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,ts** O ponouÊ oas orruÂnnrcns

Nô brinquedo, i criançx oper. .oDr signitlc.dos dcsLsxdos dos objcLos c


âçôes âôs guâls estio irxbjcu^lncnre vioculados; en!!erâoto, unri
cofltrn.liçio muilo inreres^nte suÍge, uúi vez que, no Linqledô, clâ
ioclui, txobém, âçôes re^is c obietos reâis.lsto cirâcftnz^. namÍe,x de
tr^nsição di âtiídide do blinquedo: é um esrágio enrrc is rest ições
pu4mente siruâcionds d^ priúclú infânciâ e o pcÀs.menro xduho, que
pod .r, rô' lnenre h ' ' , l.,do d- ,' . c'.
À cí^çiio dc mr s;tuxção iúrginária flio é algo aortrito ox vidr dx
crlança em relâção às restrições sit!^cio!als. O plnneiro pxrâdóxo
.ontldo no brioquÉdo éqE a criânçx open com um sigo6.âdó rl,.nâdo
numx sirúxção Íeâ]. O segundô é que. no brjnqu€do, x cÍiaoçi segue o
cminho dô menor esfo(ço elâ fâz o qle mxis gost^ de aazer, porque
ô bÍinqtredo esá uoldo âo prâre! e, ao mesmo t.mpo, elâ iprende x
seguir os camiohos mxis difíceis, subordioxndo-se a reghs e, pôi
co,rscglinrc. renunc...ndo ro 1.. ^h q,. im. 1/ quc .' r e.. o .
re$âs eâ renúnciâ à xção impuhive constituem o cxdoho p^r^ ô prucr

Àssim, o atributo esseiciil do Linquedo é quê uún .egtx torn^ se um


desejo.Ás nôçôes deSpino,â deque"um^ideiâ que se DÍnotruE deseiq
un .ô "e; ô,1.."(, tu'ô n, n,T.,p r o ."r. on r roodpo
-e. r
no b1àq!edo, que é o reino dâ espont^rcidxde e libúdnde S.tisfuer âs
rcgtâs é un^ fôdte de pÉer À regra vence porque é o impulso mâis roÍe.
Tâl regrx é umâ regr. inrerdi, uóà regrâ de 1lro.ontenção e
tutôdete.minâçãô, coôô diz Plnget, e nâô uúâ rcfiÍâ â qúc c!úçi obecl€ce
i semelbAnçâ de um. lei Êsicâ. Eú resudo, o brinquedo^ cria nâ cnioçâ
umâ noú íôrmâ de deseios. Ensioâ-lâ desejxr, rehciôÂmdo seus.leseios
â un "eu" ÍlcE'ciq âo seu pâpcl no iogo e regGs. Dess, ôâneirx,
^s
m^iores qúsições de m. cLi^nçâ sio consegui.las no Lrlnguedo, aqulsiçôes
que úô Ârturô tôrflâFse-io seu nivel básicô.1e.ção rcâl e morxliclade.
(L.S.vlgots1,

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O PoRouÊ oa5 DINÁMrcas
!tr!§,!a u! GiuPos NA FoR^^ÀçÁo DE LtD€iÂ.tçÀs

