrique Tirado, o enólogo
da própria pergunta. O vinho, até então, não do ícone chileno Don Melchor e uma das pessoas
tinha o reconhecimento social que tem hoje no mais educadas do mundo do vinho. Como você
Brasil, e gostamos de acreditar que estamos contri- lembra, Enrique começou a trabalhar com a equi-
buindo para isso. Naquela época, minha resposta era pe de Don Melchor em 1995, assumiu o projeto
que, assim como os livros, existem mais vinhos do que em 1997 e se dedica a este vinho desde então. Ele
uma pessoa vai tomar em toda sua vida – e ele ainda é recebeu a missão de cuidar do já icônico vinho,
diferente a cada nova safra. Hoje, milhares de vinhos não se satisfez em mantê-lo grande e trabalhou
degustados depois, adicionaria que, além do mais, o duro para fazê-lo ainda maior.
vinho de uma safra que já degustei alguns anos atrás Enrique conhece seu próprio vinhedo como
é outro quando volto a degustá-lo hoje. Incrível não? poucos enólogos do planeta. Os estudos de vinhedos
Com o tempo, temos o privilégio de acompa- começaram em 2000, e Pedro Parra, por dois anos,
nhar alguns vinhos como uma criança que acompa- fez um trabalho de doutorado no vinhedo. Com o
Os 114 hectares do
vinhedo de Don Melchor
foram divididos em 142
pequenas parcelas que foram
agrupadas em sete conjuntos
de parcelas
Alvaro de la Fuente
A primeira
tempo, seus 114 hectares foram divididos em 142 casa sede da Concha y Toro, um lugar histórico, safra
pequenas parcelas que foram agrupadas em sete recentemente revitalizado, mantendo sua raiz e, ao de Don
conjuntos de parcelas de acordo com o estudo das
videiras, do clima, fotos de satélites, fotometria e,
mesmo tempo, acrescentando uma intimista e mo-
derna sala de degustação apegada à wine library de-
Melchor é
por im, o solo, ou melhor, os solos do vinhedo. dicada a Don Melchor. Nessa experiência, um belo de 1987, e o
Essas parcelas obedecem um desenho que vídeo nos transporta emocionalmente aos vinhedos blend foi
não se deine em ileiras, mas em “línguas” for- (que visitamos mais uma vez no dia seguinte) e é
madas pela atuação do gelo, erosão e, sobretudo, seguido pela degustação conduzida por Enrique.
assessorado
pelo luxo da água. É fácil compreender a lógica Degustamos Cabernet Sauvignon de sete parcelas, por Jacques
dos desenhos e mapas do vinhedo, mas, quando
participamos dessa nova experiência Don Mel-
mais uma de Cabernet Franc, uma de Merlot e
uma de Petit Verdot. Somos convidados a degustar
Boissenot
chor (o programa Collector’s Experience Don todos os vinhos, discuti-los e criar o nosso blend.
Melchor), a coisa faz um clique e absorvemos Experimentamos amostras de barricas da safra
sensorialmente a explicação intelectual. 2017, que icaram em cuba entre 18 e 22 dias. Pas-
saram por fermentação malolática, 40% em barrica
A experiência e 60% em tanque. Conira uma breve avaliação no
Tudo acontece na “casona”, como é chamada a mapa a seguir.
PARCELA 7
A mais jovem do grupo, plantada em
2004, com o dobro da densidade (8.000
plantas por hectare). Profundo. O melhor
em boca, taninos e força final. Enrique
ressalta os taninos que dão carne. MERLOT
Morango, cítrico
e almíscar. Mais
herbáceo. Tive
dificuldades de
compreender este
Merlot.
PETIT VERDOT
Muito mineral.
Encantador.
PARCELA 6
Flor e ervas doces. Grande
estrutura e fim de boca. Taninos
austeros e boldo, balsâmico
e fruta. O mais complexo e PARCELA 5
em camadas. Concordo com Mineral e pimenta. Aqui
Enrique quando diz que é o senti mais verdor e
edifício para armar o blend. A acidez. Enrique atribui a PARCELA 3
estrutura grossa. Mais completo. ele textura, que ajuda ao Especiarias com fruta
fim de boca. mais opulenta e peso
de boca. Final a ervas.
Para Enrique, é a que dá
volume.
EXPERIÊNCIA
A Collector’s Experience
de Don Melchor está
disponível como uma
atividade especial que pode
ser agendada pelo site https://
donmelchorcollectorsexperience.
com/. A degustação é uma
versão pocket do que Convidado a montar meu corte, meio estraga- ESSE vinho. Mineralidade e cinzas frias ganha-
experimentamos. -prazeres, recusei-me a sugerir. Como me disse ram protagonismo. Vai muito além de 2+2 ser
recentemente um amigo, “temos que saber quem mais do que 4. Foi algo que emocionou inclu-
é cachorro e quem é poste” e eu queria ver o má- sive Enrique. Perguntado se este era um corte
gico em ação. Com auxílio dos outros, de tubos que ele já teria usado, ele disse que não, mas
de ensaio e um decanter, Enrique montou um acrescentou “que este vinhedo sempre é capaz
blend que não vou revelar para não inluenciar de fazer a magia acontecer e não dá para ex-
quem vai viver essa mesma experiência. plicar”. Lembrei de nosso ex-colaborador Luiz
O vinho estava excelente, era impossível en- Gastão Bolonhez quando dizia: “degustei e es-
tender como aquelas parcelas tinham originado correu uma lágrima...”
AD 91 pontos
DON MELCHOR 1998
AD 94 pontos
Degustação da safra 2015 e histórico DON MELCHOR 1999
Açúcar,
por favor
Preparamos uma lista com 10 estilos de vinhos de
sobremesa que todo enófilo deveria provar
V
inho de sobremesa. Confessemos: não
há quem não goste de uma tacinha após
a refeição ou mesmo como aperitivo. No
entanto, pode-se dizer que os vinhos ditos
“de sobremesa” não costumam ser os mais
valorizados pelos enóilos no dia a dia. Todos admitem gos-
tar, mas a maioria reluta em comprar uma garrafa para seu
próprio deleite.
O empecilho, para muitos, seria o grau de doçura ou
então o grau alcoólico (mais elevado em alguns estilos
como Vinho do Porto, por exemplo), que impediria al-
guém de desfrutar sozinho de uma garrafa inteira sem fati-
gar o paladar ou se alcoolizar além da conta. No entanto,
os apaixonados por vinhos de sobremesa sabem que esse
tipo de “desculpa” não cola, pois os grandes vinhos de so-
bremesa nunca são cansativos.
