Você está na página 1de 11

UNIVERDIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS ENGENHARIA E TECNOLOGIA

SENSORES

Elaborado por: Djamila Quitomba Gunza

Docente: Rosa Mataia

Luanda/2017
INTRODUÇÃO

No campo da automação industrial os sensores tornaram-se parte fundamental dos


processos, devido a utilização de equipamentos integrados e controlados por
computadores. Um computador em si não é capaz de ver, sentir a vibração ou escutar os
processos por exemplo. Para tanto os mesmos utilizam sensores para substituir essas
capacidades.

O computador pode utilizar um simples sensor para verificar a presença das peças em
uma linha de montagem, para medir o tamanho ou para verificar se determinado
recipiente esta cheio ou vazio.

A finalidade de um sensor é responder a um estimulo e converte-lo em um sinal


eléctrico e compatível com os circuitos a ele acoplados. Podemos pensar num sensor
como transdutor de energia que converte uma forma de energia em energia eléctrica. O
sinal de saída do sensor pode ser sob a forma de tensão, corrente, ou carga, e pode ser
descrito em termos da amplitude, frequência, fase, ou código digital.

O objectivo desse trabalho é apresentar o princípio de funcionamento de sensores, bem


como as suas características e aplicação.

2
CAPITULO I. SENSORES, CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE SENSORES

1.1.Sensores

Literalmente, podemos definir a palavra sensor como “aquilo que sente”. Na


electrónica, um sensor é conhecido como qualquer componente ou circuito electrónico
que permita a análise de uma determinada condição do ambiente, podendo ela ser algo
simples como temperatura ou luminosidade; uma medida um pouco mais complexa
como a rotação de um motor ou a distância de um carro até algum obstáculo próximo ou
até mesmo eventos distantes do nosso quotidiano, como a detecção de partículas
subatómicas e radiações cósmicas.

1.2.Características fundamentais dos sensores

Há uma série de características relacionadas aos sensores que devem ser levadas em
consideração na hora da selecção do sensor mais indicado para uma aplicação. No
âmbito industrial, é fundamental uma grande quantidade de características
principalmente quando tratamos de automação e instrumentação industrial. Para nosso
estudo analisaremos algumas características, de acordo com nosso foco.

1.2.1. Tipos de Saída / Digital ou Binária

A saída do dispositivo é discreta, ou seja, assume valores “0” ou “1” lógicos (saída on
/off). Esse tipo de saída só é capaz de determinar se uma grandeza física atingiu um
valor predeterminado.

1.2.2. Linearidade

Esse conceito se aplica a sensores analógicos. É a curva de saída do sensor, a partir da


grandeza medida. Buscam-se respostas proporcionais às entradas, para facilitar a
montagem do circuito de interface, porém nem sempre isso é possível, pois alguns tipos
de sensores não são lineares.

1.2.3. Faixa (Range)

3
Define-se como faixa ou range (do inglês) a todos os níveis de amplitude da grandeza
física medida nos quais se supõe que o sensor pode operar dentro da precisão
especificada. Assim, por exemplo, um sensor de pressão pode ser fabricado para operar
de 60 mmHg até 300 mmHg.

1.2.4. Alcance

É a faixa de operação que um sensor pode operar, de acordo com sua precisão. A faixa
de indicação ou alcance (range) é o conjunto de valores limitados pelas indicações
extremas, ou seja, entre os valores máximos e mínimos possíveis de serem medidos com
determinado instrumento. Por exemplo, um termómetro pode ter um range de 0 a
100 0C. Por outro lado, a diferença entre o maior e o menor valor de uma escala de um
instrumento é denominado amplitude da faixa nominal (span) ou varredura

1.2.5. Velocidade da resposta

Trata-se da velocidade com que o sensor fornece o valor variável. O ideal é que um
sensor possua uma resposta instantânea, pois uma resposta lenta pode prejudicar muito a
eficiência do sistema de controlo.

1.3.Tipos de sensores

Apesar de ser imensa a variedade de sensores electrónicos, podemos dividi-los


basicamente em dois tipos: sensores analógicos e sensores digitais. Essa divisão é feita
de acordo com a forma a qual o componente responde à variação da condição.

1.3.1. Sensores Analógicos

Os sensores analógicos são os dispositivos mais comuns e, produzem um sinal de tensão


contínuo que é geralmente proporcional à quantidade a ser medida. Grandezas físicas,
como temperatura, velocidade, pressão, deslocamento, tensão e outras, são todas
medidas analógicas. Por exemplo, a temperatura de um líquido pode ser medida
utilizando um termómetro de termopar que responde às variações de temperatura
continuamente enquanto o líquido é aquecido.

4
Figura 1.1: Termopar utilizado para produzir um sinal analógico.

Os sensores analógicos tendem a produzir sinais que se alteram ao longo do tempo.


Esses sinais tendem a ser muito pequenos, na ordem de microvolts até milivolts, de
modo que algum tipo de amplificação seja necessário para a leitura dos sinais. Na
maioria dos casos, os sensores analógicos requerem uma fonte de alimentação externa e
algum tipo de amplificação adicional ou filtragem do sinal, a fim de produzir um sinal
eléctrico adequado, que possa ser medido ou utilizado. Os sinais analógicos podem ser
facilmente convertidos em sinais digitais para serem utilizados em micro controladores,
sendo, neste caso, utilizados conversores analógicos digitais (A/D).

