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DIREITO CONSTITUCIONAL 2
1 - INTRODUÇÃO
Antes de apresentar a Teoria da Separação dos Poderes, convém lembrar que a sua
nomenclatura visa teorizar a Separação das Funções, pois o poder do Estado é uno e
indivisível.
Ressalta-se que esta teoria teve franca acolhida numa época em que se buscava
enfraquecer o Estado, não admitindo sua interferência na vida social dos indivíduos,
como um dos dogmas do Estado Moderno, chegando-se a afirmar que não haveria
democracia sem a separação dos poderes.
A teoria da separação dos poderes afirma que qualquer que seja a atividade do
Estado, estas deverão ser precedidas e norteadas por normas abstratas e gerais – leis. Os
atos concretos só serão válidos se praticados conforme as normas gerais. Portanto, a
cobrança de um tributo de determinado contribuinte é legal, desde que, calculada em
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norma genérica e abstrata que diz que alguém que, venha a encontrar-se sem situação X,
deverá pagar Y a título de imposto. Aí estão as funções legislativa e executiva.
“O Sistema de separação dos poderes, consagrado nas Constituições de quase todo o mundo, foi associado
à idéia de Estado Democrático e deu origem a uma engenhosa construção doutrinária, conhecida como
sistema de freios e contrapesos. Segundo essa teoria os atos que o Estado pratica podem ser de
duas espécies: ou são atos gerais ou são especiais. Os atos gerais, que só podem ser praticados pelo poder
legislativo, constituem-se a emissão de regras gerais e abstratas, não se sabendo, no momento de serem
emitidas, a quem elas irão atingir. Dessa forma, o poder legislativo, que só pratica atos gerais, não atua
concretamente na vida social, não tendo meios para cometer abusos de poder nem para beneficiar nem para
prejudicar a uma pessoa ou a um grupo em particular. Só depois de emitida a norma geral é que se abre a
possibilidade de atuação do poder executivo, por atos especiais. O executivo dispõe de meios concretos para
agir, mas está igualmente impossibilitado de atuar discricionariamente, porque todos os seus atos estão
limitados pelos atos gerais praticados pelo legislativo. E se houver exorbitância de qualquer dos poderes
surge a ação fiscalizadora do poder judiciário, obrigando cada um a permanecer nos limites de sua
respectiva esfera de competência”.
Mário Lúcio Quintão Soares: “Montesquieu não foi original quando sugeriu o governo moderador
ou forma mista de governo, caracterizada pela separação de poderes, como afirmação da liberdade política
contraposta aos perigos do absolutismo ou da anarquia que nasce da concentração ou confusão dos poderes.
A sua criatividade está na inserção do sistema de freios e contrapesos às funções legislativas, executivas e
judiciais, ensejando que estas sejam distribuídas a instâncias organicamente distintas e aptas a exercer
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INACUMULABILIDADE
Funções típicas: aquelas que guardam identidade com o Poder por que são desempenhadas.
Funções atípicas: aquelas que são desincumbidas por outros órgãos de poder . Ex.:
Executivo julga processos administrativos e legisla através de leis delegadas e medidas
provisórias.
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II - PODER LEGISLATIVO
Arts. 44 – 75, CF/88
1 - ORGANIZAÇÃO / ESTRUTURA:
2 - ATRIBUIÇÕES:
A atividade principal do Poder Legislativo é fazer leis, contanto nessa sua função,
com a participação do Executivo na iniciativa, no veto ou na sanção. Tem ainda outras
atribuições, como: deliberações; fiscalização e controle (art. 70, par. ún.); julgamento de
crimes de responsabilidade (art. 52, I); e reforma constitucional (art. 48 et seq. da CF).
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3 – CONGRESSO NACIONAL:
Os vencimentos dos parlamentares estão regulados no art. 49, VII, CF. Atribui-se,
ainda, à CD e ao SF, como a qualquer uma de suas Comissões, o poder de convocar
Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à
Presidência da República para, pessoalmente, prestarem esclarecimentos sobre assuntos
previamente determinado, importando crime determinado, importando crime de
responsabilidade a ausência sem justificação adequada (art. 50, §§1º e 2º).
4- COMISSÕES PARLAMENTARES:
São grupos menores de trabalho, com composição mista – ou seja – das duas Casas,
sendo suas tarefas previstas no art. 58, CF.