O público-alvo deste trabalho são gruPos PoPulâíes


Entendemos que o efeito que os brinquedos têm sobre
e criancÀs das
as crianças em seu processo formauvo éo mesmo nos adultos, ouc são constrúdos por homens mulheres
diferenciando-se, é claro, o grau de consciência de um adulto Jlrr..,popul^.., de'dades. hi'tór'a'e niveis Jc Íormaçào
c o de urna criança. diversi6cados.
O uso de dinâmicas oos processos Âlternâtivos de Como vivemos num mundo agitado de rápidas
mlrdâoças e vâloles, marcâdo pela massiÍicação
e pelo
educação em grupos üsa proporciooar momentos educativos
que possibiItem ao grupo vivenciar situações inovadotas em iodividualismo, lotoa se furclâmentrrL qüe os espâços
âutoritári^s de
todos os flíveis. Âo conltontar compottamentos, hábitos, educativos ultrâPâssem âs lormas velhas e
velores e coohecimento5r espera-Je que oç partic;partes sejam relacionamenro vividas no dia_a_dia e malcadÂs Pelâs
máscatas sociais, pelos mecanismos inconscientes'
pelt
lerados a uma avaliaçào e reelaboração iodividual evolutiva,
âsÍe5sividâde, pela comperiçào e pela dominacào'
Isto só
podendo âssim potenciaüzar o gtupo no aprimoramento da
da
sr-rb)etividade e no próprio ptocesso de educação e construção old.rá ,.on,..., , urvés da experiéncia do ouÜo' auavés
relacôes socrals
do conhecimento e da prática social. v'vér,cra grupal, num cÜma de liberclade corr
de diálogo' de
A edrrcacáo à qurl no. r'eÍenmo" nào é oe.rua. É uma coletivas, democtáticas, afetivas, de aceitação,
educação aLternativa, com um conleúdo politico de classe. encontÍo, de comunicação, de comunhão'
aqui encendida em
Tem por objerivo contÍibuir parâ que as classes populares Qualquer atividade educaiiva,
etc''
construâm e/ou produzâm um coflhecimento â pÂrtit de um sentido ampLo, como Íeuniões, assembléias, crlrsos'
processo que nâsce da própda ptática concreta do povo em o...supô. , existêncra de um grLrPo A dimensào grup'l
meio às contradiçôes [gadas às luras, a partir do dia-a-dia de irrou^n,o aar"ro de rnteraçóes soci s' é um campo terril
Neste
sua vida, de suâ sobrevivência, de sua resistência, de sua oar^ o des.n.,olrimento de experiências educarrvas
senriJo, ^ vLrêncir, o iogo' o h"dico. v'abilzado'
Àü 'vés de
mobilização, de suabuscâpârâ rrânsformaÍ aüd4 Â realdâde,
das conclições
À históriâ e âs 1eiâçôes socitus. dinâmicâs de gruPos Possibütâm o surglmento
 educação libertadora busca potenciaüzar todas as Drooiclâs P;ra J coísciluiçáo do grupo e do cnsino
Í^cuidades hum;rtas. atjvarrdo o homerr pârl âruar rts esícÍ.rs lpr.narrgàrn. Esre i o sentido da dinârLica dc grLrpo e-n
da üda social, não só intelectualmeote (razão) mâs tâmbem pâÍa ouaiouer ativrdade educÀEvÂ'
o prazer, a ctiação, o afeto como plodub da história de sua üda As ônàrrucas nào devem ser aPlicadâs aPenas pari cíâJ
set aplicadas
e de ser.r imaginário como ser humano singular e coletivc. Por um modelo íovo ou drferente cle educação Devem
que se
rais razôes exige uma metodologia patticipativa e democrática, quando se busca estabelecer uma 6loso6a formativa
que se descÔbre'
que plocure supetâr a ttadicional divisão entre professor (que preteode imprimir na ação edr-rcativa sempre
esfado de espÍrito
sabe) e aluno (que não sabe). aaro" p"ar* eovolüdas no Plocesso, Lrm

-1
'r
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DrNÁr1lcÁ DE cRUpos NA
FoRMAçÀo DF üDERANças
O poRaLrÊ DAs DINÂM cÂs