1.3.2. Sensores Digitais

Como o próprio nome indica, sensores digitais produzem um sinal de saída digital com
tensões que representam o nível digital a ser medido. Os sensores digitais produzem um
sinal de saída binário, sob a forma de um sinal lógico “1” ou de um sinal lógico “0”,
(“ON” e “OFF”). Um sinal digital produz valores discretos (não contínuos) e pode ser
transmitido como um único “bit”, (transmissão em série) ou pela combinação dos bits
para gerar uma única saída de “bytes” (transmissão em paralelo).

5
Figura 1.2: Sensor de luz para produzir um sinal digital.

No exemplo mostrado acima, a velocidade de rotação do eixo é medido por meio de um


sensor digital (um LED e um sensor óptico). O disco, que está fixado a um eixo de
rotação (que pode ser um motor), tem um certo número de orifícios. À medida que o
disco gira, passa pelos orifícios a luz do LED que é captada pelo sensor óptico,
produzindo um impulso de saída que representa um sinal lógico “1” ou “0”.

6
CAPITULO 2: Aplicação de Sensores

Redes de sensores sem fio são capazes de colectar diversas características de um


ambiente, tais como temperatura, pressão, luminosidade, níveis de ruído, presença ou
ausência de objectos, posição, velocidade, aceleração, concentração de uma substância.
Essa capacidade permite que várias aplicações sejam realizadas.

2.1. Biomedicina
Uso de sensores inteligentes feitos de materiais sensíveis e circuitos integrados para
colectar informações sobre o organismo humano. Esses sensores têm energia limitada,
pouca capacidade de processamento e se comunicam com um computador externo, onde
a aplicação gera informações relevantes aos médicos para que possam tomar alguma
decisão clínica sobre um paciente.

Aplicações:

 Interfaces para deficientes físicos.

 Monitorização integrada de pacientes, diagnóstico e administração de drogas.

 Monitorização de dados fisiológicos.

 Monitorização de médicos e pacientes em um hospital.

2.2. Supervisão de Desastres Aéreos


Milhões de sensores são lançados de um avião e espalhados em áreas de desastres. Uma
vez a área de desastre monitorizada, os sensores podem alertar mudanças de situações
ao observador.

2.3. Detector de Poluição

Sensores espalhados no mar e no ar podem colher dados sobre o nível de poluição na


água e no ar.

2.4.Sistema de Transporte Inteligente

Redes de sensores sem fio podem ser usadas para controlar o trânsito de veículos: a
quantidade de veículos que passam em um determinado ponto, a velocidade média em

7
uma via. Uma vez processados por uma aplicação, as informações geradas podem ser
úteis no controle e previsão do tráfego.

2.5.Monitorização de desastres Ambientais

Monitorar áreas com potencial para o aparecimento de desastres ambientais e assim


permitir que medidas sejam tomadas para amenizar o impacto do desastre ou até então
aprender a controlá-lo.

Exemplos de desastres ambientais que podem ser verificados:

 Furacões – usar sensores para aprender como os furacões se comportam e alertar


os habitantes sobre o possível aparecimento.
 Vulcões – redes de sensores sem fio podem monitorar vulcões activos a fim de
prevenir os habitantes vizinhos quando o vulcão estiver prestes a entrar em
erupção.

 Queimadas – uma vez que uma rede de sensores sem fio esteja disposta de
forma densa e aleatória em uma floresta, essa rede é capaz de localizar o foco do
incêndio antes do fogo se tornar incontrolável.

 Enchentes - redes de sensores podem detectar enchentes em locais menos


acessíveis.

2.6.Controle

As redes de sensores sem fio podem ser usadas para controlar processos industriais, por
exemplo, para testar o processo de manufactura de uma linha de montagem.

2.7. Militar

Redes de sensores sem fio pedem ser usadas para fins militares.

Exemplos:

 Monitorização de forças amigas, equipamento e munição.

 Vigilância em campo de batalha.

 Reconhecimento de forças inimigas e terreno.

 Sistemas de mira.

 Avaliação de danos em batalha.

8
 Detecção e reconhecimento de ataques nucleares, biológicos ou químicos.

2.8.Agricultura de Precisão
Podemos monitorar a concentração de pesticidas na água, o grau de erosão do solo e o
nível de poluição do ar, tudo em tempo real.

9
CONCLUSÕES
Depois de lido e analisado o trabalho, chegou-se as seguintes conclusões:
 A utilização de sensores é algo essencial no mundo moderno. Seja para controlar
processos industriais, monitorar condições climáticas e ambientais ou
simplesmente facilitar procedimentos da vida quotidiana, podemos encontrá-los
em diversas situações.
 A finalidade de um sensor é responder a um estímulo e converte-lo num sinal
eléctrico.

 É preciso ter em conta algumas características quando se for escolher um sensor.

 Podemos então, a partir das informações presentes nesse trabalho, utilizar


sensores em uma infinita gama de projectos.

10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. THOMAZINI, Daniel. ALBUQUERQUE, Pedro U.B. Sensores


Industriais: fundamentos e aplicações. 5ª ed. São Paulo: Érica, 2005.
222 pg.
2. SABER ELECTRÓNICA. São Paulo: Editora Saber, n. 405, out. 2006

11

Você também pode gostar