José Afonso da Silva assim as conceitua: “São organismos constituídos em cada
Câmara, compostos de número geralmente restrito de membros, encarregados de estuda e
examinar as proposições legislativas e apresentar pareceres”.
As Comissões Parlamentares podem ser:
4.3 - COMISSÕES MISTAS: São aquelas que se formam com membros das duas Casas,
com finalidade específica de estudar assuntos previamente fixados, especialmente aqueles
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que devam ser aprovados pelo CN. Podem ser permanentes ou temporárias (ex.
Comissão Mista do Orçamento).
São aquelas instituídas para apurar ato específico por prazo determinado, tendo
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, sendo as conclusões
encaminhadas ao Ministério Público para que se apure a responsabilidade a
responsabilidade civil de criminal dos infratores. Esta é uma das mais expressantes formas
de atuação do Poder Legislativo no seu exercício de fiscalização sobre os demais Poderes
(“mecanismo de freios e contrapesos”).
Possuem os mesmos poderes instrutórios que os magistrados possuem para
instrução processual penal.
Limites da CPI – jurisprudência STF: não podem formular acusações e punir delitos;
não podem desrespeitar privilégios contra a auto-incriminação que assiste a qualquer
indiciado ou testemunha; não podem decretar a prisão de qualquer pessoa, exceto em
flagrante; não podem realizar atos exclusivos ao Poder Judiciário, como também transpor
o limite da reserva jurisdicional constitucional (ações exclusivas dos juízes). As CPI’s não
possuem o poder de (re) examinar o conteúdo das decisões judiciais. Não podem, ainda,
determinar aplicação de medidas cautelares, como indisponibilidade de bens, arresto,
seqüestro, hipoteca judiciária, proibição de ausentar-se Comarca ou do País; proibir ou
restringir assistência jurídica aos investigados. Os excessos praticados pelas CPI’s
deverão ser contidos pelo Poder Judiciário, através do STF, em sede de MS e HC,
conforme o art. 102, I, “i”, CF.
5- FUNCIONAMENTO: Arts. 57, §3º e 47 (regra: maioria absoluta) CF; art. 3º,
ADCT.
Expressões utilizadas:
1 - INTRODUÇÃO:
3.1 - INICIATIVA:
e) Vinculada: pertence a uma ou mais pessoas indicadas pela CF, contudo o titular
não pode avaliar o momento de oferecer o projeto, ao contrário, deverá fazê-lo em
determinado prazo ou oportunidade, conforme os arts. 165, 84, XXIII CF c/c 35,
§2º, III ADCT. Vide art. 8º, § 2º do ADCT. Prazo certo para propor.
Esta terceira fase ocorre nas duas Casas, a Iniciadora e a Revisora. Quando a iniciativa
partir do Presidente da República, dos Tribunais Superiores e STF, de Deputado Federal,
do PGR ou povo, o projeto deverá ser apresentado na Câmara dos Deputados, de acordo
com o art. 64 da CF. No Senado (ou Câmara Alta) só iniciarão projetos de lei propostos
pelos Senadores.
Casa Iniciadora -
O projeto passará primeiro pela aprovação das Comissões Permanentes, como p. ex. a
CCJ, que tanto na CD como no SF tem no seu parecer força terminativa; para depois ser
levado à discussão e votação no plenário, se a matéria for assim determinada pelo
Regimento Interno. Poderá, o projeto, ser discutido e votado nas comissões permanentes,
sem, necessariamente, ser levado a plenário, desde que respeitado o regimento interno e
não havendo recurso de um décimo dos membros da Casa (art. 58, §2º, I, CF).
De acordo com Celso Ribeiro Bastos, “as casas examinam o projeto no seu aspecto
material e formal. Aspecto material - conteúdo, interesse público. Aspecto formal -
observância da forma prevista na Constituição. Passado pelas comissões, o projeto de lei é
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discutido e votado em plenário, sendo aprovado se obtiver maioria dos votos, estando
presente a maioria dos membros da Casa”.
“a) Aprovar o projeto. Neste caso, será enviado para sanção e promulgação do Presidente
da República.
b) Emendar o projeto. Neste caso, deverá devolvê-lo à Câmara Iniciadora para que se
aprecie a emenda.
