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Fichamento – Pâmela Primo Moreno

I – Burgueses e proletários

Em um primeiro momento do capitulo o autor vai trabalhar como se dá a origem dos


burgueses e proletários, que a história da sociedade é a luta de classes, onde burgueses e proletários
em cada sociedade é dado um nome diferente, mas que no final acaba sendo opressor e oprimido.
Mais à frente o texto vai trabalhar com a ideia de como o sistema feudal foi substituído pelo
sistema capitalista, nesse primeiro momento o texto vai mostrar como deu origem ao mercado
mundial e como deu origem aos grandes milionários.
“Fez da dignidade pessoal um simples valor de troca; substituiu as numerosas liberdades,
conquistadas duramente, por uma única liberdade sem escrúpulo: a do comércio.” (p.42)
“Em uma palavra, em lugar da exploração dissimulada por ilusões religiosas e políticas, a
burguesia colocou uma exploração aberta, direta e despudorada e brutal.” (p.42)
“A burguesia não pode existir sem revolucionar incessantemente os instrumentos de
produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas as relações sociais, (...) as
relações que as substituem tornam-se antiquadas antes de se consolidarem. Tudo que era sólido e
estável se desmancha no ar, tudo que era sagrado e profano e os homens são obrigados finalmente
a encarar sem ilusões a sua posição social e as suas relações com os outros homens.” (p. 43)
A partir desse momento os autores vão explicar os efeitos causados na sociedade com a
expansão do mercado, tornando-o mundial, como a dependência por produtos que antes não haviam
a necessidade, a dependência de matéria-prima, já que as cidades não são mais autossuficientes.
Com isso a burguesia faz com que todos os povos sejam semelhantes a eles, tornando-se
todos burgueses, até os povos mais “primitivos” fazendo-os se tornarem “civilizados”
“A consequência necessária dessas transformações foi a centralização política. Províncias
independentes, ligadas apenas por débeis laços federativos, possuindo interesses, leis, governos e
tarifas aduaneiras diferentes, foram reunidas em uma só nação, com um só governo, uma só lei, um
só interesse nacional de classe, uma só barreira alfandegária.” (p.44)
“As armas que a burguesia utilizou para abater o feudalismo voltam-se hoje contra a própria
burguesia” (p.45)
Já na página 46, os autores vão explicar como se deu a origem da grande concorrência das
grandes massas por trabalho, já que agora com a implantação das máquinas nas grandes empresas,
o trabalhador passou a ganhar mal e ser um simples apêndice da máquina, ao decorrer dos
parágrafos os autores vão explicar mais abrangente como os burgueses criaram um exército de
operários no chão da fábrica.
“Quanto menos habilidade e força o trabalho manual exige, (...) o trabalho dos homens é
suplantado pelo de mulheres e crianças. As diferenças de idade e sexo não tem mais importância
social para a classe operária.” (p. 46)
No decorrer do capitulo, os autores, vão deixar claro como e onde começa a luta dos
operários, “O proletariado passa por diferentes fases de desenvolvimento. Sua luta contra a
burguesia começa com a sua existência” (p.47) e como os operários devem fazer para se articularem
contra a burguesia, “Os operários começam a formar coalisões contra os burgueses e atuam em
comum na defesa de seus salários; chegam a fundar associações permanentes a fim de se
precaverem de insurreições eventuais. “(p. 48)
Mais à frente o texto vai deixar vai tratar com quem a burguesia está em constante luta,
sendo citado no texto; contra a aristocracia; depois contra a própria burguesia com interesses que
se encontram em conflitos; por último contra a burguesia dos países estrangeiros. “A burguesia
fornece aos proletários os elementos de sua própria educação política, armas contra ela própria” (p.
48)

Havendo um desligamento de uma parcela da classe dominante no período em que a


revolução adquire um caráter violento e agudo, se ligando está a classe revolucionaria, sendo que
de todas as classes existentes a dos proletariados é a única com caráter revolucionário, sendo de
entre todas ela a com caráter mais autêntico.
Existindo assim as camadas médias, aquelas compostas por comerciantes, artesãos, entre
outros, sendo elas a camada com tendência a ser mais reacionária, já que essas mesmas tendem a
olhar para trás, e assim pensar em seu futuro e deixando seu presente de lado.

Onde a velha sociedade não se tem mais espaço, havendo assim os interesses dos burgueses
nas leis, moral e religião, servindo eles de forma de ocultar os reais interesses da burguesia, sendo
que todas as classes que conquistaram o poder no passado, fizeram com que toda a sociedade se
consolida-se a sua forma de tomar o poder, onde não se da para os proletariados manterem o poder,
se não abolirem as formas de apropriação, sendo em sua missão a destruição de todas as garantias
e seguranças das propriedades privadas.