Neles, a doçura costuma estar lindamente equili-
brada pela acidez e, mesmo quando há teor alcoólico
mais elevado, ele também está balanceado, tornando a
degustação sempre prazerosa. Quando se pensa em um
bom vinho doce, não se deixe levar somente pela ideia
de peso e intensidade (que sozinhas tornam qualquer
bebida bastante monótona), mas da sutileza, da profun-
didade, de algo cuja descrição mais assertiva costuma
ser etéreo.
ADEGA então decidiu fazer uma pequena lista com
10 estilos de vinhos de sobremesa que todo enóilo pre-
cisa experimentar. Conira.
CINQUENTA
ANOS EM
UM CÁLICE
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pela Grand Cru
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Vinho do Porto Tawny
Os Vinhos do Porto certamente são os vinhos
de sobremesa mais conhecidos pelos enóilos
brasileiros. Não há quem não tenha tido um
avô ou tio que, após toda refeição, ia no fun-
do do armário e, de lá, resgatava uma garrafa
de Porto, bebia um cálice e ia fazer uma sesta.
Apesar de todos serem fortiicados, não há ape-
nas um estilo de Vinho do Porto, há os Ruby
(nome dado devido à cor avermelhada) e os
Tawny (de cor acastanhada). Estes últimos são
feitos com blends de vinhos envelhecidos em
cascos ou tonéis. Os aromas costumam exaltar
Moscatel de Setúbal frutos secos e o paladar, ser muito rico. Alguns
Se o Douro é conhecido pelo Vinho do Porto, certamente o vinho são selecionados para um envelhecimento mais
português mais famoso do mundo, não podemos nos esquecer que em longo em pipas de madeira. Os mais celebrados
Portugal, há outro vinho de sobremesa com rica história: o Moscatel de são os Tawny com indicação de idade como 10
Setúbal. Diz-se que sua fama remonta aos temos de Dom Dinis, rei de anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos (números que
Portugal nos séculos XII e XIV. Posteriormente, Dom Manuel também indicam a média de idade de envelhecimento
teria sido um apreciador. Assim como o Porto, esse vinho teria dos vinhos) e os Colheita (que são de
sido apreciado na corte inglesa no século XIV, com encomendas uma única safra). A exposição gradual
do rei Ricardo II. Mais tarde, a corte francesa de Luís XIV, o “Rei ao oxigênio concentra e intensiica os
Sol”, também desfrutaria do Moscatel de Setúbal. Os Mosca- aromas e sabores, resultando em tons
téis de Setúbal só podem sair ao mercado a partir de 2 anos mais complexos, como mel, especiarias,
de idade. Para a categoria Superior, o mínimo é cinco anos avelãs e baunilha, por exemplo.
e, além disso, o vinho precisa ter qualidade aprovada por uma
comissão de provadores. Há ainda as indicações 10 anos, 20 AD 94 pontos
TAYLOR’S 40 YEARS OLD TAWNY PORT
anos, 30 anos e “Mais de 40 anos”, com os vinhos que origina-
Taylor’s, Douro, Portugal (Qualimpor
ram o blend tendo, no mínimo, essa idade. R$ 1.661). Mostra notas mais
pronunciadas de frutos secos e de
95 pontos figos, apresentando toque medicinal e
DOMINGO SOARES FRANCO MOSCATEL ROXO 20 ANOS herbáceo muito agradáveis. Tem acidez
José Maria da Fonseca, Península de Setúbal, Portugal vibrante, muito equilibrado, cheio de
(Decanter - Não disponível). Branco fortificado doce elaborado volume, chamando atenção pela textura,
exclusivamente a partir de Moscatel Roxo. Vinho de meditação, ganhado em concentração, precisão
que mostra perfeito equilíbrio entre acidez e doçura. Cítrico e e elegância, com final complexo
intenso, tem ótimo volume e final longo, quase interminável, com lembrando melado, frutas cítricas e
toques de mel, tâmaras, iodo e frutos secos. Álcool 18%. EM amêndoas. Álcool 20%. EM
VIN HO TINTO
SÓ C OMBIN A C OM
C AR NE V ERMELHA?
Gerações de valores
familiares em cada garrafa
Hoje, duas gerações da família supervisionam as operações
e a gestão da empresa, mantendo 100% da propriedade
nome para mostrar seu compromisso e sua Os vinhos LFE foram reconhecidos
E
m 1976, um jovem empresário e
sua esposa se apaixonaram por uma aprovação em cada vinho engarrafado. em todo o mundo em algumas das
propriedade encantadora localizada Ao longo dos anos, ele se reuniu com os mais prestigiadas competições, com
no Vale de Colchagua, no Chile. Os principais especialistas do setor, aumentou o maior reconhecimento sendo os
60 hectares de vinhedos plantados, a os plantios de vinhedos, modernizou e títulos de “Melhor Produtor do Novo
vinícola boutique e a impressionante casa expandiu a vinícola. O primeiro vinho Mundo” do Sommelier Wine Awards
da fazenda em seu próprio vale em LFE foi lançado no mercado em 1995, 2016 e “Melhor Produtor Chileno”
forma de ferradura cercado pelo sopé da um Cabernet Sauvignon, que ainda hoje do Berliner Wein Trophy (2018),
+WZLQTPMQZI LW[ )VLM[ NWZIU []ÅKQMV\M[ pode ser bebido muito bem, uma prova da San Francisco Internacional Wine
para convencê-los a embarcar em um qualidade desde o primeiro dia. Competition (2017), International
novo empreendimento. Este jovem, Hoje, duas gerações da família Wine and Spirits Competition (2012)
Luis Felipe Edwards, dedicou os anos supervisionam as operações e a gestão e AWC Viena de forma consecutiva
seguintes à construção do que hoje é uma da empresa, mantendo 100% da (2012, 2013, 2014, 2016).
das vinícolas mais respeitadas do Chile propriedade, e assegurando que os valores
e mundialmente premiada, a Viña Luis de sua família e o compromisso com a
Felipe Edwards. Ela foi planejada com qualidade sejam sinônimos da marca. O
base na produção de vinhos da mais alta senhor Luis Felipe Edwards ainda está
qualidade, com uma relação qualidade- ativamente envolvido, juntamente com
preço imbatível, e ele usou seu próprio KQVKWLM[M][ÅTPW[MLWQ[LM[M][OMVZW[
PUBLIADEGA
Cerro
Elevando
a qualidade
Ao longo dos anos, Luis Felipe Edwards vinhos testados ao longo do tempo. É o consultores do setor, exclusivamente para
investiu fortemente para garantir equilíbrio dos dois que dá aos vinhos da a LFE no Chile. Matt Thomson famoso
a qualidade de seus vinhos para as LFE a sua personalidade. Liderando a por Saint Clair e vencedor do prêmio
próximas gerações. Na verdade, MY]QXM LM ^QVQÅKItrW M[\n W OMVZW LM 4]Q[ White Winemaker of the Year da IWSC
o slogan da vinícola é “Elevating Felipe, Nicolas Bizzarri, como Diretor International presta consultoria em
Quality” (Elevando qualidade), um de Enologia. Ele traz a experiência de todos os vinhos brancos e Pinot Noir.
