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Introdução
Comecei a trabalhar neste livro durante um que aprendemos sobre a reação da univer-
seminário qualitativo no verão de 1994 em sidade a um evento que esteve próximo de
Vail, Colorado, patrocinado pela Universi- ser trágico. Então, sem que tivesse sido pla-
dade de Denver, sob a hábil coordenação nejado, Harry Wolcott, da Universidade de
de Edith King do College of Education. No Oregon, outro especialista do nosso seminá-
evento, mediei uma discussão a respeito rio, ergueu a mão e pediu para vir ao pódio.
da análise qualitativa de dados. Iniciei com Explicou como ele abordaria o estudo como
uma nota pessoal, apresentando um dos antropólogo cultural. Para minha surpresa,
meus estudos qualitativos – um estudo de ele “transformou” meu estudo de caso em
caso de uma resposta do campus a um inci- etnografia, enquadrando o estudo de uma
dente com arma envolvendo um estudante forma inteiramente nova. Depois que Harry
(Asmussen e Creswell, 1995) (veja o Apên- concluiu, LesGoodchild, então da Universi-
dice F deste livro). Sabia que esse caso po- dade de Denver, discutiu como examinaria o
deria provocar alguma discussão e desen- caso do atirador a partir de uma perspectiva
cadear questões complexas para análise. O histórica. Tínhamos agora, portanto, duas
caso envolvia a reação de uma universida- versões diferentes do incidente, o que re-
de no meio-oeste americano a um atirador presentaram “reviravoltas” surpreendentes
que entrou em uma sala de aula do curso do meu estudo de caso a partir do uso de
de ciências atuariais com um rifle semiau- abordagens qualitativas diferentes. Foi es-
tomático e tentou atirar nos alunos. O rifle se evento que alimentou uma ideia que já
emperrou e não disparou, e o atirador fu- vinha cultivando havia tempo – de que o
giu, mas foi capturado a alguns quilôme- projeto de um estudo qualitativo estava re-
tros dali. Em pé diante do grupo, relatei os lacionado à abordagem específica usada na
acontecimentos do caso, os temas e as lições pesquisa qualitativa. Comecei a escrever a
primeira edição deste livro guiado por uma pansão da pesquisa qualitativa e convide os
única e instigante pergunta: como o tipo leitores a examinarem as múltiplas formas
ou a abordagem de investigação qualitati- de engajamento no processo de pesquisa.
va molda o projeto ou os procedimentos de O livro oferece aos pesquisadores qualitati-
um estudo? vos opções para a condução da investigação
qualitativa e os auxilia na decisão sobre qual
a melhor abordagem a ser usada no estudo
OBJETIVO E FUNDAMENTOS dos seus problemas de pesquisa. Com tantos
PARA O LIVRO livros sobre pesquisa qualitativa em geral e
sobre várias abordagens de investigação, os
Chego agora à terceira edição deste livro e estudantes de pesquisa qualitativa frequente-
ainda estou formulando uma resposta pa- mente ficam perdidos na tentativa de enten-
ra essa pergunta. A minha intenção inicial derem que opções (isto é, abordagens) exis-
é examinar cinco abordagens diferentes da tem e como é que se faz uma escolha bem
investigação qualitativa – a narrativa, a fe- fundamentada de uma opção de pesquisa.
nomenologia, a teoria fundamentada,* a et- Ao ler este livro, espero que você ob-
nografia e os estudos de caso – e colocá-las tenha uma melhor compreensão dos pas-
lado a lado para que possamos visualizar as sos do processo de pesquisa, aprenda cin-
suas diferenças. Essas diferenças podem ser co abordagens qualitativas de investigação
exibidas mais vividamente por meio da ex- e compreenda as diferenças e semelhanças
ploração do seu uso durante o processo de entre essas cinco abordagens de investiga-
pesquisa, incluindo a introdução a um es- ção (veja o glossário no Apêndice A para as
tudo com base em seu objetivo e por meio definições dos termos em negrito e itálico).