P edi . o ro Drrn .r elrÂr , no\.r ro.oÍÍ.o r-


necessidâde e ao desejo de se conhecer lu.r1 .. Deve-se também, respeitar avontade dos pârticipântes
meihor e de c;arem ô prrr cip..- o.r njo d. r:d,oe propo" .. F rec""". o
f.
t r^L'ner e. o r"rdo s- oe .,u
l! " qr-
"credi., ,." .n"ni r,
, br. r "o .eprc.en,. rn e L|rrh.. ,r. g:c,.. c;p.r. sensibilidade pârâ perceber os momentos do grupo, mas
uÊ^l -!4 nê -O r. e : l,er.lr .or por,n-re1,O . m
.rl eO.'.
corner(e
.errnr( lode_Ío. L,.a-or-r no-eood. ro5\: ln,e.c.op.r
umâ estuetégiâ pedagógica vájida na
- 5eotir o ritmo, o equiÍbrio e a tensão do gmpo. Às dinâmicas
medida em que se insere
* *,.- r',.. o1.(t, Je gr .rpo d"'r-n er p, - -b,c.." ,.o.Ío :. , r-rêr.os tuí
Lr . l,
l]^l oa(ed pl,m"-.e
o ir - oL'"ü..o. ..r rn en c ',.^..o,n cumprem um papel pedâgógico, üm deorre vários
- d- u -.dos.
iosúumentos necessários perâ o bom desenvolvimento cLe
_ O manuseio das dinâmicas não pode ser feito nem
lo r .r Jc r óri. rFrrporDe5rod\â,.--^,con"g.niderdtcrrcle r:ma atividade formativa, e suâ utilizâção não deve ser leitâ
Lhe r Lni. r.oe . oL , orlpreenci- . roJ; . ,np de forn-ra indiscriminada.
inr i- c1e .
ob]eIvos. Âs clinâmicas de grupos "eu A aprendizagem não se dá somente pelo desenvol
sâo â expressão cle umâ
PosturrL metodológica que reconhece a dimensão do lúdico, vimento do raciocínio, mÂs iglrâlmente pela emoção, pelo
u(r prâ?er cotrto paÍte jntegÍânte afeto, pela inrLriçào, pelâ vontâde, pelo simbólico. Como diz
do processo educativo.
C) , onenro oc f | ,c- ,rn .1propo. r d.i.r oinarcr, Rubem Alves: "Só aprenclemos coisâs que nos dâo
e ncr.o . npo-r.rr le f r e c). ...o ^quelâs
e,i.ur ,rn- cLÍrá tt. qJe prazer e ó a partir de suâ \'1vência que surgem a üscipLina e a
grr-r o" el.r^, nenro .u jc.e .re o , , _ -*r, vootade de aptender."
a- I ,
A:, . ,,r.r. r-.i(,o-r'e rf oq..16 l..cen""çjo. Eafim, as dhâmicas são um meiô uúzado para q,-re
.. \o m..lmen.e en .rouo..c" . ed;c"ri . .,e rrri. as, r.
.
os gtupos ampliem seu conhecimento pessoal; làciütem o
r1 -.1rr ere,n rr.^d". sào pLooo.a. oe,o.educ"oo-e" felacionâmento; expressem sentimentos; confrontem idéias;
.oo"de ,dôie\. corr regÍ s e obieri
o ,r,-,n e cl..o.. Vale es,.m rlerr o. per c4n -. o. ,rL , og.o. e ...o. (o):
._lêt., (r . .rÀ q re Í.to: qu r lo , oro -c,cadore.
incenúvem a comunicação não r'erbal; busquem o cooseflso;
coorder. dore.orooon o,,d. a. Je.q,
efrc- en :,:xpre.,..o soLucionem conflitos; câÍâcterizem os tipos de licleranças;
oo grupq é necessádo que se faca um,,conkaro,,
de seguraaça exPloÍem â Íiquez^ de expressão gtr-rpal; despertem o
P-r-. o gr' po. A m-h or n.rne r. re g,,-" rrir e,r .gg,r.,1|.çI
,os pJ. , p.1re) e deirrr o -n.i".ú o po..,\e sentimento de solidariedade, de confiança múttLa, o
q r:. o" descobrimento do outro, etc. No entânto, épreciso estar?lertâ
oL edvo Cr drr. mica -, r , . re,r Irr..^rro,.r.-in
, .-. . -o.:ogo.
o. de n cgr.rr, , do rroo O o r. .r.;
no sentido de que as dinâmicas são umâ âjudâ, mâs naro
guê v. bastam pata solucionâr os problemâs clo grupo, da
,<or 'c. r ri ' o. Or le e "ou
pr. rdr? .
organização e do eflsino-âprenclizâgem.

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V ryAM LA UI CRUPOS NA FORMÂçÀO DE LIDENÀNçÂS O poRa!Ê DÂs o NÂM cÀs

Na prcparação de umâ Àdüclacle cclucativa com uso


_
clinâmicas, alguns princrpios devem
de Deve-se considetar nâ estrlrture clo planejamento três
set levaclos em conta: momentos esPecÍflcos:
r Quais são as caractetísLicas cio grupo: númeto de a\ | tt.alt, ao - FrorÍen.o pir Lr I - .enr ,..ro
participantes, faixâ erÁriâ, sexo, nivel àe ioregÍação.
motivaçào e integÍação. E aconselhável que sejam
r As condições operâcionais: cârgâ horária clisponíve| utilizaclas dir-râmicas rápidas, cle cutra duraçâo.
espaço frsico, eqúpanenros e matedÀis
dispot e outtos.
ae qo. poa. l:) DetenruluimenÍo - quando setá proposto o tema/
conreúdo principal da âtividâde. Devem set
o Ter consciôncia do conteúdo cla atividacle, ou seja,
o utillzadas dlnâoicas que lacilitcm a reflexào e o
eixo temático que se pretende deseflvolvea,
*áp^, âpÍo[undâmento; s ão, gerâlmcnte, mais
que \âo percotrerflesse desenvolvimento, ^
os objetivos
e\ s'er r- pnr.. c rd: :.. r o-1,.. demoradas.
r E fundameotal que o educaclor já cenha vivenciado c) Conclrão - o momenro da sinrese fir-ral, dos
ou lresoto vivencie as dinâmicas antes encÀminhâmentos, da avaliação. Estas dinân-ricas
cie aplicá las.
A inseguança e comândos confu.os g.r.- .lLâmicas peÍmitem aritudes evâliâtivâs e de encaminha-
confusas. mento,

i
e Após a apücaçâo de cada diná Para o trabalho com dinârl1ica ter um desenvolvirr1ento
pâra que os participantes ,.ffi?;1"J:ilH:: l
pleno, é recomendável que os grupos tenhâm, oo lnáximo,
vinte pârticipantes. Isto porém não impossibllita clue se laça
sentimentos, dificuldades e descobertas.
Na,, .^ú. ,o
edu, .oo- exp.c. ) ú nenhLm j.
ilo de vllor. o uco de..r me_odologr^ ed,. .,..on. e n tr.lo rt,i, -F
. .\ dr.n.c.r ..o neJpn,,r -r..rna. qu,ndo ho,rver em congtessos) em semil]ários, e olüÍos.