reconhecimento ao compromisso de algumas das vinícolas mais respeitadas do Phillipe Melka que recebeu diversos
crescer e melhorar constantemente. planeta e é o primeiro chileno graduado 100 pontos da The Wine Advocate e
) NIUyTQI IKZMLQ\I ÅZUMUMV\M Y]M em enologia em Roseworthy, na Austrália, foi considerado um dos nove melhores
os melhores vinhos começam com os uma das principais universidades de consultores de vinho do mundo por
cuidados nos vinhedos e investiram enologia do mundo. Robert Parker juntou-se recentemente
muito na compra de propriedades nos Juntamente com Nicolas e sua equipe, à LFE para dar consultoria nos tintos de
principais vales do Chile Colchagua, trabalham dois dos mais renomados maior prestígio da vinícola.
Costa de Colchagua, Leyda e Maule
totalizando mais de 3.000 hectares.
Cada propriedade foi plantada com
\ZMTQtI[ M XWZ\IMV`MZ\W[ M[XMKyÅKW[
para as suas condições, supervisionada
por especialistas altamente respeitados,
produzindo a expressão perfeita do
terroir em cada uva.
Além de expandir as propriedades da
empresa, Luis Felipe Edwards focou em
garantir que a vinícola e suas instalações
fossem feitas de acordo com padrões
mundiais, utilizando tecnologia de ponta,
sendo, muitas vezes, um dos primeiros
vinhedos no Chile a implementá-las
Luis Felipe Edwards sempre foi uma das
vinícolas mais inovadoras, o que resultou
na alta qualidade e no valor que se
espera da marca.
A LFE se preocupa em misturar
inovações tecnológicas que têm
mostrado excelentes resultados com
processos tradicionais de produção de
Enologia e clone e porta-enxertos a cada parcela da A GAMA DE VINHOS
viticultura extremas vinha, plantando com um elevado grau O portfólio da Luis Felipe Edwards
de sensibilidade ambiental, conservando a apresenta as linhas Classic, Reserva
LFE900 – VINHEDOS
vegetação nativa. As temperaturas a esta e Gran Reserva, com uma gama de
EM ALTITUDE EXTREMA
altitude são, em média, 3oC mais frias do varietais em cada uma, feitos para
EM COLCHAGUA
que na parte baixa do vale, permitindo um mostrar a tipicidade de cada uva e a
Ficou claro há algum tempo que os
período de maturação mais longo, o que singularidades do terroir chileno.
tintos de melhor qualidade da LFE eram
resulta em sabores concentrados de fruta Os vinhos top da Luis Felipe
produzidos a partir dos vinhedos em
fresca e taninos sedosos e elegantes. Edwards incluem Marea Valle de
socalcos na encosta de sua propriedade
As variedades plantadas incluem Leyda, uma linha premium de vinhos
em Colchagua. Reconhecendo o potencial
Cabernet Sauvignon, Syrah, Carménère, frescos e costeiros do Vale Leyda;
de criar algo único e extraordinário, Luis
Merlot, Malbec, Petite Sirah, Mourvèdre, CIEN Carignan, um Carignan
Felipe Edwards decidiu empreender
Petit Verdot, Tempranillo e Grenache. de vinhas velhas não irrigadas de
um projeto diferente de qualquer outro
Todo o trabalho deve ser feito à mão nas Cauquenes, Vale do Maule; LFE900
no Chile, e possivelmente no mundo,
encostas íngremes deste vinhedo, colhendo Single Vineyard Blend e Malbec dos
plantando 134 hectares de vinhedos no
em parcelas e entregando diretamente em exclusivos vinhedos de altitude em
topo das montanhas de sua propriedade,
caminhões “unimog”, da época da guerra, Colchagua; e um vinho ícone, Doña
em altitudes acima da linha de nuvens,
para uma vinícola exclusiva, preparada Bernarda, batizado em homenagem à
atingindo 900 metros acima do nível do
apenas para essas uvas. Pequenos tanques matriarca da família.
mar, os mais altos vinhedos do vale. Este
[rW ][ILW[ XIZI I ^QVQÅKItrW XIZI
arrojado projeto de vinhedos foi concluído
permitir a distinção de parcelas até que O FUTURO
com a ajuda de especialistas de todo o
os enólogos criem seus blends. O LFE900 Nos últimos 16 anos, Luis Felipe
mundo, com um mapeamento cuidadoso
Single Vineyard Blend, o Malbec e o vinho Edwards cresceu de 20 mercados
do solo para ajustar cada variedade,
ícone da vinícola, Doña Bernarda, são para mais de 100 em todo o mundo,
feitos com uvas destas parcelas. Também um aumento que a família planejou
são produzidos varietais de Tempranillo, sustentar com a intensa aquisição de
Mourvèdre e Grenache, pois os vinhos propriedades em excelentes terroirs e
resultantes mostraram excelente qualidade. plantação de vinhedos utilizando os
mais recentes métodos e porta-enxertos
VALE DE LEYDA – um compromisso para garantir a
LITORAL EXTREMO qualidade e valores dos vinhos LFE.
O vale de Leyda tornou-se um dos vales mais Sem dúvida, esta família de visão de
conhecidos do Chile, reconhecido como a futuro mantém a força em seus valores
principal zona de clima frio, produzindo e, nos próximos anos, isso será revelado
alguns dos melhores Sauvignon Blanc e através de seus grandes vinhos.
Pinot Noirs do Chile. A LFE tem uma das
maiores propriedades da região e uma das
mais próximas do litoral, a apenas 7 km de
LQ[\pVKQI ) QVÆ]wVKQI LW 7KMIVW 8IKyÅKW
pode ser sentida nos aromas frescos e, os
solos graníticos, na mineralidade, da linha
de vinhos Marea Valle de Leyda linha da
LFE de single vineyards de Sauvignon Blanc,
Chardonnay, Pinot Noir e Syrah.
