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CRUZEIRO DO OESTE
2010
ANTONIO MÁRIO PIFFER
A TRANSGRESSÃO COMETIDA PELO ADULTÉRIO
ENTRE DAVI E BATE-SEBA
CRUZEIRO DO OESTE
2010
DEDICO
AGRADECIMENTO
SUMÁRIO
RESUMO......................................................................................................................5
INTRODUÇÃO..............................................................................................................6
CAPÍTULO I..................................................................................................................7
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS.....................................................................................8
1.1 A AUTORIA E O GÊNERO DO SALMO 51.............................................................8
1.1.1 Transliterado (Salmos 51): Centro Horizonte......................................................10
1.2 CONTEMPORANEIDADE DO SALMO 51.............................................................11
1.3 FORMA DE LITERATURA.....................................................................................12
1.4 SITUAÇÃO HISTÓRICA DO SALMO 51................................................................13
CAPÍTULO II...............................................................................................................16
2. ANÁLISE EXEGÉTICA E SINTÉTICA DO SALMO 51 ............................................16
2.1 MENSAGEM EXTRAÍDA DO SALMO...................................................................19
2.2 CONSEQUÊNCIAS DA TRANSGRESSÃO ..........................................................20
2.3 EXEGESE SINTÉTICA..........................................................................................22
CAPÍTULO III..............................................................................................................33
3. ADMINISTRAÇÃO DOS PROPÓSITOS DE DEUS.................................................33
3.1 A PERMISSÃO DE ACONTECIMENTO DO MAL..................................................33
3.2 O JULGAMENTO DA MALDADE...........................................................................34
3.3 O JUÍZO QUE LIBERTA PARA AQUELES QUE SÃO ELEITOS...........................34
3.4 A ORDEM ABENÇOADA PARA OS ELEITOS......................................................35
3.5 TEOLOGIA DO SALMO 51...................................................................................36
3.5.1 Teologia própria..................................................................................................36
3.5.2 Pneumatologia....................................................................................................38
3.5.3 Antropologia........................................................................................................39
3.5.4 Harmatiologia......................................................................................................40
3.6 MEDITAÇÃO DE DAVI COM APLICAÇÃO ATUAL...............................................42
CONCLUSÃO.............................................................................................................43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................45
INTRODUÇÃO
No presente estudo relacionado ao Salmo 51 o propósito vem numa
busca empreendida com a identificação das origens do salmo, inclusive, de seu
autor, a data em que foi escrito, condição em que se encontrava o seu autor e
o estilo literário que utilizou-se para expressar em palavras o que estava
sentindo e passando. Dentro das possibilidades encontradas procurou-se
identificar através da exegese e da teologia desse salmo, aquilo que o Senhor
revelou mediante inspiração divina ao homem através desta passagem.
De grande incontestabilidade a necessidade de compreensão sobre o
salmo, pois trata-se de uma passagem bíblica muito utilizada para a linguagem
dos dias de hoje, principalmente por pessoas que estão sofrendo muito devido
seus pecados.
O tema proposto por este salmo trata exatamente desse assunto,
quando um grande homem de Deus cai em profunda depressão por causa dos
seus pecados cometidos primariamente contra a confiança no relacionamento
para com seu Deus.
A proposta científica traz-se por meio de uma análise do salmo 51
utilizando-se diversas fontes e referências bibliográficas referentes ao salmo,
como dicionários teológicos e materiais não-publicados oficialmente,
expressando estes conceitos de forma clara e objetiva, atingindo assim o
propósito deste estudo e pesquisa.
CAPÍTULO I
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
De forma mais específica sobre a autoria davídica, vem dito por Weiser
(1994):
Pela atitude de reconhecer seus pecados Davi tem início ao que lhe
atinge pela consequência tanto espiritual quanto judicial da época, refletindo ao
ser humano aquilo em que através da santíssima presença do poder do Senhor
nosso Deus executa com justiça e certeza face tudo que forma a circunstância
na vida de homens que mergulham de cabeça na podridão que o mundo
proporciona, por meio dos prazeres mundanos e desejos nefastos, em
conformidade àquilo que é contido pelo exposto no livro de segundo Samuel,
em seus capítulos 12 (doze) e 13 (treze).