' m.,P'ofo. r.. m on.eoc"o d( edLca, ro q. e Orientamos que nestes casos o coordcnaclor clivida a
,rredrrc n.. prod.rçao oo.onnec:menro plenária em subgrupos pâr,r o desenvolvimento dos ü^bâlhos
como um
processo lento e gradativo alcançado e reúnâ o gÍupão nos momentos cle sociâ.lizeção e de sínrese.
pela vivência.
Umproccsso que busque um munclo Outos recursos que podcor ser utiüzados em gÍupos
cie reiaçôes mais
. olid inr . um r cor reo rde de exDeriencir_
au.êrticas e grandes são o (etroprojetor, vídeo, exposições clialogadas,
.11ter n Ir Llvas. a1ém cle técnicas de teatro, tarjetas e cartazes.
. \o, -o.r,. oo, c.,be .lna r o p:rpcr de :.onpdnhr'r Ern todo iflício de âtividecle (encontro) .lcye seÍ feito
t ;t./". . a di, tn ;-.. erplica ,.r e prop ciar o.r o "Contrâto do Grupo". Trata-sc cle uma discussão cli pauta
momento de -d^ reflexão
do grupo auxiliando na proposta, definição de normas jnternâs do grupo, formâção
ststematzacão dessa vivência. de equipcs de trabalho e clistribr-rição de rarefas. Quancio se

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DrNÁr,nrca DE cRupos NA FoR/t1açio DE
LrDEf,ÁNçÀs
O PonauÊ DÂs otNirÀtcÂs

trâtârde umâ adüdâde menor, um debate poÍ exemplo,


deve_ possibilitar que os participantes enriqueçam a ariüdâde â
se definir com o grupo o horário de terminar a atividade,
o partir da complemeotação, por eles mesmos, pot meio de
que sera possivel r ellizar. o que já Íoi preesrabe)ecido,
o suas participações, valorizando aquilO que eles úazem corÍlo
obiedvo da arrnd rde e a merodologa de abordagem.
P.rrr 'lusrr.Lr nos.a experiéncir, frlaremos oe quarro metéria-primâ para o trabalho, ou seja, seu cotidiano, suas
conceitosi DEsEJo - Rs,rr,ro,rDr pooln _ VoNrmO. eÍpectâtivâs, suas histórias, seus sonhos, suâs limitâções,
- enfim, suas vidas.
Sào quruo prlnvr,rs forres qL,r condicionam
,
vrol e as nossâs âções, um^ vez que sâo c base da proposta
â nossa
Nos vários momentos do processo, Dtsr;o,
tormauvâ. Â razâo da escolhl destas quano palavras RIÁIJDÀ.DE, Poorn, YoNlalr podem ser trabalhadas e
é no
sentido de mosffff e sensibiüzar para a importância assumidos de forma coletiva. Esse processo vai
do
preparar e plâ.leiâr de forma parricipaüv^. pr ogressrvamentc criando lacoc de compromiàso <em os quais
Qt alquer ativrdade d. nor.o uidu pe"soal. profissional qualquer trabalho, planejamento, esfoÍço coletivo, estará
e política, pzta seÍ coÍlscieote, precisa ladado ao insucesso.
ser preparad-a, p.Laaejada
e pens^c1â quanto à arúcuiaçào e o eocaminhameoto, Finalizando, um planeiamenro deve ser organizado de
Da
mesma íorm:r que ..a üda da gente nào tal forma a se teotar prever os vários aspectos e forças que o
aconLece oe repente.
pors nos Iá exisrimos nove meses ântes influenciarão, no sentido de tentar se progrâmar pârâ
de começarmos a
respirar"- (L. Roccio), o planejamento também requer enfrentá-los. Porém, cada planciamenro rem su:r
.de
prepârnção. Áfinal, não é novidade .rerrho-a gr. .,quem especificidade; daí as questões â serem colocadâs se(em
pensr_sobre o que Íaz, faz melhor.,(idem). difereotes, apesar dos pessos a seguiÍ serem os mesmos. As
a.:i.r!. Borf.declara que a preprrac. . é d expressâo
,
on scüedade do r./bál,ho com quem se .-xbr
questões que são âpÍesentadas serveri para distribúr tarefas,
ha e clo respeiro prepârâr estratégiâs de ação,lembranclo que câdâ târefa âdvém
para com os quâis relâcionâmos, além
da superação da de um objetivo especrfico a ser alcançâdo. que por su^ vez
1mplovlsâção irÍesponsável. Á pteparação
deve envolver as vai reqr.reret uma estratég1a, ou sejâ, uma arte patâ usâr os
Pessoâs com quem pretendemos üabâlhar no seotido de meios disponíveis de modo â consegui o resultado almejado.
responsáveis pelo processo.
:o^r1á--lâs.co
''o que aÍera mâioria deve ser prepatado
Já diziam os antigos: O último passo, no entanco de fundamental
^ pela maioria.i importâocia, é o da avzliaçâo, que deve acontecer de forma
t:stâs tderas podem ser uriüzadas para
rnrroduzir um constânle e permânente, envolvendo aí os processos de
ema ou planejamerro e/oLr prra reaüzar
oropriamenre o colâboÍação e prestâção de conrâs.
PlanelÀmento. O seu m.rnuseio vri seÍvir.inda para ErLftn, Planjar ! gutar ofrnra.