PUBLIADEGA
ESCOLA DO VINHO | p o r ARNALDO GRIZZO
A
ssemblage vem do termo francês para outro em termos de volume de colheita, maturi-
assembler, que signiica união, reu- dade (anos quentes, anos frios ou austeros), estado de
nião, chamamento, convocação. A saúde também... E diferenças muito signiicativas na
assemblage, portanto, seria a fusão colheita são muito importantes em termos de peril
de elementos diversos para formar do vinho. Assim, o elemento essencial é desenvolver
um todo homogêneo. No mundo do vinho, isso é os meios para perpetuar a qualidade, bem como o
algo corriqueiro, é o blend ou a mistura. ‘estilo de casa’ de cada safra. Para isso, a palavra-cha-
É fácil nos depararmos com vinhos feitos ve é: assemblage. E aqui fazemos misturas de castas,
de blends. Os mais famosos provavelmente são terroirs e safras, tendo o cuidado de separar algo dos
os bordaleses, uma típica mistura de variedades anos bons que será usado como suplemento que será
como Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet benéico em anos de diiculdades climáticas que pre-
Franc, Petit Verdot etc. Outros célebres são os judicam a qualidade. Esta ‘reserva qualitativa’ é, por-
blends do Rhône, com seus Syrah, Grenache, tanto, da maior importância”, explica Michel Daves-
Marsanne, Roussanne etc. Ou ainda os blends ne, chef de cave da casa de Champagne Deutz.
com vinhas velhas do Douro, por exemplo. Ou seja, no fundo, assim como misturar va-
Essa mistura de castas para formar um único riedades é uma forma de garantir a qualidade,
vinho é algo frequente em diversas regiões do pla- a mistura de safras também. No caso, contudo,
neta. Aliás, ela certamente é mais comum do que vai-se um pouco além da qualidade, e, como
os vinhos ditos varietais. Historicamente, os produ- Davesne deixou claro, o primordial é a manu-
tores sempre mesclaram uvas (inclusive no próprio tenção de um estilo que só seria garantido com
vinhedo, o chamado ield blend) para poderem ter essa mescla de diferentes anos. Ainda falando so-
um melhor aproveitamento. A ideia sempre foi que bre Champagne, Benoît Gouez, chef de cave da
uma cepa poderia compensar outra que não tivesse Moët & Chandon, aponta: “Em Champagne, os
um resultado tão bom em determinado ano. anos não são todos iguais e alguns, na verdade,
Ou seja, o conceito por trás desse tipo de blend não são suicientes [em termos de produção] por
é facilmente entendido. Mas essa não é a única conta própria. A assemblage de vinhos de várias
mistura possível de ser feita. Além das castas, tam- colheitas permite mais equilíbrio e consistência”.
bém pode-se misturar vinhos de mais de uma safra Mas não é somente em Champagne que esse
para compor. Sim, os multivintage são habituais conceito da manutenção do estilo se aplica. Gon-
em regiões como Champagne e no Vinho do Por- zalo Iturriaga de Juan, enólogo de Vega-Sicilia,
to, por exemplo, mas há produtores que fazem tin- na Espanha, parte do mesmo pressuposto para
tos e brancos também com uma mistura de safras. criar o “Reserva Especial”. “É uma ilosoia em
Por que então mesclar diferentes anos? que tentamos manter o estilo do vinho ano após
ano. Provavelmente entre todos os nossos vinhos,
Reserva qualitativa o ‘Reserva Especial’ seja o mais ‘vega-siciliano’ e
“Champagne é um vinhedo setentrional onde po- para que seja feito, é preciso: intuição para saber
demos observar diferenças signiicativas de um ano quais safras vão se encaixar bem, paciência para
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ele permanece outros quatro anos em cave antes
de ir ao mercado. Um processo longo, complexo,
mas incrível”, garante o enólogo espanhol.
Carlos Agrellos revela ainda que essa soma-
tória de safras é benéica, especialmente no
caso dos Porto Tawny. “Os vinhos multivintage
ganham em complexidade com a adição de ou-
tros que contribuem para isso. É preciso muito
cuidado nessa mescla. Por isso faz-se provas re-
gulares de todos os vinhos em estoque bem como
o acompanhamento analítico dos mesmos. As
safras antigas poderão ter que ser, de tempos em
tempos, refrescadas com um vinho mais novo
para lhe conferir capacidade de guarda. As quan-
tidades utilizadas são muito pequenas de modo
a não interferir na personalidade do vinho. No
entanto, quando o vinho de base para um deter-
minado vinho foi bom, essas intervenções podem
sequer existir”, aponta.
Vantagens e desvantagens
Segundo Agrellos, o “único” problema da mescla
de safra é o blend não icar bom. “A vantagem
é alcançar um equilíbrio mais completo, mais
complexidade e consistência. A desvantagem
é que você tem que ter muito cuidado ao sele-
cionar vinhos de reserva e que você deve ter os
meios técnicos e inanceiros para manter grandes
quantidades desses vinhos”, aponta Gouez.
“O conceito de ‘vintage’ não é um fator um
pouco ‘limitante’ ou ‘inibidor’ para um ‘enólogo-
-criador’?”, questiona Davesne. Ele acredita que
a consistência dos “Non Vintage” seja o melhor
critério para julgar a seriedade de um produtor de
Champagne. Assim como Gouez, ele lembra o
quão custoso é manter estoques em equipamentos
Um “equívoco” “O processo de construção de um ‘Reserva adaptados (com regulação de temperatura), mas
no blend Especial’ dura vários anos. Uma primeira parte
em que os vinhos vão ser amadurecidos como
garante que todo produtor “sério” se ia nisso.
“Para mim, a grande vantagem desse tipo de
pode arruinar se fossem ‘Único’ e uma segunda em que vamos vinho é, sem dúvida, a complexidade, a sedosi-
o vinho não mesclando elementos distintos. Essas misturas dade e a sensualidade, e saber que a cada ano
são feitas em tonéis de madeira de grande capaci- tem o mesmo estilo. A grande desvantagem é que
somente de dade para que a evolução dos vinhos seja da for- alguns deles icam pelo caminho”, lamenta Gon-
uma safra, mas ma mais suave possível. Primeiramente são mes- zalo Iturriaga de Juan. Ou seja, a concepção de
de várias cladas duas safras e vemos como elas se integram
pelo menos durante um ano. Depois é incorpo-
um blend de safras é tão ou mais trabalhosa que
um blend de variedades. Aqui, uma decisão equi-
rada outra safra, mais nova, e novamente se deixa vocada pode matar o vinho não somente de um
um ano para integração. Uma vez engarrafado, ano, mas de vários ao mesmo tempo.