Como se vê, a aprovação de um projeto de lei se dá pela conjugação da vontade das duas
Casas Legislativas”.
As emendas ao projeto de lei, que são apresentadas nas comissões, podem ser:
a) modificativas: são aquelas que modificam sem retirar ou acrescer conteúdo, ou seja,
não há alteração substancial;
c) aditivas: são aquelas que acrescem ao texto original, ou seja, são emendas
ampliativas;
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3.3 – DELIBERAÇÃO:
Somente podem apresentar emendas os titulares da iniciativa parlamentar, pois essa tarefa
é função precípua do Poder Legislativo. Se os titulares da iniciativa extraparlamentar
quiserem modificar o projeto apresentado, terão que apresentar um novo projeto,
retirando o antigo.
Uma vez rejeitado o projeto na Casa Revisora, será ele arquivado (art. 65).
Art. 67: se o projeto de lei for rejeitado, para que possa ser reapresentado na mesma
sessão legislativa, é necessária a assinatura da maioria absoluta de qualquer das Casas
Legislativas (iniciativa reservada à maioria absoluta de qualquer das casas).
Antes de chegar ao Plenário (art. 58, 212 167, I), o projeto pode passar pelas
comissões Temáticas e Permanentes (art. 32 do Regimento Interno da Câmara e art. 72 do
Regimento Interno do Senado).
E VOTAÇÃO:
Para abrir os trabalhos da Casa, usa-se o quórum da maioria absoluta. Em relação ao
quórum de votação, é utilizado o simples ou relativo (art. 47, CF – maioria simples) e o
absoluto (art. 69, CF – maioria absoluta). É utilizado o quórum simples para aprovação de
lei ordinária; para lei complementar, é exigido o quórum da maioria absoluta.
Comentário de Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Jr.: como conseqüência
do sistema bicameral, a INICIATIVA deve ser apresentada na Casa Iniciadora (em regra,
a Câmara dos Deputados, salvo quando o projeto for iniciado por um Senador ou por
comissão do Senado), que, após a sua DISCUSSÃO, leva a efeito da DELIBERAÇÃO, a
qual, respeitada a maioria exigível para aquela espécie normativa, pode aprovar ou rejeitar
o projeto. Caso aprovado, deve ser encaminhado para à Casa Revisora (em regra o Senado
Federal), onde, após nova discussão, é submetido à votação, ensejo em que, pode ser
definitivamente aprovado, rejeitado (caso em que é imediatamente arquivado) ou
emendado, situação que implica que seja o projeto novamente submetido à avaliação da
Casa Iniciadora.
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Conforme o §1º do art. 66, o veto pode ser total ou parcial e deve sempre ser
motivado. O veto parcial deve obedecer ao §2º, onde abrangerá texto integral de artigo,
parágrafo, inciso ou alínea.
Se o veto não for apreciado neste prazo de 30 dias, ele será incluído na ordem do
dia, com votação preferencial às demais matérias, salvo as medidas provisórias (§6º).
3.5 – PROMULGAÇÃO:
3.6 – PUBLICAÇÃO:
É o ato que visa levar ao conhecimento público a existência da lei, através de jornal
oficial. A partir da publicação ou com o transcurso da vacatio legis, a lei produz eficácia
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(LICC, art. 1º) e finaliza o processo legislativo, ou seja, salvo exceção prevista
expressamente em lei, o período de vacância é de quarenta e cinco (45) dias.
Qualquer alteração promovida por uma Casa ao texto aprovado pela outra, é como
se fosse nova proposta, de maneira que o projeto deve ser totalmente votado pela Casa
que recebe a nova redação.
3 – LEIS ORDINÁRIAS
São aquelas que não possuem campo de abrangência específico, podendo regular
qualquer matéria que não seja limitada pelos adjetivos “complementar” ou “delegada”, e
os casos previstos nos arts. 49, 51 e 52.
O processo legislativo é regular. Necessita de sanção.
extinguiu esse ato normativo, mas não deixou o Presidente da República de mãos atadas,
criando a possibilidade de atuar na atividade normativa, através das medidas provisórias.