de perguntas de pesquisa; coleta de dados;
análise dos dados; redação do relatório; e
padrões de validação e avaliação. Por exem- O QUE HÁ DE NOVO NESTA EDIÇÃO
plo, estudando artigos qualitativos em pu-
blicações, podemos ver que as perguntas de Desde que escrevi a primeira e a segunda edi-
pesquisa estruturadas a partir da teoria fun- ção deste livro, parte de seu conteúdo perma-
damentada parecem ser diferentes das per- neceu igual, e parte se modificou. Nesta edi-
guntas estruturadas a partir de um estudo ção, apresento diversas ideias novas:
fenomenológico.
Essa combinação das diferentes abor-
dagens e como a sua especificidade se de-
ü Baseando-me no feedback dos revisores,
reformulei o Capítulo 2, que aborda
senrola no processo de pesquisa é o que dis- pressupostos filosóficos e estruturas
tingue este livro de outros sobre pesquisa interpretativas usadas pelos pesquisa-
qualitativa que você possa ter lido. A maio- dores qualitativos. Precisava posicionar
ria dos pesquisadores qualitativos tem seu melhor a filosofia e as estruturas dentro
foco em apenas uma abordagem – digamos do processo global de pesquisa. Também
etnografia ou teoria fundamentada – e ten- procurei esclarecer a relação entre filoso-
ta convencer seus leitores do valor daque- fia e estruturas interpretativas e discutir
la abordagem. No entanto, os estudantes e as estruturas interpretativas da maneira
pesquisadores qualitativos iniciantes preci- como estão sendo usadas atualmente em
sam de opções que se adaptem aos seus pro- pesquisa qualitativa (Denzin e Lincoln,
blemas de pesquisa e que sejam adequadas 2011).
aos seus interesses na condução da pesqui-
sa. Esperamos que este livro possibilite a ex-
ü No Capítulo 3, acrescentei uma nova
seção sobre aspectos que delineiam os
dilemas éticos qualitativos que possam
* N. de R.T.: Neste livro o termo em inglês surgir nas diferentes fases do processo de
grounded theory foi traduzido como teoria pesquisa. Dessa forma, estou ampliando
fundamentada. a abrangência ética neste livro.
ü Em uma nota similar, continuei a usar as quero encorajar práticas atuais em pes-
cinco abordagens que resistiram ao teste quisa qualitativa. Outros autores já se
do tempo desde a primeira edição. Isso referiram às abordagens como “estratégias
não quer dizer que não tenha considerado de investigação” (Denzin & Lincoln, 2005),
outras abordagens. A pesquisa ação parti- “variedades” (Tesch, 1990) ou “métodos”
cipativa, por exemplo, certamente pode- (Morse e Richards, 2002). Por projeto de
ria ser uma sexta abordagem, mas incluo pesquisa, refiro-me a todo o processo de
alguma discussão sobre ela nas passagens pesquisa, que vai da conceitualização de
a respeito de estrutura interpretativa no um problema até a redação das perguntas
Capítulo 2 (Kemmis e Wilkinson, 1998). de pesquisa e a coleta de dados, análise, in-
Além disso, a análise do discurso e a aná- terpretação e redação do relatório (Bogdan
lise conversacional poderiam certamente e Taylor, 1975). Yin (2009) comentou: “O
ter sido incluídas como uma abordagem projeto é a sequência lógica que conecta
adicional (Cheek, 2004), mas acrescentei os dados empíricos às perguntas de pes-
algumas considerações sobre abordagens quisa iniciais do estudo e, por fim, às suas
conversacionais junto com as abordagens conclusões” (p. 29). Dessa forma, incluo
narrativas. Métodos mistos, também, es- nas características específicas do projeto as
tão por vezes tão intimamente associados perspectivas amplas filosóficas e teóricas e
à pesquisa qualitativa que são considera- a qualidade e validação de um estudo.
dos um dos gêneros (veja Saldaña, 2011).
