Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
lições
Acabei de publicar aqui no Dicas de Fotografia 7 páginas fixas com um conteúdo didático
para quem está iniciando na fotografia. São 7 lições que cobrem todos os aspectos
iniciais da técnica de fotografar: o que é exposição, profundidade de campo, os três
pilares da exposição (velocidade, abertura e ISO), entre outros. Veja cada tópico e, se tiver
alguma dúvida ou comentário, comente aqui.
1. O que é exposição
2. O que é abertura do diafragma
3. O que é a velocidade do obturador
4. ISO ou ASA
5. O que é o balanço de branco
6. Foco e profundidade de campo
7. Distância focal
Você pode ver ou baixar essa apostila em PDF, sem anúncios, por aqui: Aprenda a
Fotografar em 7 Lições
Para seguir estas lições é imprescindível ter uma câmera com controles Manuais (M). As
câmeras que não possuem controle manual selecionam todos os itens automaticamente –
não deixando nenhum espaço para a sua criatividade.
Também é importante que você tenha o manual da sua câmera para saber sempre como
editar as configurações mostradas. Como a nomenclatura é basicamente a mesma
independente do fabricante do seu equipamento qualquer dúvida está a um item do
sumário de ser resolvida.
1. O que é exposição?
Exposição se refere à quantidade de luz usada para formar uma fotografia.
Conseguimos ver tudo no mundo porque tudo reflete luz* – isso já aprendemos lá no
ensino fundamental. E é graças à esse princípio que a fotografia existe!
Toda vez que vamos fotografar uma certa quantidade de luz, de acordo com o que tem lá
fora, passa pela lente e chega no sensor ou filme. Cada pedacinho de luz contém um
pouco de informção: é a luz refletida dos objetos que está indo até o nosso olho e,
também, até a nossa câmera.
Para nossa câmera criar as imagens estáticas que chamamos de “fotografia” uma certa
quantidade de luz deve passar pelas lentes por um tempinho para que possamos
reproduzir um momento.
Essa luz não pode ser demais ou nossa foto ficará superexposta. Ou seja, ela ficará clara
demais!
Essa luz também não pode ser de menos ou nossa foto ficará subexposta. Ou seja, ela
ficará escura demais!
Aposto que você já lidou com situações em que as fotos ficaram muito claras ou muito
escuras, certo? Às vezes usamos isso à nosso favor como um efeito. Mas a princípio
buscamos fotos com uma exposição balanceada.
Esses três fatores serão explicados mais adiante. São eles que controlam a luz que será
transformada em imagem.
Como expor corretamente?
As câmeras possuem mecanismos para nos dizer quando a exposição está correta. Nem
sempre a câmera está certa, mas com a experiência podemos nos basear no que ela nos
diz para expor exatamente do jeito que queremos as diferentes situações!
Ao olhar no visor da câmera conseguimos ver uma régua de exposição. Ela nos conta
como está a exposição da nossa imagem com a quantidade de luz que está entrando
pelas lentes!
Como essa régua funciona ou se parece depende um pouquinho da sua câmera, mas
basicamente ela é assim:
Este pequeno retângulo embaixo mostra a exposição atual da sua imagem! Se ele estiver
bem no meio é porque a sua câmera considera que a cena está bem exposta. Neste caso
pode bater a foto pois a quantidade exata de luz vai entrar para que criar uma imagem
bem exposta.
Se o retângulo estiver mais para a esquerda sua cena está subexposta e se estiver mais
para a direita, superexposta.
Subexposição:
Uma foto está subexposta quando uma quantidade insuficiente de luz entrou na câmera
pelas lentes. Quando isso acontece vários pontos da imagem ficam pretos: sem
informação nenhuma de cor ou luminosidade.
Superexposição:
Uma foto está superexposta quando muita luz entrou na câmera. Quando isso acontece
vários pontos da imagem ficam “estourados”: brancos e sem informação nenhuma de cor
ou luminosidade.
Modo de medição de exposição
Em situações em que o fundo está muito claro (por exemplo: um fundo branco ou com
uma luz direta) é importante configurar sua câmera para expor somente o que está no
“meio” do visor. Assim ela desconsidera a parte muito clara (ou muito escura) e você tem
uma exposição mais correta. De qualquer forma dê uma olhada no seu manual para
maiores detalhes!
* Obs.: as formas como cada coisa reflete a luz diferem entre si, por isso conseguimos ver
os diferentes objetos e cores. Nosso olho e a câmera trabalham de forma parecida –
absorvendo o espectro de cores e luminosidade de tudo que está a nossa volta! A cor
preta, por exemplo, absorve toda a luz, enquanto a cor branca reflete toda a luz.
2. O que é abertura do diafragma
O diafragma é um “olhinho” que abre na hora de tirarmos a foto para que a
luz passe. Controlamos a abertura desse olhinho para expor corretamente.
A primeira configuração que vamos ver para o controle da quantidade de luz que entra na
nossa câmera (exposição) é a abertura do diafragma.
O diafragma fica na sua lente e se parece com isso:
É simples: quanto maior for a abertura que você configurar mais luz entrará pela lente!
Quanto menor for esse valor, menos luz entrará.
Quando você está em uma situação de baixa luminosidade a tendência é usar uma
abertura maior, para que o máximo de luz possa entrar, e vice-e-versa.
A abertura do diafragma é medida em um valor “f”. Quando menor esse valor mais aberto
está o diafragma. Cada valor de “f” tem o dobro de área do próximo valor.