ACESSE JÁ O MELHOR
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ENOTURISMO | p o r ARNALDO GRIZZO
O
Uruguai tem cada vez mais cha-
mado a atenção dos turistas bra-
sileiros. Atualmente, não tanto
pelo antigo glamour do balneário
de Punta del Este, mas pela facili-
dade de acesso e pela boa acolhida dos uruguaios.
Além disso, vem ganhando muita força o enotu-
rismo. Cada vez mais as vinícolas estão investindo
em receber os turistas e sua proximidade dos gran-
des centros ajuda muito.
De Montevidéu até Punta del Este são cerca
de duas horas de carro e há diversas atrações pelo
caminho. ADEGA resolveu então fazer uma pe-
quena lista com dicas de lugares que você deve
visitar caso esteja planejando alguns dias de férias
pelo Uruguai. Conira.
Montevidéu
Um dos locais para se visitar na capital uruguaia é
a Cidade Velha, mais especiicamente o Mercado
del Puerto. Assim como no mercado da Cantarei-
ra de São Paulo, além das bancas de frutas, carnes,
peixes e outras iguarias, há alguns restaurantes
muito bons. Passe pelo “assédio” dos vendedores
das barraquinhas e vá ao El Palenque, por exem-
plo. Sente-se no balcão e ique apreciando a parril-
la repleta dos mais variados cortes de carne, além
de vegetais e embutidos. Outra opção é o Cabaña
Verónica, com pratos de carne bem feitos e bem
servidos, como o carré de cordeiro. A carta de vi-
nhos, focada no Uruguai, é dividida por produtor.
www.mercadodelpuerto.com
Vinícolas
São várias as boas opções de visitas a vinícolas
próximas tanto de Montevidéu quanto de Punta
del Este. Uma delas é a Bouza com seu ambiente
acolhedor, em que você é recebido pelos donos,
e seu restaurante imperdível. Apesar de ser neces-
sário fazer reserva, costuma ter disponibilidade.
Outra visita pode ser na Juanicó, uma das maio- com seus premiados Tannats. É um passeio mais
res e mais celebradas vinícolas do Uruguai. O exclusivo, também só feito mediante reservas. O
visual é impactante, especialmente no caminho local é maravilhoso e melhor ainda é a experiên-
que leva aos barris de fermentação. O restaurante cia premium com cardápio ligeiramente fusion
também oferece ótimos pratos. Agende sua visita, harmonizado com os rótulos de alta gama da
assim como na Bodega Artesana, que só recebe vinícola, por US$ 120 (no preço está incluso o
turistas com agendamento prévio. É uma viníco- transfer do hotel até a vinícola).
la pequena, porém muito charmosa, colada nos www.bodegabouza.com
vinhedos. A comida/experiência é excelente e www.juanico.com
o chef Diego manda muito bem com sua típica www.artesanawinery.com
comida uruguaia. Outra opção é a H.Stagnari, www.stagnari.com
AD 92 pontos AD 92 pontos
BOUZA TANNAT SIN BARRICAS 2017 PISANO RPF PETIT VERDOT 2015
Bouza, Montevidéu, Uruguai (Decanter Pisano, Progreso, Uruguai (Mistral US$
R$ 135). Tinto elaborado exclusivamente 37). Tinto elaborado exclusivamente a
a partir de uvas Tannat cultivadas em partir de Petit Verdot, com estágio de seis
Melilla e Las Violetas, sem passagem meses em barricas de carvalho francês,
por madeira. Cheio de caráter, mostra 25% novas. Num estilo mais encorpado
taninos de ótima textura e vibrante e de fruta mais madura, com acidez
acidez, que envolvem sua fruta negra refrescante e taninos de boa textura
lembrando amoras e framboesas. Álcool trazendo equilíbrio ao conjunto. Tem final
14,5%. EM persistente e encantador, com toques
minerais e de ervas. Álcool 14%. EM
AD 92 pontos
EL PRECIADO 1ER GRAN RESERVA 2011 AD 93 pontos
Castillo Viejo, San José, Uruguai (La PIZZORNO EXCLUSIVE TANNAT 2016
Pastina R$ 294). Tinto composto de Pizzorno, Canelones, Uruguai (Grand
56% Tannat, 18% Cabernet Franc, 14% Cru - não disponível). Tinto elaborado
Cabernet Sauvignon, 7% Merlot e 5% exclusivamente a partir de Tannat, com
Tempranillo, com estágio em barricas de fermentação espontânea e posterior
carvalho 65% francês e 35% americano. estágio em barricas de carvalho francês. O
Potente e estruturado, prima pelo resultado é um vinho exuberante, cheio de
equilíbrio do conjunto. Os taninos de fruta negra acompanhada de notas florais
ótima textura e sua acidez refrescante e minerais, tudo envolto por refrescante
trazem sustentação a toda sua fruta acidez, taninos de ótima textura e final
negra madura. Um grande vinho, que profundo, com toques de tinta nanquim.
tem tudo para ficar ainda melhor nos Álcool 13,7%. EM
próximos 10 anos. Álcool 14%. EM
AD 92 pontos
AD 93 pontos VIÑA PROGRESO RESERVA TANNAT 2016
GARZÓN SINGLE VINEYARD ALBARIÑO 2017 Viña Progreso, Progreso, Uruguai (Vinci
Bodega Garzón, Maldonado, Uruguai US$ 29). Tinto elaborado exclusivamente
(World Wine R$ 178). Elaborado a partir de Tannat, com estágio entre nove
exclusivamente a partir de uvas Albariño e 12 meses em barricas novas e usadas
fermentadas em tanques de cimento, de carvalho. Cheio de tipicidade, esbanja
com estágio de 20% do vinho entre três ameixas e amoras acompanhadas de notas
e seis meses em foudres de carvalho florais, terrosas e especiarias doces, além
francês. Sempre consistente, está de toques de cascas de cítricos. Muito
entre os melhores brancos dessa cepa frutado, tem taninos de ótima textura,
produzidos em solo uruguaio. Repleto gostosa acidez e final persistente e cheio,
de tensão e de vivacidade, alia volume com traços de violeta e de grafite. Álcool
de boca e cremosidade, com refrescante 13,5%. EM
acidez e ótima textura, terminando com
toques salinos e de frutos cítricos. Álcool AD 93 pontos
14,5%. EM YSERN GRAN RESERVA TANNAT TANNAT 2016
Bodega Cerro Chapéu, Cerro Chapéu,
AD 91 pontos Uruguai (Vinhos do Mundo R$ 85). Blend
OMBÚ TANNAT 2015 de uvas Tannat cultivadas nas zonas de
Bracco Bosca, Canelones, Uruguai Canelones (Las Violetas) e Cerro Chapéu
(Domno R$ 87). Tinto elaborado (perto da fronteira brasileira), com estágio
exclusivamente a partir de Tannat, sem de 18 meses em barricas de carvalho
passagem por madeira. Suculento e francês e americano. Impressiona
carnudo, chama atenção pela fruta negra pelos taninos de excelente textura,
fresca e pulsante, acompanhada de que emolduram toda sua fruta negra e
notas florais, terrosas e de ervas secas. vermelha de perfil mais fresca. Austero
Tem taninos de ótima textura, gostosa e vertical, tem vibrante acidez e final
acidez e final persistente, confirmando o persistente, com toques terrosos. Álcool
nariz. Álcool 13,6%. EM 12,5%. EM
Reprodução de
pintura de “O último
baile do império”, de
Francisco Figueiredo
Os principais Châteaux
A balburdia teria sido tão grande que a família real
decidiu ir embora antes mesmo de as sobreme-
sas serem servidas. Acredita-se que muito da falta
de compostura dos convidados deveu-se à grande
quantidade de bebidas ingerida. As contas não são
muito coniáveis, mas diz-se que mais de 300 caixas
de vinhos foram servidas (ou seja, pouco menos de
uma garrafa por pessoa) e mais de 10 mil litros de
cerveja (mais de 2 litros por convidado).