No entanto, mesmo lançada a misericórdia de Deus para com Davi, ele
não podia se eximir de sua responsabilidade de função monárquica, logo a
disposição do autor a seguir condiz com o passo seguinte a que Davi daria
frente aos olhos de Deus: “Durante essa época, o pecado de Davi não passou
despercebido para Deus. O último verso do capítulo onze diz: ‘Porém isto que
Davi fizera, foi mal aos olhos do Senhor’” (SWINDOLL, 1998, p. 244).
A história não hesita em afirmar que com os dias seguintes de Davi
foram construídos com rochas sólidas e bem pesadas criadas por sua própria
consciência, como vemos: “Sua alegria se fora. (‘Restitui-me a alegria da tua
salvação’ Sl 51.12.) Sentia-se hesitante, inferior e inseguro. (‘Cria em mim, ó
Deus, um coração puro, e renova dentro de mim um espírito inabalável’ Sl
51.10.)” (SWINDOLL, 1998, p. 244).
Seguindo o entendimento de vários autores condizente com a proposta
que vem trazida pelas Escrituras Sagradas, que prima pelo amor, resta citado e
conveniente salientar a descrição quanto ao arrependimento de Davi e o
perdão de Deus frente sua horrível transgressão. Christenson, (2003):
CAPÍTULO II
Baseado num estudo sintético foi almejado compilar o Salmo 51, cuja
intenção possibilitou proposição da mensagem a seguir, com raciocínio próprio
aplicado, no que tange a misericórdia e perdão por parte do Nosso Senhor
Todo Poderoso e bom. Segundo notas de rodapé da Bíblia Almeida (1995):
Davi ao tempo em que fora escolhido como rei, era tão humilde quanto
a Saul, e em pouco tempo ficou reconhecido como governante capacitado e
muito popular. Esse reconhecimento do povo lhe empolgou para que também
fosse vitorioso em muitas batalhas, alcançando a prosperidade para si e para
seu povo. Porém, de forma descuidada e por infelicidade sua, permitiu que o
pecado entrasse em seu reinado, por próprio. Como supra mencionado, ao ver
Bate-Seba, durante o banho, quando então cobiçou-a e procurou saber sobre
ela e obteve informações de que se tratava da esposa de Urias, um de seus
melhores soldados. Com a qual cometera adultério, após ter sido convidada
para entrar na presença do rei.
Não se pode destoar que, mais cedo ou mais tarde Deus cobra os
pecados cometidos, sendo que para Ele nada fica escondido, e sendo assim,
quando Bate-Seba descobriu sua gravidez avisou a Davi que ele seria pai. A
atitude de Davi, como muitos nos dias atuais, foi de não admitir o pecado
cometido, quando então pela posição de rei, mandou chamar o seu esposo,
que se encontrava em campo de batalha e lhe ordenou que voltasse para sua
família, em sua casa.
Com essa atitude, Davi pretendia que a criança vindoura, parecesse
legítima do casal. No entanto, em respeito aos amigos do exército Urias se
recusara a se deitar com sua esposa, quando então sabendo disso Davi
mandou um recado a ser entregue nas mãos de Urias, por Joabe o
comandante, para que desse a ordem ao servo leal, que compusesse o fronte
de batalha, e que quando nessa posição de obediência por Urias, o mesmo
acabou por ser morto pelos inimigos. Davi então se casou com Bate-Seba.
Quando pecados acontecem, não por serem causados, mas por se
tratarem de ‘acidente de percurso’, a conduta correta a ser tomada
corresponde ao arrependimento, no entanto, Davi mesmo na posição de rei
não foi cristão o suficiente para tomar tal iniciativa e decisão. Seu
comportamento foi totalmente reprovável ao tentar acobertar seu erro,
resultando no cometimento de mais um pecado. Dessa forma, Deus tratou de
alterar o curso natural da história, e aplicou meios robustos e consistentes que
levassem Davi a se arrepender.