Procure no manual da sua câmera a forma de alterar a abertura na hora de tirar as fotos.
Lentes e abertura
Lembre-se: cada lente tem seu diafragma e um limite de abertura. Algumas lentes
conseguem um valor de f1.4 (bem aberta!) até f22 e outras conseguem um valor de f5.6
até f16. Pense nisso na hora de comprar suas lentes: dependendo do tipo de fotografia
que você pretende fazer é importante ter uma lente que tenha uma abertura bem ampla
para que entre mais luz.
O uso de diferentes aberturas não só controla a passagem de luz como tem como
consequência alguns fatores como menor profundidade de campo e aberrações,
dependendo da lente. O principal fator criativo que devemos observar é a profundidade de
campo.
Nas próximas lições você aprenderá mais sobre a profundidade de campo, mas a princípio
já vai lembrando: quando você usa uma abertura maior (valor f mais baixo) a profundidade
de campo diminui, quando você usa uma abertura menor (valor f mais alto) a profundidade
de campo aumenta.
Ou seja: se estou deixando meu sensor ser exposto à luz durante 1/100s a minha câmera
vai mostrar “100”. Quando passamos a lidar com exposições mais longas, de 1 segundo
ou mais, a câmera mostra 1’, 2’, 3’ e assim por diante.
Assim como a abertura, a velocidade controla a quantidade de luz que chega no sensor –
sempre com consequências que usamos de forma criativa. Algumas delas são:
Congelamento
Quando usamos uma velocidade alta conseguimos captar objetos que estão se
movimentando como se estivessem parados.
1/250 - Com uma velocidade alta conseguimos ver a água da cachoeira detalhadamente
Movimento
Quando usamos uma velocidade baixa tudo que está em movimento começa a ficar
embaçado. Assim conseguimos ter essa impressão de movimento da cena.
O último fator que controla a luz de cada exposição é a sensibilidade chamada de “ISO”.
Você também vai escutar alguns chamarem de “ASA”, embora seja uma nomenclatura
mais abandonada.
Quanto maior o valor ISO mais sensível será o sensor ou o filme. No geral, quando temos
uma situação de bastante luz deixamos o valor ISO mais baixo para que a foto não fique
superexposta. Quanto temos pouca luz deixamos o valor de ISO mais alto para que a foto
não fique subexposta.
Os valores de ISO variam muito de câmera para câmera. Você vai encontrar valores de 80
a 3200 e muitos outros além (também chamados de “alta sensibilidade”).
Mais uma vez a mudança desse valores não afeta somente a exposição: no caso do ISO
quanto maior o valor de sensibilidade mais ruído será encontrado no resultado final.
O ruído é uma aberração que deixa a imagem com “pontilhados” de iluminação e cores –
deixando a imagem menos nítida.
Lembra que no começo contei que a luz bate em tudo que está por aí e reflete nos nossos
olhos e na câmera? Então: o balanço de branco existe porque existem vários tipos de luz
por aí. E dependendo da luz que bate na nossa cena as cores podem ficar diferentes. Isso
acontece porque cada tipo de luz tem uma temperatura de cor.
Ok, vamos por partes: às vezes fotografamos com a luz do sol. Às vezes fotografamos
com uma luz artificial como o flash ou uma lâmpada. Nosso olho é muito esperto então
conseguimos ver as cores corretamente em qualquer situação, mas as câmeras nem
sempre são tão espertas então precisamos contar para ela qual luz estamos usando para
que ela a interprete da forma correta. Assim o vermelho vai continuar vermelho e o azul vai
continuar azul e – como é de se imaginar – o branco continuará branco.
Temperatura de cor
Todo mundo já tirou uma foto iluminada por lâmpada que ficou amarelada. Isso acontece
porque a câmera não estava preparada para a temperatura de cor dessa luz.
Também é possível medir manualmente a temperatura de cor. Mas primeiro use os ajustes
automáticos para depois procurar fazer isso.
Com o balanço de branco deixamos a imagem com as cores reais, como a do meio.
6. Foco e profundidade de campo
Esses dois item definem a nitidez da nossa imagem – onde fica essa nitidez
(foco)? Quantas partes da foto ficarão nítidas (profundidade de campo)?
Foco
Todo mundo conhece o foco. Quando tiramos uma foto queremos que nosso destaque, no
geral, esteja nítido e visível. O foco pode ser manual ou automático. Manualmente você
gira o anel da sua lente. Nas lentes automáticas você pressiona o botão do obturador
somente um pouco (meio-toque) e a câmera irá fazer o foco automaticamente.
Profundidade de campo
Vamos passar a chamá-la de “DOF”, pois é mais curto. DOF vem de “Depth of field”,
Profundidade de Campo em inglês.
Quando o DOF é maior quer dizer que tanto os objetos à frente do escolhido como ponto
focal quanto os que estão atrás também ficarão com um bom foco.
Quando o DOF é menor os objetos à frente e atrás do objeto escolhido como ponto focal
ficarão sem foco antes.
Abertura
Quanto maior a abertura, menor o DOF – e vice-e-versa.
Distância focal
Quanto maior a distância focal (“zoom”), menor o DOF – e vice-e-versa. Falaremos mais
sobre Distância Focal na próxima lição.
Veja abaixo exemplos para entender melhor. Nestes exemplos o fotógrafo está sempre na
mesma distância do assunto fotografado, a única coisa que muda é a lente!