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urNÁMrca DE GRlJpos N Fon,$açÁo DE LtociaNças O ?oiauÊ oas DrNÂ^ rcÂs

Pata a urilização destes palavras cor-no dinâmica de


.cn.ib lrz.rçâ^. clevcr- e l,'r.rr srn r611. 65 csgsi6lL-. Deseio
procedimenlos:
PÀrxÃo DE CoNHECER o MlrNDo
o Fazer cluatro tarjas Gapeloficio, canolina, manilha,
etc.), cÂda Llma com uma dâs palavrâs_ Cada palavra
Para permaneter uiw, edacando a paixà0, duejas
deve set de uma cor.
de uida e norte, i precito edacar a medo e a cotagem.
o Ler,nr os participantes aquestionar o signiÊcado cle cada
ouur
Mer/a e coragem em
uma das palavras; podem-se f^zeÍ âlgumâs pergudtâs
Medo e mragen erl drr /rir a salilão de vr
dLrecionaclas para o objeúvo cLo rema a ser trabalhado
dtleren/e.
o Colocar umâ râriâ em cadâ câoro do espaço físico. Medo e coruge» em assanir a edacação due imna,
Pedir quc os parricipanres passeiem pclo local.
tljos Penofldgenr !ào ,tortor der!;ior de aida e mor7?
I)epois de alguns minutos (apfoximâdamente ciÍtco)
Erlacar a paixào (de none e uida) é lidar can
pedir pata que cada participante escolhâ umâ dâs
errh'd\ir ingrediêht$ fitidianamente, por neia da nora
paiavras (aquela que batet mais forte nele), e que se
tupaddade,.fa\a uital (qr? tada ,{ hrna o pô'rhi.
agruPem em ro-no de cad rxrli. ',ú
ndit 0 trl.t fienoÍ, efi 1slr1s ancletiada) e duSar,
r Em seguida, os grupos deverÀo discutir o significado JofihaL imagtfidr ê cliir.
da palavra que escolheram. tentaa relâcioná-la com o
Sonot J jeilor p7rq e derejamo!, ronba or,
tema, explicitar o porguê da escoiha, pensar um
imaginamot e criamot: tla lr rca petrtafie le da aleqia,
simbolo qLle represente a sintese da discussão rca)izada
da eQerança, da lortalecinento da libedade, de mu
pelo própr:io grupo.
tocie.lade r2?aitjúa, daíelicilade a qae lodot leno.t rlireito.
. Cada grupo apresentâ seu sÍmbolo sintese. Os Erte í o ílrana .le pernanecer WVQ..la1endo
demais participantes comentâm e discutem a
apresentação. À luz das quesrôes levanradas, o grupo
confirma ou contesta e toma posição. Todos os gfupos
Madalena Freire
se apresentam dentro da seqüência: DEsEIo _
Rr,qr,rna_os - Pootn - VoNTADE.
Se existe algo que nos desâgrâda, vem o desejo de
r No final, o coordenador introduz o tema a partir modificar. Então é preciso conhecer !ânto e tão
daquilo que cada gtupo rlouxe, sistemarizando, profunclâmerte a realidade a ponto de dizermos com
interligando, mediando e acrescentando novas segurança o que desejamos que se conscrua a partir da nossa
informações.
interferência nessa realidade.