Contudo, encaro os métodos mistos com
uma metodologia distinta da investiga- ASSUMINDO O
ção qualitativa. Além do mais, eles têm a MEU POSICIONAMENTO
própria literatura distinta (veja Creswell
e Plano Clark, 2011), e, por isso, gostaria Você precisa ter algumas informações so-
de limitar o âmbito deste livro às abor- bre o meu histórico para que possa com-
dagens qualitativas. Assim sendo, optei preender a abordagem usada neste livro.
por manter as cinco abordagens com Fui treinado como pesquisador qualitativo
as quais comecei e ampliar estas cinco há aproximadamente 40 anos. Na metade
abordagens. da década de 1980, fui convidado a ensinar
ü Continuo a fornecer recursos ao longo no primeiro curso de pesquisa qualitativa da
de todo o livro para o pesquisador qua- minha universidade e me propus a assumir
litativo. Incluo um glossário de termos essa tarefa. Isso ocorreu alguns anos depois
detalhado (e acrescentei termos à última da produção da primeira edição deste livro.
edição), um índice remissivo analítico Embora, de lá para cá, tenha expandido o
que organiza o material deste livro de meu repertório a respeito de métodos mis-
acordo com as cinco abordagens e artigos tos, sempre retorno ao meu forte interesse
completos de periódicos que servem como em pesquisa qualitativa. Ao longo dos anos,
modelo para o projeto e a escrita de um me desenvolvi como metodologista de pes-
estudo inserido em cada uma das cinco quisa aplicada com uma especialização em
abordagens. Tanto para pesquisadores projeto de pesquisa, pesquisa qualitativa e
inexperientes quanto para os experientes, pesquisa com métodos mistos.
ofereço recomendações nos finais dos Esse histórico explica por que escrevo
capítulos para uma leitura adicional que com a intenção de transmitir uma compreen
poderá ampliar o material deste livro. são do processo de pesquisa qualitativa
ü O termo que utilizei na primeira edição, (queira você chamá-lo de método científico
tradições, foi substituído por abordagens ou de outra coisa), um foco nas fortes ca-
na segunda edição e continuo a usá-lo racterísticas dos métodos como a extensiva
nesta terceira edição. Minha abordagem coleta de dados qualitativos, análise rigoro-
sinaliza que não somente desejo respeitar sa dos dados por meio de múltiplos passos
abordagens passadas, mas que também e o uso de programas de computador. Além
disso, desenvolvi uma fascinação pela estru- damente a arte da pesquisa. Essa figura po-
tura da escrita, seja esta de um estudo qua- de muito bem desfocar a imagem para um
litativo, de um poema ou de uma não ficção autor qualitativo mais experiente e, sobre-
criativa. Um interesse constante para mim tudo, para aquele que busca discussões mais
tem sido a composição da pesquisa qualita- avançadas e a problematização do processo
tiva. Esse interesse pela composição culmi- de pesquisa.
na em ideias de como melhor estruturar a
investigação qualitativa e visualizar como a
estrutura se altera e muda diferentes abor- SELEÇÃO DAS CINCO ABORDAGENS
dagens da pesquisa.