Para tanto, estabeleceu critérios rígidos para o seu exercício: só se poderá editar
uma medida provisória diante de urgência e relevância, submetidas, de imediato, ao
Congresso Nacional – se estiver em recesso, deverá se reunir extraordinariamente – no
prazo de 05 dias. O exame da urgência fica a cargo do Poder Executivo, ficando o STF
com a função de apreciar a matéria. Se o STF verificar a inexistência da alegada urgência,
declarará a inconstitucionalidade desta medida provisória, por faltar o quesito
constitucional da urgência (vide §5º, art. 62).
Uma vez baixada a MP, ela entrará em vigor imediatamente, passando a produzir
efeitos jurídicos. A apreciação do Congresso Nacional se dá a posteriori , com a discussão
promovida nos procedimentos do art. 62, alterado pela EC 32/01.
As medidas provisórias podem versar sobre todas as matérias que possam ser
objeto de lei, salvo as exceções previstas no §1º do art. 62.
“A medida provisória que não for convertida em lei no período de 60 dias (mesmo depois de
prorrogada uma vez) ou rejeitada perde os seus efeitos desde a sua edição (efeitos ex tunc). O Congresso
Nacional, nesse caso, tem o prazo de sessenta dias para, por decreto legislativo, disciplinar as relações
decorrentes da incidência da medida provisória que perdeu a sua eficácia (que por não apreciação, quer por
rejeição). Caso o Congresso Nacional não se manifeste no prazo de sessenta dias, ficarão valendo para as
relações naquele intervalo de tempo, os dizeres da medida provisória. Trata-se de triste restauração do
instituto do decurso de prazo, banido com a Constituição de 1988” (Luiz Alberto David Araújo e
Vidal Serrano Nunes Júnior, p. 312, 313).
5 – LEIS DELEGADAS
São leis editadas pelo Presidente da República, através de delegação recebida pelo
Congresso Nacional (através de resolução, §2º do art. 68), que o qualifica para editar a
norma em conformidade com o art. 68 da CF.
No §1º, são elencadas as matérias que não poderão ser delegadas, que são: as de
competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49); as de competência exclusiva da
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Câmara dos Deputados (art. 51); as de competência exclusiva do Senado (art. 52); as
reservadas à lei complementar e as leis de organização do Poder Judiciário, e do Ministério
Público; legislação sobre nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos, eleitoral,
planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamento.
Conforme o §3º do art. 68, haverá fase de sanção. Não sofrerá veto.
6 – DECRETOS LEGISLATIVOS
7 – RESOLUÇÕES
8 – TRATADOS INTERNACIONAIS
aprovados conforme o §3º, do art. 5º (EC 45/04), passam a ter natureza jurídica de
norma constitucional.
CF
CE / LO-DF
LO Municípios
Uma lei federal só será válida se estiver no seu âmbito de atuação, traçado na CF;
uma lei estadual vale enquanto esteja de acordo com a esfera de competência do Estado
para regular determinada matéria, nos termos da mesma CF; da mesma forma, uma lei
municipal retira seus fundamentos de validade no rol de competência que foi conferido ao
Município pela CF.
Assim, se uma lei federal invade a competência estadual ou municipal, torna-se inválida e
inconstitucional. Porém, nessa situação, não se trata de hierarquia, mas de conflito de
competências, a ser resolvido sempre com base na CF. Não há, portanto, que se falar em
hierarquia das normas oriundas de entes estatais distintos, autônomos, como na nossa
Federação. Em caso de conflito entre lei federal, estadual e municipal, prevalecerá sempre
aquela competente para o trato da matéria. Por exemplo: caso uma lei federal esteja
invadindo a competência do município, a lei municipal prevalecerá.
“Registre-se ainda que ao Tribunal de Contas da União cabem, no que for possível, as
mesmas competências deferidas pelo art. 96 da Constituição ao Poder Judiciário, como se
vê no art. 73. Portanto, tem iniciativa para propor projetos de lei sobre matéria de seu
interesse (art. 96, II).” (Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Nunes Júnior –
p. 318)
Nos Municípios em que não haja TC, o controle externo é feito pelas Câmaras
Municipais de Vereadores com o auxílio do TCE.
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Para a doutrina clássica, possui dupla missão: a defesa externa e a manutenção da ordem
interna.
