16.nov.2018 às 21h12
Danielle Brant
João Perassolo
NOVA YORK e SÃO PAULO O mercado de arte viveu dois extremos em poucas horas
na última quinta. Na casa de leilões Phillips, em Nova York, um quadro de
Jackson Pollock (https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2018/11/pollock-nao-atinge-valor-minimo-em-leilao-e-
mam-rio-deixa-de-vender-tela.shtml)que era visto como a grande tábua de salvação do
(Piscina com Duas Figuras)", de 1972, era vendida por US$ 90,3 milhões,
cerca de R$ 342 milhões, valor recorde para um artista vivo.
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11/17/2018 Leilões de Pollock e Hockney expõem extremos do mercado de arte - 16/11/2018 - Ilustrada - Folha
O MAM esperava vender o quadro "Número 16", de 1950, por pelo menos US$
18 milhões, ou R$ 67 milhões. Não era uma aposta ousada, considerando
que, dois dias antes, outro trabalho de Pollock, "Composition with Red
Strokes" (1950), foi arrematado por US$ 55,4 milhões, cerca de R$ 207,2
milhões.
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Em primeiro lugar por causa de um dos itens que mais pesam na decisão de
comprar um quadro --a procedência.
O destaque inicial foi "Femme dans la Nuit" (1945), do espanhol Joan Miró,
vendido por US$ 22,5 milhões, já com taxas. O valor máximo esperado era de
US$ 18 milhões.
O sexto quadro, um Alberto Burri, foi o primeiro a não ser vendido por um
descompasso entre o preço desejado e o oferecido. A cifra mínima era de US$
10 milhões, mas não superou os US$ 8 milhões.
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de Amy Sillman vendido por US$ 855 mil --o dobro dos US$ 400 mil que
estimaram como valor máximo.
Funcionou algumas vezes. Mas, ao chegar no lote 23, não teve jeito. Os US$
15,7 milhões foram o limite encontrado pelo "Número 16". Na ausência de
valores mais expressivos, o veredito que surpreendeu a todos --"passed".
Para ele, isso significa que o quadro deve valer de US$ 14 milhões a US$ 15
milhões.
O galerista Thiago Gomide faz uma avaliação um pouco inferior, que diz ser
respaldada por outros marchands internacionais. Gomide afirma que a tela é
estimada em não mais do que US$ 14 milhões.
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Com esses desdobramentos, "Número 16" fica em Nova York nos próximos
dias. Já a venda da tela de Hockney por US$ 90,3 milhões superou o recorde
da escultura "Balloon Dog", um enorme cachorrinho metálico feito pelo
americano Jeff Koons e vendido há cinco anos por US$ 58,4 milhões, ou R$
218,4 milhões.
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