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DrNÀürca Da crupos NÀ FoRmÁçÀo DE úDEnÀNças
O PoRauÊ DAs DtNÂn/ cÂs

Dcsejo, porranto, sâo âs idéiâs oode esrão


nossos
sonhos, uropias e faotasias. ÂJguns possíveis
de realizar,
Realidade
outros oão. Alguns com possibilidade imediam,
ourros levâ;
mais rempo 1médio e longo pÍâzos). Alguns
dependem só
d,1 genre... ouuos deperdem do
grupo, do coletivo, da açâo
conlunla, do outÍo. A VERDADE

nào temdesejo nâo câminhâ, porque não sonha, A


- . Quem Pata da Wdade utau aberta,
nâo busca o novo, não mudâl
mat tó deixata parar
Eo desejo que nos impulsiona a crescet a buscât, â
.
muciat, a queret
tzeia pe$aa de cada ue<
e a sonhar. Somente a
pattir clo desejo é que
a pessoa fica impulsionada à busca
de realizar algo.
Ari/t úa cro Pa$íue/ atifigil. toda a ueúade,
, E o primeiro passo pârâ toda e qualquãr ação
do
Porqne caia lretade lrd4ia o pefl da nnirt uudade
o deselo.ozinho. por mos rnrenso que sela, E ua segtnla metade
l:::. Y* para a rea)izaçào
na,o caminha. Vohaaa ignlnente an perfl
do desejo e necessário ir neio
alem. E necessário buscar os caminhos E o: meios pcfir aão coinàliatl.
qr_re possibiljtem a
concrecizaçào dos desejos.
Arrebentarar ?orta. Dertubararn a p\rta.
a

Cbegaram ao lagar lamitato


onde a wnlatle etplendia teut
fogot.
Eru diidila en metadet
drÍerelttet srza da a ha,

Chegoa-rc a rlívtiir qtal a nelade nait bela,


nenbu ld das dqar parter erd t(idlnefiíe bela.
E caredd aPlar. Ca.la ,r/ |ptat/ út1jLrnu
ftr! klpriha, rüa ih.$ã\, t,.t tti|?it,

CaÍlos Drummond de Aldrade

36
DrNÀrrtrca DE cnupos N FoRMAçÀo o€ LloÉRANça§ O PoRouÊ DAs orNÀMrcai

C) plânejamento requer âlguns p^ssos preliininâres . Etlruttra o esqueleto, Âs carÂctedstjcas estáveis,


-
como, por cxcmplo, "ver os fututos possíveis". fundamentais e permanenres. Â base clâ csüuturâ de
Pam Jsro, temos que coohecer a realidade. Para conhecê- uma casa é o âIicerce, é a partir do aücetce que se vai
la, temos que ser capazes de anaLisar a cor-r)untula em qlle estâmos definlr o tamanho da casa, de cada cômodo, a
insetidos a !m cle qte
Possâmos câminhaÍ na diteção que localização de cada espaço, etc. Da mesma forma, a
escoihcrmos pâÍrmodifcar ou inretferir nessa situação. Porém, estruturâ de uma socieclade vai sendo definida a partir
não podemos nuoca esquecerque a tealidade é, essencialÍnente, da construção de seu alicerce. À estrurura de oossa
conüaclitóri,l. Nunca está Âcâbadâ, prootÀ terminada. À realidade socied^de aruâl é o capitalismo. Paraanalisarmos nossâ
rem vários aspectos, várias fotmas de ser petcebida, e müto sociedade, então, precisâlros compreender como é o
târ.Lmcnlc cssâs difelentes Percepçôes podem ser juigadas capitaLismo, qr.Lais são âs lorçâs sociais que comâfldâm
(predominirncia de valor) de fotma hierarqurzada, ou seja, esta uma socieclade capitalisra.
realidade é melhor que aquela que é pior que a out a, que... e tu t Conjanhrra - as caracteristicas provtsórias que mudam
vai. E preciso lembrar, como diz EârlKelly que "sempie que se com mâioÍ fteqüâlcia. É a condutora da elaboração de
encontiâm idéias express^s como pólos opostos deum cofldnuo, métodos com o objetivo dc mudar a relação de forças
em termos de um ou outro, pode-se ter quase cettez de que sociais e criar as condiçôes pata que os grupos âlcâncem
ambas estÀo erradas". florç Visca) os objetivos fundamentais e estratégicos de seu
Fazer análise de coniunrurâ significa, então, conhecer planejamento.
os fatos e âs causâs e, pâÍâ set complem, deve ter conro fio Enfim, o conhecimento dâ reaüdade, de corno ela é e do
condutor o estudo da estruturâ soclal, isto é: abotdar o quc e necessino parn .r isrr sL.;lc cLusrr e conlcqJé-r.r^\ c
ler.,ntamenro rlo" aconrcc.menros miis tmponÀntes; a fundamental para se fazer umâ boâ lciturâ dess^ rcâlidâde. UmÍl
descriçào do cenário; qu^l o pâoo de fundo, quais interesses boa leitura é aquela que considera a complexidade das várias
estão por trás dos acootecimentos; os atores ou grupos que iotetpretaçôes possíveis, buscândo uma somÂtória dessâs
se dest:rc^m nesses acontecimentos, petsonificando-os e interpretações e não :l eLiminação de umâs pelâs outrâs. PoÍém,
percebendo as forças sociais envolvidas; iclentiÍicar a relação é necessário te! segurançâ dos ptlrcípios que se iem e pelos
de forçâs existenres, quais as fraquezas e forçâs dos âtores, quârs se desejâ lutâr, ou seja, as posiçôes indiücluais são a bâse
as contradiçôes fundamentais: e como se dá a articulação estruüml parâ com âs
â âná[se da reâüdâdc e âs inter-relações
dessas forças sociais, relacionando-âs com a escrururlr. "verdades" dos outros devem setpercebidas como crescimento
Para uma maiot ciarezâ, vâmos identiÍicâr alguns termos e exercício clemocrático e oão como a anulação clo próprio
empregadosr conhecimenlo.