O Poder Executivo compreende o governo, que é sua cabeça, e a administração,
que é o seu tronco e membros. O Governo é o órgão ou conjunto de órgãos, a que
pertence a representação do todo e a tomada das decisões fundamentais, no que é de sua
competência. A Administração é o conjunto de órgãos que propriamente acompanham a
execução das leis e decisões em geral, ou que a preparam. Ou, ainda, que as executam por
si. Compreende tanto o serviço civil, ou burocracia, como as Forças Armadas, que é o seu
braço militarizado. (Manoel Gonçalves Ferreira Filho – pgs. 218,219).
NO BRASIL: Poder Executivo é o órgão constitucional que tem como função principal
o exercício dos atos de chefia de Estado (art. 84, VII, VIII, XIX, XX, XXI e XXII), de
Governo (84, I, IV, VI, X, XII e XXV) e de administração. O Executivo também legisla
(CF, art. 62 Medidas Provisórias) e julga (contencioso administrativo), exercendo as
chamadas funções atípicas.
**FIXAÇÃO DE SUBSÍDIO: Cabe ao CN, conforme art. 49, VIII, CF.
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MANDATO: Art. 82 da CF, o mandato presidencial será de quatro anos, com início a
partir de primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição.
Perda do Mandato Eletivo (Presidente e Vice):
a) Cassação (em virtude de decisão do Senado por crime de responsabilidade ou de
decisão judicial);
b) Extinção (morte, renúncia, perda ou suspensão dos direitos políticos e perda de
nacionalidade);
c) Declaração de vacância do cargo feita pelo CN (em virtude do não
comparecimento para tomar posse até 11/JAN – art. 78, parágrafo único); e
d) Ausência do país por mais de 15 dias sem licença do CN (art. 83), caso em que o
próprio CN decreta a perda.
Por isso, a perda do mandato pode ser:
a) Natural (extinção);
b) Punitiva (cassação);
c) Voluntária (não tomar posse ou ausentar-se injustificadamente).
Faculdade Regulamentar:
internos regulamentos que só possuem
eficácia na órbita interna da
Administração Pública
Quanto à
eficácia
externos regulamentos que possuem
Regulament eficácia também em relação aos
os administrados
Conceito: É
ato normativo autônomos regulamentos que existem
secundário, independentemente de lei anterior
pois depende
de lei. Tem a interpretativos Regulamentos
função de que visam
regulamentar aclarar a lei
a lei, não Execução de organização regulamentos
criando (regulament que finalizam
obrigações e Quanto os que distribuir
direitos, que é ao objeto visam, competência
matéria exclusiva-
exclusiva de mente,
lei. regular lei
anterior)
de regulamentos
complementação que objetivam a
fixação de
valores
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(art. 86, § 4º, CF), fenômeno este que se denomina imunidade temporária à persecução penal
e não imunidade penal. Ressalta-se que não se configura imunidade penal, visto que o
Presidente da República não se torna irresponsável por crimes não funcionais. A situação
que se apresenta é que o Presidente, enquanto estiver investido em sua função, deixará de
responder por infrações exercidas durante este tempo e que não tenham relação com o
mandato, não respondendo, outrossim, por atos infracionais realizados anteriormente à
sua gestão. A prescrição do crime, nessas situações, ficará suspensa. Faz-se necessário
salientar que essa imunidade é apenas penal, ou seja, não inibe uma ação judicial que
envolva responsabilidade civil, administrativa, fiscal ou tributária.
“A cláusula de imunidade penal temporária, instituída, em caráter extraordinário, pelo art.
86, §4º, da CF, impede que o Presidente da República, durante a vigência de seu mandato,
sofra persecução penal, por atos que se revelaram estranhos ao exercício das funções
inerentes ao ofício presidencial. Doutrina. Precentes.
Tratando-se, no entanto, de atos praticados ‘in offício’ ou ‘propter officium’, e desde que possuam
qualificação penal, tornar-se-á constitucionalmente lícito instaurar, contra o Presidente da República,
mesmo na vigência de seu mandato, a pertinente persecução penal, uma vez exercido, positivamente, pela
Câmara dos Deputados, o controle prévio da Adminissiblidade da acusação penal (CF, art. 86, caput,
c/c o art. 51, I)”. Inq. 1.418-RS, Informativo STF, nº 248, Misn. Celso Mello, relator.