Esse interesse em características estru- Aqueles que pretendem realizar estudos qua-
turadas colocou-me com frequência no cam- litativos têm um número incrível de opções
po dos escritores pós-positivistas em inves- de abordagens. Pode-se ter uma noção des-
tigação qualitativa (veja Denzin e Lincoln, sa diversidade examinando várias classifica-
2005), mas, como a maioria dos pesquisa- ções ou tipologias. Tesch (1990) apresentou
dores, desafio a categorização fácil. Em um uma classificação consistindo de 28 aborda-
artigo no Qualitative Inquiry sobre um abri- gens organizadas em quatro ramificações de
go para moradores de rua (Miller, Creswell um fluxograma, classificando essas aborda-
e Olander, 1998), minha etnografia assu- gens com base no interesse central do inves-
miu uma postura realista, confessional e de tigador. Wolcott (1992) classificou as abor-
defesa. Além disso, não estou defendendo dagens no diagrama de uma “árvore” com
a aceitação da pesquisa qualitativa em um ramificações das três estratégias designa-
mundo “quantitativo” (Ely, Anzul, Fried- das para a coleta de dados. Miller e Crabtree
man, Garner e Steinmetz, 1991). A inves- (1992) organizaram 18 tipos de acordo com
tigação qualitativa representa um modo le- o “domínio” da vida humana de preocupação
gítimo de exploração das ciências sociais e inicial para o pesquisador, tal como um fo-
humanas, sem apologia ou comparações em co no indivíduo, no mundo social ou na cul-
relação à pesquisa quantitativa. tura. No campo da educação, Jacob (1987)
Também tenho a tendência de citar categorizou toda a pesquisa qualitativa em
diversas ideias para artigos documentais; “tradições” como a psicologia ecológica, inte-
a incorporar os últimos registros da vas- racionismo simbólico e etnografia holística.
ta literatura em constante crescimento so- A categorização de Jacob me forneceu uma
bre investigação qualitativa; e a avançar estrutura-chave quando comecei a esboçar a
uma forma aplicada e prática de condução primeira edição deste livro. Lancy (1993) or-
de pesquisa. Por exemplo, não foi suficien- ganizou a investigação qualitativa em pers-
te para mim transmitir pressupostos filosó- pectivas disciplinares como antropologia,
ficos de investigação qualitativa no Capítulo sociologia, biologia, psicologia cognitiva e
2. Também tive de construir uma discussão história. Denzin e Lincoln (2011) organiza-
em torno de como essas ideias são aplicadas ram e reorganizaram seus tipos de estraté-
no projeto e escritas em um estudo qualita- gias qualitativas ao longo dos anos.
tivo. Concordo com Agger (1991), que diz A Tabela 1.1 apresenta essas e outras
que os leitores e escritores podem entender várias classificações das abordagens qualita-
a metodologia de uma forma menos técnica, tivas que surgiram com o passar dos anos. Es-
possibilitando assim um maior acesso aos ta lista não tem a intenção de esgotar as pos-
eruditos e democratizando a ciência. Além sibilidades; pretende ilustrar a diversidade
disso, sempre que escrevo tenho diante de de abordagens recomendadas por diferen-
mim a figura de um estudante no início do tes autores e como as disciplinas podem en-
mestrado ou doutorado que está aprenden- fatizar algumas abordagens em detrimento
do a pesquisa qualitativa pela primeira vez. de outras.
Como tenho essa imagem na minha cabeça, Examinando mais de perto essas clas-
alguns podem dizer que simplifico exagera- sificações, podemos discernir que algumas
TABELA 1.1
Abordagens qualitativas mencionadas pelos autores e suas disciplinas/áreas
(continua)
TABELA 1.1
Abordagens qualitativas mencionadas pelos autores e suas disciplinas/áreas (continuação)
TABELA 1.1
Abordagens qualitativas mencionadas pelos autores e suas disciplinas/áreas (continuação)
dagens populares na literatura das ciências disciplinas que abarcaram a pesquisa qualita-
sociais e ciências da saúde e elegendo orien- tiva. Por exemplo, a narrativa se origina das
tações da disciplina representativa. Tive ex- humanidades e ciências sociais; a fenomeno-
periência pessoal com cada uma das cinco, logia, da psicologia e filosofia; a teoria funda-
orientei estudantes e participei de equipes mentada da sociologia; a etnografia, da an-
de pesquisa usando essas abordagens qua- tropologia e sociologia; e os estudos de caso,
litativas. Além dessa experiência pessoal, das ciências humanas e sociais e áreas aplica-
venho lendo a literatura qualitativa desde das como a pesquisa de avaliação.