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DrNÂ,MrcÀ ôE cRupos N FoRMAçÁo DE LTDERANçaS
O PoRauÊ DAs D NÁ.,,ucas

E a capacidade de análise da reaLiclacle que


possibilita a
percepção da situação e aidentificaçâo dos problemas a serem
Poder
enfÍentâdos durânte ô processo de tornar o desejo realizável.
NÍuitas vezes a percepção limitada ou a íalta de clados
para uma descrição âmplâ e completâ da realidade leva o
formadot or,r um grupo â busctu niâis irformâções âtrâvés
de esrr, o. DesqLi .s ror. le xp"rêrcra...rrre o uo.
métodos. Só o conhecimento e domínio desses dados
peÍmrtirá umâ ânálise de conjunrura profuoda e próxima cle E nãa diTSnot ula.
realidade. À{útas vezes, ao deparar com a anáIise da teelidade,
peÍcebe se qu€ é oecessário redef,nir os caminhos que se Na vgunda naite,
oce .rdi.. Lrilh,rr p,- ; rerü2"ç,,o do de -jo. :l
já nãa e evanden:
l Meis umâ ve2, poiém, não bâsta chegâr âté aqui. Tet o
desejo e identificer a realidade são passos fuodâmefltàis pârâ â
elabotação de qu:lquerprojeto de üda ou degupo;mas ainda
e não di(:not natla.
tr. .r t.r., , r lo , côr J\..o de rclr ',...:'o 4es e proj-ro, o r ,"j ..
o
Pooen.
o nart fnigll deht
el1Íra !a<i ha em nalla cãJd)

conbecendo xosso nedo,


arrafiM' ar a ua<da gargatlÍa.
E ponpe não diuemat nada,
já não lodemo: diryr ruda.

MaiakovsLi

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41
DrNÂ?'^rca oÉ GRupos NA FoRMAçÁo oE tlDEraNçÁs O PoRouÉ DÂs orNÁMrcÀs

Poder Íazer, poder alcançat os obietivos definiclos a cons.sle em , m levanramenro lllnucroso e o lnr.\ pr. -..o
parrrr d,r realiJade inall5ÀJ.t Ai, cnlào. começamo5 a possível da siruâção.
deseohar os cenários. E aconselhável que se brinque um Neste momento percebcmos, murtâs vc7es. q'ren;o
pouco com esre tema levantando hipóteses do tipo: Se isso temos âs condições necessárias parz fazcr tudo o que íoi
âconteccssc, conlo mudaria meu destioo? E se houvcsse tal pÍoposto. Pode se então redefiÍir prioridades, vet o qlre é
intervcnção, como é que ficaria? Com esta btincadeira possivel fazer e em gue oÍdem. Não lazendo isto corre se o
poJemo" comcç.rr " visiumbr.rr os firturos posrrve,s risco cle se ficat petdido entte tanras possibiLiclades ([rLuros)
Corn diferentes cenários clcsenhados, pode se escolher sem oml ordem lóglc" cle cons(ruc;o hslor.cÀ
aquele gue queremos fazer acontecer. Não estamos fa]ando Recapitulando, jáümos que para planejar é preciso estâr
de sonho, situação ideâJ, utoPiâ. Com os pés no chào e a cm constante avaliação. Assim, devemos responcler a estas
questões:
câbeça nas estrelÂs queremos fazer âcontecer o futuro. Para
isso, vamos parriÍ da reâüdade conhecidâ e de acordo com
a) O que queremos? O obietivo responderá a esta
questão.
nossas possibilidades escolhet o fr.rturo, definir o objetivo
(não confundir objetivo com desejo, objedvo tem metÂs clâ(as
b) Por que queremos isto? A análise de conjunturâ
resPofldelá â esta.
e prâzos clâros, determinados e possíveis)- Para tanto, é bom
lembrar a sabecloria popular: É preciso dar os passos de
c) O que é preciso patâ Íeaüzatmos estâ proposta? O
grupo tesponderá, a partiÍ dâ orgâíizâção de umâ
âcordo com o temâoho das pernas. porque para o passo mâior
que â Perna o lombo é certo.
lista de ptioridades, as questões/alividades
necessárias pârâ âlcanç^r o objetivo pretendido.
Com o objetivo defioido (lembre se que ele o^sceu
Então, o poder é a condição de realizar o clesejo a PâÍtir
clo desejo e do conhecimentt-r da tealidade), inlcia-se o
clo planejamento da ação. E o podet no senticlo âmplo,
plânejÂmeoto ptopriamente dlto. Planejar é escolher o
naquilo que diz respeiro às possibiüdade de realizar planos.
melhor caminho para mudar com eficácia o futuro. Por isso
é tão importante definir bem o objerivo, pois "para quem Quaiquer sonho (desejo) para ser realizado necessita que
se tenha domiruo @oder) dos mecanismos qLle Permiiam 2
não sabe pâríl onde vai, qualquer caminho serve". (L.
concretização do que foi planejado.
Roccio) A partir daÍ é preciso definir o poder de realização.
Muitas pessoas perc{em-se na discrlssào entÍe os
Algumas perguntas podem ÂuxiLiar nesta etapa do processo:
extremos de se desejar todo o poder ou de se clesejat nenhum
Com quer,r podetemos contar? Qllaotos somos dc fato?
podet. A discussão, a flosso ver, deve passar Pot or-rtÍo
Quais rccursos teremos? Quais sào nossos limites? Que caminho, aquele que envereda oão pelo podeÍ mlrs, sior, pelo
problemas podemos prever? lsto é, fazer o diagoósúco, que
exercício do poder