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IV - PODER JUDICIÁRIO
A ESTRUTURA DO JUDICIÁRIO
STF: 11 Ministros
CNJ: 15 Membros
STJ: mínimo de 33 Ministros
TST: 27 Ministros
TSE: mínimo de 7 Ministros
STM: 15 Ministros
1. INTRODUÇÃO
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PRINCÍPIOS BALIZADORES
c) Efeito Inter Partes: a decisão judicial produz efeito entre as partes que participam do
processo. Exceção: prestação jurisdicional com efeitos erga omnes, em relação a
todos.(sindicalizados ou não)
Competência Originária
Competência Recursal
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O Poder Judiciário é um dos três poderes clássicos previstos pela doutrina e consagrado
como poder autônomo e independente de importância crescente no Estado de Direito.
Sua função não consiste somente em administrar a Justiça, sendo mais, é ser o verdadeiro
guardião da constituição, com a finalidade de preservar, basicamente, os princípios da
legalidade e igualdade, sem os quais os demais tornar-se-iam vazios.
Daí as garantias de que goza, algumas das quais asseguradas pela própria Constituição
Federal, sendo as principais a vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de
vencimentos dos juízes.
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As garantias conferidas aos membros do Poder Judiciário têm assim como condão
conferir à instituição a necessária independência para o exercício da Jurisdição,
resguardando-a das pressões do Legislativo e do Executivo, não se caracterizando, pois,
os predicamentos da magistratura como privilégio dos magistrados, mas sim como meio
de assegurar o seu livre desempenho, de molde a revelar a independência e autonomia do
Judiciário.
Federal“. Esses mesmos Ministros poderão ser processados e julgados pelo Senado
Federal nos crimes de responsabilidade.
Ressalte-se que as funções desse Conselho de Justiça devem assemelhar-se às funções dos
Conselhos Superiores da Magistratura portuguesa que, como salientado por Canotilho,
não podem perturbar a independência interna dos magistrados, isto é, o livre exercício da
sua atividade, garantindo-se constitucionalmente, a inexistência de quaisquer vínculos
perante os órgãos dirigentes do próprio Judiciário e dos tribunais superiores.
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2.2 - Inamovibilidade (CF, art. 95, II) - Por essa garantia, entende-se que o juiz
somente poderá ser transferido ou promovido por iniciativa própria, jamais ex officio de
qualquer outra autoridade, salvo em uma única exceção constitucional, por motivo de
interesse público (arts. 93, VIII, e 95, II, CF) e pelo voto de 2/3 do órgão competente.
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- Artigo 93, I E II CF
- LOMAN – Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LC 35/79, ARTS. 78 E 79)
- Para ingressar na carreira como juiz substituto, necessário passar em concurso público
de provas e títulos. Art. 37.
- A EC Nº 45/04 alterou o inciso I, do art. 93, acrescendo a regra para ingresso de 03
anos de atividade jurídica.
- A OAB tem participação obrigatória no ingresso na carreira de magistrado.
5.1 Aposentadoria voluntária e proventos integrais: art. 40, §1º, III, “a”, CF
5.2 Aposentadoria voluntária por idade e proventos proporcionais: art. 40, §1º, III, “b”,
CF
5.3 Aposentadoria compulsória por interesse público: art. 40, §1º, III, “b”, CF.
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MERECIMENTO
2. Para isso, tem que ter 2 anos na mesmas instância. Ainda tem que estar na razão de
20% da lista de antiguidade. Salvo se não houver ninguém – lugar vago.
3. Forma de avaliação:
- Será o trabalho prestado com presteza e segurança.
- Será o trabalho freqüente.
- Aproveitamento em cursos de aperfeiçoamento.
ANTIGUIDADE
Por antiguidade, o tribunal só pode deixar de promover se houver o mais velho da lista,
com o voto de 2/3 do respectivo tribunal. A forma de promoção é idêntica nas duas
instâncias. Há obrigação em fornecimento de cursos de aperfeiçoamento.
7 - REMUNERAÇÃO DO JUDICIÁRIO
Os membros dos tribunais superiores TST, TSE, STM, STJ tem 95% do subsídios dos
ministros do STF.
Outros magistrados a lei escalonada define, de cada competência. Não pode passar dos
95%. Entre a justiça federal e estadual tem que haver uma diferença de 10 a 5%.
Todo julgamento é público, sob pena de nulidade, podendo a lei restringir. Existência do
tribunal pleno. Deve o tribunal ter no mínimo 25 membros, variando o número de 11 a
25.