Lembrando que todos os movimentos históricos passaram da minoria para a minoria, sendo
o movimento dos proletariados o movimento da maioria para a maioria, sendo que cada
proletariado de cada país, deva antes liquidar a burguesia de seu país.

II – Proletários e Comunistas

Havendo no princípio, somente duas diferenças entre os proletariados e comunistas, sendo


elas, I) a defesa dos interesses comuns dos proletariados, indiferente de sua nacionalidade; II)
havendo sempre a representação da maioria.

“Na prática, os comunistas constituem a fração mais resoluta dos partidos operários de cada
país [...] teoricamente têm sobre o resto do proletariado a vantagem de uma compreensão nítida
das condições, do curso e dos fins gerais do movimento proletário.” (pag. 51)

“Nesse sentido, os comunistas podem resumir sua teoria numa única expressão: supressão
da propriedade privada” (pag. 52)

“A partir do momento em que a propriedade individual não possa mais se converter em


propriedade burguesa, declarais que o indivíduo está suprimido” (pag. 54)

[explicando até esse ponto a necessidade de que a prop. Privada seja abolida e a necessidade
de que os burgueses sejam expulsos de suas terras]

“O comunismo não priva ninguém do poder de se apropriar de sua parte dos produtos
sociais; apenas suprime o poder de subjugar o trabalho de outros por meio dessa apropriação” (pag.
54)
“O palavreado burguês sobre a família e a educação, sobre os doces laços que unem a
criança aos pais, torna-se cada vez mais repugnante à medida que a grande indústria destrói todos
os laços familiares dos proletários e transforma suas crianças em simples artigos de comércios em
simples instrumentos de trabalho” (pag. 55)

“À medida que for suprimida a exploração do homem pelo homem será suprimida a
exploração de uma nação por outra” (pag. 56)

[até esse ponto, irão se trabalhar a necessidade de abolir a ideia de família, abolir exploração
do homem pelo homem, a religião e moral e a prostituição]

III – Literatura Socialista e Comunista:

Marx e Engel defendem que existem três tipos de socialismos que não estimulam o
desenvolvimento do sistema:

1. O socialismo Reacionário, que é aberto em três itens:


Socialismo Feudal - Esse tipo de socialismo é denominado como o último “lamento” de
uma aristocracia feudal que unida do socialismo cristão estimulam derrubar a burguesia e retorno
ao antigo regime.
Socialismo pequeno-burguês - Os pequenos burgueses e os pequenos camponeses, apesar
de fazerem parte da burguesia, foram arruinados pelo crescimento descontrolado dessa classe. O
socialismo pequeno-burguês analise, critica e expõe todas os equívocos dessa nova sociedade.
Socialismo alemão/verdadeiro socialismo - Os burgueses alemães colocariam dentro do
país a literatura socialista e comunista francesa, que dentro da visão alemã não tinha mais um nível
pratico, já que a burguesia apenas começava seu confronto contra a aristocracia. Não procuravam
atender os interessem do proletário, mas sim do ser humano em sua totalidade.

2. O socialismo conservador ou burguês.


Definia como uma maneira da burguesia reduzir os problemas que recaia sobre a
sociedade, através de programas sociais que querem manter a imagem da sociedade, mas sem os
problemas relacionados as lutas das classes. Apresentam ao proletariado que ele pode ganhar com
essa nova sociedade, que pode lhes trazer diversas conquistas materiais.
3. O socialismo e o comunismo crítico utópicos
Os fundadores dessa teoria entendiam muito bem os problemas que surgiam com o
crescimento da burguesia, mas também não encontrar no proletariado nenhum destino.
Iniciaram algumas idéias não muito boas buscando igualar as classes de forma pacífica, no
entanto, foram importantes para o primeiro passo em busca da consciência e transformação da
classe. Os fundadores deste modelo foram revolucionários em muitos termos.

IV – Posição dos comunistas diante dos diversos partidos de oposição

“os comunistas apoiam em toda parte qualquer movimento revolucionário contra a ordem
social e política existente” (pag. 69)

“Proclamam abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada
violenta de toda a ordem social existente” (pag. 69)

“Que as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista! Nela os


proletários nada tem a perder a não ser os seus grilhões. Tem um mondo a ganhar.” (pag. 69)

Bibliografia
Marx, K; Engels, F (1998). Manifesto Comunista. São Paulo - SP: Boitempo.

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