Mas, além de beber em profusão, os presentes
Dom Pedro e 50 ajudantes, e era composto de mais de 20 tipos puderam provar vinhos de qualidade. O menu ti-
de pratos diferentes e 12 opções de sobremesa, in- nha uma página dedicada somente aos fermenta-
II raramente cluindo 12 mil porções de sorvete de diversos sabo- dos com uma lista requintada (mantivemos a escri-
fazia res. Somente os vinhos tinham mais de 30 tipos à ta original do cardápio a seguir): Madère, Sherry,
recepções, o disposição dos convidados. Grec Blanc, Marsala, Haut Sauternes Château
A recepção começou às oito da noite com d’Yquem, Johannisberg Liebfraumilch, Marco-
último grande uma seleção de drinques e bebidas como Cog- brunner Auslese, Chablis, Moscato, Passito d’Asti,
evento nac e licores, mas também vinhos como Sherry Pontet Canet, Margaux, Château Laitte, Château
(Jerez), Madeira, Rhin (região da Alsácia), Mos- Léoville, Château Bécheret, Château Duplessis,
social de seu catel de Málaga e Moscato Bianco. Falerno, Lacrima Christi, Madère Rouge, Cham-
reinado havia Diz-se que a família imperial chegou à Ilha bertin-Pomard-Nuits-Romanée. A lista ainda con-
sido 40 anos Fiscal por volta das 22 horas, quando o baile tinha Portos: Vicomte Vellar y Ellen 1834, Vieux
teria tido início efetivamente, com os convida- Exposition, Extra Especial. E doces: Moscatel,
antes dos e penetras (acredita-se que mais de 4.500 Moscatel de Siracusa, Tokay, Constance, Mosel
pessoas estavam na festa naquele dia, o que Mousseux, Lacrima Christi Mousseux. E, por im,
signiica que, para cada dois convidados houve Champagne: Clicquot, Heidsièch Monopol, Heid-
outro que entrou de bicão) dançando no salão. sièch Grimum-Dry e L. Röederer.
Aliás, o belo palácio em estilo gótico da Ilha A lista é interessante e repleta de grandes no-
Fiscal havia sido inalizado em abril daquele mes que perduram até hoje. Entre os bordaleses
ano e a ilha, como no nome já denota, servia estão alguns dos mais famosos vinhos de todos os
de aduana para as embarcações que entravam tempos, como os Château Margaux e Laite. Ou-
no Rio de Janeiro. tros também renomados como Pontet-Canet e Léo-
Por volta da meia noite, a comida foi servi- ville (que, na verdade, são três: Léoville-Las Cases,
da, o que, segundo relatos, causou uma correria Léoville-Poyferré e Léoville-Barton), que também
para as mesas, um comportamento que teorica- fazem parte da classiicação de Bordeaux de 1855.
mente não condizia com o naipe de convidados, O histórico Château Duplessis também estava no
pois a maior parte era composta pela “nobreza menu. Para os amantes da Borgonha, a seleção pa-
brasileira”. Os jornais, porém, revelam que ha- recia promissora, com vinhos de Chambertin, Po-
via, na verdade, uma grande mistura de tipos, de mard, Nuits Saint Georges e Romanée, só é difícil
pessoas cuja família possuía títulos nobiliárqui- saber de qual produtor ou negociante.
cos desde o princípio da monarquia brasileira Não se deve esquecer dos Champagnes, com os
Harmonização?
Diz-se que haviam duas mesas com lugares para
500 pessoas, os principais convidados da festa. Os
pratos servidos, pelo menos nos nomes, pareciam
pomposos, com Crême à la Richelieu, Jacutinga monizações para quem realmente estivesse inte-
et pigeons sauvages à la Guanabara, Galantine ressado em comer e beber com sabedoria, mas,
à la Province de Minas, Veau à la Siberienne, ao que parece, não foi o que aconteceu no baile
Afonso Celso de Assis
Grand pudding à la Diplomate etc. Uma lista dá que culminou no im da monarquia. Figueiredo, o Visconde
conta de 3.000 pratos de sopa, 50 caixas de pei- O historiador Carlos Cabral avalia que so- de Ouro Preto, foi o
xes, 800 latas de lagosta, 800 quilos de camarões, mente os vinhos servidos naquela noite valeriam responsável pelo baile
que marcou o fim da
100 latas de salmão, 3.000 latas de ervilhas, 1.200 mais de 250 mil dólares. Os valores gastos na épo- monarquia brasileira
latas de aspargos, 800 latas de trufas, 3.500 peças ca obviamente foram alvo de crítica da imprensa
de caça, como faisão, por exemplo, 1.500 costele- e dos republicanos. Diz-se que mais de 250 con-
tas de carneiro, 1.200 frangos, 250 galinhas, 500 tos de réis, valor que seria equivalente a 10% do
perus, 64 faisões, 80 patos, 23 cabritos, 25 cabe- orçamento do Rio de Janeiro no ano, teria sido
ças de porco, 18 mil frutas, 20 mil sanduíches, 12 gasto com a festa. Sim, o “mau uso” do dinheiro
mil porções de sorvetes. do erário público apressou o im do Império, mas
Uma lista tão grande de pratos e de vinhos não se pode dizer que a nobreza tenha aproveita-
certamente ofereceria uma vasta gama de har- do mal seus últimos dias.