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Matéria tratada pelo art. 93 da CF. A Escolha de membros é específica para cada tribunal
superior. TST, TSE , STM, STJ.
Nos outros, tribunal do Estado ou Federal, são escolhidos pela promoção, juntando com
1/5 constitucional, formados por membros do MP e e advogados, de notório saber
jurídico e ambos com mais de 10 anos na função.
COMPOSIÇÃO
Nomeação é feita pelo presidente da república. Brasileiro nato com 35 a 65 anos, art. 12, §
3º IV da CF. Aprovação por maioria absoluta dos membros do senado federal, art. 52, III
, a, art. 101 parag. Único da CF. Cidadão em pleno gozo de seus direitos políticos de
notório saber jurídico e reputação ilibada.
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Não exige formalmente o bacharelado de Direito. Não necessita ser magistrado. O que
precisa é ter notório saber jurídico. O Brasil tem o costume de não exigir o bacharelado,
diferente do trib. Constitucional Alemão e Português. Quem recebe o novo ministro é o
presidente do STF. Em 1893 um médico foi nomeado e ficou 1 ano.
ATRIBUIÇÃO
COMPETÊNCIA DO STF
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Ressalte-se a investidura de Ministro do STJ em vaga destinada aos juízes dos Tribunais
Regionais Federais ou aos Desembargadores dos Tribunais de Justiça, não se exige que o
nomeado pertença originariamente à classe da magistratura, permitindo-se, portanto, que
tenha ingressado nesses tribunais pela regra do quinto constitucional prevista no art. 94 da
Constituição Federal.
No caso, porém, dos advogados e membros do Ministério Público, serão preparadas listas
sêxtuplas por cada instituição, que as encaminhará ao Superior Tribunal de Justiça, que
elaborará lista tríplice a ser encaminhada ao Chefe do Poder Executivo, São requisitos
para o cargo de Ministro do Superior Tribunal de Justiça:
a. idade: 35 a 65 anos;
b. serem brasileiros natos ou naturalizados;
c. notável saber jurídico e reputação ilibada.
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COMPETÊNCIA DO STJ
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13 - JUÍZES FEDERAIS:
Artigo 111, § 1.°, CF para a composição do TST , sendo que à partir da EC n.° 24, não
mais há participação classista Observe-se que o art. 2.° da EC n.° 24, assegurou o
cumprimento dos mandatos dos atuais ministros classistas.
No caso dos Ministros escolhidos dentre os juízes dos TRT,, o próprio TST elaborará
lista tríplice e encaminhará ao Presidente da República. No caso dos advogados e
membros do Ministério Público, cada uma das carreiras encaminhará lista sêxtupla ao
TST, observados os requisitos do art. 94 da Constituição Federal, que elaborará lista
tríplice, encaminhando-se ao Presidente da República, que procederá a escolha.
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Compete à Justiça Militar processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Os civis,
desde que considerados autores de crime militar (assemelhados), poderão se submeter ao
foro militar.
A Constituição Federal somente prevê requisitos especiais para os ministros civis, quais
sejam:
Para os 10 militares, há requisito de ser brasileiros natos (art. 12, § 3.°, VI, da Constituição
Federal). O Presidente da República, livremente, ou seja, não há necessidade de lista
tríplice ou sêxtupla,, que será sabatinado pelo Senado Federal. Após a aprovação, por
maioria simples, o Presidente da República o nomeará.
Pelo texto do art. 96, III, da CF, observa-se que é da competência do Tribunal de
Justiça julgar os crimes comuns e de responsabilidade praticados pelos juízes e membros
do Ministério Público dos Estados, do Distrito Federal e Territórios (crime de
responsabilidade praticado pelo Procurador-Geral de Justiça é julgado pelo Poder
Legislativo). No caso de crime eleitoral, a competência de julgamento é do Tribunal
Regional Eleitoral.
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Os Governadores de Estado são julgados pelo STJ nos casos de crimes comuns e
eleitoral" (CF, art. 105, I, a). Nos casos de crimes de responsabilidade, serão julgados pelo
órgão definido na Constituição Estadual.
