To those of a certain temperament, there is nothing worse than the

thought of something hidden, secret, withheld from their knowing—

especially if they suspect that another knows about it and has even,
perhaps, connived at keeping it concealed.

D. H. Lawrence seems to have been irritated no end by the thought

that people were having sex and not telling him.

Freud too.

—Ah but then Freud arranged it so that everyone had to tell.

His psychoanalysis lights up the depths, makes our tangled web

transparent, to the point where I can see all the way down to It.

And the process moves outward in increasing rings:

The Master analyses his disciples. Who thereby—transparent

now—become masters and, in turn, take on others, patients or
disciples, to analyse.

So that eventually there are no secrets.

Except, of course, those of the first Master, the Self-Analysed.

Which is to say, the only private One, sole Unrevealed. Opaque
center of His universal panopticon.

While we see only His words, His daughter, His cigar.

Poor Lawrence.
Para certas pessoas de determinada índole não existe nada pior
que pensarem que há algo escondido, secreto, subtraído ao seu
conhecimento – especialmente se suspeitarem que alguém mais
o sabe e que foram, talvez, mesmo cúmplices em mantê-lo oculto.

D. H. Lawrence parece que ficava infinitamente irritado ao pensar

que as pessoas faziam sexo e não lhe contavam.

Freud também.

–Ah, mas o Freud arranjou as coisas de forma a que toda a gente

tivesse de lhe contar.

A sua psicanálise ilumina as profundezas, torna o nosso emaranhado

transparente, ao ponto de eu poder ver tudo até Lá.

E o processo desloca-se para fora em anéis cada vez maiores:

O Mestre analisa os discípulos. Que desse modo – agora

transparentes – se tornam mestres e, por sua vez, aceitam outros,
pacientes ou discípulos, para os analisar.

Até que eventualmente não haja segredos.

Excepto, claro, os do primeiro Mestre, o Auto-Analisado.

O que é o mesmo que dizer o Único privado, o Único

não-revelado. O Opaco centro do Seu panóptico universal.

Vemos apenas as Suas palavras, a Sua filha, o Seu charuto.

Pobre Lawrence.