Espumantes, página 84
Brancos, página 84
Rosé, página 86
Tintos, página 86
Doces, página 93
Eventos, página 94
Hora do saca-rolha
ESPUMANTES BRANCOS
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está exclusivamente na Sonoma
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GARIBALDI ACORDES GUASPARI VALE DA PEDRA LA CAUSA DEL ITATA LE CORTI CHIANTI LES FLEURINES ROUGE 2016
MERLOT 2011 TINTO 2016 PAÍS 2016 CLASSICO 2010 Select Vins, Vin de
Cooperativa Vinícola Guaspari, Espírito Torres, Itata, Chile Principe Corsini, Pays d’OC, França
Garibaldi, Garibaldi, Santo do Pinhal, (Devinum R$ 70). Toscana, Itália (Grand Cru R$ 54).
Brasil (R$ 126). Brasil (R$ 94). Projeto Tinto elaborado (Domno R$ 187). Tinto elaborado
Tinto elaborado inovador na região exclusivamente a Tinto composto de exclusivamente a
exclusivamente a de Espirito Santo do partir de uvas País Sangiovese e pequenas partir de Syrah, sem
partir de Merlot, com Pinhal, que trouxe a advindas de vinhedos partes de Colorino e passagem por madeira.
estágio de 12 meses em região para o mapa centenários cultivados Canaiolo, com estágio Despretensioso e fácil
barricas de carvalho da produção vinícola em Itata. Um ótimo e de 12 meses parte de beber, tem ótimos
francês e americano. no Brasil. Produzido bem domado exemplar em botti de carvalho, taninos, gostosa acidez
Esse tinto foi provado 100% com a uva dessa cepa ancestral, parte em tanques e inal médio/longo,
a última vez em Syrah, alia aromas mostra seu típico lado de cimento. De boa tudo envolto por notas
2014. Agora, já com intensos de frutos terroso escoltando tipicidade, mostra de cerejas e framboesas
mais quatro anos em negros e pimentos com as frutas vermelhas frutas vermelhas como acompanhadas de
garrafa, mostra-se mais toques mais macios de peril mais fresco. cerejas e groselhas toques lorais, de
integrado e equilibrado, de chocolate e café. Redondo, suculento acompanhadas de notas especiarias, de café e
com as frutas vermelhas Passa por barricas de e gostoso de beber, lorais, de ervas secas, de chocolate. Álcool
e negras maduras carvalho em estágio tem acidez vibrante, de especiarias doces e 13,5%. EM
ainda vibrantes e curto, mantendo o taninos de boa de tabaco. Frutado e
emolduradas por frescor, porém com textura e inal médio/ suculento, tem acidez
refrescante acidez e bastante corpo e longo, com toques de refrescante, taninos de
taninos de boa textura. presença em boca. cerejas e framboesas. ótima textura e inal
Tem inal suculento Pode ganhar ainda mais Companhia perfeita persistente, com toques
e persistente, com complexidade com para embutidos em terrosos e de couro.
notas especiadas e de mais alguns anos na geral. Álcool 13%. EM Álcool 14,5%. EM
chocolate amargo. garrafa. Álcool 14%.
Álcool 14%. EM DP
JANTAR - GLOBAL WINES JANTAR - GLOBAL WINES QUALIMPOR DAY QUALIMPOR DAY QUALIMPOR DAY
LANÇAMENTOS MISTRAL LANÇAMENTOS MISTRAL DECANTER WINE DAY DECANTER WINE DAY DECANTER WINE DAY
JANTAR - WORLD WINE - JANTAR - WORLD WINE - VINCI - MONTE ÁLAMO GRAN TASTING GRAND CRU GRAN TASTING GRAND CRU
GIANNI GAGLIARDO GIANNI GAGLIARDO
AD 90 pontos AD 92 pontos AD 92 pontos
AD 93 pontos AD 91 pontos ETC. TINTO 2015 ALTAIR SIDERAL 2015 EQ CHARDONNAY 2015
GIANNI GAGLIARDO GIANNI GAGLIARDO MADAMA Monte Álamo, San Pedro, Cachapoal, Matetic, San Antonio,
BAROLO SUOI 2013 BARBERA D’ALBA 2015 Alentejo, Portugal Chile (Grand Cru R$ Chile (Grand Cru R$
Gianni Gagliardo, Gianni Gagliardo, (Vinci US$ 26). 189). Tinto composto 129). Branco elaborado
Piemonte, Itália Piemonte, Itália Tinto composto de de 77% Cabernet exclusivamente
(World Wine R$ (World Wine R$ 50% Aragonês, 30% Sauvignon, 8% a partir de uvas
331). Tinto elaborado 172). Tinto elaborado Alfrocheiro, 10% Cabernet Franc, 6% Chardonnay cultivadas
exclusivamente a exclusivamente a Trincadeira e 10% Carménère, 5% Petit sob os preceitos
partir de Nebbiolo, partir de Barbera, sem Tinta Caiada, com Verdot e 4% Syrah, da biodinâmica,
com estágio de 24 passagem por madeira, estágio parcial de com estágio de 12 fermentadas sem
meses em tonéis de mas com estágio de 60% do vinho em meses em barricas leveduras adicionadas
carvalho e mais 12 6 meses em tanques carvalho durante de carvalho francês. em barris de carvalho
meses em garrafa. de aço inox. Frutado aproximadamente Suculento, redondo francês de diferentes
Cheio de tipicidade, e gostoso de beber, 6 meses. Mostra e gostoso de beber, tamanhos, com
mostra cerejas e mostra cerejas e amoras ameixas maduras, mostra o lado de ervas, posterior estágio de 12
morangos maduros acompanhadas de notas acompanhadas de típico das Cabernet, meses nesses mesmos
acompanhados de notas terrosas e de ervas, notas lorais, terrosas, envolvendo as frutas recipientes. Somente
lorais, minerais, de além de toques lorais. de ervas frescas e de negras e vermelhas 7% do vinho passa por
tabaco e de especiarias Fresco e de médio especiarias, tudo em de peril fresco e malolática, talvez por
doces, além de toques corpo, tem ótima meio a gostosa acidez, crocante. Tem ótima isso esbanje frescor e
tostados e de ervas acidez, taninos macios taninos de ótima acidez, taninos tensos grande sensação de
secas. Suculento e inal agradável, com textura e inal cheio e e cheios de textura e mineralidade, tudo
e estruturado, tem toques minerais e de persistente, com toques inal persistente, com em meio a muita
vibrante acidez, taninos especiarias. Álcool de chocolate amargo e toques lorais, minerais fruta tropical e cítrica
de ótima textura e inal 13%. EM de amoras. Álcool 14%. e de especiarias doces. madura. Tenso e
cheio e persistente, EM Álcool 14,5%. EM vibrante, tem ótima
com traços terrosos, de acidez, gostosa textura,
couro e de rosas. Álcool bom volume de boca e
14%. EM inal longo, com toques
salinos e de frutas
brancas. Álcool 14%.