Os Prefeitos, nos crimes comuns (CF, art. 29, X), são julgados pelo Tribunal de
Justiça. Nos casos das infrações político-administrativas (crimes de responsabilidade)," são
julgados pela Câmara de Vereadores. Se praticarem infração penal em detrimento de bens,
serviços ou interesse da União Federal, empresas, públicas e autarquias federais, o
julgamento será feito pelo TRF (vide CF, 109, IV e 108, I).
Para melhor entendimento do tema, vide: CF, arts. 21, XIII; 22, XVII; 48, IX e 92,
VII; 128, I, d e § 3º e 134, par. ún.
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1. O MINISTÉRIO PÚBLICO
O MP não pode ser classificado como um quarto poder, desvinculado dos Poderes
Executivo, Judiciário e Legislativo, apesar do extenso rol de garantias que a CF lhe
outorgou. Ele está adstrito ao Executivo, e não apenas pelo fato de o Procurador-Geral
da República (PGR) ser escolhido pelo Presidente.
JOSÉ AFONSO DA SILVA não aceita a tese que postula que o MP forma um 4º poder,
por entender que, mesmo com a ampliação das competências estabelecidas pela CF/88, a
essência de suas atividades ainda é executiva, sendo uma instituição vinculada ao Poder Executivo.
Explica, ainda, que seus membros são agentes políticos, com ampla liberdade funcional,
desempenhando suas atribuições com prerrogativas e responsabilidades estabelecidas na
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Só existe unidade dentro de cada Ministério Público, de forma que não existe unida-
de entre o Ministério Público Federal e os dos Estados, ou entre o de um Estado e o de
outro, ou entre os diversos ramos do Ministério Público da União. Ressaltamos que o
chefe do Ministério Público Federal, o do Trabalho e o Militar é o Procurador-Geral da
República.
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Por sua vez, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios é chefiado pelo
Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Presidente da República, a partir de lista
tríplice elaborada pelo respectivo Ministério Público, dentre integrantes da carreira, para
mandato de dois anos, permitida uma recondução.
Observe-se que o Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios não é
nomeado pelo Procurador-Geral da República (como acontece com os Procuradores-
Gerais do Trabalho e da Justiça Militar), tampouco pelo Governador do Distrito Federal
(como acontece com os Procuradores-Gerais de Justiça nos estados, que são nomeados
pelos respectivos Governadores).
A sua nomeação é feita pelo Presidente da República, tendo em vista que, no Distrito
Federal, compete à União organizar e manter o Ministério Público (CF, art. 21, XIII). Da
mesma forma, sua destituição, se for o caso, não será por deliberação da maioria absoluta
da Câmara Legislativa do Distrito Federal, mas sim por deliberação da maioria absoluta
do Senado Federal” (PAULO; ALEXANDRINO, 2007, p. 670).
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3. ADVOCACIA
Contudo, mesmo diante da norma prevista no art. 133, vê-se que a intervenção do
advogado em juízo não é absoluta, pois em alguns casos o direito de postular é dado a
qualquer pessoa (v. g., habeas corpus, revisão criminal, nos juizados especiais, reclamações
trabalhistas, alguns recursos eleitorais interpostos pelos delegados de partido).
pautando que não é necessária a presença do advogado nos Juizados de Pequenas Causas,
na Justiça de Paz e na Justiça do Trabalho (DJU, 14.10.94, Sec. I, p. 27.596).
De acordo com a Lei 9.099/95, em seu artigo 9º, ficou disposto que, no âmbito dos
Juizados Especiais Cíveis, a assistência do advogado só é exigida nas causas de valor
superior a 20 salários mínimos, sendo até este limite sua assistência facultativa. E, de
acordo com a Lei 10.259/01 (Lei dos Juizados Especiais Federais), as partes poderão
designar, por escrito, representantes para a causa, advogado ou não.
4. DEFENSORIA PÚBLICA
A assistência jurídica prestada pelo Estado aos necessitados é integral: todo aquele
que se encontre em situação de miserabilidade será dispensando das despesas processuais
(custas judiciais), cabendo ainda ao Estado lhe providenciar um defensor em juízo.
A CF/88 garantiu à Defensoria Pública isonomia de vencimentos, conforme os
artigos 135 c/c 39, §4º.
“O CNJ é um apêndice do STF, no sentido de parte acessória, mas distinta pela sua forma
ou posição, de importância menor se comparada a ele, submetida a sua magnitude”
(BULOS, 2007, p. 1090).
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