Davi foi advertido sobre o adultério e o assassinato, e que também seria punido
de forma severa com: a) morte da criança; b) espada faria parte dos seus; c)
suas concubinas seriam tomadas sob as vistas de muitos do seu reino.
A igualdade entre Davi e Saul foi que ambos pecaram, com o envio de
profetas para lhe condenar seus pecados, quais foram Natã e Samuel,
respectivamente, anunciando seus julgamentos. Porém, a diferença entre os
dois pecados foi que Saul quis se desculpar e se afastar da culpa, mas Davi
confessou: “Pequei contra o Senhor… contra ti, contra ti somente, e fiz o que é
mal perante os teus olhos (…)” (2º Samuel 12.13 e Salmos 51.4).
Após essa atitude ele clamou ao Senhor pelo perdão e para que fosse
concedida a restauração do seu relacionamento com Deus, sendo que Ele o
perdoou (2º Samuel 12.13).
O sincero e puro arrependimento traz a diferença nos resultados
conferidos por Deus. Sendo que a vida de Saul do pecado em diante foi
atribulada por sua culpa, provocando nele a paranóia, depressões, dentre
outras coisa ruins. O seu reinado que prometia prosperidade, perseverante,
acabou por ter um fim trágico, acabando em suicídio. O de Davi, por mesmo
tendo enfrentado a difícil e terrível disciplina do Senhor, como a morte de seu
filho, a briga na família, a ciência dos estupros sofridos por suas mulheres,
mesmo assim, foi perdoado de sua culpabilidade. E mesmo tendo retornado ao
relacionamento de amizade com o Senhor, continuou a ser considerado um
homem segundo o Seu coração (Gary Fisher, ).
2- Confissão (versículos 6 ao 8)
No versículo 6 (seis) pode-se constatar a inscrição do autêntico
reconhecimento sobre a prática do pecado despertado ao autor do salmo sobre
a possibilidade de admirar a grandeza do Eterno e da sua tremenda
misericórdia.
Fica nítido o reconhecimento do salmista que qualquer pecado finda
por ser contrário ao que Nosso Deus quer para os seus, pois, condena a
relação homem com Deus. Noutras palavras, segundo o autor supra
mencionado, condiz o pensamento dele com o desenvolvido na pesquisa até o
presente ponto de evolução como segue a frente:
É um espírito santo; o pedido é que Deus ‘não tire’ o que tinha dado.
Lido em chave davídica, seria o espírito de profecia, conforme 2Sm
23, 2. Lido em chave comunitária, é retirar a condição de povo santo
e consagrado: Ex 19, 6; Is 62, 12, anular a escolha, rejeitar, como
mostra o paralelo de 2Rs 13, 23 (SCHÖKEL, 2002, p. 1238 apud
AUZANI; BACKES, 2009).
Com certeza, inúmeras são as lições que são deveras proveitosas com
a experiência do salmista, somando-se ainda junto da graça que Deus oferece,
eis que faz do autor do salmo um agente da salvação por Deus, destinada a
todas as pessoas. Os pecadores e perversos aos quais se refere o salmista, da
a entender que com todos aqueles que não crêem no Eterno, certamente de
um lado daquilo que fortemente é concreto no mundo espiritual formam
ameaça para a manifestação da fé, inclusive podem atingir diretamente a
índole e o sentimento de integridade daquele que vive como verdadeiros
crentes.
Um verdadeiro juízo fora executado na vida do rei Davi, pelo simples fato
do esplendoroso caráter de Deus ter sido exercitado para tanto, fazendo as
vezes de conseqüências em detrimento das transgressões praticadas pelo
salmista, constatado frente ao que Davi descreve no oitavo versículo: “Faz-me
ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste.”
As transgressões de Davi faziam com que ele fosse se consumindo
com o decorrer dos anos, ao ponto extremo que já sentia a falta de sua
vigorosidade.