a minha indicação inicial para ensino na As ideias principais que utilizo para
área em 1985. As cinco abordagens discuti- discutir cada abordagem provêm de livros
das neste livro refletem os tipos de pesqui- seletos. Mais especificamente, irei me ba-
sa qualitativa que vejo mais frequentemen- sear mais enfaticamente em dois livros em
te na literatura social, comportamental e de cada abordagem. Esses são livros que alta-
ciências da saúde. Não é incomum, também, mente recomendo para que você dê início
que os autores afirmem que certas aborda- ao aprendizado de uma abordagem especí-
gens são mais importantes nos seus cam- fica à investigação qualitativa. Eles também
pos (p. ex., Morse e Field, 1995). Além do lembram clássicos frequentemente citados
mais, prefiro abordagens com procedimen- pelos autores, assim como novos trabalhos.
tos sistemáticos para investigação. Os livros Além disso, refletem disciplinas e perspecti-
que escolhi para ilustrarem cada aborda- vas diversas.
gem tendem a ter procedimentos de rigo-
rosa coleta de dados e métodos de análise
que são atraentes para os pesquisadores ini- Pesquisa narrativa
ciantes. Os livros principais escolhidos para
cada abordagem também representam dife- Clandinin, D. J., & Connelly, F. M. (2000). Narrative
rentes perspectivas da disciplina nas ciências inquiry: Experience and story in qualitative research.
sociais, comportamentais e da saúde. Essa é San Francisco: Jossey-Bass.
uma característica atraente para ampliar o Riessman, C. K. (2008). Narrative methods for the
público para o livro e reconhecer as diversas human sciences. Thousand Oaks, CA: Sage.
narrativa, fenomenologia, teoria fundamen- crita das introduções aos estudos (Capítulo
tada, etnografia e pesquisa de estudo de ca- 6), coleta de dados (Capítulo 7), análise e re-
so. O capítulo inclui uma visão geral dos ele- presentação dos dados (Capítulo 8), escrita
mentos de cada uma das cinco abordagens. de estudos qualitativos (Capítulo 9) e valida-
O Capítulo 5 dá continuidade a essa discus- ção e avaliação de um estudo qualitativo (Ca-
são, apresentando cinco artigos publicados pítulo 10). Ao longo destes capítulos sobre o
em periódicos (um sobre cada abordagem, projeto, começo pelos fundamentos da pes-
com os artigos completos nos Apêndices B quisa qualitativa e depois amplio a discussão
a F), o que proporciona boas ilustrações de para avançar e comparar os cinco tipos.
cada abordagem. Lendo a minha exposição Como uma experiência final para apu-
no Capítulo 4 e depois examinando um arti- rar as distinções feitas entre as cinco abor-
go acadêmico que ilustra a abordagem, vo- dagens, apresento o Capítulo 11, no qual
cê poderá desenvolver um conhecimento retomo o estudo de caso do atirador (As-
funcional de uma determinada abordagem. mussen e Creswell, 1995 – veja o Apêndice
Nesse capítulo, recomendo que você escolha F), que aparece inicialmente no Capítulo 5,
um dos livros para a abordagem e só então e “transformo” a história de um estudo de
comece a se aprofundar nele para que seu caso em uma biografia narrativa, uma feno-
estudo em pesquisa possa então expandir menologia, um estudo de teoria fundamen-
este conhecimento. tada e uma etnografia. Esse capítulo final fe-
Esses cinco capítulos preliminares for- cha o círculo para o leitor no exame do caso
mam uma introdução às cinco abordagens do atirador sob vários aspectos. Trata-se de
e uma visão geral do processo de projeto de uma extensão da minha experiência no se-
pesquisa. Eles preparam o cenário para os ca- minário de Vail em 1994, quando examinei
pítulos restantes, os quais por sua vez ado- o mesmo problema a partir de perspectivas
tam cada passo no processo de pesquisa: es- qualitativas diversas.