42 43
DrNÁ,vrcÀ oE cRupos NÁ FoRMÀçÁo DÊ LrDER^Nças

Para descobrirmos a quantidade de poder que será


necessária para a implantação de um projeto é âconselhável
Vontade
que algumâs perguntas e respostas estejam clatas:
r que (qual o projero) vou fazet? por cpê? para quê? ptterer redn1ir tado aos
De que vou precisar?
. Cor]l quem? ConT quais insdruiçôes poderei contâi? à narte. Qaerer
o Como? Que caminhos e passos, irei dar? alargar-te à dimensõet
r Quando? Que período/tempo disponíve1 terei? letodosy'ocaruinbo
Após deÍinir o desejo, conhecer a tealjdade íverdade
dc c,o, o-r oe .1rr gr .oo e de e r-n r o poder d"
'-n
reâIizâção de um projeto, atinge se o momenro cleteÍmioante O piorpuada:
para a swr conctetização. Epreciso tervootade pam realizá_lo. satifa>uer e com ot
resaltados adquiidot,
11ãô q erer tumi har fl\air.
Crer quejá

A na$ã PatitiPa4|
fi a elratxt;pa4a ltu,t,ld
l:
pade ir sinplet tarrin,
do
pa/atra de aniTaie
l da

que ilumiu a rosto lo oulro,


atí o es;t'orço organiqado
para derel|rdi(ar o apeÍitc
da poder nar Pauar

Rose Marie MuÍâro

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45
DrN,ir\ârca DE ciupos NA ForMÀçÁo Da uorxÁNças

 pattir daí a última fase deste processo, a


D
^ringe-se
vonüde. Este é o momento cle decidir se se coloca em prática,
a partrr daqueles recLrÍsos de que dispomos, a realizaçãn de I
nossos objetivos. E o desejo assumido, ou, paraftaseando
Paulo Freire, é a p#xzi do desejo.
Vontade é o desejo em processo de reaüzação. Sem
vonrade, por mÀis intenso quc seja o desejo, nâo há açâo e
N
âssim o dese,o permaoecc em lormâ de sonho. Vontade é
potranto o desejo colocaclo em ação.
Âssim, estes quâtro temas, Ou pâlâvras, eSlãO
A
inrcdgados e não têm vida (ftutÍfera) própria se não íorem
enfocados como pâÍte de um processo. Não há vontade sem
desejo, mas o clesejo sem vonrade é estéril. O porler em si só
M
oào tlansfoÍma, só tem senticlo quando exetcido de fotraa
ética e benéÊca pata rodos. O conhecimento pleno da
reâlidade sem umâ propostâ de interferência, traz angústia e

c
clesctença. E a possibilidade de caminhar pelo .spaçà da in-
ter-relaçào dos temas de mâneira coesa, sêtia e consciente
que possibiüta atingir os objedvos propostos.
A seguir apresentâremos a descrição de ripos
divetsificados de dinâmicas. Álgumas das dinâmicâs descrjtâs
fotam copiadas (vêm com referêocias), outÍâs foÍam
adaptadas e, às vezes, recriadas a patrir da patticlpação em
APRESENTAÇAO A
vários processos de formâção.
S
São apropriadas para "quebrar o gelo",
desinibir os pârticipantes, facilitar o
entÍosamento. Devem ser utüzadas no iaício
DE
da atividade.

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