EM
IRMÃOS
Riccardo e Renzo Cotarella, além de pro-
prietários da vinícola Falesco, possuem
Nossa categoria Black apresenta outras ocupações. Riccardo é um dos
dois vinhos ícones de célebres pro- enólogos consultores mais requisitados
dutores. Do Lazio, na Itália, sele- da Itália, enquanto Renzo é CEO e
cionamos o Montiano, um Merlot enólogo-chefe do Grupo Antinori.
em pureza, com o pedigree dos ir-
mãos Cotarella, reconhecidamen-
te entre os melhores enólogos da
Itália. De Ribera del Duero, vem
o PSI, um blend de Tempranillo
e Garnacha elaborado pelo genial
Peter Sisseck, o mesmo enólogo do
mítico Pingus.
RIBERA
PSI é um projeto conjunto
do dinamarquês Peter Sis-
seck com produtores locais de
Ribera del Duero. Teve início
em 2006, sendo em 2007 a
JS
primeira safra produzida.
94pts
AD
AD
93
93pts
pts
MONTIANO 2014
Falesco / Winebrands (R$ 374)
REGIÃO/PAÍS: Lazio, Itália
PSI 2015
Dominio de Pingus / Clarets (R$ 380)
REGIÃO/PAÍS: Ribera del Duero, Espanha
3
VIGNA PEDALE RISERVA 2012 AD
No Platinum deste mês trazemos
Torrevento / La Pastina (R$ 140) 92pts um time mediterrâneo de respei-
REGIÃO/PAÍS: Puglia, Itália AD
to. Da Itália, escolhemos o Vigna
Tinto elaborado exclusivamente a partir
92 pts Pedale, um 100% Nero di Troia,
de Nero di Troia, com estágio de 12 meses que comprova que a Puglia é mui-
em barris de carvalho - botti. Macio, cheio to mais que Primitivo. De Costers
e profundo, mostra frutas vermelhas e del Segre, na Espanha, pinçamos
RIKVEWFIQGSQSRSXEWƽSVEMWQMRIVEMW
o Purgatori, um corte de Cariñena,
especiadas e de couro. Muito bem feito em AD
Garnacha e Syrah reinado e cheio
seu estilo mais maduro, surpreende pela
ótima textura de taninos, gostosa acidez e
92
pts de fruta. Terminamos nosso passeio
ƼREPTIVWMWXIRXIGSQXSUYIWIWTIGMEHSW no Dão, em Portugal, onde elege-
e terrosos. Austero, equilibrado e com mos o Ribeiro Santo Touriga Nacio-
certa elegância, mesmo em meio a tanta nal, projeto pessoal do respeitado
exuberância de fruta, tão característica da enólogo Carlos Lucas.
4YKPMEʀPGSSP )1
PURGATORI 2014
8SVVIW(IZMRYQ6
REGIÃO/PAÍS: Costers del Segre, Espanha
GO
VOCÊ
SABIA QUE...
a Feudi del Pisciotto
AD
pertence aos mesmos
proprietários da excelente 91pts AD
LANGUEDOC
Moulin de Gassac é parte integrante
de um dos melhores (senão o melhor)
produtores do Languedoc, a Mas de
Daumas Gassac, fundada em 1970.
GSRXI\XSHIXERMRSWQEGMSWIFSEEGMHI^ʀPGSSP )1
AD
CONHECEDOR
90
pts
AD
VINHAS E OLIVEIRAS
SILVER
AD Tinto elaborado a partir de Carménère, sem passagem por madeira. Muito frutado,
89
pts
mostra as características notas de ervas e de especiarias picantes escoltando
suas frutas negras, lembrando ameixas. Redondo e gostoso de beber, tem acidez
VIJVIWGERXIIXERMRSWHIFSEXI\XYVEUYIXVE^IQIUYMPʧFVMSESGSRNYRXS8IQƼREP
EKVEHʛZIPTIHMRHSQEMWYQKSPIʀPGSSP )1
AD AD
PIONEIRO
88
pts
88 pts Tradicional produtor em Estremadura,
António Alfredo Gomes dos Santos,
proprietário da Roquevale, foi o primeiro
viticultor exterior ao Alentejo a acreditar
no potencial da região para a produção
de grandes vinhos, isso tudo em 1970.
BIO
Fundada em 1986 por Rafael e
José Guilisasti, a Viña Emiliana é
adepta da cultura orgânica e bio-
dinâmica e conta com a consulto-
ria do enólogo Álvaro Espinoza,
um dos maiores conhecedores
dessas culturas no Chile.
BE ADEG
LU A
C
BRANCO
ORCHAD
SC
OS
DE
95pts
AD
94 AD
TALINAY SAUVIGNON AD
90
pts
89
pts
Neste mês izemos uma seleção
BLANC 2015 pts eclética, mesclando cepas menos
8EFEPʧ;SVPH;MRI6)
conhecidas e outras mais usadas na
REGIÃO/PAÍS: Limarí, Chile
produção de brancos. De Limarí,
Branco elaborado exclusivamente conseguimos trazer o Talinay Sau-
a partir de Sauvignon Blanc, sem vignon Blanc, um dos melhores
passagem por madeira. Extremamente brancos chilenos da atualidade, e
seco, vibrante, mineral e vertical, que precisa ser conhecido. Da Espa-
tudo em meio a muita fruta cítrica. nha, descobrimos o Alaja, um fresco
Uma delícia de vinho em todos os e frutado varietal da casta Airén.
sentidos, aliando textura tensa, bom Nossa última parada é na Itália, de
volume e acidez refrescante, com certa onde vem o Pezzapiana, um corte
cremosidade. Um Sauvignon Blanc que
típico do norte da Puglia composto
retrata um lugar como Limarí, cheio de
de Bombino Bianco e Pampanuto,
pedras e com grandes porcentagens de
elaborado pela Torrevento, um dos
GEPGʛVMSʀPGSSP )1
melhores produtores da região.
PEZZAPIANA 2017
Torrevento / La Pastina (R$ 83)
REGIÃO/PAÍS: Puglia, Itália
R $400
Berrini → Guarulhos em 15 minutos
ADEGA
Váli o a é 30/09/2018
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