Baseado no conteúdo textual do livro de segundo Samuel, mais
precisamente em seus capítulos 12 (doze), 13 (treze) e 16 (dezesseis) traz o
relato de certos resultados pelas transgressões realizadas por Davi,
exemplificando a seguir:
• A conduta e o comportamento do rei Davi frente a morte do seu
filho com Bate-Seba, fruto da pecaminosidade;
• A prática de incesto entre Amnom e Tamar, ambos filhos de Davi,
ocorrido em forma de estupro;
• O homicídio premeditado de um irmão com o outro, praticado por
Absalão contra seu irmão Amnom, também ambos filhos de Davi;
• As diversas e variadas relações de envolvimento sexual entre
Absalão e as concubinas de seu pai o rei Davi;
Com base nas leis judaicas de instituição pelo próprio Senhor, a todo
aquele que visse a cometer ato aversivo consistente no adultério com mulher
de outro, com certeza seriam mortos, tanto ele quanto ela, como o contido no
livro de Levítico, mais precisamente no capítulo 20 (vinte) e versículo 10 (dez),
sendo que Davi conseguiu o livramento através do perdão concedido pelo
Senhor, que veio a salvar fisicamente a Davi e Bate-Seba da horrível
condenação que era para ter ocorrido.
O Senhor Nosso Deus aplicou sua grande benevolência intencionado a
promover a libertação do rei Davi de sua sentença condenatória, devido suas
transgressões. Em detrimento desse fato foi que o Senhor Deus na Sua
imensurável misericórdia, lança a unção sobre Salomão, também filho de Davi,
e consagra-o com o novo rei e legítimo sucessor de Davi seu pai no sistema
monárquico da época.
Tal atitude divina resultou no resgate da dignidade dentro da linhagem
de sangue do rei Davi, consumando na intenção de ser construído o templo por
determinação própria do Nosso Senhor, pela direção e coordenação de um rei
com mãos limpas.
3.5.2 PNEUMATOLOGIA
*8 Sua extensão;
*9 Seu propósito;
*10 Seu prazo;
*11 Seu efeito.
3.5.3 ANTROPOLOGIA
3.5.4 HARMATIOLOGIA
O rei Davi se recordava da sua angústia enquanto seu pecado não era
confessado, sendo que sua consciência não descansava, trazendo a ele o
sentimento de vazio, de exaustão. Mesmo que a confissão de um pecado fosse
uma dura tarefa, somava-se ainda a vergonha da responsabilidade, e isso nele
perdurava com o transcurso do tempo e nisso a própria culpa castigava-o.
Mas, assim que o perdão era liberado pelo Senhor para ele, sensações de paz,
de leveza no espírito tomavam conta, e então quando Davi confessava, era
como se um grande peso ou um imenso esforço fosse aliviado.
CONCLUSÃO
O Salmo 51 consiste numa inspiração divina que foi transliterada pela
escrita pelo personagem do rei Davi, cujos momentos de angústia e
sofrimentos próprios foram relatados e transcritos como uma senão a maior
declaração penitencial da Sagrada Bíblia.
Dessa experiência vivenciada por um humano que tinha seu coração
conforme os sentimentos de Deus proporciona um relato bíblico que até dias
atuais não encontra limitação para a contextualização da época em que fora
acontecido. Serve como norte para aquele que um dia sentiu ou ainda sente
sua fé fraquejar, mostrando como solução a primeiro plano no ato e atitude de
reconhece a soberania de Deus.
Essa história tem sua devida aplicação pelo estudo de sua Sagrada
Escritura, cabível como auto-correção para homens e mulheres que vivem
sofrimentos semelhantes aqueles pelos quais Davi superou.
O consolo dessa pesquisa dá atinência ao detalhe primordial que
jamais o Pai, deixará os seus eleitos desamparados de misericórdia e
benignidade. No entanto, o resultado de se passar por situações e
circunstâncias de grandes depressões, angústias e sofrimentos, sobretudo
correspondem a ações ou mesmo omissões das quais pecados ou
transgressões cuja prática é realizada de forma consciente e com pleno
conhecimento do erro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS